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Capítulo 11

O Narrador:

Quem pensam que são para afrontar o Shahanshah dessa forma ordenando-lhe algo? – Mir Babak esbraveja.

Assiste a discussão na sala do trono impassível, enquanto faz a sua reflexão sobre o homem que melhor se enquadra na posição que deve pertencer a alguém leal e de confiança. 

Ser general do exército imperial requer mais do que exercer liderança, é ter integridade e hombridade e dignidade... Shahnaz se aborrece com os comentários e o falatório na sala do trono e diz coisas pertinentes à sua reflexão, que o faz chegar à escolha do nome entre todos daquele ambiente. 

— Basta! Já tenho a minha decisão! – o Imperador Shahanshah diz. 

Todos mantêm o silêncio.

— Comunicarei a minha decisão no final do período do luto em respeito ao general Faridoon, daqui duas semanas. – o Imperador diz e todos ficam ansiosos. 

Dispensa todos os comandantes e nobres de guerra, permanecendo apenas com seus nobres e Sirdares.

Sirdar Nasim insiste em lhe falar, mas Shahanshah sabe qual é o assunto e nega veementemente. 

— Depois conversamos, Sirdar Nasim. – o Imperador avisa.

— Temos que marcar a data do compromisso. – ele insiste. 

— Depois do luto conversamos sobre isso. – Shahanshah determina e Nasim sai insatisfeito. 

Shahanshah reassume seu trono e o controle de tudo, os Sirdares Kansbar e Asha, além dos nobres lhe informam sobre todos os acontecimentos e decisões durante a sua ausência, existem alguns julgamentos para serem realizados e começam a ser agendados, assim como o atendimento as questões do povo. 

Depois da demorada reunião, segue para o salão do banquete para a última refeição do dia, conversam um pouco e logo encerram e se recolhem para as suas alcovas. 

Manda chamar Vasthi para lhe fazer companhia essa noite, deixando-a honrada entre todas as mulheres do harém e as demais saudosas de seu marido. 

Pela manhã, a Imperatriz vai ao harém e todas a olham com inveja e ódio por ter passado a noite toda com o Imperador sem ser devolvida.

— Não sintam inveja, seus filhos voltaram da guerra. Deem-se por satisfeitas. – a Imperatriz diz e ri.

— Não ficam felizes porque eu voltei da guerra? – o Imperador chega no harém e diz, todas correm para ele, saltitantes e felizes. 

Então todos os filhos vão abraçar o pai e ele recomenda que estudem com o mestre contratado para eles. E vai para o salão do banquete junto com a Imperatriz.

— Essa felicidade não vai durar nada, ela vai ver só. – Atefeh diz e manda uma mensagem para o nobre Omid, dizendo que precisam seguir com seu intento e que tem muito a ganhar se Ahriman subir ao trono em vez de Mirza. 

Fazem a primeira refeição do dia e seguem para seus afazeres, o Imperador coloca sua roupa de montaria e vai cavalgar, depois convoca Shahnaz para seus treinos matinais. 

— Faz tempo que não treinamos juntos, quero ver o que sabe fazer. Pegue sua espada. – diz e ordena.

Então a Princesa Shahnaz empunha a sua espada e parte para o ataque, os dois combatem e ela usa seu corpo e o desestabiliza, gira e o golpeia e recebe o contragolpe, ambos se esquivam e o golpeia novamente e o embate está emocionante, até que ela o atinge na direção do peito, terminando o duelo e recebendo os parabéns. 

— É incrível, o general te ensinou muito melhor do que eu. – Shahanshah diz.

— Aprendi muito no campo de batalha, Majestade. – ela diz. 

— Venha, vamos para o arco e flecha. – ele diz e ambos pegam suas aljavas.

Eles treinam por algum tempo e vão cavalgar, logo depois retornam e a Princesa volta para a sua alcova com suas damas, enquanto o Imperador manda convocar o Príncipe Mirza para uma caçada, deixando-o surpreso. 

Quando anoitece manda vir ao seu leito sua predileta, Atefeh, que dança para seduzi-lo e vem falar palavras doces ao seu ouvido. 

