Jahangir Azimi POV:
Segue um confronto intenso com nossos inimigos e quando nossas outras tropas avançam, eles querem bater em retirada, mas nós os encurralamos e os forçamos a lutar dizimando-os, enquanto o nosso general avança com outro pelotão em direção ao rei para cercá-lo, então os nobres macedônicos avançam sobre Faridoon e os persas, pegando-os de surpresa e matando-os sem dar qualquer chance de defesa.
Uma fúria incontrolável me domina, grito para Shahnaz se proteger, mas ela quer me seguir e vamos em direção aos nobres macedônicos que acabam de assassinar o general persa, faço um gesto mandando minha tropa avançar.
Começamos a lutar contra os nobres e eles não são tão preparados como supunha, são mais acostumados a pegar na traição e por isso o sucesso em seu intento, demoramos, mas matamos um por um, enquanto somos observados de longe pelo Imperador, que parece estar desesperado ao ver sua Princesa lutando.
Seguimos tentando avançar em direção ao rei e desta vez consigo decepar o braço de um dos seus protetores, Shahnaz, os nobres, o Imperador e eu, lutamos e cercamos o rei, fazendo-o se curvar diante do Shahanshah, tendo sua cabeça decepada diante de todos, para a glória e poder do nosso Soberano.
Olho na direção da Shahnaz e ela murmura um agradecimento.
O Narrador:
Mais uma vitória para Shahanshah, mas desta vez com um sabor amargo, perde-se na Macedônia mais do que um general, Faridoon era um verdadeiro amigo.
Todo o exército está de luto, é uma grande estratégia de guerra e uma excelente vitória, na mesma dimensão desta tragédia.
Há o dever de avançar e invadir a Macedônia para estabelecer o domínio sobre a província, que agora é persa, mas o Imperador não fará qualquer celebração no palácio para demonstrar sua conquista e poder, apenas decreta o luto e descanso de uma semana e todos pranteiam o querido general.
Shahanshah manda preparar o funeral do general o dokhmenashini ou funeral aberto.
Em algum tempo o corpo dele é trazido e cuidadosamente lavado, enrolado em uma túnica branca. Então o Imperador, Shahnaz, seus nobres e comandantes seguem até o cume da montanha e deixam o corpo sobre a borda externa da plataforma, onde deve estar por três dias, para que os abutres possam se alimentar de sua carne e neste prazo possa ocorrer a libertação de sua alma dos apegos terrenos, na madrugada do quarto dia é que se iniciam as jornadas onde se encontram as suas consciências, então os que seguem a verdade ganham o paraíso e os que seguem a mentira ganham o inferno.
Todos retornam ao palácio e os comandantes ao acampamento.
Para a nobreza uma questão não lhe sai da cabeça, quem será o próximo general? Muitos candidatos certamente terão a esse cargo de máxima confiança, resta ao Imperador saber selecionar alguém à altura dele.
Estão há dois meses nessa campanha vitoriosa que lhes rendeu quatro províncias, mas Shahanshah agora tem um forte motivo para regressar, decide esperar pelo luto e então todos retornarão para o forte, suas províncias e famílias.
Jahangir Azimi POV:
Todos no acampamento estão desolados com a morte do general Faridoon e não há nada que os console, continuamos nossos afazeres no decorrer de toda a semana porque são os deveres de todo guerreiro, todos os comandantes chegam a um acordo de dispensá-los do treinamento, mas os próprios soldados não querem porque acham que o estão homenageando se seguirem a rotina planejada por ele.
Então seguimos toda a rotina de Faridoon, aos poucos todos os comandantes vão se acertando e criando uma espécie de votação para chegarmos a um consenso a respeito de tudo, mas sempre me deixam por último e não entendo a motivação.
Hoje é o sétimo e último dia em Macedônia, devemos seguir viagem amanhã cedo e precisamos desmontar acampamento à noite ou de madrugada, isso é o que precisamos decidir e para isso devemos fazer uma nova votação entre os comandantes, é nesse momento que decido perguntar por que sempre me deixam por último.
— Porque seu voto é o mais importante e o que desempata a questão. – Cy diz.
— Por que dizem isso se sou o comandante mais novo dentre todos que são tão experientes? – pergunto.
— Porque é o que ganhou a confiança do Imperador e da Princesa. – Dareh diz.
— Não é só isso. Todos veem que é um líder nato, Jahangir. – Gazsi diz.
