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Quebrador de Mundos.

"Como ela está?" Perguntei em pé olhando para Galfore, o Cientista-Chefe de Tamaran.

Entre nós dois está a Kara Zor'El, deitada dentro de uma capsula criogênica de tamanho humano flutuando na vertical na altura da minha cintura, com telas holográficas flutuando acima na altura dos nossos olhos, eram dados médicos e medições que nem me dei o trabalho de tentar entender. Quanto à Kara, ela está usando a mesma roupa manchada e bastante suja do nosso confronto, mas seu rosto parece tranquilo, ela está dormindo e não sendo controlada como uma marionete.

"Removemos o aparelho e também analisamos seu corpo o máximo que nossa tecnologia pode, não encontramos mais nenhuma coisa de errado, só que estamos falando aqui de uma Kryptoniana, é difícil saber ou certo, sua biologia é simplesmente muito acima de quaisquer dados que temos." Galfore, levantou sua mão segurando um aparelho que se parecia uma aranha de metal com pernas longas e finas.

"Coisa desagradável e suja, ciência não deveria ser utilizada dessa forma." Ele deu o aparelho para uma de suas assistentes que o guardou em cima de uma bandeja de prata e deu meia volta saindo do laboratório.

"O que você vai fazer com isso?" Perguntei temeroso.

Não quero ser chato, mas essa coisa é forte o bastante para controlar um Kryptoniano, isso não é pouca coisa, há poucos que conseguiram resistir no universo inteiro, e eu não sou um deles.

"Vai ser estudado e depois descartado, tenha certeza disso." Foi uma resposta séria, algo que não esperei de Galfore que sempre pareceu relaxado e um pouco louco.

Acredito nele.

"Você quer acordar ela agora?" Ele perguntou em seguida.

"Não, vamos fazer isso em casa."

Faz uma semana desde a guerra, nesse tempo, fizemos tudo que tínhamos que fazer, recuamos para um lugar seguro fora do território do Império da Cidadela e montamos nossa defesa enquanto curávamos os feridos e reorganizamos as frotas, estávamos esperando o vencedor da batalha que deixamos para trás, mas eles não vieram.

Após ficar dias esperando e com a confirmação oficial dos líderes da aliança, demos meia volta e começamos a fazer nosso caminho para Tamaran, nesse meio tempo, eu e meus amigos conversamos sobre o que fazer com a Kryptoniana.

Antes de qualquer coisa a colocamos numa câmara criogênica para ela não acordar e deixamos Galfore e seus outros cientistas fazerem seu trabalho, a segundo decisão foi mais demorada, mas chegamos na conclusão que seria melhor deixar o acorda da Kara, para seu primo na Terra.

Ela vai acordar assustada, sem entender nossa língua, e se tomarmos medidas para a conter, isso pode sair errado, no final a uma grande chance dela simplesmente sair voando mais rápido do que podemos a seguir e acabar ficando perdida, nenhum dos nos quer dar essa notícia para o Superman, imagine dizer que ele tem uma prima e que a perdemos, não, ninguém quer dizer isso.

"Ela vai se lembrar, do que fez?" Perguntei em seguida.

"Não, aquele dispositivo é forte demais, estava suprimindo até mesmo sua consciência, ela não vai lembrar de nada, e isso é uma benção de X'Hal, acredite em mim, já lidei com tecnologia Galdariana antes."

Acenei para ele e levantei minha mão colocando a palma aberta virada para baixo, todo o casulo junto da Kara, desapareceram do centro do laboratório, vou a deixar na Casa até chegarmos em casa.

"Obrigado por isso Galfore." Agradeci.

Galfore, balançou sua cabeça, negando meu agradecimento e depois disse.

"Sou eu quem agradeço, tive a chance de ajudar um dos últimos Kryptonianos do universo, como cientista, isso é algo que sempre vou prezar."

Os cientistas Kryptonianos e sua ciência em geral era mil vezes mais avançada do que qualquer coisa no universo no seu tempo e até mesmo hoje em dia, eles são lendas para toda raça tecnologicamente avançada, muitos dos seus antigos instrumentos, naves ou qualquer coisa ligada à sua tecnologia encontrada é muito valiosa, mas para os cientistas, eles são o ápice que eles almejam. Foi Kori quem me explicou isso quando perguntei se seus cientistas estariam dispostos a ajudar Kara.

