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O Chamado da Floresta

O som de folhas sendo esmagadas sob os pés de Eryk ecoava pela floresta. O ar fresco da manhã carregava uma mistura de fragrâncias naturais, mas sua mente estava longe de apreciar a paisagem. Ele correu, impulsionado por uma sensação de urgência que não sabia explicar. Era como se a floresta o estivesse esperando, guiando seus passos por trilhas desconhecidas.

Na noite anterior, enquanto revisava o diário de Viktor, ele encontrou uma passagem enigmática:

"Se o Ætheris para despertado, ele o guiará para onde deve ir. Confie na sua intuição."

Eryk não sabia ao certo o que isso fez, mas, ao amanhecer, acordou com uma força inexplicável puxando-o para fora da fábrica. Ele tentou explicar a Liora e Freya, mas as palavras falharam. Tudo o que poderia fazer era seguir aquele chamado.

Enquanto corria, Eryk começou a notar algo estranho. A floresta parecia viva de uma maneira incomum. As árvores sussurravam entre si, e a luz do sol dançava pelas folhas, criando padrões que deixavam símbolos momentâneos antes de desaparecerem.

"Isso é coisa do Ætheris ?" ele murmurou para si mesmo, desacelerando o passo.

De repente, um brilho dourado surgiu à sua frente, flutuando como uma chama viva. Eryk parou, ofegante, enquanto o brilho começou a se mover lentamente, como se o estivesse guiando.

"Tudo bem," disse ele, seguindo a luz. "Seja lá o que você for, mostre o caminho."

O brilho o levou a uma clareira, onde uma árvore colossal dominava o cenário. Suas raízes se estendiam como veias pelo solo, e seu tronco estava coberto de runas antigas que brilhavam fracamente. No centro da clareira, havia uma pedra circular, com marcas que lembravam o medalhão de Eryk.

Ele se moveu cautelosamente, sentindo o medalhão em seu peito começar a aquecer. Quando tocou a pedra, uma onda de energia percorreu seu corpo, fazendo-o cambalear para trás.

"Quem ousa despertar o espírito da floresta?"

A voz era profunda e ecoava como um trovão distante. Eryk olhou ao redor, tentando identificar a origem. Então, uma figura emergiu das sombras. Era um homem alto, com cabelos grisalhos e olhos que brilhavam como estrelas. Ele vestia uma túnica verde adornada com símbolos semelhantes aos da árvore.

"Eu... Eu sou Eryk," disse ele, tentando manter a compostura. "Não sei exatamente o que estou fazendo aqui, mas algo me trouxe."

O homem o inspirou por um momento antes de falar. "Você carrega o Ætheris . Isso explica o chamado.

Eryk deu um passo à frente, curioso. "Quem é você? E o que sabe sobre o Ætheris ?"

"Meu nome é Eldrin," respondeu o homem. "Sou o guardião desta floresta e das antigas forças que ela protege. O Ætheris é mais do que um poder. Ele é uma conexão com o equilíbrio primordial. Mas é perigoso para quem não entende sua verdadeira natureza."

"Perigoso como?" — disse Eryk, cruzando os braços.

"O Ætheris não é apenas uma arma", explicou Eldrin. "Ele responde às emoções do seu portador. Raiva, medo, dúvida... Se você não aprender a controlá-lo, ele o consumirá."

Eryk engoliu em seco. Ele sabia que estava longe de dominar o poder, mas a ideia de ser consumido por ele era aterrorizante.

"Então, o que eu faço?" Disse ele, olhando para Eldrin com determinação.

"Você treina," respondeu Eldrin. "Mas o treinamento não é apenas físico. É mental, espiritual. Venha comigo.

Eldrin o levou até a base da árvore colossal. Lá, havia um pequeno altar com símbolos gravados. Ele pediu que Eryk se sentasse e colocasse o medalhão no centro do altar.

"Feche os olhos," instruiu Eldrin. "Concentre-se no medalhão. Sinta a energia ao seu redor."

Eryk obedeceu, fechando os olhos e respirando fundo. No início, tudo o que sentia era o vento e o cheiro das árvores. Mas, aos poucos, algo mais começou a emergir. Ele sentiu uma pulsação, como um coração batendo, conectando-o à floresta.

Imagens surgiram a surgir em sua mente. Ele viu Viktor, seu pai, apresentando figuras encapuzadas em uma sala escura. Viu o medalhão sendo entregue a ele quando era apenas um bebê. E viu a floresta, brilhando com uma energia dourada, como se fosse parte de algo maior.

De repente, uma visão mudou. Ele viu um homem com olhos vermelhos, cercado por chamas negras. A figura dirigiu-se diretamente para ele e enviou.

Eryk abriu os olhos, ofegante. "O que foi isso?"

"Uma visão", respondeu Eldrin, com o rosto sério. "O Ætheris está tentando mostrar o que você enfrenta. Aquele homem... é uma ameaça ao equilíbrio. E ao seu destino."

Eryk sentiu um nó na garganta. Ele sabia que estava enfrentando algo grande, mas ver aquilo tornou tudo ainda mais real.

"O que eu faço agora?" Disse ele.

"Continue treinando," disse Eldrin. "Mas lembre-se: o Ætheris não é algo que você controla. É algo como o que você trabalha em harmonia. Só assim poderá usá-lo sem se perder."

Eryk concordou, sentindo o peso da responsabilidade. Ele sabia que o caminho seria difícil, mas estava mais determinado do que nunca a dominar o poder e vingar a morte de seu pai.

Enquanto o sol começava a se pôr, Eryk deixou a clareira, sentindo-se mais conectado ao Ætheris e ao seu propósito. A floresta parecia mais viva ao seu redor, como se estivesse torcendo por ele.

Mas, nas sombras, algo ou alguém observava. O homem de olhos vermelhos não era apenas uma visão. Ele era real. E estava esperando o momento certo para agir.

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