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inferno na terra

-Tavi, use sua habilidade agora.-dizHaikay

-Senhor, eu realmente acho que não é uma boa ideia...-Disse Tavi

-Então, seu bastardo, nem arcanjo você é. Cala a boca e faz logo o que eu estou mandando agora!- pensar Haikay

-Tá bom, senhor.-diz Tavi enquanto respira fundo

-Garoto, se eu fosse você, escutava ele. É para o seu bem.-diz Zara olhando para Tavi

-Vão agora.-ordena Haikay

Tavi e Zara se aproximam do corpo em decomposição do demônio. O cheiro de carne podre e enxofre é quase insuportável. Tavi estende as mãos, seus olhos fechados em concentração. De suas veias, o sangue começa a se mover, formando uma aura vermelha ao redor de suas mãos. Zara, ao seu lado, murmura palavras em uma língua antiga, suas mãos brilhando com uma luz esverdeada de vida.

Os dois tocam o corpo simultaneamente. O sangue de Tavi flui para dentro das veias secas do demônio, enquanto a magia de Zara penetra a carne apodrecida. Um silêncio profundo cai sobre o lugar, apenas quebrado pelo som da respiração pesada de ambos.

Minutos se passam. O corpo permanece imóvel. Haikay observa impaciente, seus olhos brilhando com expectativa. Tavi começa a suar, suas forças se esvaindo. Zara mantém o foco, seu rosto uma máscara de determinação.

De repente, um tremor percorre o corpo do demônio. Seus dedos se contraem. Um arrepio gelado percorre a espinha de Tavi. Os olhos do demônio, anteriormente opacos e sem vida, começam a se mover. Lentamente, eles se abrem, revelando um brilho vermelho sinistro.

-Senhor... está funcionando.-diz Zara

-mas com um sorriso cruel) Muito bem. Agora, vamos ver do que essa criatura é capaz.-diz Haikay satisfeito

O demônio começa a se levantar, suas articulações estalando enquanto seu corpo se reanima. A tensão no ar é palpável, e todos os presentes sabem que algo sombrio e perigoso acabou de despertar.

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-deu um passo à frente, seu olhar queimando de ódio enquanto encarava Lucy. "Você é uma completa idiota por ajudar esses monstros,.diz Itzamnán ele rosnou, sua voz carregada de desprezo

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Lucy manteve a postura firme, embora a dor em seus olhos fosse evidente.

-Eu não sou como você, Itzamnán.-respondeu Lucy com um tom calmo, mas firme.

Itzamnán soltou uma risada amarga, seu rosto distorcido pelo rancor.

-Não adianta. Os homens são os verdadeiros demônios, Lucy. Eles massacram sem piedade, e você ainda os protege? Você sabe muito bem o que eles fazem. Mas agora, vai morrer por isso.-diz Itzamnán

Lucy respirou fundo, lutando para manter a calma.

-Nem todos são assim.-disse Lucy convicção em sua voz lutando contra o desespero que ameaçava tomar conta.

Itzamnán avançou mais um passo, sua presença esmagadora.

-Nem todos? Eles queimaram sua mãe viva, só porque ela era uma bruxa Depois, mataram seu pai como se fosse um animal, hahaha... E ainda assim, você os defende? Eles escravizaram meu povo, Lucy. Eles nos torturaram, nos humilharam, e então nos mataram como se fôssemos nada.-diz Itzamnán se inclinou, o rosto a poucos centímetros do dela. "Você escolheu o lado do mal, e agora vai morrer por isso."

Lucy sentiu o peso das palavras dele, mas não desviou o olhar. Ela sabia que o que viria a seguir seria terrível, mas não recuaria.

///////////

Enquanto isso, no campo de batalha, o ar estava saturado com o cheiro de sangue e o som de aço cortando carne. Taka movia-se como uma sombra, cortando através dos inimigos com precisão brutal. Seus olhos eram poços de escuridão, sem um traço de humanidade.

Ele não estava pensando, apenas matando. Cada inimigo que caía sob sua lâmina era apenas mais um corpo no campo de batalha, e ele não sentia nada além de um vago desejo de continuar.

Até que ele encontrou Noa.

Noa estava correndo, ofegante, mas seus olhos brilharam ao ver Taka.

-Oi, Taka! Eu consegui... eu consegui levar a Landara!-disse noa a excitação em sua voz quase o fazendo esquecer o caos ao redor.

Mas Taka não respondeu. Ele apenas olhou para Noa, seus olhos vazios, negros como a morte.

Noa parou, um calafrio correndo por sua espinha.

-Você... você está bem, Taka? Seus olhos... estão negros...-Noa murmurou, a incerteza crescendo em sua voz.

Antes que Noa pudesse reagir, Taka se moveu. Sua mão se fechou ao redor do rosto de Noa com uma força esmagadora, levantando-o do chão como se ele não pesasse nada.

**Noa** começou a se debater, o pânico tomando conta.

-Taka... TAKA... TAKA!-noa gritou, mas sua voz foi cortada por um som horrível - o som de ossos rachando.