Após me despedir mais uma vez do Galfore, sai pela porta, entrando assim no longo corredor da nave K'Norfka, onde estamos no momento.

"Tudo certo?" Dick, estava me esperando parado encostado na parede com os braços cruzados, como o laboratório fica na parte mais baixa da nave, não havia o fluxo normal de pessoas voando ou andando pelo corredor, por isso ele pode ficar parado aqui sem ser arrastado pelo trânsito.

"O cientista-chefe confirmou, ela provavelmente está bem, mesmo assim, é melhor avisar para o Superman tudo que aconteceu em detalhes."

Dick acenou para mim e depois saio da parede andando do meu lado lentamente pelo corredor largo.

Não conversamos muito nos últimos dias, tirando é claro as reuniões oficiais dos Titãs, sei muito bem o motivo disso, minha pequena cena no planeta natal da Cidadela.

Somos heróis, não tiramos vidas, ou pelo menos, tentamos a todo custo não tirar vidas, mas a vida não é um jogo ou literatura, em alguns momentos, ela não te dá escolha, Dick aceitou isso, demorou, mas ele aceitou o que fiz durante o início da guerra dos vampiros, quando tirei minha primeira vida, mesmo assim, o que fiz naquele planeta foi mais extremo. Causei a destruição necessária apenas para fugir e nada mais, isso é certo, eu poderia ter deixado o Dragão para trás destruindo aquele mundo sem parar, mesmo separados do outro lado do universo, ele está ligado a mim, posso o fazer retornar com facilidade, não importando a distância.

De qualquer forma, mesmo criando apenas o nível certo de destruição e morte para escapar com vida daquele planeta, isso foi muito, simples assim.

Conheço muito bem o Dick, ele vai continuar processando esse fato por semanas sem falar comigo direito, usando sua mente incrível para criar cenários e mais cenários usando os dados que ele coletou e minha explicação dos eventos para encontrar alguma forma de fazer o que eu fiz sem tirar nenhuma vida, mas isso não é para jogar na minha cara, isso é para ele, Dick está tentando se convencer que a sempre um jeito.

{Dio, tenho uma mensagem importante para você.}

"O que foi Galateia?" Digo apertando o botão do meu comunicador no ouvido.

{Os líderes da aliança estão pedindo uma reunião com os Ômega Man e os Titãs.}

Olhei para Dick, ele recebeu a mesma mensagem.

"Estamos indo." Responde à mensagem.

Andamos em silêncio até o elevador no fim desse corredor que vai nos levar direto para os andares superiores onde fica a sala de reunião que normalmente os líderes da aliança utilizam para seus encontros, pelo menos o que estão presentes na nave, afinal, os hologramas podem ser exibidos em qualquer lugar, até mesmo nos quartos.

"Seus ferimentos, como estão?" Perguntou Dick, enquanto o elevador subiu lentamente dezenas de andares.

"Sou eu quem devia te perguntar sobre isso." Responde olhando para as pernas e ombro dele.

Fiquei lutando sozinho contra o Lobo por pelo menos uns vinte minutos, foram minutos que se pareceram horas, e a batalha foi brutal comigo conseguindo escapar no último segundo, agora o Czarniano deve estar espalhando por todo o cosmo, mas ele vai voltar.

Resumindo, mesmo saindo com vida, estava cansado demais naquele momento, e acabei saindo ferido.

"As minhas pernas continuam rígidas, mas é apenas um desconforto, vai passar logo, é você?" Dick perguntou de novo.

"Desde que eu não precise lutar com mais um Kryptoniano ou Czarniano tão cedo, vou ficar bem."

De todos meus amigos e aliados, foi a Kori quem mais ficou ferida, mas ela se cura rápido assim como eu que fiquei em segundo lugar nessa lista, voltei para essa nave quase que desmaiado, Lobo, não é um inimigo fácil, até o Superman, tem problemas com ele, a forma que ele luta não ligando para os ferimentos é ridícula.

Quando chegamos no andar e as portas se abriram, saímos lado a lado andando num longo corredor até chegar nas imensas portas do lugar, passarmos por dois guardas reais que estavam protegendo a entrada e fomos recebidos pela visão de todo mundo já reunido sentados numa mesa enorme redonda.

"Estamos todos reunidos, sejam bem-vindos." A Rainha Luand'r, usando um vestido longo branco esbanjando realeza nos recebeu com um sorriso nos dando um aceno digno, muito diferente do homem do seu lado, o Rei Myand'r, forte e com a postura de um leão de pelo vermelho a barba longa penteada numa traça e os cabelos selvagens criam facilmente essa imagem.

