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DESTINO?,CHAMO ISSO DE CLICHÊ!

*Capítulo 2: Destino? Chamo Isso de Clichê!**

A sala de aula estava imersa em um silêncio expectante, interrompido apenas pelo som ocasional de lápis riscando o papel. Akiyo Takahashi entrou com uma postura confiante, seus passos leves mas decididos ecoando pelo ambiente. Ela se dirigiu para a mesa ao lado de Endy, onde se acomodou, e a atmosfera imediatamente pareceu carregar uma tensão sutil. Endy sentiu um peso inexplicável ao notar o olhar intenso de Akiyo, um olhar que parecia penetrar diretamente em seus pensamentos.

Endy, desconcertado pela presença marcante de Akiyo, tentou manter a compostura,mesmo sendo amigos agora,mais ele não pode deixar de se sentir intimidado. Ele olhou para o livro que tinha à sua frente, tentando se concentrar nas palavras impressas, mas era impossível não sentir a presença dela ao seu lado. Finalmente, Akiyo rompeu o silêncio com uma voz clara e serena.

— Oi, Endy sou eu lembra? — Ela fez uma leve inclinação de cabeça, como se fosse uma forma de saudação formal. — Bom dia, Endy? Como vai?

Endy, surpreso com a abordagem direta, levantou o olhar e tentou sorrir timidamente. A presença de Akiyo parecia quase tão avassaladora quanto seu olhar.

— Sim, estou bem. — Ele respondeu, tentando manter a voz firme apesar do nervosismo.

Nenji, que estava sentado ao lado de Endy, fez um gesto amigável, movendo a mão com um sorriso.

— Oi Akiyo. Como vai? Acho que agora que somos amigos, né? Eu tenho que perguntar.

Akiyo retribuiu o sorriso, e a tensão no ar parecia diminuir um pouco, como se o simples gesto de cumprimentar tivesse feito com que o ambiente se tornasse mais acolhedor.

— Ouvi alguns rumores sobre você, Ontem. Dizem que suas notas são excelentes e que você é muito inteligente. — Endy comentou, tentando quebrar o gelo e talvez desviar um pouco da pressão que sentia. — Eu ouvi que você veio de Kyoto. O que te trouxe para Tóquio?

Akiyo se acomodou na cadeira com um movimento fluido, parecendo confortável em seu novo ambiente, e começou a explicar com uma voz tranquila e articulada.

— Sim, vim de Kyoto, e não seja tão formal,fufu. Meus pais se mudaram para Tóquio por motivos profissionais. Eu os acompanhei para continuar meus estudos aqui. — Ela hesitou por um momento antes de olhar curiosa para Endy, seus olhos brilhando com uma mistura de interesse e apreensão. — E seu nome é um pouco diferente do que costumamos ouvir aqui. Você é de fora?

Endy riu nervosamente, tentando encontrar as palavras certas para explicar sua situação.

— Na verdade, eu sou brasileiro. Meus pais vieram para o Japão há alguns anos, então acabei estudando aqui. Meu nome é um pouco... incomum por aqui. — Ele fez uma pausa, observando a reação de Akiyo. — É uma história longa, mas eu estou me adaptando bem.

Akiyo parecia surpresa, mas também genuinamente interessada. Seus olhos se arregalaram levemente enquanto ela absorvia a informação.

— Isso é interessante! Eu não sabia que você era brasileiro. Deve ser uma experiência bastante diferente viver aqui, especialmente com uma cultura tão distinta. — Ela sorriu, e o calor na sua expressão parecia deixar a conversa mais descontraída.

A conversa entre eles fluiu facilmente, com Endy e Akiyo discutindo as diferenças culturais entre o Brasil e o Japão. Endy descobriu que Akiyo tinha uma perspectiva bastante interessante sobre várias questões e parecia genuinamente interessada em aprender sobre a vida de Endy no Brasil. A cada pergunta que Akiyo fazia, Endy sentia que estava realmente compartilhando uma parte de sua vida, e isso fazia com que o diálogo se tornasse ainda mais envolvente.