Taka não demonstrou emoção enquanto apertava o crânio de Noa com uma força implacável. O rosto de Noa se contorceu em dor absoluta, seus olhos se enchendo de lágrimas e sangue. O som de ossos se partindo ecoou no campo de batalha, até que, com um estalo grotesco, o crânio de Noa finalmente cedeu. Sangue, pedaços de osso e matéria cerebral espirraram, cobrindo a mão de Taka e o chão abaixo deles.

O corpo de Noa ficou mole, e Taka o soltou sem cerimônia, deixando-o cair no chão como um saco vazio. Ele olhou para a cena por um momento, o sangue pingando de sua mão, antes de virar-se e continuar seu caminho, sem olhar para trás.

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-Então, velho, sabe o melhor? Nós pensamos em tudo, porra!-Nickar declarou com um sorriso torcido, enquanto seus olhos cintilavam com uma mistura de excitação e desdém.

-Ô garoto, tu fala pra caralho, hein? Não consegue ficar quieto, não?- retrucou Ivan

De repente, um som estrondoso ecoou pelo campo de batalha, interrompendo a troca de farpas. Ivan mal teve tempo de reagir quando uma enorme tora de árvore se chocou violentamente contra sua cama improvisada. O impacto fez a terra tremer, e pedaços de madeira voaram em todas as direções. No horizonte em chamas, surgiram dezenas de guerreiros nórdicos, gritando em coro, carregando mais troncos de árvores como armas improvisadas. Eles se lançavam contra os demônios, transformando o campo de batalha em um cenário de destruição primitiva.

-Você podia ter morrido agora, né? Não seria uma má ideia!-diz Nickar provocou, observando Ivan se levantar, ferido, mas ainda determinado.

-Não vou cair assim tão fácil, Arcanjo... Mas você vai pagar por isso!-diz Ivan

Nickar, sem perder tempo, pegou seu machado, a lâmina reluzindo à luz do fogo. Em um movimento rápido e preciso, ele avançou para atacar Ivan. Mas, antes que pudesse completar o golpe, uma flecha cortou o ar e perfurou a garganta de Ivan, atravessando carne e osso. A flecha, encharcada de óleo, incendiou-se no contato com o sangue, transformando a ferida em uma chama viva que queimava com ferocidade. Os nórdicos, aproveitando o caos, haviam incendiado o campo ao redor, jogando troncos em chamas e criando um círculo de fogo que se alastrava pelo campo de batalha, consumindo árvores e corpos indiscriminadamente.

-Agora sim, as coisas vão esquentar de verdade!-exclamou Nickar, o sorriso em seu rosto se alargando ao ver as chamas dançando ao redor.

Sem hesitar, Nickar decapitou Ivan com um único golpe de seu machado, a lâmina cravando-se profundamente no pescoço do inimigo e separando a cabeça do corpo. O reflexo das chamas na lâmina do machado dava à cena um ar ainda mais brutal.

-Que isso, velho? Perdeu a cabeça? Ah, não se preocupa, daqui a pouco ela volta, né? Tu é chato, hein!-zombou Nickar, olhando para a cabeça de Ivan rolando na terra manchada de sangue.

Enquanto Nickar observava a cena com um misto de diversão e desprezo, uma figura sombria surgiu entre as sombras do fogo. Era Taka. Seus olhos, vazios de qualquer emoção, fixaram-se no corpo mutilado de Ivan. Sem hesitação, ele se jogou sobre o cadáver, rasgando carne e músculos com suas mãos, devorando vorazmente os restos do inimigo. O som dos ossos sendo triturados ecoava no ar pesado, misturando-se aos gritos e ao crepitar das chamas.

-Meu Deus... mas que porra é essa?-diz Nickar murmurou, os olhos arregalados enquanto assistia à cena grotesca de Taka devorando Ivan. O cheiro de carne queimada e sangue fresco enchia o ar, criando uma atmosfera sufocante.

Quando Taka finalmente terminou, ele se levantou lentamente, seu rosto e corpo cobertos de sangue, as feições distorcidas por uma fúria insaciável. Sem dizer uma palavra, ele começou a caminhar pelo campo de batalha, seus passos ecoando na terra encharcada de sangue, em busca de sua próxima vítima.

-Caralho... esse cara não tá bem, não... Pelo menos, o velho não vai voltar dessa vez.-diz Nickar sussurrou para si mesmo, ainda atordoado pelo que acabara de testemunhar.