— Majestade, posso lhe fazer um pedido? – ela pede com voz doce e põe uma uva na boca do Imperador.

— Peça, verei se posso conceder, deseja mais uma joia? – ele pergunta. 

— Desejo que considere nosso filho mais velho Ahriman para o cargo de general, é um excelente guerreiro e só vem lhe dando orgulho e... – ela começa a dizer.

— Nunca mais se meta em meus assuntos, Atefeh! Volte para o harém. – o Imperador diz e se levanta bruscamente. 

Atefeh retorna para o harém no meio da noite e decide ir ao templo do deus da devassidão, corrupção e escuridão, o senhor das trevas, que tem o mesmo nome de seu filho, Ahriman, faz uma oferenda e orações a ele, tem certeza de que a ajudará a conseguir os seus desejos. 

 

Princesa Shahnaz POV: 

Sem poder mais suportar os jogos de poder na sala do trono, expresso meus pensamentos em palavras e me retiro, sigo para o salão do banquete e quando terminamos a refeição e tenho a permissão, vou para a minha alcova, tudo o que preciso é de descanso.

É claro que meu coração se alegra por ter visto Jahangir.

Desperto com o nascer do sol, as damas adentram os meus aposentos e preparam o meu banho, entro na tina e logo saio, me enxugo e elas me vestem com um vestido azul e branco bordado, calço as sapatilhas, deixo meus cabelos presos sob o véu branco, ponho anéis, brincos, pulseira, colar e coroa, sigo para o salão do banquete.

Desfrutamos de uma refeição prazerosa e rápida, volto para a minha alcova e logo sou convocada para um treino com o Imperador, troco de roupas novamente e sigo ao seu encontro. 

Ele pede para ver o que sei fazer, então duelamos e eu o venço com certa dificuldade, deixando-o surpreso e ao mesmo tempo feliz por ver que o general me deu bons ensinamentos. 

Continuamos a treinar com arco e flecha e recebo boas dicas de como acertar os alvos, pega em minhas mãos e mostra como eu devo fazer, as vezes encostando seu rosto no meu como um suave carinho. 

Cavalgamos juntos, faz tempo que não temos momentos de pai e filha como estes, sinto falta, é como se eu pudesse ver apenas o meu pai e não o Imperador austero, rígido, impassível de sempre, ainda mais como agora, ele sorrindo para mim. 

Retornamos ao palácio e volto para a minha alcova e fico sabendo que ele convida Mirza para uma caçada, será bom para os dois. 

Troco de vestes novamente e sigo para o harém, Dara está me chamando para as aulas de dança e música, as mestras me esperam ansiosamente e hoje não consigo fugir. 

Vejo Bibiana, Etty, Madge e Gatha em seus tratamentos de beleza e experimentando vestidos novos, pelo menos estão longe dos perigos. 

Assim que termino minhas aulas, Dara exige que minha pele seja cuidada porque diz que a guerra me maltratou demais, então várias mulheres vêm cuidar de mim ao mesmo tempo, me deixando imóvel pelo restante da tarde e começo da noite. 

— É, minha querida, Dara tem razão. Você se preocupou em vencer a guerra, mas não se cuidou. – Bibiana diz.

— Como se nós dormimos ao relento, no chão duro e sob as estrelas? – pergunto.

— Como tomavam banho? – Madge pergunta.

— Não havia servas ou tinas? – Gatha pergunta.

— Nos lavávamos em bacias de água fria, servas apenas para cuidar dos feridos. Banhos apenas de sangue. – digo e todas se assustam e se juntam ao meu lado para ouvir.

Conto pequenas coisas sobre o acampamento, sem detalhes sobre a guerra e elas se chocam, imagine se souberem os detalhes das batalhas. 

— Belíssima Princesa Shahnaz, deve vir experimentar e mandar fazer novos vestidos. – Dara recomenda. 

— Virei em breve, prometo. – digo.

