Uma Noite Silenciosa
Como eram marido e mulher, naturalmente tinham que dormir na mesma casa.
No entanto, ela não era a dona original do corpo. Naturalmente, ela não podia aceitar esse 'marido' e dividir um quarto com ele.
Ye Lulu olhou para Guan Chibei e perguntou com um olhar que dizia 'você deveria saber melhor', "Como vamos dormir esta noite?"
Acabara de dar à luz e seu corpo ainda não estava limpo. Não era conveniente para ela compartilhar uma cama com um homem. Além disso, havia três bebês dormindo em fila na cama. Se Guan Chibei também estivesse na cama, ficaria um pouco apertado.
Felizmente, Guan Chibei era autoconsciente. Ele se levantou e disse, "Vou dormir com o Quinto Irmão no quarto dele."
Guan Chixi era mais velho do que Guan Chibei, mas ainda não havia casado com ninguém. A razão era que ele gostava de viver sozinho e não queria casar.
Não havia costume na Cidade Yuan de se casar de acordo com a idade. Pai Guan e Mãe Rong não podiam fazer nada a respeito e só podiam deixar Guan Chixi em paz.
Guan Chixi dormia em uma casa sozinho. Havia muito espaço, por isso era adequado para Guan Chibei dormir com ele.
Guan Chibei saiu para pegar um cobertor e caminhou para fora da casa. Na escuridão da noite, ele encontrou a casa do Guan Chixi e entrou.
"Chibei..." Guan Chixi, que havia acabado de se deitar feliz, foi pego de surpresa ao ver metade de sua cama ocupada. Ele se sentou e disse, "Ei, Chibei... o que você está fazendo!"
Guan Chibei não fez cerimônia e deitou-se na cama. Guan Chixi, que amava a liberdade, estava prestes a chorar. Ele empurrou Guan Chibei e continuou perguntando por que ele não voltava para sua casa para dormir com sua esposa e filhos.
A noite passou silenciosamente.
Bem cedo pela manhã, no quintal, os irmãos da família Guan discutiam sobre como cortar madeira.
A tempestade da noite anterior fora muito forte e tinha destruído a porta da família Guan. A família Guan havia utilizado todos os seus recursos para construir uma casa, então realmente o restante dos aparelhos era de má qualidade.
Os homens da família Guan pensaram que poderiam aproveitar a oportunidade para instalar outra porta.
Guan Chibei aproximou-se e ouviu a conversa deles. Ele disse, "Vão e arrastem a árvore gigante que me atingiu de volta e usem-na como porta."
Pai Guan e os demais ficaram atônitos.
Arrastar a árvore que 'esmagou Guan Chibei até a morte' de volta e usá-la como porta? A árvore era grande o suficiente, mas quase 'matou' Guan Chibei. Isso era demais...
Contudo, Guan Chibei disse, "Eu fui derrubado por aquela árvore gigante, mas no final, fiquei bem. Isso significa que essa árvore tem um destino comigo e não pode me machucar... Por que não a arrastamos para casa e deixamos que seja nossa porta guardiã?"
Pai Guan e os demais acharam que as palavras de Guan Chibei faziam sentido.
Então, eles arrastaram aquela árvore gigante de volta.
Foi um cortejo grandioso. Conforme caminhavam pela aldeia, alguns aldeões ficaram chocados quando a viram. Era aquela a árvore gigante que esmagou Guan Chibei até a morte? Pai Guan e os demais na verdade arrastaram a árvore para casa. Eles devem estar loucos!
No entanto, a família Guan não disse muito e arrastou a árvore de volta para a casa. Os poucos homens começaram a trabalhar e logo, uma nova porta de madeira foi esculpida e instalada.
Depois de instalar a porta, os homens da família Guan deixaram a casa. Era melhor para eles irem à cidade fazer bicos e ganhar moedas de cobre. Caso contrário, se não ganhassem o suficiente por um dia, o fornecimento de grãos seria cortado.
A pressão em casa estava grande agora.
Não havia muito trabalho a fazer nos campos hoje. Até Pai Guan foi à cidade.
Guan Chibei também tinha saído. Ele voltou logo depois com um osso de porco que ainda tinha bastante carne nele.
Quando Mãe Rong viu isso, exclamou. Ela foi correndo e arregalou os olhos. "Chibei, de onde veio esse osso de porco?! É tão grande e tem tanta carne. É tão pesado!"