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-Como é saber que você está lutando contra sua própria irmã, Hedgehog? Deve ser difícil...-diz Zara

-Vocês estão contra ela, não eu. Eu sei que a amo. Provavelmente, ela não vai morrer... Não se eu puder evitar.-diz Hedgehog

-Mas já que você é o mais novo aqui, me conta sobre sua vida. Sério, estamos falando de alguém que conseguiu acabar com um país inteiro.-diz Zara

-Tá bom, eu conto. Mas não espere uma história feliz.-diz Hedgehog

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O céu estava pintado de tons de laranja e púrpura, o sol se despedindo lentamente no horizonte. As sombras das árvores se estendiam como dedos alongados pelo chão, criando uma atmosfera quase mágica. Hedgehog, ainda criança, brincava despreocupadamente, até ser interrompido pela aproximação imponente de Jacó, seu pai. A cada passo, o peso de séculos de vida parecia acompanhá-lo, e seus olhos, embora expressivos, carregavam uma tristeza silenciosa.

-Filho, presta atenção no que vou dizer. Logo, vou embora... e você vai precisar assumir meu lugar. A responsabilidade agora é sua: cuidar da sua irmã e da sua mãe.-diz Jacó

Hedgehog com a inocência típica de uma criança

-Papai, por que você está falando isso? Você não vai a lugar nenhum.-diz Hedgehog

Jacó fitou o filho por um momento, como se estivesse gravando aquela imagem em sua mente. O vento soprou suavemente, mexendo as folhas ao redor, enquanto ele pensava na melhor maneira de explicar o inexplicável.

-Seu pai já viveu mais de 500 anos... E, para ser sincero, não sei quanto tempo ainda tenho.-diz Jacó

Hedgehog com um sorriso tranquilizador

-Papai, você vai viver para sempre, eu sei disso. Você é invencível.-diz Hedgehog

Jacó sorriu, mas era um sorriso melancólico, daqueles que sabem mais do que gostariam. Ele suspirou profundamente, sentindo o peso de cada ano que viveu.

-Se Deus quiser, eu não viverei para sempre, filho. Mas, por enquanto, ainda tenho que estar aqui para cuidar da sua irmã... E do próximo bebê que está a caminho. Sua mãe engravida tão fácil... Eu não aguento mais crianças! Ela precisa parar com isso.-diz Jacó

Hedgehog riu, uma risada leve e despreocupada que encheu o ar de uma alegria momentânea. Jacó, por um breve segundo, deixou de lado suas preocupações e se permitiu desfrutar daquele momento.

-Vamos logo para casa. A comida deve estar quase pronta.-diz Jacó

Com um gesto ágil, Jacó levantou Hedgehog, colocando-o em suas costas como fazia quando ele era ainda menor. As passadas firmes de Jacó ecoavam na trilha de terra batida, enquanto ele carregava seu filho de volta para o lar. O calor do corpo de Hedgehog contra suas costas era um lembrete do que estava em jogo.

Jacó ao entrar em casa

-Querida, cheguei.-diz Jacó

O som da porta se abrindo chamou a atenção de Lucy, que correu até ele, com os olhos brilhando de alegria.

-Papai, você voltou! Estava com saudades.-diz Lucy o abraçando-o

Jadi aparecendo na porta, secando as mãos no avental.

-Mais um pouco e eu teria saído atrás do senhor.-diz jadi

Jacó soltou uma risada curta, mas sincera, enquanto abraçava a filha.

-Mulher, você sabe que eu me cuido. Vamos logo comer.-diz Jacó

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Dias passaram, e o clima da casa estava mais tenso. O céu, que antes era um vibrante azul, agora estava cinzento, carregado de nuvens pesadas que pareciam prever algo terrível. Jacó estava sentado à mesa, observando Lucy, que brincava com sua boneca de pano, tentando afastar os pensamentos sombrios que o atormentava.

-Filha, você bem que podia ter puxado ao seu pai... Por que foi puxar à sua mãe? Parece uma bruxa. Teria sido melhor se você tivesse herdado meus poderes.- Jacó provocar lucy

Lucy olhou para o pai, sua expressão uma mistura de orgulho e desafio.

-Papai, seus poderes me dão choque... Eu não acho que seria tão legal assim.-diz Lucy

Jacó deu uma gargalhada alta, o som reverberando nas paredes de madeira da casa. Mas sua alegria foi interrompida abruptamente pela porta que se abriu com um estrondo.

Hedgehog entrou correndo, a respiração ofegante-Pai... a igreja...

Antes que Hedgehog pudesse terminar a frase, Jacó já estava de pé, com o coração disparado e o rosto endurecido. Ele saiu correndo pela porta, seguido de perto pelos filhos, seus passos ecoando pelo vilarejo silencioso.

O cenário era de um pesadelo vivo. Quando Jacó e as crianças chegaram à praça central, o que viram foi algo que nenhuma alma deveria testemunhar. Jadi, sua amada, estava amarrada a um poste de madeira, envolta por galhos secos empilhados ao seu redor como um altar macabro. O ar estava pesado com o cheiro de fumaça e a antecipação do que estava por vir.

O fogo já havia começado a se erguer, devorando vorazmente os galhos secos. As chamas, ainda pequenas, lambiam os pés de Jadi, subindo lentamente pela madeira. O calor começava a se intensificar, distorcendo o ar ao redor e tornando a visão turva, como se o próprio mundo estivesse prestes a se desfazer. Os cânticos dos fiéis ressoavam em uníssono, cada voz uma facada na alma de Jacó, que observava a cena com horror paralisante.

