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Desejo de Roxton parte 2

Daeron chegou carregando sua armadura e disse.

— Estou pronto. — com um rosto satisfeito.

— Ainda não, deixe a armadura aí e me siga. — Gwayne disse, indo em direção ao subsolo do castelo, onde ficava uma enorme sala de banho e piscinas termais.

Era no primeiro andar do subsolo, onde tinha um enorme corredor, cheio de quadros mostrando façanhas militares e feitos históricos, animais entalhados estavam nas paredes como sentinelas do lugar, era bem escuro até chegar a sala das piscinas. Ficava no fim do corredor, onde tinha outras portas para depósitos e uma grande escadaria lateral levando ainda mais para baixo... Gwayne desceu até a metade daquela escada quando era pequeno, mas desistiu por estar extremamente escuro. Para lá fica as masmorras, mas como ninguém comete crimes por aqui, caiu em desuso. E desce ainda mais para baixo segundo meu avô. Gwayne amava a sala das piscinas, era agradável e quente. A Cerella tinha medo, mesmo a Septa a acompanhando do lado de fora e as servas dentro da sala. Sor Lymond teve que fazer uma sala de banhos no primeiro andar só para ela. Apenas o Gwayne conseguia levar a prima até às piscinas lá embaixo.

Daeron abriu uma enorme porta de madeira ornamentada e entrou, Gwayne foi logo atrás. Era uma sala quadrada de pedra, tirando apenas por uma das paredes que era um pouco longa e arredondada no final. Lá era onde ficava uma piscina menor, além de diversos utensílios e bancos de pedra quente que guardavam ambos os lados da parede. Gwayne e Daeron ficaram na ala principal, onde ficava a piscina maior, estava tudo iluminado por tochas, a luz da lua já adentrava silenciosamente por uma vidraça circular enorme que ficava no teto. A água das piscinas era naturalmente quente. Sor Lymond por vezes dizia que passava um riacho subterrâneo por baixo do castelo, e em seu fundo um vulcão dormia. Gwayne não acreditava. Ambos se despiram e colocaram suas vestes no banco ao lado da porta.

Eles tomaram um banho rápido e depois partiram para o salão onde Cerella aguardava junto da Septa. Chegando lá, Daeron vestiu sua cota de malha, depois ele ajudou Gwayne a vestir a armadura e colocou uma capa azul escarlate nas costas dele. Daeron corou.

— Está perfeito. — bradou ele.

— Parece forte, Gwayne. — Disse ela, se agarrando em seu braço. Gwayne sorriu.

— Com certeza vai impressionar a Senhora de Roxton e o pai dela. — disse a Septa.

Sor Leo entra no salão.

— Está tudo pronto, meu senhor.

— obrigado, sor Leo, diga aos homens que já irei. — disse Gwayne. — E as provisões, Sor? — Gwayne se sentiu tolo, por ter esquecido de algo tão importante.

— Eu já cuidei disso, Senhor. — ele sorriu.

Gwayne ficou aliviado.

Ele saiu.

— Chegou a hora de mais uma despedida. Disse Cerella, enquanto ele colocava a espada na cintura.

— Em alguns dias já estaremos de volta.

Então, ele a beijou no lábio rapidamente e depois na bochecha. — Em breve. — ele pronunciou, se afastando para a Septa, a segurando pelos braços, deu um beijo em sua bochecha. Ele se virou para Daeron.

— Deixe-me te ajudar com isso. — disse baixo. — Já pegou sua besta?

— Irei pegar. — Disse Daeron, baixinho.

Ele colocou as armaduras nos braços e peito de seu amigo. — agora você está pronto.

— Vamos. — disse, partindo para fora, onde vinte cavaleiros já o esperavam montados.

Gwayne abraçou Sor Leo, e o disse para ele cuidar de sua prima. Então, desceu as escadarias onde ele e Daeron montaram em seus cavalos.

Gwayne deu um sorriso para Cerella.

— Pode existir um homem tão belo? — Disse ela a Septa ao seu lado.

A Septa fez um rosto em concordância.

— Ele é abençoado pelos Sete, minha senhora Cerella, um homem a ser seguido por outros homens. — pronunciou por fim com convicção e olhando firmemente nos olhos dele. Depois soltou um sorrisinho e olhou para Cerella. Gwayne as vira cochichando e aos sorrisos, então virou o cavalo e partiu em disparado. Daeron foi logo atrás e todos os cavaleiros o seguiram. Eles chegaram às fronteiras de Rochedo Casterly no começo da madrugada, montaram acampamento sobre a borda de uma floresta. Gwayne ficou olhando pensativo para as luzes do Rochedo... As tochas a se agitar nas ameias, as luzes no castelo lá no alto. Ele pensava se Tywin Lannister se encontrava em casa, e se Gwayne subisse e batesse a porta... "Ele a abriria?" Ele sabia que Lorde Tywin foi o causador da ruina de sua família.