Quando o sinal para o intervalo de almoço soou, Endy, Nenji e Akiyo se levantaram juntos e se dirigiram para a cafeteria. A atmosfera estava mais descontraída enquanto caminhavam pelos corredores da escola. O grupo conversava animadamente, e Endy notou que Akiyo estava particularmente curiosa sobre as peculiaridades do ambiente escolar japonês.

Na fila da comida, Akiyo perguntou a Endy sobre os pratos típicos que ele havia experimentado desde que se mudara para o Japão. Endy descreveu alguns pratos tradicionais brasileiros e também mencionou como tinha aprendido a apreciar a culinária japonesa.

— Então, qual é o seu prato japonês favorito até agora? — Akiyo perguntou, interessada.

Endy pensou por um momento antes de responder.

— Eu diria que o ramen é um dos meus favoritos. A sopa é tão saborosa e os diferentes tipos de acompanhamentos tornam cada refeição única.

Akiyo assentiu com entusiasmo.

— Eu também adoro ramen! E você já tentou sushi? — Ela perguntou, seu tom cheio de curiosidade.

A conversa continuou leve e animada enquanto se dirigiam para uma mesa na cafeteria. A atmosfera descontraída contrastava com a tensão inicial, e o grupo estava ansioso para continuar o diálogo em um ambiente mais informal.

Ao se sentarem para almoçar, Endy e Nenji perguntaram a Akiyo sobre seus planos para o futuro.

— Então, Akiyo, o que você planeja fazer quando crescer? — Endy perguntou, curioso para saber mais sobre a nova colega.

Akiyo pensou por um momento antes de responder, seus olhos refletindo um brilho de determinação.

— Bem, eu pretendo seguir a tradição da minha família. Já somos a quarta geração a seguir essa profissão. Meus pais e avós sempre trabalharam na área de arquitetura, e eu pretendo fazer o mesmo. — Ela sorriu, um sorriso que parecia refletir orgulho e esperança. — A arquitetura é algo que me fascina desde pequena.

Nenji, animado, decidiu compartilhar seus próprios planos, interrompendo a conversa com entusiasmo.

— Eu, por outro lado, quero ser escritor de mangás. — Ele sorriu com entusiasmo, seus olhos brilhando com a mesma paixão que Akiyo demonstrava ao falar sobre arquitetura. — Tenho muitas histórias e personagens em mente, e estou sempre criando novas ideias.

Endy não conseguiu se conter e deu uma risada ao ouvir a ambição de Nenji.

— Desenhar garotas waifu se apaixonando por protagonistas sem graça? Não parece um futuro muito promissor. — Ele provocou, tentando brincar com a situação.

Nenji franziu a testa, mas respondeu com firmeza, sua determinação evidente em suas palavras.

— Pelo menos eu tenho um plano. Diferente de você, que parece não saber o que quer fazer da vida. Você não é realmente bom em nada específico, não é?

Akiyo olhou para Endy com uma expressão de leve desaprovação, como se esperasse que ele tivesse um plano mais definido para o futuro. O olhar dela fez com que Endy se sentisse um pouco desconfortável, mas ele tentou não deixar transparecer.

O sinal soou, sinalizando o fim do intervalo. O grupo se levantou e retornou à sala de aula, onde a professora de português anunciou um trabalho valendo pontos extras. Era uma redação sobre a vida de um dos membros do grupo, e o trabalho seria feito em trio.

Akiyo, Endy e Nenji trocaram olhares e, sem precisar dizer mais nada, confirmaram que fariam o trabalho juntos. O sentimento de cooperação parecia unir os três, e todos estavam ansiosos para começar a trabalhar no projeto.

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Depois das aulas, Endy, Nenji e Akiyo seguiram para a casa de Endy para começar a trabalhar no projeto. O caminho até o apartamento foi repleto de conversas descontraídas, com Akiyo admirando as diferentes áreas da cidade que passavam. Endy notou que Akiyo parecia genuinamente interessada em tudo ao seu redor, o que fez com que a viagem fosse mais agradável do que ele esperava.