Jadi, presa e impotente, estava em pânico, o terror evidente em seus olhos arregalados. Ela lutava desesperadamente contra as amarras que a prendiam, mas a corda, áspera e firme, apenas cavava mais fundo em sua carne. Seus gritos, antes contidos, explodiram em uma súplica angustiada, rasgando o ar como uma lâmina.

-Jacó! Por favor, me ajude! Não deixe eles fazerem isso!-Jadi gritando com desespero

Jacó, com o coração batendo violentamente contra o peito, tentou avançar, mas seus pés pareciam enterrados no chão. Ele estava preso em um torpor de desespero e impotência. As memórias de batalhas passadas, de inimigos derrotados, nada podiam prepará-lo para a agonia de ver sua esposa queimar viva diante de seus olhos.

As chamas, agora maiores e mais vorazes, começaram a alcançar as pernas de Jadi. A dor foi imediata e excruciante. Ela soltou um grito estridente, um som primal que reverberou por toda a praça, silenciando momentaneamente os cânticos. Seu corpo se contorceu em espasmos incontroláveis, enquanto o fogo consumia sua carne, subindo lentamente pelas suas pernas como serpentes inclementes.

Jacó! Eu imploro! Não deixe isso acontecer!-Jadi entre gritos agônicos

O rosto de Jacó se contorceu em uma máscara de puro terror e desespero. Ele era um homem que já havia enfrentado a própria morte inúmeras vezes, mas nunca se sentiu tão impotente. Cada grito de Jadi era como uma lâmina sendo cravada em seu coração, a culpa e a dor dilacerando-o por dentro.

Mamãe, não! Mamãe!-Hedgehog e Lucy chorando e gritando

Os gritos das crianças misturavam-se com os de Jadi, criando uma cacofonia de horror. Hedgehog tentava desesperadamente puxar Jacó para a ação, mas o homem, outrora tão poderoso, parecia ter sido completamente destruído. O calor do fogo já podia ser sentido à distância, e o cheiro nauseante de carne queimada começou a preencher o ar, um odor que Jacó sabia que nunca esqueceria.

O fogo, cruel e implacável, agora subia pela cintura de Jadi, consumindo suas roupas e pele. Seus gritos se tornaram guturais, quase inumanos, enquanto ela tentava, em vão, afastar as chamas com as mãos. As cordas que a prendiam começaram a se queimar, mas não o suficiente para libertá-la; apenas o suficiente para prolongar sua agonia.

Jadi num último grito desesperado.-Jacó... Me... Salve...!

Mas não havia salvação. As chamas subiram para o torso, o rosto, até que tudo que restou foram os gritos abafados e o som do fogo crepitando. Jacó caiu de joelhos, seu corpo finalmente cedendo ao horror da situação. Ele não conseguia mais ver Jadi — apenas uma forma indistinta envolta em chamas, seu amor, sua vida, sendo consumida em uma pira infernal.

As lágrimas escorriam pelo rosto de Jacó, misturando-se ao suor que brotava devido ao calor intenso. O que antes eram cânticos triunfantes agora se tornava um murmúrio distante, enquanto os espectadores começavam a perceber a profundidade da monstruosidade que haviam cometido.

-SEUS FILHOS DA PUTA!- grita Jacó

Seu grito ecoou pela praça, um som de dor pura, de uma alma que havia sido destruída. As crianças choravam aos seus pés, mas Jacó estava em um lugar além do sofrimento, um lugar onde o tempo e a realidade não importavam mais. Tudo o que restava era a imagem de Jadi, envolta em chamas, gravada em sua mente para sempre.

Quando Jacó soltou a carga elétrica, um brilho intenso tomou conta da praça. A eletricidade se espalhou rapidamente, crepitando no ar, e atingiu várias das pessoas que estavam reunidas, julgando e executando Jadi. O estalo de carne queimando foi seguido por gritos agonizantes, e corpos caíram, sem vida, ao redor. Mas, apesar do caos, Jacó não sentia nada além de uma dor profunda e avassaladora, uma mistura de desespero e resignação. Ele sabia que, por mais que tentasse, não conseguiria salvar seus filhos do destino que lhes aguardava.

Com os olhos vermelhos de lágrimas e raiva, ele se voltou para Hedgehog e Lucy, que ainda estavam em choque, assistindo à cena com olhos arregalados. A dor em seu peito era quase insuportável, mas ele sabia que precisava fazer algo para dar-lhes uma chance, por menor que fosse.