Reflito sobre o que acabam de dizer e deixo que decidam sobre quando vamos desmontar o acampamento e apenas comunicamos às tropas.
Tantos dias se passam e não consigo encontrar com Shahnaz, passo diante do palácio e vejo soldados rondando dia e noite.
Vem a mim uma serva portando um pergaminho, que desenrolo e agradeço à minha mãe por ter me ensinado a ler e escrever.
"Amado Jahangir,
Estou presa neste palácio durante os dias de tristeza e luto, o Imperador deseja estar sozinho e anda muito quieto esses dias, de certo sofrendo pela morte de seu bom e fiel amigo, por essa razão tenho estado ao seu lado, espero que possa me compreender e me dar o seu perdão.
Estás em meus pensamentos todo o tempo, assim como em meu coração, em meus sorrisos e brilho dos olhos.
Amanhã regressaremos para Persepólis e temo como será o nosso futuro, se a guerra nos aproxima, o que fará a paz com o nosso amor?
Com amor,
Shahnaz"
— Ela pergunta se haverá resposta. – a serva diz.
— Sim, só um momento porque deve ter pena e pergaminho em algum lugar. – digo desconcertado.
Entro na tenda dos comandantes e encontro tudo o que preciso, escrevo a carta, selo com meu anel, volto e entrego para a serva.
Ajudo a desmontar o acampamento, carrego tendas, armamentos, mantimentos e todos os itens necessários, então vou me lavar e ponho um uniforme limpo, deito e descanso, porque amanhã começamos uma longa jornada de volta para casa.
Acordo pouco antes do nascer do sol, cada comandante desperta a sua tropa e a prepara para a partida, encilhamos os cavalos e seguimos viagem, desta vez será quase duas semanas para regressar.
Princesa Shahnaz POV:
Mando uma carta para Jahangir por uma serva e aguardo sua resposta, que vem em seguida.
"Minha amada Shahnaz,
Todos no acampamento lamentamos a perda do general Faridoon, respeitamos muito a sua memória e o grande comandante que ele foi para todos nós, claro que compreendo os sentimentos do Imperador e sua necessidade de cuidar dele, não me peça perdão.
Meus pensamentos estão firmados em você todo instante, por todo lugar que olho vejo você, em todas as belezas no céu e na terra, ali está você.
Amanhã com o nosso regresso para Persépolis não tema, a guerra nos aproximou, mas nada será capaz de nos afastar, eu lutarei por você, nem que isso custe a minha vida.
Com amor.
Jahangir Azimi"
Leio e escondo a carta, vou dormir.
Despertamos bem cedo, vemos as servas depositando nossos pertences nas carroças, nossos cavalos já estão encilhados, montamos e seguimos à frente das tropas.
São longos e exaustivos dias de viagem, principalmente porque sou obrigada a permanecer ao lado dos nobres arrogantes e estúpidos, dos quais prefiro nem ter que conviver.
Vejo o Imperador mandar um servo à frente para avisar a Imperatriz que estamos chegando vitoriosos, mas não queremos nenhum tipo de celebração.
Estamos chegando com duas semanas e meia de viagem e com paradas a cada dia para descanso e alimentação, só sinto que os nobres queiram vir conosco ao invés de ficar em suas províncias, aliviando-nos do fardo pesado, não compreendo sua motivação por enquanto.
Chegamos diante do forte em Persépolis, adentramos e logo vemos a comitiva nos esperando, desmontamos tão logo alcançamos a entrada do palácio.
— Mais uma campanha vitoriosa, Ahura-Mazda abençoou o nosso Imperador, glorificado seja! – sacerdote Hormuzd diz.
— Que a sua glória prevaleça. – a Imperatriz Vashti pega a mão direita o Imperador beija e diz.
— Que sua glória prevaleça e seja eterna, Majestade. – o Príncipe Mirza faz uma reverência.
Recebe os cumprimentos de Sirdar Kansbar e Sirdar Asha, seus nobres Babak, Ebrahim, Omid, Sarod, Fravardin, Heydar, Payam e Sinbad, das cunhadas Etty e Bibiana, dos sobrinhos Ksathra, Behrooz, Madge e Gatha.
— Não vão cumprimentar a Princesa Shahnaz? É tão vitoriosa e guerreira quanto eu. – o Imperador diz e todos se apressam em me cumprimentar, me desejando parabéns pela bravura.