Acenamos para todos, inclusive para Karras, o último Comandante da Guarda Real de Tamaran que estava em pé atrás de todos protegendo seus soberanos. Nos movemos direto para as únicas duas cadeiras vazias, nossos amigos e os Ômega Man, meio que sentaram juntos dos dois lados da mesa, deixando o norte para o Rei, Rainha e General de Tamaran, mas acabei sentando do lado do General Ph'yzzon, que acenou alegremente para mim.

{Vamos começar então, estou animada para saber como as coisas chegaram nesse ponto.} Brincou a Rainha Lykan, mãe de Kalista e soberana de Eufórix. Ela está usando um vestido verde enfeitado com muitas joias da mesma cor e com um sorriso no rosto.

Essa não parece uma reunião comum, parece mais um compartilhamento do que eles sabem, coisa que eles não tocaram no assusto nas últimas reuniões, afinal, tínhamos muita coisa para fazer aqui.

"Senhor da Guerra, você pode começar, por favor?" Pediu o General Ph'yzzon, representando, com certeza, todas as frotas conjuntas.

O Senhor da Guerra de Okaara, um alien de corpo robusto coberto de pelo azul se levantou da sua cadeira, melhor dizendo, seu holograma se levantou e moveu a mão no centro da enorme mesa, outro holograma surgiu, esse cobrindo todo o espaço da mesa flutuando no ar e a imagem me pegou de surpresa com seus detalhes.

"Como isso é possível?" Perguntou Primus, também surpreso com os detalhes, isso claramente não é uma imagem criada a partir de dados conseguidos a distância por um equipamento poderoso, o que era esperado julgando a distância.

{Tivemos a oportunidade de chegar tão perto do núcleo da Cidadela graças a nossa breve aliança, então antes de partir deixamos para trás alguns satélites espiões, mas para eles não serem detectados, tivemos que tomar medidas muito cuidadosas, só agora recebemos as informações que eles conseguiram.} Explicou a Rainha Lykan.

{Esse foi um movimento que valeu muito ter sido realizado, observem!}

O Senhor da Guerra mudou o holograma movendo suas mãos e a imagem de longe, muito longe, foi ampliada se tornando 3D com detalhes ridículos de tão precisos, agora estamos no meio dos destroços da batalha, não dá para ver o planeta natal da Cidadela, então a imagem está no ponto de vista dele, posicionado atrás.

Graças a essa riqueza de detalhes, foi fácil perceber a estranheza na imagem.

{Foi como previmos, Lady Styx, fez seu movimento e liquidou as forças restantes da Cidadela e dos Psions, eles removeram tudo como as lendas contam, não deixaram nada para trás.}

Quando o Senhor da Guerra diz limpou tudo, ele quer dizer literalmente isso, não havia corpos ou pedaços das naves destruídas flutuando no espaço, no máximo, encontramos um ou dois pequenos fragmentos, e isso é a única prova que aquela batalha enorme aconteceu de verdade.

"Eu e meus amigos não temos nenhuma ideia do quão perigosa essa Lady é, vocês podem explicar um pouco?" Perguntei para a mais Rainha Luand'r, que sorriu para mim e explicou rapidamente o problema.

"Vocês já devem saber do perigo da ideológica da Lady Styx, mas uma ideia sem a força de a fazer acontecer não é perigosa, infelizmente, ela tinha essa força, seu exército de mortos quase conquistou e destruiu o Sistema Vega, ganhamos no final e ela recuou para um mundo morto e ficou lá por muito, muito tempo e todos concordaram em ficar de olho nela."

"Até que minha filha tola e idiota alertou uma pessoa que estava totalmente sem informação sobre o quão fracos estamos, ela se aproveitou disso como um Glorkaroach que ataca uma presa fraca para se fortalecer." O Rei Myand'r, acabou a explicação de sua esposa.

{A Lady voltou para seu mundo assim que saqueou os materiais destruídos e os mortos, vai demorar um pouco até que ela refine todo esse material, recomendo separar parte da nossa frota conjunta para cercar aquele mundo imediatamente.}

"Por que não atacamos logo antes dela virar um problema!?" Gritou Kalista.