-Por favor... Daqui a pouco o papai vai para casa. Melhor... Melhor que vocês não voltem para casa. Se escondam. Corram.-Jacó grita com a voz rouca e urgente

As crianças, ainda sem entender completamente o que estava acontecendo, começaram a correr, lágrimas escorrendo por seus rostos sujos. Jacó, agora sozinho, se levantou, sua expressão endurecendo enquanto olhava para a multidão que ainda restava. O ódio cresceu dentro dele, uma fúria tão intensa que ele mal conseguia se conter. Ele sabia que, se continuasse assim, se desse vazão a essa ira, ele colocaria em risco o futuro de seus filhos. As pessoas iriam caçá-los, iriam atrás de seus filhos para vingar os mortos.

Ele lutou contra esse desejo destrutivo, mas o conflito interno era quase insuportável. Jacó sentia as feridas se acumulando em seu corpo, cortes profundos e flechas perfurando sua carne. Mas, em vez de ceder ao medo ou à dor, ele aceitou seu destino. Ele sabia que, se continuasse a lutar, seria apenas questão de tempo até que eles o pegassem. E, naquele momento de clareza dolorosa, ele decidiu que a única maneira de proteger seus filhos era aceitar sua morte.

-Eu vou morrer aqui, mas meus filhos... Eles viverão. Eles devem viver.-pensa Jacó

Ele sentiu o impacto final quando uma lâmina atravessou seu peito, perfurando o coração. Outro golpe o atingiu na cabeça, e ele caiu de joelhos. Seu crânio foi separado de seu corpo com um último golpe brutal. Jacó não sentiu dor. Ele apenas se deixou levar, sabendo que, com sua morte, pelo menos por um tempo, seus filhos estariam seguros.

Um ano depois

Hedgehog e Lucy viviam nas sombras, escondendo-se nas florestas e sobrevivendo como podiam. A cada dia, a luta pela sobrevivência se tornava mais difícil, mas Hedgehog fazia o que podia para manter Lucy alimentada e segura.

-Hedgehog... eu tô com fome.-diz Lucy fraca e exausta

Hedgehog, sempre tentando ser forte para sua irmã, assentiu e começou a preparar uma massa simples com restos que encontrou. Ele sabia que não seria grande coisa, mas era o que ele podia oferecer.

-Eu peguei uns restos que achei pelo chão em alguns lugares... Vou fazer uma massa aqui pra você. Não vai ser grande coisa, mas vai passar um pouco a sua fome.-diz Hedgehog tentando soar otimista

Lucy olhou para ele, seus olhos mostrando um cansaço que parecia muito maior do que sua idade. A miséria de viver na rua e se esconder nas florestas estava começando a pesar sobre eles.

-Hedgehog... eu não aguento mais ficar na rua... Eu não quero mais me esconder. Eu quero uma casa de verdade...-diz Lucy com a voz trêmula

Hedgehog parou por um momento, o coração apertado, mas ele sabia que precisava manter a calma.

-Calma... Eles não vão nos encontrar, eu acho. O único problema é que nossos olhos... Estão começando a ficar como os do papai. Os seus ainda estão escuros, mas os meus... Mas relaxa, eu tô com você. Mesmo que eu morra, não vou deixar nada acontecer com você.-diz Hedgehog tentando tranquilizá-la

Ele terminou de preparar a massa e a deu para Lucy, que, exausta, adormeceu em uma casa abandonada. Hedgehog, preocupado, saiu para procurar mais comida. Enquanto caminhava pelas ruas desertas, ele viu algumas frutas abandonadas em uma esquina. Mas, quando tentou pegá-las, foi surpreendido por um grupo de pessoas. Elas o cercaram e começaram a espancá-lo, chutando e socando sem piedade.

Depois de algum tempo, um homem surgiu com uma tocha e, com um sorriso cruel, cravou-a no peito de Hedgehog. A dor foi intensa, mas ele se recusou a gritar. Ele sabia que não podia mostrar fraqueza, não agora.

Com dificuldade, Hedgehog se levantou, sua visão turva e a dor quase insuportável. Ele viu algumas frutas caídas no chão, pegou o máximo que pôde e, cambaleando, voltou para onde sua irmã estava.

Ao chegar lá, ele acordou Lucy, que estava adormecida, seu rosto ainda manchado de lágrimas.

-Lucy... Eu trouxe algo bom pra você comer.-diz Hedgehog tentando sorrir, mas sentindo o peso da dor

Ele entregou as frutas para ela, enquanto seu corpo caía ao lado dela, exausto e machucado. Lucy olhou para ele, sem saber o que dizer, e começou a comer em silêncio, lágrimas caindo silenciosamente enquanto sentia o sofrimento de seu irmão.

Após algum tempo, Hedgehog e Lucy decidem sair para dar uma volta, tentando se distrair da dura realidade que enfrentavam. Enquanto caminhavam pelas ruas escuras e silenciosas, acabaram esbarrando em um grupo de mulheres que também estava passando por ali.

-Opa, crianças, desculpa.-diz Ren sorrindo gentilmente

Ela rapidamente abaixou o olhar para a pequena Lucy, e algo em seu rosto fez Ren parar por um momento. Lucy, com seus olhos grandes e tristes, lembrava muito alguém que Ren conhecera antes. Seu coração deu um salto.