Quando finalmente chegaram ao prédio, Nenji, que já estava acostumado com a casa de Endy, comentou com um tom leve:

— Não é nada mal, né? É bem acolhedor.

Akiyo, curiosa, olhou ao redor e perguntou a Endy:

— Você é rico, não é?

Endy, um pouco desconfortável com a pergunta direta, acenou com a cabeça, tentando não se incomodar com a ideia.

— Sim, mais ou menos. — Ele respondeu, tentando manter um tom casual.

Ao entrarem no apartamento, a atmosfera mudou. Endy parecia um pouco tenso, seu sorriso habitual substituído por uma expressão de apreensão. Enquanto Nenji e Akiyo se acomodavam no sofá e ao redor da mesa de trabalho, Endy não podia deixar de pensar no que os outros poderiam imaginar ao ver dois garotos e uma garota juntos em seu apartamento. Ele tentava manter a compostura, mas sua mente estava cheia de pensamentos e preocupações.

Akiyo parecia não se importar com a atmosfera e, ao contrário, estava focada em se familiarizar com o ambiente. Ela e Nenji se sentaram no sofá, enquanto Endy observava os dois se ajustarem ao ambiente. Após um momento, Akiyo e Nenji falaram ao mesmo tempo:

— A redação vai ser sobre você, Endy. — Akiyo declarou, com um tom de certeza em sua voz.

Endy ficou surpreso e um pouco irritado.

— O quê? Eu não vou compartilhar minha história de vida com vocês. — Ele respondeu, tentando esconder seu desconforto. A ideia de expor sua vida privada em um trabalho acadêmico parecia um pouco invasiva.

Nenji, tentando suavizar a situação, deu uma risada nervosa e explicou:

— Na verdade, a vida do Endy é bem normal. Mais parece um enredo de light novel, com ele sendo o protagonista clichê que vive em um apartamento com duas garotas... Ah, eu já disse isso umas vinte vezes.

Endy olhou para Nenji com uma mistura de frustração e resignação. Ele sabia que Nenji tinha uma tendência para exagerar, mas isso só fazia com que ele se sentisse mais desconfortável.

— É verdade, você sempre fala isso. Mas não é como se a minha vida fosse tão interessante assim. — Ele murmurou, a voz carregada de uma pitada de ironia.

Akiyo olhou para Endy com um olhar encorajador, seu sorriso gentil parecia transmitir uma mensagem de compreensão.

— Não se preocupe, Endy. Vamos fazer isso de uma maneira que você se sinta confortável. Podemos focar nas partes que você considera mais interessantes e menos pessoais. — Ela disse, tentando aliviar a tensão que pairava no ar.

Nenji começou a organizar as anotações para o trabalho, seu entusiasmo pelo projeto ainda evidente. Ele parecia estar em sua zona de conforto enquanto começava a esboçar algumas ideias para a redação.

— A ideia é mostrar o lado positivo da sua vida e como você se adapta às situações, sem precisar entrar em detalhes que você prefere manter privados. O que você acha? — Nenji sugeriu, olhando para Endy com uma expressão esperançosa.

Akiyo fez uma pausa, observando Endy com uma expectativa gentil, o que fez com que ele começasse a reconsiderar sua resistência inicial. Ele pensou sobre a proposta e percebeu que, talvez, fosse uma boa oportunidade para mostrar uma parte de sua vida sem realmente expor seus sentimentos mais íntimos.

— Bem, acho que podemos tentar. — Endy concordou, finalmente se rendendo à ideia. — Mas, por favor, evitem os clichês. Não quero que isso vire uma daquelas histórias melosas.

A atmosfera, embora ainda um pouco tensa no início, começou a se aquecer à medida que o grupo trabalhava juntos. O trio começou a discutir como poderiam apresentar a vida de Endy de maneira que fosse cativante e autêntica, e apesar de sua resistência inicial, Endy começou a se sentir mais relaxado na presença de Akiyo e Nenji.