— O que te perturba, Gwayne? — Disse Daeron, com meio espeto de carne assada pingando molho em seus dedos.

— Só estou pensando. — respondeu ele, de forma fria.

Daeron pegou um tronco cortado e fez dois assentos para eles. Então, entregou metade do espeto para Gwayne, que o agradeceu.

— Até que não é ruim viajar assim. — Disse Daeron. — é claro, com os cavaleiros montando nossas barracas e fazendo nossas comidas. Gwayne riu, enquanto mordia um pedaço de carne gorda, que fazia pingar gordura por seu queixo. Daeron limpou com o dedo, depois o lambeu.

— Está preocupado com a Senhora que te espera? — perguntou ele.

— Não é isso que me perturba, eu sei que isso vai ser rápido. — Então, respirou profundamente. — Isso vai ser estranho, mas no momento em que eu li a carta, é quase como se eu a tivesse sentido respirar dentro de mim, mesmo ela estando a milhares de quilômetros... Bom, esquece. Ele apontou para o Rochedo Casterly.

— Aí está meu problema, Daeron.

Daeron olhou confuso, e quando iria perguntar o que significava, Gwayne disse.

— Vamos dormir, amanhã levantaremos acampamento cedo. Eles chegaram ao fim do dia seguinte nos limites do território da Casa Serrett. Descansaram um pouco abaixo do terreno montanhoso onde ficava SilverHill, e então partiram novamente, parando em uma estalagem e cervejaria nas fronteiras com a campina, perto de um riacho pequeno, foram recebidos por um cervejeiro e por sua filha, uma garota rechonchuda da idade do Daeron. Os cavaleiros aceitaram a cerveja, Gwayne e Daeron declinaram, comeram frango assado e uma sopa de nabos ao alho e limão. Depois arranjaram quartos e um estábulo para os cavalos, no começo da madrugada.

Eles partiram pela manhã, cruzando para o território da campina, onde ficava o domínio da Casa Roxton, nas fronteiras com as terras ocidentais. Daeron ficou maravilhado com as paisagens da estrada.

Campos longínquos com enormes plantações de trigo, parreirais de uva roxa corriam até a infinidade, com rosas e rouxinóis surgindo entre seus pés.

— É maravilhoso aqui. — exclamou ele.

— Realmente é. — concordou Gwayne, colocando seu elmo, deixando o entreaberto.

Eles avistaram o castelo surgir atrás de uma colina, um castelo anelar com muralhas brancas circulares com torres, estava acima de uma pequena colina, com um pequeno riacho passando em baixo da ponte de entrada do castelo. Eles podiam ver uma estrada que cortava um vilarejo a cem metros do castelo, então, ouviram trombetas tocar e o portão abrir, passando vários soldados com lanças e escudos através dele, se posicionaram ao lado da estrada.

— Vieram nos receber. — Disse Gwayne.

Eles passaram cavalgando pela ponte, entrando em um corredor murado que ia para a esquerda, então ao verdadeiro portão de entrada, passaram a trote, parando nas escadarias do castelo. Gwayne vislumbrou seu avô nas escadarias, um homem robusto ao lado dele, cabelos ralos e brancos, tinha um bigode cor de areia e a barriga era digna de nota. Lorde Luwyn Roxton... Pensou Gwayne. Outras três senhoras os acompanhavam, ele percebeu no momento em que colocou os olhos sobre elas, que sua prometida não estava presente, ele tinha certeza que iria saber no momento em que colocasse os olhos nela. Permaneceu no cavalo.

Daeron ouviu passos vindo de trás das pessoas na escadaria, e o cavalo de Gwayne ficou inquieto. Ele o prendera entre os pés, forçando o cavalo a ter uma aparência mais régia. Ele desmontou e removeu seu capacete lentamente, seu cabelo brilhou como ouro ao Sol e caiu sobre seu pescoço. Ele segurou o elmo entre os braços, então, caminhou a passos moderados até seus anfitriões, os reverenciando de forma régia.