-Garotinha, quem é sua mãe?-pergunta Ren curiosa, com a voz suave

-Moça, nós não temos mãe. Então, tchau.-diz Lucy apressada e desconfiada

Hedgehog segurou a mão de sua irmã, começando a se afastar, mas Ren não pôde deixar isso passar. Havia algo de familiar naquela menina.

-Entendo... Mas vocês estão com fome? Querem comer alguma coisa?-diz Ren olhando com compaixão

Lucy, sentindo o estômago roncando, olhou para Hedgehog com os olhos brilhando de expectativa.

-Eu quero! Eu quero!-diz Lucy animada

Hedgehog hesitou, mas sabia que Lucy de precisava de comida, então acenou com a cabeça.

-Então vamos. Mas vocês vão nos guiar até lá.-diz ren

-bom. Mas... o que vocês estão fazendo aqui?-pergunta Hedgehog suspeitoso, mas decidido

Nós somos bruxas. Estamos procurando alguém.-respondendo Veire calmamente

A palavra "bruxas" fez Hedgehog olhar para Veire com interesse, mas ele tentou não demonstrar muita reação.

-Ah, entendi.-diz Hedgehog com um tom neutro

Quando chegaram ao local onde o grupo de bruxas estava, todos lá começaram a encarar Hedgehog e Lucy com curiosidade. As crianças se sentiram desconfortáveis com os olhares, mas se mantiveram firmes.

-Então, o que vocês querem?-pergunta Veire que estava olhando para os dois

-Qualquer coisa...-diz Lucy tímida, mas faminta

Enquanto isso, Hedgehog puxou Ren de lado, indicando que queria conversar em particular. Eles se afastaram um pouco dos outros, até ficarem sozinhos.

-O que você quer falar?-diz Ren perguntando com um olhar intrigado

-Então... Você e seu grupo devem conhecer minha mãe, né?-pergunta Hedgehog olhando diretamente nos olhos dela

Ren ficou em silêncio por um momento, surpresa com a revelação. Ela olhou mais atentamente para Hedgehog e Lucy, e a semelhança com Jadi ficou clara.

-Então vocês são mesmo filhos dela...-diz Ren com um suspiro

-Sim. Como você conhecia minha mãe... Eu quero pedir um favor. Tem como você cuidar da minha irmã? Ela é como vocês... Ela só tem 6 anos. Eu não quero que ela continue vivendo assim.-Hedgehog determinadamente

Ren olhou para Hedgehog com compaixão, entendendo o peso da responsabilidade que ele carregava. Ela viu a determinação nos olhos do garoto, e isso a tocou profundamente.

-E você? Não vai vir junto?-Ren com a voz suave, mas firme

-Eu tenho algo para fazer antes... Então, eu não vou.-Hedgehog olhando para o chão, decidido

Ren ficou em silêncio por um momento, ponderando as palavras do garoto. Ela sabia que ele estava determinado a cumprir o que quer que fosse, mas também sabia que ele estava fazendo isso por amor à sua irmã.

-Entendo. Está bem.-diz

Depois da conversa, eles voltaram para onde o grupo estava, e todos se sentaram para comer. Lucy, faminta e cansada, devorou a comida até cair no sono, com um sorriso satisfeito no rosto. Hedgehog olhou para ela, sentindo o coração apertado, mas determinado a seguir em frente. Ele se inclinou e deu um beijo suave na testa de sua irmã, deixando uma lágrima solitária escorrer pelo seu rosto antes de se levantar e sair.

As bruxas, vendo que Lucy estava completamente adormecida, pegaram-na com cuidado e a colocaram em um dos cavalos. Ren olhou uma última vez para o local onde Hedgehog desaparecera na noite, antes de se preparar para partir com o grupo, sabendo que estava prestes a assumir uma nova responsabilidade.

14 anos depois do ocorrido

Lucy estava olhando para o horizonte, lembrando-se dos dias difíceis que tinha passado e das promessas que fizera a si mesma. Ela estava prestes a voltar para um lugar que, apesar de sombrio, era parte de sua história.

-Então, Lucy, você quer mesmo voltar para aquele lugar?-Apoena com preocupação

-Sim, eu vou atrás de algo que deixei para trás.-Lucy determinada

-Deixa eu ir com você!-Apoena insistente

Não, Apoena. Você só tem 14 anos. Eu não sou nem sua responsável.- diz Lucy serena, mas firme

-Você é chata, viu.-Apoena murmurando, contrariada

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No castelo, em outro lugar

-Olha só, o meu melhor soldado!-Rei Kime (com um sorriso

-Oi, meu rei. O que deseja de mim?-pergunta Hedgehog fazendo uma reverência

-Eu só queria te convidar para a festa no palácio.-diz o Rei Kime (de forma casual

-Vossa Majestade, estarei honrado em participar.-diz Hedgehog sorrindo levemente

Dois dias depois, Hedgehog estava voltando de uma missão, cansado, mas satisfeito com o dever cumprido. Enquanto caminhava pelas ruas movimentadas em direção ao castelo, ele esbarrou em uma jovem mulher.

