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SE EU MORRER ANTES DE ACORDAR - PARTE 4

A viagem de carruagem até Easthaven fora tranquila. Uma vez que chegaram ao pequeno e remoto vilarejo, Merrick e um grupo de cavaleiros saíram em busca de uma pousada para abrigá-los. Havia apenas uma, e já estava lotada pela noite. O proprietário da estalagem deu a Merrick instruções para uma antiga fazenda nos arredores da cidade. Ele informou que uma viúva a possuía e que ocasionalmente recebia hóspedes. Então, Merrick perguntou se a cidade tinha algum curandeiro ou médico.

— Senhor, eu tenho outra pergunta. Onde fica o médico ou curandeiro do povo da cidade? Temos um membro de nossa companhia que está extremamente doente e precisa de ajuda.

O homem de cabelos prateados atrás do balcão balançou a cabeça lentamente enquanto respondia com uma voz rouca,

— Já faz algum tempo desde que temos um curandeiro. Ele faleceu no ano passado durante o Dhalhet (A estação do inverno). Ninguém foi enviado da torre dos magos ou do império para substituí-lo. Atualmente dependemos do médico do Conde de Northbrook para curar nossos enfermos.

— Infelizmente, o médico não vai estar por aqui novamente por algumas semanas. O melhor que você pode fazer é falar com a velha viúva quando chegar à fazenda. Ela é o mais próximo que temos de um curandeiro por aqui nesses tempos.

O rosto de Merrick perdeu a cor quando ouviu as notícias do velho homem. Ele voltou nervosamente para a carruagem, lutando para encontrar as palavras para explicar a situação. Seu estômago sentia-se como um poço de desespero. Ele presumiu que quando desse as notícias ao Duque, ele não ficaria satisfeito por não conseguirem encontrar um abrigo adequado para seus homens. Merrick estava plenamente ciente da grave situação em que a nova Duquesa se encontrava. Ele também sabia que Sterling estava completamente alheio à gravidade de sua condição.

Isso o fez lembrar de suas próprias lutas com a doença de sua filha.

O vice-comandante hesitou antes de bater na porta da carruagem e ouvir o tom suave do Duque convidando-o a entrar.

— Entre, Merrick.

O paladino mais velho entrou e tomou seu lugar em frente a Sterling, observando a garota ainda adormecida em seus braços. Ele podia ver sua testa franzida como se estivesse com dor. No entanto, sua palidez e condição pareciam muito melhoradas desde que ele a viu pela última vez várias horas antes. Os devaneios de Merrick foram interrompidos quando o Duque perguntou,

— Você garantiu a hospedagem para os homens e um médico?

Merrick mostrou que não teve sucesso em sua empreitada ao sacudir a cabeça.

— Não há hospedagem disponível. A pousada está cheia. O estalajadeiro disse que há uma fazenda aqui perto e a velha senhora que a possui talvez possa nos receber. Além disso, o curandeiro da cidade está morto e eles só têm a velha mulher na fazenda que talvez possa ajudar.

Ao ouvir essa informação, Sterling ordenou, "Então não vamos nos demorar mais aqui, Merrick, e sigamos nosso caminho."

——

A amável viúva da fazenda ficou encantada em abrir sua casa e ver todos os cavaleiros reunidos ao redor da mesa lá dentro. Ela corria para cima e para baixo, preparando comida e fazendo chá com conhaque aquecido e mel para oferecer ao exausto grupo de homens. Era bom ter visitantes em seu lar que de outra forma estava vazio.

Merrick estava sentado ao lado da lareira, tentando aliviar o frio dos ossos. Ele olhou para cima enquanto a velha mulher lhe passava uma xícara da bebida aromática. O calor que emanava dela era uma sensação prazerosa para seus dedos gélidos.

Ele se dirigiu à idosa quando aceitou a xícara de chá.

— Senhora, a senhora tem alguma experiência em tratar pulmão de fogo? O estalajadeiro que nos enviou para cá disse que talvez a senhora pudesse ajudar a mulher do nosso grupo que adoeceu.

Um sorriso gentil encontrou seus olhos azuis delicados enquanto ela dava um olhar suave ao vice-comandante e respondeu.

— Já tratei sim. O curandeiro antigo que vivia na cidade costumava cuidar de nossa filha durante anos. Eu observei e aprendi uma coisa ou duas com ele. Chegou a um ponto que quando ela ficava doente, eu não precisava chamar ele e conseguia tratar facilmente eu mesma.

— Apesar de já faz algum tempo que não sou chamada para tratar alguém com pulmão de fogo. Estou sem as ervas que preciso para fazer a poção. Se você e alguns homens estiverem dispostos a procurar as plantas de que preciso, ajudarei ela com prazer.

Merrick deu a senhora uma breve aceno.

— Eu agradeço sua ajuda. Por favor, me diga o que você precisa e nós iremos agora. Também, tenho curiosidade de perguntar, qual é o seu nome?

Sua resposta foi simples, "Helena Partridge,"

— Agora venha, jovem, deixe-me mostrar o que eu preciso.

——

Enquanto Merrick, dois cavaleiros e Helena se aproximavam do velho celeiro, eles podiam ouvir o rangido da madeira à medida que uma rajada de vento empurrava contra as paredes. Era claro que a construção abandonada estava prestes a desabar a qualquer momento. As tochas que Helena havia aceso cintilavam vividamente contra o pergaminho envelhecido. Helena apontava as várias plantas descritas no papel. Ela advertiu os homens enquanto começavam sua busca.

