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Inocente

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Beatrix levantou lentamente os olhos, seu olhar se movendo dos seus sapatos polidos e brilhantes, até seu cotovelo, passando para seu abdômen antes de parar em seu peito. Ele estava vestindo um terno, ela notou, respirando fundo finalmente olhou para seu rosto.

Seu olhar se chocou com os olhos âmbar mais vivos que ela já tinha visto. Imediatamente, sua garganta secou e seu coração começou a bater mais rápido.

O homem à sua frente não parecia nada com o que ela estava esperando. Ele não era um velho careca com uma barriga saliente ou qualquer coisa assim. O primeiro pensamento que lhe ocorreu foi que ele era o homem mais bonito que ela já tinha visto.

Parado a mais de seis pés de altura, quase seis pés e quatro polegadas ou por aí, ele tinha ombros largos e braços fortes, com músculos flexionados sob o terno que vestia.

Suas pernas longas e poderosas estavam vestidas com calças de terno que ele combinava com simples sapatos de couro marrom.

Ele tinha cabelos pretos como carvão e um rosto que parecia ter sido esculpido pelos próprios deuses. Cada centímetro dele era impecável.

Ele era perigoso, tá certo. Até sua beleza gritava sinistro.

Seu rosto estava inexpressivo enquanto seus olhos se estreitavam para ela, antes de se transformar em um sorriso largo e safado. Um arrepio desconhecido subiu por sua espinha.

"Tudo bem." Seu pai foi o primeiro a falar, quebrando o silêncio.

Ele assentiu e caminhou mais para dentro do cômodo, com dominância e intimidação em cada passo.

Seu pai e irmãos se levantaram enquanto todos o cumprimentavam.

Quando ele apertou a mão de todos, seus nervos dispararam dez vezes e o suor brotou em sua palma.

Seu estômago revirou ainda mais quando ele finalmente chegou até ela.

Ela era a única sentada e ele estava olhando para ela. Seus olhos a estudavam, fazendo-a sentir-se insegura.

"Você está me encarando sem vergonha," foi a primeira coisa que ele lhe disse. Sua voz era profunda e escura com um leve traço de um sotaque familiar.

Beatrix piscou e ficou corada de constrangimento.

"E agora você está corando, hmmm interessante." Ele sorriu e estendeu a mão para a frente.

"Damien Niarchos."

Beatrix estava perdida em um transe, mas foi imediatamente trazida de volta ao presente quando ouviu alguém pigarrear.

Ela não conseguia desviar o olhar do dele enquanto lentamente levantava a mão para colocá-la na mão estendida dele.

Quando sua mão tocou a dele, ela quase recuou ao sentir seu coração bater ainda mais forte.

Segurando sua mão suavemente, um sentimento inexplicável a percorreu assim que se tocaram e ela tentou ignorá-lo, atribuindo-o aos nervos.

Ela tentou não engolir o nó em sua garganta enquanto seu coração acelerava, ciente da energia indescritível no ar.

Esse homem estava fazendo algo rápido e devastador com seus sentidos.

"B-beatrix Quinn." Ela respondeu.

Ele pressionou um beijo no dorso de sua mão, com o olhar fixo nela.

"Um belo nome para uma bela mulher."

Beatrix piscou. Um delicado tom rosa subiu a seus ossos malares. Sua boca se mexeu para formar uma resposta, mas nenhuma saiu de seus lábios.

Ele soltou sua mão e sentou-se, tomando o assento em frente a ela e ela notou a expressão dura em seu rosto.

"Então, nos conte, Damien, como é o país ZY?"

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O jantar transcorreu suavemente. Felizmente ninguém a forçou a falar, pois todos estavam ocupados falando sobre alguns territórios chatos.

Agora ela estava sentada sozinha com Damien na sala privada. Eles os deixaram para se conhecerem melhor.

O silêncio era constrangedor para ela. Beatrix baixou a cabeça enquanto brincava com os dedos.

"Você não pode..." ela fez uma pausa, sentindo-se constrangida.

"Me olhar desse jeito?"

"De que jeito?"

Beatrix olhou para ele.

"Do jeito que você está fazendo agora."

Então ela desviou o olhar e tomou um gole da água à sua frente.

"Eu não posso olhar para algo bonito?"

As palavras dele quase a fizeram se engasgar. Beatrix tossiu e corou.

"Você está bem?" ele perguntou.

Sua voz deslizava por ela como seda. Levou um tempo para responder, mas ela conseguiu gaguejar, "S-sim..."

O silêncio reinou entre eles novamente e ela girou o copo de água na mesa à frente de seus dedos, mantendo os olhos nele antes de soltar um suspiro e perguntar

"P-Por que você quer se casar comigo?"

"Bom para os negócios." Ele disse simplesmente.

"E você? Por que concordou com isso?"

Beatrix deu de ombros, "Porque eu quis. Meu pai sabe o que é melhor para mim." ela disse, mentindo descaradamente.

"Você está mentindo." Ele falou diretamente, estreitando os olhos.

Beatrix desviou o olhar, "E-eu não estou."

Ela sussurrou. Ela não sabia se isso era algum jogo doentio dele para provocá-la ou algo assim, mas ele sabia exatamente por que ela estava fazendo isso.

Não é como se ele tivesse lhe dado uma escolha. Beatrix pensou amargamente.

Damien se levantou e andou até mais perto dela, inclinando-se ao lado da mesa bem onde ela estava sentada. Inclinando-se, seus dedos frios pressionaram

contra seu queixo enquanto ele empurrava seu rosto para cima.

"Olhe para mim." Ele exigiu. Engolindo, Beatrix o encarou nos olhos.

"O-o que você quer?" Beatrix corou enquanto perguntava.

"A verdade. Você me odeia, não é? Afinal, estou roubando sua juventude."

"Ódio é uma palavra forte, Sr. Niarchos." Beatrix respondeu surpresa com sua própria ousadia.

Ele riu baixinho, "Damien."

"O quê?"

"Me chame de Damien. Acho que gemer Sr. Niarchos seria brochante já que esse é o nome do meu pai."

"O quê...."

Beatrix murmurou em voz baixa, a temperatura de seu corpo subiu, deixando uma mancha rosa nas cristas de seus ossos malares.

Damien tocou o intenso rubor em seu rosto, surpreso.

"Você está corando?" Seus dedos deslizaram para debaixo de seu queixo, forçando sua cabeça para cima para que ele pudesse ver seus olhos.

"Você pode ser realmente tão inocente?" Ele murmurou mais para si mesmo.

Beatrix desviou o olhar e mordeu os lábios.

Damien se afastou e murmurou para si mesmo, surpreso.

"Você é realmente inocente."

Beatrix engoliu enquanto o sombrio príncipe de um homem

a observava com interesse descarado.

Uma onda de sensação surgiu no fundo de seu estômago como um aviso, enquanto os sinos de alarme soavam em sua cabeça.

Ele era definitivamente a fera que iria devorá-la.

E claro, ela não queria isso.

Ou queria?

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