-Opa, desculpa, moço...-diz Lucy de forma distraída

Hedgehog parou no meio do caminho, reconhecendo algo naquela voz. Quando seus olhos se encontraram, o mundo ao redor pareceu parar. Ambos ficaram em silêncio por um momento, deixando a surpresa tomar conta.

-Você ainda está vivo...-diz Lucy com os olhos arregalados, em choque

-Por que eu não estaria? Mas... o que você está fazendo aqui?-pergunta Hedgehog surpreso, mas com uma pitada de emoção

Eu vim atrás do meu irmão.-diz Lucy com um sorriso tímido

Hedgehog sorriu, mas havia uma leve tristeza em seus olhos.

-Achei que você já tinha até me esquecido com o tempo.-diz Hedgehog

Eles se abraçaram, um abraço cheio de saudade, emoção e alívio. Ambos tinham mudado tanto, mas naquele momento, eram apenas irmãos que se reencontram após uma longa separação.

-Ouvi falar de você... a bruxa de olhos violetas.-diz Hedgehog

-Ah, eu tento não chamar muita atenção.-diz Lucy desviando o olhar, meio envergonhada

-Haha, sempre modesta. Vamos comer algo?-pergunta Hedgehog

-Sim, sim!-diz Lucy animada

Eles se dirigiram a uma taverna próxima, um lugar simples, mas aconchegante. Pediram comida e sentaram-se em uma mesa perto da lareira, onde a luz do fogo lançava sombras dançantes sobre suas faces.

Então... você já está com alguém?-pergunta Hedgehog

-Não achei ninguém interessante.-diz Lucy sorrindo, mas com um olhar pensativo

-Hum... entendo. Mas como foi sua vida até agora?-Hedgehog rindo levemente

-Passei os últimos anos aprendendo bruxaria e viajando por vários lugares... Sempre procurando algo, mas nunca realmente me sentindo em casa.-diz Lucy olhando para o fogo como se estivesse vendo seu passado ali

Hedgehog assentiu, entendendo o que ela queria dizer. Ele também sentia essa inquietação, a sensação de estar sempre em busca de algo que não conseguia definir. Mas agora, reencontrando sua irmã, talvez essa busca tivesse finalmente chegado a um ponto de descanso.

Enquanto Lucy e Hedgehog conversavam e aproveitavam o reencontro, um homem observava de longe, reconhecendo a jovem bruxa de olhos violetas. Ele se afastou discretamente, dirigindo-se ao castelo para relatar sua descoberta ao rei.

Não demorou muito para que o silêncio da noite fosse quebrado pelo som de passos pesados e armaduras se aproximando. Hedgehog percebeu a tensão no ar e instintivamente olhou em volta, notando o brilho ameaçador das espadas.

-O que é isso? Por que eles estão aqui?-diz Lucy desconfiada, franzindo a testa

-Calma, eu vou ver o que está acontecendo.-diz Hedgehog tentando tranquilizá-la

Ele se levantou, caminhando com firmeza até o rei e seus soldados.

-O que houve, meu rei? Por que esta presença aqui?-diz Hedgehog mantendo a compostura

Antes que ele pudesse obter uma resposta, um dos soldados deu um golpe brutal com um bastão na cabeça de Hedgehog. Ele caiu no chão, desacordado, o som do impacto ecoando pela praça.

Lucy gritou, tentando reagir, mas os soldados, em maior número, avançaram sobre ela. O espaço estreito da taverna limitava seus movimentos, e antes que pudesse lançar qualquer feitiço, foi dominada, suas mãos presas por correntes mágicas.

Hedgehog despertou em uma cela fria e úmida, com o som distante de goteiras ecoando pelas paredes de pedra. Sua cabeça doía intensamente, mas a dor era rapidamente substituída pelo pânico crescente ao perceber onde estava. Em um surto de adrenalina, ele segurou as barras de ferro da cela e, com um grito de raiva, as quebrou como se fossem galhos secos.

-Eu sabia que era forte... mas a esse ponto?-diz Hedgehog

Ele se aproximou de uma superfície reflexiva e viu que seus olhos estavam mais claros, quase idênticos aos de sua irmã. A transformação o assustava, mas ele não tinha tempo para pensar nisso. Com uma determinação feroz, saiu correndo pelos corredores, destruindo qualquer obstáculo que se colocasse em seu caminho, focado em encontrar sua irmã.

Após uma caçada frenética pelas ruas, Hedgehog finalmente encontrou Lucy na praça onde seus pais haviam sido brutalmente assassinados anos antes. Ela estava cercada por soldados, suas vestes estavam rasgadas e o medo em seus olhos era palpável.