Vejo o Imperador dispensar os comandantes e suas tropas e tento ver se encontro Jahangir, mas sem sucesso.
Vamos para as nossas alcovas e minhas damas correm em minha direção, assustadas como quem busca abrigo e proteção.
— Tenham calma, só fiquei fora por mais de dois meses, o que aconteceu nesse tempo, me contem. – digo e sorrio.
— Princesa Shahnaz, quase fomos presas ou para a forca por culpa da sua loucura. – Lila diz.
— Foi apenas por intervenção de Mojgan que a Imperatriz não nos puniu. – Zena diz.
— Me contem o que mais aconteceu por aqui. – peço, enquanto elas me preparam o banho.
Fico sabendo de picuinhas do harém, concubinas e esposas que brigam e arrancam os cabelos umas das outras, mas há algo sério que elas me contam, uma intriga que Atefeh e Azar estão tentando fazer para afetar nossas relações com meus tios Asha e Kansbar, isso eu não vou permitir e sei bem quais são as intenções delas. Já não sou a mesma menina que saiu daqui.
Desfruto da água quente da tina e sinto Pari esfregando a minha pele, me enxaguo e seco, Zena traz um vestido lilás e branco, acinturado e bordado, mangas longas e largas, Lila trança meus cabelos e põe o véu branco sobre eles, calço as sapatilhas, ponho colar, pulseiras, anéis, brincos e coroa. Estou pronta para ir ao salão do banquete.
Encontro com os Imperadores, toda a família e nobreza, o banquete é servido e enquanto nos alimentamos, alguns tentam puxar conversa comigo e com o Imperador.
— Essa campanha foi mais longa do que imaginávamos. – Sirdar Kansbar diz.
— Ouvimos dizer que as vitórias não foram apenas sobre a Lídia e Frígia. – Sirdar Asha diz.
Olho para o Imperador e ele está calado, sinto que não está com vontade de responder coisa alguma, parece que a vitória não tem mais sabor.
— Sim, dois meses e meio. Vencemos sobre a Lídia, Frígia, Trácia e Macedônia. – digo.
Todos notam que o grande Shahanshah está com algum problema e voltam a comer em silêncio, quando terminamos, todos retomam suas atividades, exceto o Imperador.
Vou ao seu aposento e peço para adentrar, ele decide me receber.
Tento conversar com o Imperador, mas me trata com austeridade, agressividade e frieza, então o deixo sozinho e sigo para os jardins com as minhas damas.
O Narrador:
Chega um mensageiro para informar que o Imperador está retornando da guerra vitorioso, mas manda avisar que não quer nenhuma celebração.
Ora, Vasthi não aceita isso! Como pode permanecer quase três meses em guerra, sair vitorioso e não querer celebrar? Merece uma comemoração sim e será realizada em uma semana pois precisa de muito preparo e convidar todos os nobres das províncias.
Faz questão de avisar a família, o sacerdote, os nobres e o harém que todos estão chegando e prepara a comitiva para recebê-los. Manda preparar um grande e farto banquete.
Veem o exército adentrar Persépolis sem alarde e estranham, mas cumprimentam o Imperador, primeiro o sacerdote, depois Vasthi e o Príncipe Mirza, então os membros da família e nobreza.
De repente o Imperador chama atenção de todos para a Princesa Shahnaz que está ao seu lado e todos são informados que guerreou com ele, o que a Imperatriz não compreende é que parece que Shahanshah tem orgulho de a herdeira participar desse horror, mas todos fazem conforme a sua ordem e a cumprimentam.
Vasthi manda as servas acomodarem os nobres que ainda acompanham o Imperador e chegam com ele da guerra nas alcovas.
Está curiosa, então acompanha o Imperador até seus aposentos para lhe servir e ajudar com a retirada de sua armadura e toda a imundície do seu corpo, entrajando as vestes reais em seguida, mas ele não diz uma só palavra sobre os acontecimentos dessa guerra ou a respeito da situação com a Princesa Shahnaz e a julgar por sua expressão, a Imperatriz não ousa perguntar.
Seguem juntos para o salão do banquete e Shahanshah permanece em silêncio todo o tempo, mesmo quando os nobres tentam alegremente iniciar um diálogo falando de seus feitos. Encerram a refeição e o Imperador retorna aos seus aposentos, deseja ficar sozinho, mas a Princesa Shahnaz solicita vê-lo e concede.