{Não fale estupidez filha, estamos falando aqui de um inimigo que se torna mais numeroso a cada corpo que eles conseguem, fora também que o seu mundo morto é muito bem defendido, seria loucura atacar eles com nossos números atuais.}.

"Lady Styx é um problema para outro dia, mas vamos nos preparar para esse dia, é tudo que podemos fazer agora." Todo mundo concordou com o General Ph'yzzon, então não adianta tocar nessa tecla.

"O que aconteceu com a Cidadela e os Psions?" Perguntou Primus.

{Nossos estrategistas fizeram os cálculos, a Cidadela e os Psions perderam cerca de noventa por cento das suas frotas, eles não têm números para manter nem mesmo dez por cento do seu império.} Continuou o Mestre da Guerra de Okaara.

"Outro melhor momento para atacar eles e acabar logo com isso!" Kalista, mais uma vez, deu sua opinião agressiva.

{É mais uma vez, minha filha impaciente dá uma opinião equivocada.} Suspirou a Rainha Lykan, envergonhando o bastante sua filha para ela ficar calada afundando na sua cadeira.

"É verdade que eles estão no seu estado mais frágil, confinados nos seus mundos natais, mas esses mundos são o ápice do seu poder e tecnologia, sofremos menos do que eles nessa guerra, mas sofremos, tentar invadir esses planetas pode vir a ser nosso fim, não, temos coisas mais importantes para fazer." Rainha Luand'r, explicou para Kalista com um sorriso gentil enquanto movia sua mão na frente do holograma, mostrando o mapa estelar do império da Cidadela e dos Psions.

"Em vez de tentar um ataque que pode ou não nos levar ao fim, decidimos usar esse tempo com mais sabedoria, nosso objetivo agora é libertar quantos mundos podemos, depois vamos os cultivar, queremos cercar seus mundos natais com planetas aliados armados e preparados para lutar contra eles, isso se eles conseguirem se erguer de novo!" A Rainha Luand'r moveu sua mão mais uma vez, agora deixando os planetas no mapa galáctico em evidência. São centenas, milhares somando os dois impérios, se conseguirmos libertar metade deles, será o fim dos dois impérios.

Todos, é claro, ficaram satisfeitos com isso.

"Podemos ajudar, somos poucos, mas já trabalhamos com várias organizações rebeldes em mundos ocupados pelos dois Impérios, algumas delas já estão tentando libertar seus mundos, mas falta vontade do povo em geral." Comentou Primus.

"Como assim?" Perguntei.

"Muitos não acreditam na nossa vitória e nem nas perdas que a Cidadela e os Psions sofreram, eles viveram tantas gerações sobre o controle desses impérios que é difícil imaginar algo assim acontecer, as organizações rebeldes que falei tem poucos membros e poucos recursos, mas se eles tivessem o apoio do povo a vitória viria com mais facilidade."

"Podemos dar algo para acender essas chamas?" Dick perguntou para os líderes, claramente se referindo a compartilhar imagens ou filmagens da guerra, talvez até mesmo alguns dados do que aconteceu depois.

{Então, vamos compartilhar todas as informações e arquivos que temos na rede, só as imagens que temos do Quebrador de Mundos, é o bastante para animar uma centena de rebeliões.}

"Quebrador de Mundos?" Perguntei sem entender enquanto todos os líderes da aliança virando seu olhar para mim.

"O que aconteceu?" Perguntei de novo.

"O garoto realmente não faz ideia!" Brincou o Pai da Kori, abrindo um grande sorriso coberto por seus pelos faciais vermelhos.

{Isso nos leva para o segundo tópico dessa reunião, uma explicação detalhada de um certo evento.} Comentou o Mestre da Guerra alterando o holograma no centro da mesa mais uma vez, agora mostrando um planeta enorme que reconheci imediatamente, era o mundo natal da Cidadela.

"Quem os atacou?" Perguntou Kalista, se levantando da sua cadeira em choque.

O planeta não estava intocado, havia uma ferida negra cobrindo o espaço de dois continentes, como se um câncer tivesse sido removido com fogo, não apenas isso, é possível ver, mesmo de longe, pontos vermelhos e pretos por todo o globo, chamas e destruição espalhadas.

"Kírix, acho que eles estão falando que foi você o responsável por isso!" Primus, jogou a pedra.

"Não, não tem como." Neguei imediatamente, mesmo tendo percebido que o ponto mais destruído, que tem o tamanho de um continente, fica no mesmo lugar que cai, no deserto.