Daeron observou uma garota surgir por trás de uma das senhoras, Gwayne voltou seus olhos para ela, que o reverenciou de forma graciosa. Ele observou ela lentamente, seus olhos azuis claros, cabelos tão negros como a noite, rosto com linhas delicadas em formato de coração, cílios tão negros que deixavam seus olhos delineados naturalmente, que a dava a ela um olhar astuto e misterioso, trajava um vestido apertado de cor negra com partes transparente de seda marfim e renda myriana, que deixava seus ombros desnudos. Um pingente da estrela de sete pontas caia sobre seu decote, que escondia seios fartos. Ela tinha curvas graciosas e seu vestido ajudava a realçar seus traços delicados. Ela o olhou fixamente em seus olhos. Gwayne a tomou pela mão, deslizando seus dedos sobre a mão magra, depois coroando a mão dela com um casto beijo.

Lorde Luwyn ficou impressionado...

— Lady Olívia, estou honrado por conhecê-la, sou...

— Sor Gwayne.... Reyne — disse ela, com um sorriso astuto e a voz tão bela e pura que Gwayne nem cogitou em corrigir, ele ainda não era um cavaleiro, mas o que o deixou fascinado foi ela ter incluído o nome de sua verdadeira casa. Gwayne deu um breve olhar a Sor Lymond.

Pelo rosto impassível de seu neto, e imaginando a pergunta que se passou na cabeça dele, Sor Lymond fez sinal de não com a cabeça. Lorde Luwyn estava com olhos arregalados e boca aberta ao lado.

"Meu leão", Gwayne ouviu uma voz feminina dizer, mas quando virou encontrou a boca de Olívia imóvel. Gwayne a olhou com fascínio nos olhos, e um rosto impassível.

Daeron estava interessado no que estava acontecendo, de cima do cavalo ele observou Lady Olívia responder algo, mas Gwayne não havia perguntado nada.

— Sim! — pronunciou ela docemente, então olhou para o pai.

Daeron não entendeu, ela parecia ter respondido algo ao Gwayne...

— Meu Bom Gwayne. — começou o Lorde Luwyn. — Como um bom anfitrião, teremos um banquete essa noite em sua homenagem.. Ele bateu palmas, então as outras senhoras que deveriam ser as irmãs, levaram a Senhora Olívia para dentro, ela se virava tentando manter o olhar nele e as irmãs davam tapinhas em suas costas e cochichavam algo divertido, enquanto ela soltava sorrisinhos em resposta. Lorde Luwyn as seguiu e murmurou enquanto se retirava. "Um Reyne, como eu não imaginei isso e como pode isso..." O resto se tornou inaudível para Gwayne, mas ele viu ele rir e demonstrar surpresa, como se tivesse descoberto isso no momento em que Olívia pronunciou a palavra.

Ele olhou para seu avô que estava com um olhar pensativo.

— Qual o problema, Senhor? — Disse Gwayne, se aproximando.

— Estou apenas refletindo, adorável garota, não? — disse o avô.

— Mais do que isso. — Respondeu Gwayne, observando os homens no pátio lidando com os cavalariços.

— Mas nem tudo é tão fácil quanto parece, Gwayne. Ele respirou profundamente.

— Ela é uma quarta filha, provavelmente nunca irá herdar este castelo, suas terras ou rendimentos. Gwayne não pareceu se importar muito. — Sor Lymond olhou ele nos olhos.

— Ela tem dezessete anos. — disse ele.

Gwayne achou isso estranho, não é comum uma garota nobre ainda não ter casado nessa idade.

— Qual o motivo disso, Sor? — indagou ele.

— Eu descobri o motivo, eu acho. Bufou ele.

— após uma guarda do castelo beber mais do que deveria e tropeçar em algumas moedas de ouro... Aparentemente, ela colocou para correr os últimos pretendentes, segundo o guarda, ela foi chamada de louca pelo filho de lorde Ashford... Chamada de indecente pelo filho de lorde Ambrose, e de coisa pior por lorde Fossoway, ele disse que ela era inadequada para servir como esposa ao seu filho, um fidalgote rechonchudo, terceiro na linha de sucessão. Bom, segundo o guarda o lorde Fossoway só disse isso depois de ter sua honra ferida, Olívia aparentemente já tinha recusado o filho dele.

"louca..." Murmurou Sor Lymond.

— Ela continua donzela? — Perguntou Gwayne bruscamente.

— Lorde Luwyn garantiu isso, ela não gosta de ser tocada, nem mesmo por suas damas de companhia, seu pai disse que isso começou após ela ter tido um sonho na idade de sete anos, desde então está se guardando, para alguém digno...