— Que desejas, Shahnaz? – o Imperador diz.
— Saber porque Vossa Majestade está triste e isolado nesta alcova. – Shahnaz diz sinceramente.
— Quem lhe disse tamanho absurdo? Como ousa julgar seu Imperador? – Shahanshah questiona em tom de voz austero.
— Não estou lhe julgando, Majestade, não teria tamanha ousadia, apenas pensei que... – Shahnaz diz assustada.
— Não pense! Certas coisas não devem ser feitas ou refletidas. Agora saia da minha alcova. – ele exige.
— Todos o esperam, sentem falta do Imperador... – a Princesa insiste.
— Não há que sentir minha falta, Shahanshah está aqui. Vá Shahnaz e se ocupe de algo útil. – o Imperador se levanta e diz.
Observa sua Princesa sair dos seus aposentos e volta a sentar, sente que deve ir à sala do trono e retomar suas funções, é o que seu dever exige, acima de tudo e não há espaço para fraquezas, um Imperador não pode ter sequer um momento de dor ou de sofrimento.
Ergue-se e segue para a sala do trono, manda Asthad reunir todos os nobres, os comandantes de tropas e Shahnaz.
Princesa Shahnaz POV:
— Agora a Princesa deve nos contar tudo o que aconteceu durante a guerra. – Lila diz, enquanto encontramos uma árvore para recostar.
— É melhor que não saibam dos horrores vividos na guerra ou não suportariam. – digo sinceramente.
De súbito lembrei-me de que a guerra me deu o amor verdadeiro, algo que jamais imaginei encontrar, mas que me completou plenamente e me deu novos sonhos.
— Pelo visto lembrou de algo bom, Alteza. – Pari diz.
— Vocês são como irmãs para mim...
— Sim, claro que somos, te adoramos e por Vossa Alteza faremos qualquer coisa. – Zena diz.
— Por isso vou lhes contar um segredo importante.
— Estou ficando muito preocupada. – Lila diz.
— Quando ainda estávamos aqui, conheci um guerreiro que estava perdido e ele estava vindo para falar com o general Faridoon, conhecemo-nos e ele se apresentou como Jahangir Azimi, nunca mais o vi, mas sua imagem ficou em minha cabeça. – digo e elas prestam atenção.
— Não deveria ter ficado sozinha com esse homem. – Pari diz.
— Assim que me decidi ir para a guerra, comecei a treinar em uma das tropas e quando finalmente partimos, segui com qualquer uma delas, sempre era humilhada pelos guerreiros, mas havia apenas um que sempre dava apoio a todos e me incentivava e ele me parecia conhecido, mas agora já não tinha mais barba e por isso o estranhei, mas acabou se apresentando com Jahangir Azimi, qual não foi a minha surpresa? Lutamos juntos em todas as batalhas e vencemos! – vou explicando e elas vão ficando chocadas.
— Como pode tantas coincidências? – Zena pergunta.
— Certo dia um inimigo ia acertá-lo nas costas e eu o chamei e joguei uma lança em sua direção, mas Jahangir deve ter pensado que eu queria matá-lo, então me acertou com sua espada e eu caí desfalecida diante dele, no mesmo momento em que ganhamos a guerra e meu véu caiu revelando o meu rosto. Ele me levou para a tenda dos feridos e ficou sabendo pelas servas a minha verdadeira identidade, aí começamos a ficar mais próximos e conversamos todos os dias. – revelo.
— Se o Imperador descobrir, ele será assassinado. – Pari diz.
— Certa noite eu fui atacada por um homem violento e estava sozinha, mas logo Jahangir apareceu e o matou, eu o abracei e chorei, dizendo que pensava que ele tinha me abandonado e foi nesse momento que ouvi a mais linda e inesperada declaração de amor, confesso que meu coração e meu amor aos poucos foi se tornando de Jahangir e naquele momento firmamos nosso compromisso de amor, durante a guerra. – digo.
— Princesa, isso é loucura, com um soldado de terceira classe? – Lila pergunta.
— Hoje ele é comandante. E não me interessa seu status. – digo.
— Se o Imperador fica sabendo, ele mandará matá-lo. – Zena diz.
— Antes morro eu. – digo e todas ficam impressionadas com a força do nosso amor.
Interrompemos a conversa pela proximidade de Asthad, que vem para me convocar para uma reunião na sala do trono.