Quando fico pronta, saio na companhia das minhas tias e primas para o elegante salão do banquete. Nos reunimos sempre pontualmente nos mesmos horários e com a presença de quase sempre as mesmas pessoas, nessa época estamos com muitos hóspedes, alguns indesejados por conta da guerra, é claro.

Desfrutamos do banquete e uma boa conversa por algum tempo, essa tem como tema uma possível festa para celebrar a vitória, mas Shahanshah ordena que apenas seja levantada essa hipótese após o término do luto. Encerramos a refeição, nos despedimos e seguimos para nossas alcovas, enquanto os mais velhos vão para o salão do tabaco ou de música.

Vou até a janela e fico admirando as estrelas, me pergunto o que estará fazendo Jahangir nesse momento. 

 

Jahangir Azimi POV:

Recebemos permissão para nos ausentar do palácio em revezamento, hoje é o meu dia e finalmente vou para a casa dos meus pais, tenho muito para lhes contar depois de tanto tempo.

Vou ao quarto de banho, encho a tina, desfruto da água quente e logo saio, me enxugo e visto a túnica branca, calça marrom, botas e capa da mesma cor. Encilho o cavalo e monto, sigo apressado para a elegante residência do Sátrapa Feroze Azimi.

Desta vez o servo me reconhece e permite a minha entrada, me cumprimentando e segurando as rédeas do cavalo. 

— Ei Banu Azimi, onde estás? – grito.

— Jahangir, meu querido, é você? – ela vem apressada e se joga em meus braços. 

— Feroze, venha depressa, venha ver quem chegou. – mamãe grita. 

Logo vejo papai saindo de um dos aposentos e corre para me dar um abraço apertado.

— Meu filho amado enfim regressou. – ele diz.

— Conte-nos tudo, filho. Está mais magro, mas parece muito feliz. – mamãe diz e me faz um carinho.

— Calma Banu, o menino vai nos contar. Venha e sente-se aqui. – papai diz, já fazendo com que eu me acomode. 

Penso em como vou começar a lhes contar tudo, se a história da guerra se entrelaça no meu amor com Shahnaz. Devo ir desde o início de tudo? 

— Por que está tão pensativo, Jahangir? – papai pergunta.

— Para que entendam toda a história, preciso regressar ao dia que fiz o teste com o general. Só peçam que ouçam sem me julgar. – introduzo o assunto e eles parecem confusos, mas aceitam.

— Jamais faríamos isso, querido. – mamãe diz. 

— Quando cheguei no forte me perdi e acabei encontrando uma linda dama que me ajudou a encontrar o meu caminho até o general, mas quando eu lhe perguntei o seu nome, estava apressada e apenas disse "Até as folhas aqui conhecem o meu nome" e foi-se, nunca mais a vi, deixando em minha memória esse encontro com a bela dama dos olhos tristes. Então fiz os testes e o general me aprovou como guerreiro do exército e muito treinamos, novos soldados chegaram e continuamos com os treinamentos árduos até o dia que a guerra foi proclamada contra a Lídia e marchamos. – começo a minha explicação.

— Nunca nos contaste dessa dama. – papai diz.

— Havia entre nós um soldado muito jovem e franzino do qual todos caçoavam e humilhavam, talvez por isso sempre cobria seu rosto com um lenço, deixando apenas os olhos à mostra, mas eu sempre fiz questão de acolher bem a todos e me apresentei à ele, tornamo-nos amigos, Bahadur Sadegi passou a lutar ao meu lado e mostrou ser um valoroso e obstinado guerreiro, durante a primeira batalha, quando no final estou com o arco e flecha e acabo de atingir o olho do rei, ouço meu nome em um grito feminino e Bahadur jogando uma lança em minha direção, penso que ele está querendo me matar, largo a aljava, corro, pego minha espada e o atinjo, nesse mesmo momento, o lenço que cobria seu rosto cai, revelando sua identidade, no mesmo momento em que ouvimos a comemoração pela vitória. A pego em meus braços, ponho sobre o cavalo e levo para a tenda dos feridos, lá as servas me revelam que se trata da Princesa Shahnaz, a mesma bela dama dos olhos tristes. – digo e meus pais se chocam.