O tempo passou rapidamente enquanto o trio colaborava no projeto. As horas se passaram entre conversas descontraídas, risos e discussões sobre como organizar as informações. Endy, embora ainda um pouco desconfortável com a ideia de compartilhar sua vida, começou a se envolver mais ativamente nas discussões sobre o conteúdo da redação. Ele notou que Akiyo e Nenji estavam genuinamente interessados em criar um trabalho de qualidade, e isso ajudou a aliviar um pouco sua apreensão.

À medida que a noite avançava, a conversa tomou um tom mais pessoal. Akiyo compartilhou algumas histórias sobre sua vida em Kyoto e os desafios de se adaptar a Tóquio. Endy se interessou pelos detalhes das experiências dela, o que fez com que ele se sentisse mais à vontade para falar sobre suas próprias experiências.

— Kyoto parece uma cidade incrível. Eu sempre ouvi falar sobre os templos e as tradições culturais. Deve ter sido um grande choque se mudar para uma cidade tão movimentada quanto Tóquio. — Endy comentou, sua curiosidade evidente.

Akiyo sorriu, um brilho de nostalgia em seus olhos.

— Sim, foi um choque no começo. Mas também é fascinante ver como duas cidades tão diferentes podem coexistir em um mesmo país. Eu sinto falta de Kyoto às vezes, mas Tóquio tem seu próprio charme. — Ela respondeu, sua voz carregada de uma mistura de saudade e entusiasmo.

Enquanto o grupo continuava a trabalhar no projeto, a conversa se voltou para as aspirações futuras de cada um. Akiyo falou mais sobre sua paixão por arquitetura e como pretendia levar adiante a tradição da família. Nenji, por sua vez, detalhou suas ideias para mangás e as histórias que queria contar.

— Você tem alguma ideia específica para a sua carreira na arquitetura, Akiyo? — Endy perguntou, interessado.

Akiyo fez uma pausa, pensando por um momento antes de responder.

— Eu gostaria de trabalhar em projetos que combinem tradição e inovação. Acredito que a arquitetura pode ser uma forma de preservar a história enquanto se olha para o futuro. — Ela disse, seu tom revelando a paixão que tinha pela profissão.

Nenji, animado, começou a falar sobre seus personagens e histórias, compartilhando um pouco sobre os mundos que estava criando.

— Eu tenho um personagem que é um herói relutante em uma fantasia épica. Ele não é o típico protagonista forte e destemido. Em vez disso, ele luta com suas próprias inseguranças enquanto enfrenta desafios. — Ele explicou, com um brilho de entusiasmo nos olhos.

Endy ouviu atentamente, interessado nas ideias de seus amigos. Ele percebeu que, embora suas próprias aspirações fossem incertas, ele poderia aprender muito com as paixões e sonhos dos outros.

À medida que a noite se aproximava do fim, o trio estava quase concluindo a redação. O trabalho estava tomando forma, e o grupo estava satisfeito com o progresso feito. A atmosfera no apartamento estava agora cheia de um sentimento de realização e camaradagem.

Quando o projeto estava quase pronto, Endy sentiu um sentimento de gratidão por ter a oportunidade de trabalhar com Akiyo e Nenji. Ele percebeu que, apesar de suas preocupações iniciais, o projeto estava ajudando-o a se conectar mais com seus colegas e a refletir sobre sua própria vida de uma maneira mais positiva.

— Acho que fizemos um bom trabalho. — Endy comentou, olhando para o rascunho final da redação.

Nenji e Akiyo concordaram, e os três trocaram sorrisos satisfeitos.

— Sim, ficou ótimo. — Akiyo disse, sua voz cheia de entusiasmo. — Estou ansiosa para ver a reação da professora.

Enquanto Akiyo, Endy e Nenji estavam ao redor da mesa de trabalho, a redação sobre a vida deles estava quase pronta, mas a atmosfera ainda parecia carregada. Após revisarem o que já tinham escrito, Akiyo franziu a testa.

— Sério, Endy, você não falou muito sobre você! — disse ela, cruzando os braços e olhando para ele com um ar de expectativa.

