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Capítulo 5

Capítulo 4 . Matteo

Matteo e Milla saem do meio da multidão e seguem junto em direção ao veículo, Milla desmontando insatisfação em seu rosto. De repente, ela se vira encarando Matteo.

— Quem era aquela mulher! Você conhece ela Matteo? —Questionou Milla a identidade daquela mulher misteriosa, parando em sua frente. Matteo nega com a cabeça afirmando que nunca teve o prazer de conhece-lá.

— Até que ela era realmente bonita. E tinha uma beleza única.— Comentou Milla, encarando Matteo, que ergueu levemente uma sobrancelha.

— Realmente, ela tinha uma beleza extravagante.

—Comenta Matteo admirando um casal que saia da cafeteria no final da rua.

— Por que não tenta conquistar lá se ela era tão encantadora? — Questiona Milla com indignação. Mas Matteo elogia a beleza da mulher que está ao seu lado, surpreendendo-a com um beijo apaixonado.

— Não há necessidade em sentir ciúmes de outras mulheres. Meus olhos estão somente em você e nesse bebê que será uma benção de Deus em nossas vidas. — Matteo sorrio ao dar um beijo suave na testa de Milla, e em seguida colocou a mão em sua barriga.

— Você está sendo bobo.—Diz Milla e os dois riem juntos.

Matteo abriu a porta do veículo e notou uma tempestade chegando, a chuva fica mais forte, enquanto seguia pela estrada, a rua foi tornando mais escura devido a neblinas, dificultando enxergar. Milla cantando a música, "Serve The Lord" desfrutando daquele momento, olhou para Matteo, que sorriu. Ele voltou sua atenção para a estrada e, de repente, percebeu algo se aproximando em alta velocidade. Sem conseguir desviar a tempo, o impacto foi tão forte que o carro capotou várias vezes antes de parar do outro lado da estrada.

Desorientado ele observa suas mãos ensanguentadas, ao se virar para o lado vê Milla ferida, sua visão começa a turva… Ele escuta alguém chamando por ele. Seu coração bater rápido, como se fosse parar a qualquer momento, Matteo sente como se estivesse indo ao encontro da morte.

Gritos ecoaram em seus ouvidos tentando o guiar para fora da escuridão. Ele respira fundo, tentando recuperar as suas forças, mas seu corpo não reagia, seu coração pulsava forte e a sensação de que a morte se aproximava era avassaladora. Ele desperta desorientado, enxergando tudo turvo ao seu redor, com a vista obscurecida, Matteo buscar por Milla, ao encontrá-la toda ferida, seu peito se apertar, seu coração por um instante para de pulsar, sua respiração começa a falhar seus olhos se encher de lágrimas… Ele tenta com todas as forças se livrar do cinto que esta travado, puxa repetidas vezes, mas suas mãos falam ao ouvir Milla fala:

— Matteo está doendo muito… Não consigo sentir a presença do nosso filho, do nosso pequeno.

Matteo é tomado pelo desespero ao perceber a voz de Milla enfraquecendo e falhando.

— Você e nosso filho ficarão bem.—Afirma Matteo enquanto mantém as mãos de Milla seguras.

— Estou aqui com você. — em meio ao desespero e a intensa dor ele grita enquanto luta para se soltar do cinto de segurança, ao sair do veículo desorientado, ele ajuda Milla a sair do carro, abraçando-a com emoção enquanto lágrimas escorrem por seu rosto. Parece que ele a abraça como se fosse a última vez.

Observou o céu sem estrelas, como se o criador estivesse em um profundo silêncio, naquela madrugada gelada e escura.

— Vai ficar tudo bem ! — murmurou Matteo com tristeza na voz, deslizando a palma da sua mão suavemente pelo rosto de Milla.

— Sinto muito. — Disse Milla com uma voz rouca e delicada, segurando o rosto de seu amor com uma mão antes quente, agora fria.

— ALAGUEM ME AJUDA, DEUS, POR FAVOR, ALGUÉM. — Matteo grita desesperado por socorro.

— Desculpa por pensar somente em mim mesma e deseja estar ao seu lado eternamente. — Declarou Milla olhando profundamente em seus olhos.