— Como Vossa Alteza conseguiu ir para a guerra sendo mulher? – mamãe pergunta.

— É uma longa história, mas ela treinou conosco disfarçada e fugiu do palácio em meio as tropas, viveu em nosso meio como Bahadur, tapando seu rosto com o véu para que ninguém a reconhecesse. – digo e meus pais se espantam.

— Nos aproximamos e sentimentos de admiração por seu destemor, insubmissão, força, determinação, coragem, ousadia e vigor foram crescendo dentro de mim. A Princesa Shahnaz não é apenas a mulher mais linda que já vi em toda a minha vida, mas uma verdadeira guerreira de alma e coração... mas eu sabia que era um guerreiro de terceira classe e não tinha o direito a esse tipo de sentimentos. – digo e meus pais tem lágrimas nos olhos. 

— Estava decidido a não ir até ela naquela noite e por muito tempo eu resisti, mas meu coração me obrigava a seguir naquela direção e quando cheguei, havia um sujeito quase lhe roubando a pureza, o matei e a Princesa chorou procurando abrigo em meus braços, dizendo que pensava que eu iria abandoná-la... Nesse momento eu não suportei mais e declarei o meu amor e pedi permissão para amá-la, mesmo sendo quem sou... Para a minha surpresa e miraculosamente, Shahnaz me ama também, seu coração e amor me pertencem! – digo e choramos os três juntos.

Nos abraçamos e enxugamos as lágrimas uns dos outros.

— Perdoem-me por amar uma Princesa, mas estava escrito em nossos destinos. – digo.

— Pelo jeito que fala, meu filho, por tudo o que disse em sua última visita à nossa casa, vejo que ela é o seu sonho de amor, aquela que você nem mesmo imaginava que existia. Só tememos pela sua segurança, o Imperador jamais aceitará um guerreiro de terceira classe cortejando sua filha, pode matá-lo. – papai diz.

— Fomos vitoriosos nas guerras da Lídia, Frígia, Trácia e Macedônia. Mas na Trácia, uma lança foi dirigida ao Imperador e eu o salvei recebendo-a em meu peito e ficando entre a vida e a morte, momento em que a Shahnaz teve que revelar sua identidade ao grande Shahanshah para manter-me vivo. Por esse feito ganhei o título de comandante de tropa. E na Macedônia nosso general pereceu. – digo tudo de uma vez. 

— Filho! Quase perdemos você, que loucura você fez! – mamãe diz.

— Ele cumpriu a missão dele e foi honrado, mas não sei o que teria feito se perdesse o meu grande orgulho. – papai diz e me abraça.

Ambos lamentam pela perda do general.

— Gostaríamos de conhecer a Princesa Shahnaz, realmente o faz muito feliz e realizado, nunca o vi tão alegre. – mamãe diz e papai concorda. 

Conto com detalhes sobre as nossas conversas, brincadeiras e seus cuidados no momento da minha convalescença. 

Passamos um dia muito agradável, visitamos alguns amigos e à noite retorno para o palácio. 

 

O Narrador: 

Duas semanas se passam, completando um mês do luto pelo general Faridoon. 

Shahanshah desperta antes de amanhecer, entraja suas vestes reais e segue para o salão do banquete onde todos o esperam, fazem a refeição em absoluto silêncio e assim que terminam, ele segue para a sala do trono sozinho. 

Seguem os nobres persas guerreiros como visitantes, porque anseiam pelo cargo de general, cada qual imagina-se com o fardamento, a espada, o anel e a insígnia. 

Hoje finalmente será o grande dia da revelação e ninguém mais pode esperar por isso, são muitos nomes e homens esperando avidamente pela confiança do Imperador.

Sirdar Nasim anda de um lado para o outro em seu aposento, irritado e impaciente.

— Por que estás assim, pai? – Saeed pergunta.

— Você pode ser o novo general e não está preocupado? - Nasim pergunta.

— Eu? Acha mesmo que o Imperador me escolheria para um cargo tão importante? – Saeed questiona.