Seguimos apressadas e despeço-me das damas na porta da sala do trono.
Jahangir Azimi POV:
Assim que chegamos na entrada do forte, tento em vão avistar a comitiva real e a Princesa Shahnaz, espero a dispensa do Imperador e levo a minha tropa para o alojamento e quando descarregamos tudo e entregamos os animais de guerra aos responsáveis por eles, vamos nos lavar e alimentar e descansamos.
Nós comandantes temos que aguardar as ordens do Imperador, em breve teremos um novo general que exercerá sobre nós a liderança e nos dirá se devemos recrutar novos guerreiros para treiná-los em preparação para uma nova guerra.
Todos achamos que é muito cedo para ter alguém no lugar do general Faridoon, mas um cargo de liderança e de extrema importância não pode ficar vago por muito tempo.
Ashtad vem nos convocar para uma reunião na sala do trono, vestimos nossos uniformes e seguimos todos juntos, com o velho temor de sempre, pensando em que o Imperador deve nos dizer dessa vez, principalmente porque já não estamos em guerra.
Chegamos diante da sala do trono e aguardamos anúncio e liberação da nossa entrada, baixamos nossas cabeças e seguimos.
Mesmo com a cabeça abaixada consigo ver os nobres do palácio à direita e os nobres da guerra à esquerda, o sacerdote adiante e a Princesa Shahnaz à destra do Imperador, que está sentado em seu trono, os reverenciamos.
— Aí estão os comandantes das tropas do meu exército. – Shahanshah diz.
— Majestade. – dizemos todos juntos.
— Convoquei essa reunião para informar os acontecimentos das guerras. – o Imperador diz.
Todos mantêm sua atenção cativa a ele.
— Estivemos por um total de quase três meses nesta campanha vitoriosa. Que a princípio foi sobre a Lídia e Frígia e decidi estender sobre a Trácia e Macedônia e como objetivo total obtivemos êxito. – Shahanshah diz e todos comemoram, mas ele ergue a mão.
— Digam comandantes quais são os espólios de guerra arrecadados em cada uma das províncias. – o Imperador ordena.
Então comandante Cy fala sobre a quantidade de peças de ouro, prata, bronze, couro, armamentos e outras coisas sem valor que são encontradas na Lídia.
Comandante Gazsi disserta a respeito dos mesmos itens encontrados na Frígia e suas grandes quantidades, enquanto Gaspe fala sobre os achados da Trácia e Dareh dos ricos espólios da Macedônia.
— Sem dúvidas estamos muito mais ricos, Majestade. – Ebrahim, o contador real, diz.
— Vê-se que foi mais uma campanha de pelo sucesso, Majestade. – Sirdar Kansbar diz.
— Ocorreram alguns percalços pelo caminho, quase fui morto na Trácia e o jovem comandante Jahangir salvou a minha vida. – o Imperador diz e aponta em minha direção, todos se chocam e olham para mim.
— Esse jovem merece ser honrado. – Fravardin diz.
— Se me permite dizer, o grande Imperador Shahanshah muito me honrou, me exaltando como comandante. – digo e Fravardin acena com a cabeça.
— Acredito que há uma grande ausência percebida e sentida entre todos nós, o grande general Faridoon, que pereceu nos campos da Macedônia, morto heroicamente em batalha e deve ser lembrado com honras por todos da Pérsia. - Shahanshah diz.
— É uma perda incomparável. – Babak diz.
— Devemos decidir quem será o próximo general, Majestade. – Omid diz.
— Mas nem passou o período de luto. – Sarod diz.
— Um cargo de extrema importância não deve ficar vago, não é bom. – Sirdar Nasim diz e os nobres da guerra concordam com ele.
— Tem aqui excelentes candidatos para esse cargo, Majestade. – Saeed diz.
Inicia-se uma discussão sobre a necessidade da escolha imediata do novo general e uma pressão é estabelecida sobre o Imperador, que se aborrece.
— Chega! Me parece mais um jogo de interesses nessa sala e não uma demonstração de quem tem o caráter ilibado como o do grande general Faridoon, com capacidade de liderança, voz ativa, um real guerreiro, cuja missão é proteger seu Imperador, império e família imperial com sua própria vida. – a Princesa Shahnaz diz, faz uma reverência ao Imperador e sai da sala do trono.
— Basta! Já tenho a minha decisão! – o Imperador Shahanshah diz.