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100 dias para morrer

Uma vida insignificante e uma morte fantástica. Muitas vezes as coisas não acontecem como o esperado, mas Lary Flores nunca desistiu por causa disso, e sofreu até o dia de sua maravilhosa morte.

M4rques · Action
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16 Chs

Decolagem

"Você não pode estar falando sério Lary."-"Vale a pena tentar."-"..."-Viu? até você sabe que é nossa única opção."-"Vale a pena tentar."-"Certo. Não temos tempo a perder. Vamos."-Entramos no armazém que estávamos escondidos atrás, usando a coronha da arma do Jhonny para quebrar o cadeado. Nós sabíamos que lá dentro teria um avião, ou pelo menos que a chance era grande, já que na parte acima do portão tinha a marca de uma empresa que não reconhecemos, mas tinha um avião nela. Quando entramos vimos que estavamos certos. Um avião para salto de paraquedas estava lá dentro. Eu abri o portão e o Jhonny entrou no avião, ele tinha o treinamento básico de como pilotar um avião então ligá-lo não foi um desafio. Ele começou a mover o avião para fora do armazém, e esperou alguém notar que ele estava lá. E rápidamente duas pessoas notaram, duas pessoas dentro de uma carro, que agora estavam acelerando em direção do avião. Bruno e Clara eram as duas pessoas. Quando Jhonny viu isso, ele acelerou o avião, porém, não para a pista de decolagem, o avião estava seguindo direto em direção a grade que fica ao redor de todo o aeroporto, quando eles viram isso, começaram a atirar, e acertaram em uma das rodas do avião, fazendo ele derrapar antes de chegar na grade e virar. A batida do avião no chão causou um barulho estrondoso que ecoou por todo meu corpo. A chuva que havia ameaçado cair começa. E eu comecei a Tremer quando vi a cena. Sem dúvidas aquele foi o momento em que eu entendi o quão sério tudo aquilo era.

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"Consegui"-Disse Vanessa pra Marcos. Ela queria dizer que tinha conseguido desligar as câmeras dentro do armazém, agora Marcos precisa fazer a parte dele e abrir a porta sem deixar rastros de invasão. Marcos começou a usar seus equipamentos para tentar abrir a fechadura de uma forma que eles pudessem fechar depois, e depois de alguns minutos ele consegue. No armazém tudo ocorria como planejado, os guardas estavam todos distraidos, nenhum alarme havia tocado, e poderiam fazer parecer que ninguém esteve ali. O real problema era a dúvida, a dúvida sobre o que a CAAS sabia ou não sabia, o que ela estava fazendo. Todas essas dúvidas plantaram medo na cabeça dos dois, mas eles sabiam o que tinha que ser feito, e medo não podia ser um motivo para a falha daquela missão, por isso, tiraram as sacolas que guardavam em sua mochilas e começaram a pegar as armas, munições e outros equipamentos. 

Depois de alguns minutos, suas sacolas já estavam cheias com os equipamentos, tudo tinha acontecido como planejado. Eles começaram a escutar um som o telhado do armazém, um som que parecia ser de várias coisas caindo em cima dele, não muito pesadas.-"Parece que esta chovendo."-Falou Marcos.-"Isso nos atrapalha de alguma maneira?"-Perguntou Vanessa.-"Não"-"Então não interessa. Vamos sair daqui logo, se eles não estiverem lá fora temos que correr."-Quando eles sairam, a chuva estava ficando mais forte, e de repente puderam escutar uma explosão. Eles conseguirem ver que o local não era muito longe dali, e essa explosão provavelmente significava uma coisa, que para o desapontamento deles, Lary e Jhonny haviam falhado à missão.-"Vamos, temos que correr Vanessa."-Eles começaram a correr em direção a saída. Nas suas costas estavam as sacolas, completamente cheias com armas, munição e outros equipamentos que eles encontraram e determinaram que poderia ser útil. A chuva estava tão forte que enxergar estava começando a se tornar um problema, e o vento não ajudava nem um pouco. O vento só ficava mais forte, dificultando carregar as já pesadas sacolas. Enquanto eles estavam correndo, puderam escutar um barulho de buzina a distância. Vindo da direção da explosão, eles puderam ver um carro, vindo na direção deles. Aquilo significava o fim definitivo da missão.

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"Deixe eu ver se entendi. Você está me dizendo que para distrair a CAAS vocês explodiram um avião, e por causa disso o Lary e o Jhonny estão mortos?"-"Mortos talvez seja esperar demais, mas sim, esperamos que a CAAS pelo menos continue a nos declarar desaparecidos, e todas as provas de que estivemos lá devem ter sumido graças a Vanessa."-Respondeu Lary antes que Marcos pudesse se quer pensar em como responder a pergunta que lhe foi feita. Carlos espera a resposta em pé, perto da cadeira em que ele sempre senta na mesa de reuniões. Todos estavam olhando para aquela mesa. Esse é um dos contras causados por não se ter paredes, apesar de fazer todos se sentirem unidos e facilitar vigiar tudo que acontece a todo momento, isso também significa que todos podem ver o que está acontecendo, quando muitas vezes seria melhor não verem. A localização estratégica da mesa de reuniões não ajudava nisso também, já que ela foi colocada em um lugar que permitia ver tudo que acontece na Hermes. Carlos se sentou na cadeira, juntou suas mãos, colocou seus cotovelos na mesa e apoiou sua cabeça e sua mãos. A posição em que ele estava era como uma pessoa rezando e agradecendo pela comida em um almoço de domingo. Depois de bater em sua cabeça algumas vezes, fazendo um som que ecoou por todo espaço devido a todos estarem em silêncio esperando sua reação, ele ficou parado por mais um tempo. Foram aproximadamente 10 segundos que ele fez isso, sem dúvidas foram os 10 segundos mais longos de toda a minha vida. Parecia que anos havia se passado, quando ele finalmente levantou a cabeça eu me perguntava se meu cabelo teria ficado branco ou se eu sequer tinha algum cabelo restante na minha cabeça. Quando ele levantou a cabeça e finalmente abriu os olhos ele disse.-"Bom trabalho. Vocês completaram o nosso objetivo. No final isso que importa. Jhonny, venha comigo, tenho algo para conversar com você em um lugar mais privado."-"Carlos..."-"Chefe para você Lary."-"Isso quer dizer que eu fui aceito?"-"É o que parece não é? Agora vá para casa, você tem direito a 6 horas de descanso."-"Era sobre isso que eu queria falar chefe... Para onde eu vou?"