— Claro que será você! Afinal você será o marido de sua filha, pensa Saeed. – Nasim diz e empurra a cabeça do filho. 

— Pensei que o Senhor quisesse o cargo. – Saeed diz, confuso.

— Eu sou governante da província da Pérsia. – Sirdar Nasim diz.

Noutro aposento, há uma conversa semelhante.

— Asha, não seria bom um cargo de general para você? – Bibiana pergunta.

— Não para mim porque sou Sirdar em Hircânia, mas para Behrooz, embora seja muito novo e por isso creio que não será escolhido. 

— Mas e se for escolhido? 

— Shahanshah não há de escolher um Sirdar, estou certo disso. – Asha diz.

Continuam a conversa em mais outra alcova.

— Você deve aceitar o cargo de general, pela primeira vez será honrado dentro dessa família. – Etty diz.

— Quem diz que o Imperador ou a família nos desonra de alguma maneira? – Kansbar pergunta.

— Eu digo. Por que você teve que se sujeitar aos conselheiros, sem poder tomar uma decisão sozinho? – Etty pergunta.

— Até mesmo Shahanshah o faz, por que comigo seria diferente? Meu irmão me trata como membro da família e com honras, não invente ideias onde não existem. – Kansbar diz.

— Então ele deve te escolher como general e você deve aceitar. – Etty diz.

— Sou Sirdar em Nínive! Quer se mudar para Persépolis e que eu viva em guerras? – ele pergunta.

— Quero que sejas mais honrado. – ela diz.

— Deixe isso para Ksathra, caso seja escolhido, embora seja muito novo para o cargo, mas meu irmão saberá escolher o melhor homem. – Sirdar Kansbar encerra a questão.

Por um momento na sala dos sábios, uma reunião entre os nobres.

— Quem achas que deve ser o novo general? – Sinbad pergunta.

— Babak tem todos os requisitos, mas está muito velho para o cargo. – Fravardin diz. 

— Acredito que o melhor para esse cargo não está na sala do trono, mas entre os filhos do Imperador. – Omid diz.

— Quem seria? – Sarod pergunta.

— Ahriman, o filho mais velho do Imperador. – Omid diz.

— Isso seria uma afronta aos herdeiros legítimos ao trono! – Heydar diz. 

— Quem mais teria chance de exercer o comando sobre o exército? – Sinbad pergunta.

— Quem sabe um dos nobres de guerra? – Payam sugere.

Indo em direção à sala do tabaco, pode-se ouvir a discussão dos nobres de guerra em uma tola disputa para ver que vence, quem será o maior ou o escolhido do Imperador.

Shahanshah manda convocar a todos na sala do trono, Sirdares, nobres, comandantes, inclusive, Vasthi, Princesa Shahnaz e as cunhadas.

 

Jahangir Azimi POV:

No decorrer das duas semanas, voltamos a exercitar os guerreiros para que não fiquem sem atividades, mas continuamos com suas folgas alternadas. 

Não tenho visto Shahnaz, meu coração arde de saudades.

É decretado o fim do luto pelo general Faridoon e hoje todos saberemos quem será o nosso novo e respeitável líder, o que nos gera um misto de temor e ansiedade sobre quem virá, será austero ou bondoso? Odiável ou amável? 

Reunimo-nos apenas os comandantes e conversamos a respeito. 

— São seis tropas e agora precisamos de mais soldados porque perdemos milhares nas guerras, precisamos dizer isso ao Imperador ou ao próximo general. – digo.

— Acho que será a primeira obrigação dele selecionar os candidatos. – Simin diz.

— Terá que treiná-los como o general fazia conosco. – Cy diz.

— Tem os soldados que estão nas fronteiras das províncias, nem sabem o que sucedeu ao general, precisamos avisar ao novo general também. – Dareh diz.

— Vamos precisar de novos armamentos. – Gazsi diz.

— Estabelecer a segurança e firmar a fronteira nas novas províncias. – Jaspe diz.

— Não faltará trabalho para o novo general. – Cy diz e todos nós rimos. 

Ashtad vem nos avisar que o Imperador nos convoca para a reunião. 

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