Por que isso acontece comigo?! Eu não posso ter ninguém?! Eu não sei por que ainda estou aqui, com esse maldito mundo! Juro, vou acabar com todos vocês-diz Hedgehog

Os soldados, seguindo ordens implacáveis, se preparavam para incendiar a pira onde Lucy estava amarrada. Mas antes que pudessem atear fogo, Hedgehog, em um ato desesperado, se lançou sobre sua irmã, envolvendo-a em um abraço protetor.

No instante em que os dois se tocaram, uma explosão massiva de energia se espalhou por toda a praça, uma onda de força que devastou tudo ao redor. Os soldados foram destroçados, seus corpos desintegrados em pedaços. O sangue e os órgãos dilacerados se espalharam, cobrindo o solo em um cenário de puro horror. As estruturas ao redor foram reduzidas a ruínas, e o que antes era uma cidade viva foi transformado em um mar de cadáveres.

Quando a poeira e a fumaça começaram a se dissipar, Hedgehog estava de pé, respirando pesadamente, suas roupas cobertas de sangue e fragmentos de carne. Ele olhou em volta, a visão de destruição o fez rir, um riso maníaco que ecoava no vazio da praça.

-Hahahaha! Eu consegui! Derrubei todos os reis! Eles são nada!-diz Hedgehog olhando para o céu rindo descontroladamente

Quando finalmente parou de rir, Hedgehog olhou para baixo e viu sua irmã, desmaiada em seus braços. O medo que ela sentiu foi tão intenso que a fez perder a consciência.

Olha só... eu consegui, mana. Eu acabei com todos... Hehehe.-diz Hedgehog acariciando o rosto de Lucy, com um sorriso distorcido

Após a devastação, Hedgehog, ainda segurando Lucy desmaiada, decidiu levá-la para um país próximo, longe da carnificina que acabara de causar. Ele sabia que precisava garantir a segurança de sua irmã antes de retornar ao lugar que agora era um campo de morte.

Ele caminhou sem descanso, cruzando florestas e vales até encontrar uma pequena vila em uma nação vizinha. As pessoas olhavam desconfiadas, mas ao verem a condição de Lucy, foram rápidas em oferecer abrigo. Hedgehog depositou sua irmã em uma cama, cobriu-a com um cobertor, e ficou ao lado dela por um momento, acariciando seu cabelo antes de partir em silêncio, voltando ao lugar que agora era um túmulo de sangue e morte.

Algum tempo depois...

Hedgehog estava sentado à beira de um penhasco, olhando para o horizonte. Ao seu lado, Zara, uma aliada recente, o ouvia com atenção.

-Depois de tudo... Eu matei todos que estavam lá. Nem mesmo deixei um para contar a história. Só parei quando minha irmã apareceu... e depois você.-diz Hedgehog com um olhar distante

-Que vida a sua,É difícil imaginar tudo o que você passou.-diz Zara

Em uma outra parte do mundo, o caos também reinava. Itzamnán, um ser de poder imenso, estava prestes a desencadear uma catástrofe.

-NÃO ADIANTA LANÇAR MAGIA, VOCÊS NÃO PODEM ME PARAR! TODOS VOCÊS VÃO MORRER AQUI!-grita Itzamnán

Ele começou a concentrar uma explosão nuclear de uma potência inimaginável, alimentada por dez sóis, pronto para aniquilar tudo e todos ao redor.

-Eu e os outros Arcanjos vamos prevalecer, e vocês serão nada mais do que cinzas!-diz Itzamnán

Antes que ele pudesse desencadear o ataque, Lucy, em um ato desesperado, canalizou toda sua magia de teletransporte, envolvendo a si mesma e seus aliados em uma luz ofuscante. No instante em que Itzamnán liberou sua explosão, eles já haviam desaparecido, transportados para uma ilha distante.

No entanto, o custo foi alto. Ao chegarem na nova ilha, Taka desmaiou imediatamente, seu corpo e mente em um estado crítico.

-Pera... Onde estou?-pergunta Nickar olhando ao redor, confuso

-Eu trouxe todos vocês para cá, para longe do perigo.-diz Lucy ainda recuperando o fôlego

-NÃO, NÃO, NÃO! VOCÊ NOS TROUXE PARA CÁ, MAS... VOCÊ SABE QUANTAS PESSOAS MORRERAM LÁ?! Cara, a Landara está ferida, e o Taka... Taka está mentalmente instável! Várias pessoas morreram!-diz Nickar sem acreditar no que aconteceu

-Muitas das bruxas vão voltar, mas... não posso garantir o resto.-diz Lucy tentando manter a calma

-com os olhos cheios de raiva e tristeza):** "Ah... Muitas pessoas morreram. Eu preferia ter morrido junto com eles... mas tudo bem.-diz Nickar

Em uma cena final, Riomen chega ao bordel de Liza, onde, para sua surpresa, encontra Jack sentado, aparentemente despreocupado.

-O que você está fazendo aqui, Jack? Está bem confortável para alguém que vai morrer em breve.-diz Riomen

-Ora, Riomen... Aproveite enquanto pode. Sua morte vai ser rápida, e nem vai perceber.diz Jack