— Não se preocupe, a ajuda logo estará aqui… Você e nosso filho ficarão bem! Por favor, aguente firme. — Matteo olha para o Céu e faz uma pergunta a Deus.

— Por qual motivo você me entregou e agora a desejar de volta… Por que o senhor me entregou se não era para ser minha? — indagou Matteo com um peso no coração.

— Errei… agora sei que haverá alguém derramando lágrimas por mim após minha morte. — Diz Milla com ternura, ao refletir sobre o fato de ser órfã e acreditar que ninguém sentiria saudade ou prestaria homenagens em seu funeral.

Matteo segura seu rosto ela sorrir, mesmo em meio a dor Milla o faz prometer que seguira vivendo sua vida após sua partida.

— Ravi, me prometa que continuará seguindo em frente, que abrirá seu coração novamente para o amor.

— Não me obrigue a fazer essa promessa, por favor. — Disse Matteo enquanto a segurava em seus braços e enxugava suas lágrimas que rolavam por seu rosto, seu corpo se tornava mais pesado.

— Jure para mim, Matteo Ravi.— Milla deixar as mãos caírem sobre o colo, enquanto Matteo entra em profundo desespero, chamando seu nome com a voz exausta:

— Milla… Milla… Milla acorda, meu amor, eu não sou tão forte assim, me responde.

— …

Matteo abraça com intensidade sua amada, vendo as lágrimas escorrerem dos olhos dela. Ele experimentar uma angústia intensa no coração, como se estivesse sendo arrancado.

— Por favor, não… Não… por favor, meu Deus, eu te imploro, não. — Curvou-se para frente, segurando contra o seu peito, sussurrou com a voz baixa:

— Acorda, Milla querida, é hora de voltarmos para casa. — Lágrimas se misturavam com soluços.

— Vamos para casa juntos, eu, você e o bebê. Ainda necessito de você. — Ele a limpa o rosto de Milla, encostando sua testa na dela. No entanto, não, obtive qualquer resposta dela.

— NÃOOO… Sem você, Milla, meus dias não terão a mesma graça… Sem você, tudo ao meu redor ficará sombrio… Minhas manhãs serão silenciosa, sem brilho e cheia de dor e sofrimento.

Matteo beija o rosto de Milla, desejando mais do que tudo que ela abrisse os olhos, e o olhasse com seu sorriso gentil. Mas a única resposta é o silêncio da noite e a constante chuva que continuava a cair como se o próprio céu estivesse chorando com ele.

— Deus, se me ama tanto, por que me faz, passar por tanto sofrimento? Por favor, dê-me um sinal que o senhor está comigo, qualquer sinal. —Matteo se se sentia tonto, observando tudo ao seu redor gira, pouco antes de desmaiar. Enquanto isso, ele avistou uma criança coberta de sangue sentada no banco traseiro de outro carro, com várias pessoas correndo em sua direção. Logo chegaram os socorristas em vários carros de bombeiros e ambulância, incluindo a equipe do SAMU. No outro veículo, encontrava-se uma menina de 2 anos com seus pais. Os paramédicos se aproximaram primeiro, do primeiro carro.

— Aqui temos duas vítimas, uma gestante e um rapaz com cerca de 27 anos, ele está desacordado, porém, ainda respirando. — comenta um dos socorristas.

— Qual é a condição da gestante?—Questiona o paramédico. Após verificar seus batimentos.

O socorrista balança a cabeça, indicando que não resistiu.

— Depressa, levem-na para a ambulância, talvez, consigamos salvar a criança. — Eles a colocaram em uma marca, e Matteo sentiu sua mão deslizar sobre a dele.

— Observem se há alguém ainda respirando no veículo ao lado. Peça ajuda, por favor.

—Aqui teremos três vítimas, um homem na casa dos 30 e uma mulher aparentemente com 25 anos. Com uma criança. O casal se encontra mortos, já a menina está respirando, mas pulso fraco.

— Rápido, posicione na linha de partida e retorne ao hospital com máxima urgência, e você aí cuidarão do resto. —disse um dos paramédicos.

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