— Então, sem problemas. — Disse Gwayne.

— Parece que ela encontrou quem tanto aguardava. — disse ele, olhando nos olhos de seu neto. Gwayne riu.

— Vamos entrar. — disse o avô.

Gwayne chamou por Daeron entrou no castelo, um belo castelo, por fora era completamente branco, com estandartes do anel de Roxton a tremeluzir das ameias, por dentro, Gwayne ficou maravilhado com tamanha riqueza, um grande salão de entrada, paredes com tons de verde fraco serpenteadas por rosas e espinhos, muitas das paredes em mármore cinza ornamentado, nas paredes quadros com cores vivas representando florestas e riachos, animais entalhados e belas armaduras presas como sentinelas em seus postos, estátuas feitas de mármore. Um servo os reverenciou e disse que os levaria a um lugar onde pudessem trocar suas vestes. Eles subiram uma escada de mármore até o terceiro andar, ele os encaminhou até porta.

— Chegamos, Meu Senhor. — disse ele fazendo uma reverência, depois partiu.

Entraram em um quarto o grande e arejado, com sacada e muitas janelas, uma grande cama no meio do quarto e uma linda vista para o Jardim, eles podiam ver parreirais de uvas e diversas flores, um pequeno labirinto se posicionava atrás dos parreirais.

— Seus filhos vão ser donos disso um dia... — Disse Daeron entusiasmado com tanta maravilha.

— Acho que não, mas podem vir a crescer aqui um dia. — Gwayne começou a tirar a roupa. Ele só trouxe outra roupa além de sua armadura, seu avô tinha dito que iria ser rápido.

— É um bom lugar, eu adorei. — Daeron começou a se despir e a continuar investigando o quarto. Ele achou uma sala de mármore nos fundos com uma grande banheira e uma janela ornamentada com pilares nas laterais. — esse lugar é um paraíso. Então riu e foi se vestir.

— Daeron disse que iria descer assim que arrumasse suas armaduras em algum lugar.

— Não precisa fazer isso. — Disse Gwayne rapidamente, você está aqui porque eu quero e não para me servir.

— Eu sei... Mas eu sou seu escudeiro, estou apenas fazendo o que é esperado de mim. — Tá bom, me encontre depois quando terminar. Então, Gwayne se apressou e caminhou até a escadaria, percebeu que sua prometida estava o esperando. Ela balançava lentamente seu corpo, parecia estar inquieta.

Ele ofereceu-lhe a mão, ela a segurou de forma carinhosa.

— Que houve, querida Donzela? — olhando fixamente em seus olhos.

— Desculpe, meu bom senhor — disse ela, com um brilho no olhar. — Estou vendo com meus próprios olhos... Uma profecia se cumprir e um desejo a realizar.

Sua voz havia mudado, de uma voz inquieta para uma sedutora e misteriosa. Ele sorriu.

Por algum motivo, ele sentiu que ela já sabia sobre o sonho que ele teve na infância. "Poderia ela realmente saber?" Pensou ele. "Não, foi apenas um sonho."

— Conseguiu fugir de suas adoráveis irmãs, minha senhora? — Disse ele, mudando de assunto. Ela riu baixinho.

— Não foi uma tarefa difícil, meu senhor, foi mais difícil para elas me manterem longe. — disse ela sorrindo, e se agarrando docemente em seu braço. Eles começaram a descer as escadas trocando gracejos.

Lorde Luwyn os estava esperando no sopé da escada com um enorme sorriso no rosto, ao ver eles se paparicando.

— Fico feliz que se deram bem. — disse ele, com Sor Lymond no lado.

— A sua filha é encantadora, Lorde Luwyn. — Disse Gwayne, a olhando nos olhos. Ela corou e sorriu para ele.

— Puxou isso da mãe. — disse ele, então gargalhou. Talvez, minha amada filha tenha a amabilidade de entreter o nosso convidado, que tal apresentar o castelo a ele? — disse olhando para ela.

— Com todo o prazer, Pai — disse ela, olhando para Gwayne.

Ela o tomou pelo braço e afastou se deles através do corredor.

Lorde Luwyn e Sor Lymond assistiram eles se distanciarem.

— Ele tem uma excelente figura, devo dizer, Sor Lymond, Belo e de constituição poderosa. Sor Lymond assentiu.

— Os homens o seguiram para onde ele apontar, como aconteceu todas as vezes que surgiu alguém tão extraordinário. A história é cheia deles, Daemon Blackfyre, Daeron l... O próprio Rhaegar Targaryen. — trovejou ele. — Maldições, Lym. — disse andando de um lado para o outro.