{Temos imagens de longe da sua luta.} O Senhor da Guerra mudou o holograma retrocedendo à passagem de tempo em alta velocidade.

A imagem está longe, muito longe, só dá para ver alguns flashs de luzes e explosões nas montanhas e no deserto para enfim as torres flutuantes serem vistas sendo destruídas, foi nesse ponto que deixei o planeta, e foi quando tudo começou a sair do controle, tudo isso acabou com a explosão imensa que cobriu todo um continente, uma arma destruidora de planetas foi usada.

{Não sabemos o que aconteceu, assim que você saio do planeta todos os Citadelianos naquele continente começaram a se atacar como loucos, depois de várias dias de pura loucura, Complexo-Complexo limpou o continente inteiro detonando uma bomba destruidoras de mundos, mesmo assim, a loucura se espalhou pelo planeta, em menor nível, mas se essa loucura não for domada, a Cidadela vai ruir!}

Tudo bem.

Isso é minha culpa.

Eu sabia que a conexão genética dos clones os ligaria à minha maldição, só que no meu pensamento mais arrogante, o máximo que aconteceria seria algumas alucinações e fantasmas os atormentando, talvez até mesmo conseguir criar alguma consciência nesses clones.

O que ganhei foi pura loucura.

"Dio, o que você fez!?" Perguntou Kori, com lágrimas nos olhos, olhando para a imagem do planeta em caos.

Ela não está chorando por raiva ou repulsa, é felicidade, pura felicidade por ter sido vingada.

"Foi uma maldição, ela atormenta o alvo com visões ou sonhos guiados pelos fantasmas dos injustiçados, essa é a explicação simples." Expliquei para todos.

"Tirando o fato de você ter conseguido fazer isso, o que é um grande fato, os Citadelianos não têm consciência, eles não deveriam ter ficado loucos." Comentou Kalista, uma das duas que sabem como a magia funciona.

"Ela conjurou essa maldição com um potenciador divino, você conseguiu chamar atenção da própria Deusa da Vingança para aquele mundo." Falou Raven.

Bem, ela está certa, como sempre, lembro da figura conjurada assim que a fumaça se formou, mas não dei muita importância a esse fato até esse momento.

{Agora que tudo isso foi explicado, devo dizer que foi magnifico, você se tornou digno de portar o nome de Quebrador de Mundos.} Concluiu o Senhor da Guerra.

"Infelizmente, não podemos atacar eles agora, Complexo-Completo ainda tem o controle sobre as defesas e todos os outros sistemas." Comentou o Pai da Kori.

"Lamento, preciso de um tempo." Falei me levantando da minha cadeira.

"Kírix!?" Perguntou Kori.

"Estou bem, vocês podem continuar sem mim, só estou um pouco cansado da cura." Dei essa desculpa idiota e fui imediatamente para fora da sala após me despedir educadamente com todos os líderes da aliança de forma rápida.

Do lado de fora, fui direto para o corredor me movendo rápido demais para esse ambiente, o maldito elevador demorou dois minutos para chegar, só percebe depois que só foram dois segundos. Minha percepção de tempo foi atrasada por mim mesmo sem perceber.

O elevador me levou até o andar do meu quarto pessoal, e lá, me joguei na cama com as luzes desligadas.

O que está feito, está feito, mas o resultado foi muito maior do que o esperado, saio completamente de controle, não, melhor dizendo, não imaginei qual seria a resposta do Complexo-Complexo para resolver o problema.

{Não foi sua culpa, foi dela.}

"Você quer dizer…."

{Não diga o nome dela em voz alta, vocês estão ligados sutilmente pelo feitiço, ela vai saber.} Zagreu, interrompeu meu pensamento em voz alta com sua voz alta e um pouco alarmada.

"O que aconteceu então?" Perguntei de olhos agora fechados.

{Seu feitiço foi perfeito, até mesmo o uso das suas emoções para impulsionar os efeitos na ligação do sangue, foi um feitiço digno de um mestre, mas não foi isso que chamou atenção dela, e sim a própria Cidadela.}

"Joguei um sinal enorme apontando para um alvo que era muito apetitoso para ela, simples assim." Conclui.

Quantos mundos sofreram por causa da Cidadela?

Nem imagino o número de vidas perdidas e do sofrimento acumulado, sofrimento que se tornou ressentimento e desejo de justiça e vingança. Que alvo melhor para a Deusa da Vingança?