Endy hesitou, nervoso com a ideia de expor suas experiências. O que mais poderia dizer? Ele se sentiu pressionado. Nenji, percebendo a tensão, decidiu intervir.

— Que tal fazermos uma pausa? — sugeriu, puxando um cartucho de videogame da mochila. — Olha, trouxe "Battle Arena 7". Funciona no seu console, Endy!

Os olhos de Akiyo brilharam com interesse. A mudança de assunto era exatamente o que precisavam. Endy sorriu, aliviado.

— Aquele jogo que jogamos sempre? Ótimo! — ele disse.

— E, claro. — Disse Nenji sem emoção.

— você só se diverte nisso,porque não está perdendo miseravelmente no Uno. — Respondeu Endy de forma provocadora.

Nenji fez uma expressão exagerada de indignação. — Um dia eu vou ganhar de você, Endy! Um dia!

— Certeza? Então vamos jogar logo. — Endy respondeu, rindo.

Após configurar o console e explicar as regras básicas para Akiyo, eles se prepararam para a primeira partida. Endy estava curioso para ver como Akiyo se sairia no jogo.

Assim que a partida começou, Akiyo demonstrou hesitação, mas rapidamente se adaptou. No entanto, após apenas um minuto, ela foi derrotada de maneira humilhante. Endy e Nenji trocaram olhares divertidos enquanto Akiyo soltava um grunhido de frustração.

— Espera! Vamos jogar de novo, mas agora a sério! — pediu Akiyo, seus olhos brilhando com determinação.

Endy e Nenji assentiram, prontos para mais uma rodada. Mas assim que a nova partida começou, Akiyo perdeu novamente. E novamente. A situação se repetia, e Endy mal podia conter o riso.

— Isso é mais difícil do que eu pensava! — Akiyo exclamou após mais uma derrota, seu otimismo começando a desvanecer.

Endy, percebendo o semblante dela se fechar, tentou ser sensato. — Ok, esta é a última partida!

Akiyo o encarou, e Endy pôde sentir a fúria acumulada nela. Ele se virou para Nenji, que estava sorrindo como se dissesse: "Cavou sua própria cova, amigo?"

Com o coração acelerado, Endy sabia que tinha que deixar Akiyo ganhar, mas não queria fazer isso de forma óbvia. Ele decidiu jogar com cautela.

A partida começou, e Akiyo, agora mais concentrada, começou a ganhar terreno. Endy estava jogando um pouco mais devagar, permitindo que ela tomasse a dianteira. Quando Akiyo finalmente venceu, a expressão de triunfo dela foi rapidamente substituída por uma frustração contida.

— Isso não conta! Você deixou eu ganhar, não é? — disse Akiyo, a raiva e a insatisfação misturando-se em seu olhar.

Endy levantou as mãos em defesa. — Não, eu... eu só...

Mas Nenji rapidamente interveio. — Ei, ei! Agora é a minha vez! Vamos lá, Akiyo!

Enquanto Nenji e Akiyo começaram a jogar, Endy aproveitou o momento para respirar fundo, aliviado. Nenji, sendo mais gentil, deixou Akiyo ganhar algumas vezes, o que fez com que ela começasse a relaxar e rir novamente.

Depois de várias partidas, Nenji sussurrou para Endy: — De nada.

Endy, embora grato, ainda estava preocupado. O olhar de Akiyo, no entanto, estava mais mortal e penetrante, parecendo penetrar em sua alma.

Com um tom provocador, Akiyo quebrou o silêncio. — Agora que você me fez perder o jogo e a paciência, vamos voltar à redação. Endy, você terá que falar mais sobre seu passado,invés de suas ambições para o futuro.

A tensão era palpável, e o olhar mortal de Akiyo dizia: "Vamos, diga não e veja o que acontece com você."

Ele sabia que não tinha como escapar. Era hora de abrir o jogo. — Tudo bem, eu vou falar.

Ele se ajeitou no sofá, sentindo o coração acelerar. A primeira parte da sua história não era fácil de contar, mas ele sabia que era necessário.

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