— Deveríamos ter estado lá, ao lado dele e não cercando aquela maldita ponta tempestade, ficamos sentados em um cerco inútil enquanto nosso príncipe era morto pelo usurpador.

— então se virou para ele. Por que o escondeu por todo esse tempo?

— Meu domínio fica aos pés de Rochedo Casterly. — disse ele, sem rodeios.

— Eu aceito. — estendendo a mão para Sor Lymond. — Eu não esqueci quem matou a esposa e os filhos de Rhaegar...

Sor Lymond apertou sua mão.

Senhora Olívia estava mostrando a sala onde eles faziam as refeições, uma mesa longa de carvalho ornamentado se extendia pela sala, cadeiras acolchoadas e quadros com porta tochas na parede, um local para guardar uma espada estava encima da grande lareira.

— A espada ancestral de minha casa, mas bem, nos perdemos...

— A Fazedora de Órfãos. Disse Gwayne.

— Em breve ela estará de volta. — disse ela, em tom misterioso e divertido. Ela se virou e abriu a porta lateral, eles cruzaram um corredor e depois uma porta, caminharam um pouco e chegaram ao grande salão, uma sala enorme com um enorme estrado, quatro mesas longas lado a lado e diversas lareiras com teto abobadado.

— É um belo lugar. — Disse Gwayne.

Depois eles caminharam até o lado de fora, passaram por diversos corredores e servos, chegaram finalmente no jardim.

Senhora Olívia caminhava por entre os parreirais com uma flor de cor púrpura na mão, cheirava a de tempos em tempos.

— A coisas que eu desejo perguntar... — começou ele, a tomando pela mão e sentando se em uma murada.

Ela o olhou interessada.

— Eu sei o que deseja saber. — ela sentou-se na murada e colocou as mãos sobre o vestido. — O filho de Lorde Ashford tinha as mãos inquietas, tocava aqui ou ali. — disse ela apontando. — Em minhas flores sem permissão, não consegui suportar quando ele se atreveu a encostar em minhas mãos. Gwayne observou o rosto dela se tornar altivo e ilustre, repleto de dignidade.

— Minhas mãos alcançaram o rosto dele, após isso. Ela soltou um risinho. Depois disso ele enlouqueceu, ele começou a ser rude, então, tive que me tornar mais incisiva nas palavras. "Você não entende? Você me enoja." talvez eu tenha dito isso...

Gwayne riu. — Bom, acho que eu estava com a voz chorosa nesse momento. — continuou ela. "Eu não posso suportar você me tocando" nesse momento eu acho que ele já estava em pé aos berros, me chamando de louca. Então, eu devo ter dito... Pensou ela. "Você me faz..." Bem, acho que eu gritei depois disso "Ahh" com nojo, após duas piscadas de olhos os guardas já estavam encima dele. Senhora Olívia riu. — Ele voltou dolorido para Ashford depois. Gwayne expressava um sorriso no rosto.

— E o filho de Lorde Ambrose... — Disse Gwayne.

— Indecente, ele disse ao ver meu vestido.

Ela suspirou. Bom, não é o mais modesto, nisso eu concordo com ele, mas não é nada demais, concorda? — Gwayne assentiu.

— Eu sou uma dama de uma casa rica, meus vestidos são ricos em detalhes, ser chamada de indecente, por Alyn Ambrose, um simples escudeiro é inaceitável. — disse ela, furiosa.

Gwayne achou o rosto dela fofo, a forma como ela se expressava e suas bochechas se tornando rosas em seus momentos de fúria.

— Bom, não demorou muito até ele montar em seu cavalo e partir, para Lorde Fossoway eu não era adequada para seu filho. — ela riu.

— Você deveria ter visto, meu bom senhor,

Um rapazote gorducho. Ela soltou risinhos enquanto falava. — acho que o pai dele tomou suas dores, ele quem não era adequado a mim.

— Muito bem minha senhora, parece que você estava certa sobre eles.

— E certa sobre esperar. — disse ela, o olhando. Gwayne se levantou, ela agarrou a mão dele e disse.

— Eu os tive também, Gwayne... Eu também sonhei com o guerreiro e a donzela... — Disse Olívia com a voz falha.

Gwayne a olhou cheio de dúvidas, então, entendeu.

— Não foi apenas um sonho, meu bom Guerreiro. — Disse Olívia, com a voz quase divina. — Foi real! — terminou ela.

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