— Tenham cuidado perto da beira das matas. Eu vi alguns osvol rondando por aí.

Merrick e os outros dois cavaleiros assentiram, reconhecendo seu aviso. Ela os observou partir na caçada pelo que ela havia pedido.

Não passou mais de uma hora antes de eles voltarem com os ingredientes que haviam coletado para a poção. A velha mulher começou imediatamente a prepará-la.

——

O Duque Thayer olhou ao redor do pequeno quarto com o teto baixo que a velha mulher o tinha levado. Ao examinar o espaço mais de perto, ele notou imediatamente os sinais de negligência. Teias de aranha espreitavam em cada canto e uma camada de poeira havia se assentado sobre tudo. Era claro que ninguém havia ficado ali há bastante tempo.

Ainda que o lugar não estivesse bem cuidado, Sterling sabia que era o melhor abrigo que poderiam encontrar. Sua prioridade era garantir que seus homens estivessem protegidos dos elementos. Uma vez feito isso, ele poderia se concentrar em ajudar Faye a se recuperar antes de continuarem sua jornada.

Ao deitar sua doente noiva na cama, ele não pôde deixar de notar os arranhões em seu rosto e braços. Os espinhos das silvas tinham cravado em sua carne quando os osvol a tinham raptado.

Seu vestido estava em farrapos, mal reconhecível como uma roupa que cobria seu frágil corpo. Ela tremia e se encolhia em posição fetal. Sterling sabia que tinha que agir rapidamente. Ele tinha que despi-la e tirar as roupas molhadas antes que ela adoecesse ainda mais do que já estava.

Ele tinha um sorriso sinistro no rosto enquanto pegava a adaga em suas costas. Agora ele podia realmente ver o que havia adquirido em seu contrato de casamento. Pensamentos libidinosos cruzavam sua mente ao imaginar sua nova noiva nua. Ele estava ansioso para que ela acordasse para que ele pudesse consumir seu corpo e reivindicar sua virgindade como sua. Mal podia esperar para ouvir os seus gasps e gritos enquanto seu corpo se contorcia debaixo dele.

O som de suas roupas sendo rasgadas pela lâmina era uma sinfonia prazerosa aos ouvidos de Sterling e o excitava. Era como se ele estivesse abrindo um presente para apenas seus olhos verem. Na pressa de olhar para o corpo nu de Faye, ele apertou o tecido restante do corpete em seu vestido e o arrancou.

Seus músculos se tensionaram enquanto ele sentia uma onda de fúria passar por ele tentando processar o que acabara de ver. Ele não conseguia se mover ou falar, completamente superado pelo choque da situação.

Qualquer excitação que Sterling sentira antes ao ver sua noiva desnuda desapareceu. A frente do corpo de Faye estava coberta de vergões lineares longos e hematomas escuros. Havia marcas de corte frescas onde ele podia ver que um cinto de couro tinha sido usado para chicoteá-la.

Ele murmurava furiosamente sob a respiração.

— Esses Bastardos Montgomery!

Seus olhos ardiam e seu rosto estava vermelho enquanto de repente sentia sua raiva transbordar. O corpo inteiro do Duque tremia em raiva incontrolável. Alguém havia danificado o que pertencia a ele. Sterling estava furioso e teria certeza de reportar essa transgressão ao rei quando o encontrassem novamente. Ele pediria que a estipêndia de Winterhold fosse reduzida como uma reparação pela noiva danificada que lhe foi dada.

Então, num súbito momento de consciência. Ele internamente questionou que tipo de vida essa pobre garota estava vivendo sob o teto da família Montgomery?

Faye gemeu, trazendo a atenção de Sterling de volta para ela. Ele olhou enquanto ela virava seu corpo nu de lado. Foi quando o Duque notou mais marcas e, desta vez, velhas cicatrizes de abusos passados que tinha recebido. Faye estava terrivelmente emaciada. Ele podia ver os ossos de sua espinha protrudessem sua carne pálida. Parecia que o Barão estava retendo sua comida, e ela estava sendo afastada.

Ele havia visto cadáveres mais saudáveis nos campos de batalha.

Seu coração gelado latejava dolorosamente em seu peito ao vê-la. Ele fechou os olhos, respirou fundo e exalou para recuperar a compostura. Ele tentou sacudir os sentimentos de simpatia de sua mente.

Por que ele sentia pena dela? Ele deveria estar contente que ela estava sendo tão maltratada. Isso o estava deixando maluco. Ele não conseguia racionalizar por que continuava sentindo compaixão por essa mulher, a mesma cuja família causou a ele tanta dor e sofrimento como criança.

Um barulho alto de batidas na entrada do quarto o sacudiu de volta aos sentidos. Sem perder um momento, ele pegou um cobertor próximo do colchão e cobriu o corpo dela para evitar que alguém o visse.

——

Queridos Leitores,

Obrigada por dedicarem tempo para ler meu mais novo romance. Espero que tenham apreciado os primeiros dez capítulos. Ficaria muito grata se pudessem deixar uma avaliação do livro. Seria um grande passo no apoio a mim para a competição WPC deste mês.

Obrigada,

The_Sweet_Sparrow

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