"Eu toquei praticamente o sino do jantar." Brinquei.

A maldição que usei tem o nome dela, foi criado em nome dela, um mais um é dois, a chamei e ela veio, simples assim.

{Exatamente, foi algo que fugiu muito do esperado, como falei, você não pode se culpar por isso, e nem precisa, eles com certeza, mereceram seu destino.}

"Não sou o júri nem carrasco."

{Num mundo onde essas coisas não existem, você é a melhor opção, afinal, quem é um juiz melhor comparado ao Filho do Submundo? Responsável por julgar todas as almas? Por isso, não se culpe.}

"Não é assim que a culpa funciona."

Fechei meus olhos e acabei com a conversa, quero dormir, mas sei muito bem que não vou conseguir, vou ficar a noite toda pensando e pensando sem parar no que poderia ter feito de diferente.

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No ponto mais baixo da nave K'Norfka, há apenas duas salas, uma delas é onde se encontra o núcleo de energia que alimenta toda a nave, a outra, muito pequena em comparação, é uma prisão. Essa prisão foi colocada nesse ponto da nave porque ela foi construída utilizando o mesmo material que protege o núcleo de energia, é preciso no mínimo disparos de uma nave classe nove para atravessar essa blindagem, esse é o ponto mais resistente da K'Norfka.

Sentada no chão da sala prateada, com as pernas presas por correntes do mesmo metal que foi construída essa sala, correntes que estão ligadas a um buraco no chão, a antiga Princesa Komand'r, sorri com a visão da sua irmã, entrando pela porta que se fechou assim que ela atravessou.

"Eu sabia que você não conseguiria evitar falar comigo." Komand'r, está vestindo algo que não é digno para realeza, um macacão simples branco cobrindo todo seu corpo deixando apenas seu pescoço amostra, conectado ao seu braço a um tubo ligado a parede atrás dela, estão injetando drogas no seu corpo diretamente, mas isso não é para a conter, e sim para salvar sua vida.

A Princesa Koriand'r, não falou nada inicialmente, apenas ficou olhando para sua irmã através de um campo de força de coloração azul, já que eles estão tão próximas do núcleo, esse campo de força está alimentado diretamente por ele, isso significa seria praticamente impossível o atravessar usando força bruta.

"O que está esperando irmã, pode se gabar da sua vitória!" Gritou a derrotada, virando sua cabeça bruscamente para esquerda, tirando seus longos cabelos pretos do seu rosto, mostrando assim sua pele laranja ferida que está cheia de rachaduras brancas como num vidro colorido, pequenos caminhos na sua pele.

Assim que ela foi levada para a nave, os médicos tiveram muito trabalho para a salvar dos efeitos da droga injetada no seu corpo para atingir aquele estado de poder. O Cientista Chefe Galfore, não faz a menor ideia do que foi feito no seu corpo, mas conseguiu conter da melhor forma possível os efeitos colaterais mais graves.

Depois de quatro minutos de silêncio, Komand'r se levantou furiosa, levando com ela as drogas e correntes presas a suas pernas, ele tem liberdade de movimento o bastante para se mover por toda a sua cela, seus país foram bondosos assim.

"Vamos lá irmã, não vai dizer nada!" Gritou ela caindo de joelhos logo em seguida, ofegante, apenas esse movimento brusco a colocou nesse estado.

Koriand'r não falou nada desde que chegou, ela vai cumprir sua promessa, nunca mais ela vai gastar palavras desnecessárias com sua irmã, mesmo assim, todos os dias durante a sua viagem até Tamaran, ela ficava olhando para o interior da cela da sua irmã em silêncio por pelo menos dez minutos, o que passava na sua mente era uma esperança fútil de arrependimento por parte de sua irmã, mas a antiga Princesa Koriand'r não a surpreendeu, tudo que ela falava eram afrontas e gritos indignados com sua situação.

Primeiramente quero agradecer a todo mundo que me mandou mensagem perguntando como eu estava, seu interesse pela saúde desde simples escritor me comoveu muito, como sempre.

Não vou pedir desculpas, como falei, recebi uma notícia que não foi muito boa, isso me colocou para baixo mentalmente, e continuo dessa forma, mas aqui estamos.

PS: Quebrador de Mundos fica mais legal em inglês...

PS2: Até o próximo capítulo!

LordVoidcreators' thoughts
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