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Rumores de Romance

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O sonho dela na noite passada foi assustador mas devido ao som mais alto de seus batimentos cardíacos e a imagem do doce sorriso de Ian, Lady Elise conseguiu tirar um cochilo razoavelmente bom pelo resto da noite. Na manhã seguinte, quando acordou, Lady Elise rapidamente vestiu seu traje de empregada e amarrou o avental branco sobre a cintura em um laço. Enquanto estava designada para a cozinha, Lady Elise ajudou a cortar os legumes quando ouviu um murmúrio acontecer ao seu lado.

"Você ouviu? Dizem que o Senhor está encontrando uma mulher." Tracey, a mais velha, falou para a outra empregada chamada Erlin.

"Uma mulher? Deve ser algo corriqueiro. O Senhor é muito charmoso e nenhuma mulher podereria resistir a compartilhar a cama com ele." Erlin respondeu grosseiramente, mas Tracey balançou a cabeça. "Você vê, o boato é ainda mais surpreendente, porque a única filha do Duque foi a que pediu a ele um noivado!"

O coração de Lady Elise disparou. "Filha do Duque?" Ela perguntou para ver Tracey concordando com a cabeça. "O nome dela é Ella Hunn. A mulher mais bonita em Warine. Lembra da última festa realizada em Downbridge? Ouvi dizer que alguém viu o Senhor e a Filha do Duque de mãos dadas e até compartilhando um beijo!"

"Oh meu Deus! Que inveja." Erlin respondeu. "Bem, o Senhor está solteiro há muito tempo, então é esperado que ele tenha um herdeiro, não acha?" Tracey perguntou para ter a outra empregada concordando, exceto por Lady Elise. Ela olhou para os legumes que cortava. Afinal, o que ela esperava? Ela é humana e uma empregada. E a pessoa pela qual ela se apaixonou é o mais alto Senhor, Ian White.

Ela sentiu seu espírito afundar, mas depois tentou se animar antes que seu ciúme voltasse a surgir. Saindo da cozinha, Lady Elise passou pelo depósito com comida que ela trouxe para Curly dentro de uma cesta.

"Por que você parece tão abatida?" John perguntou, em sua mão ele segurava uma maçã. Ele deu uma mordida, apontando para o rosto dela. "Deixe-me adivinhar. Problemas que garotas têm, só há uma resposta, certo? Problema de amor."

Devido à amizade de John, não demorou muito até ele e Lady Elise se tornarem amigos. Eles começaram a conversar sobre seres míticos e coisas envolvendo diferentes seres e às vezes, ele dava a Lady Elise uma porção de boatos que ele ouviu das pessoas da cidade no dia anterior. Ao ouvir a declaração de John sobre seu rosto, Lady Elise tocou seu rosto. "Está tão evidente assim?" Ela pensou que era boa em esconder sua expressão, mas parece que era facilmente demonstrável para os outros.

Mas como se ele pudesse ler sua mente, John cliou a língua três vezes, "Não para os outros, mas para mim, sou bastante perceptivo, sabe." John se elogiou, tendo seu nariz crescendo mais longo de orgulho.

Lady Elise riu, passou a comida para Curly enquanto acariciava sua cabeça e perguntou. "Você ouviu as notícias românticas do Senhor?"

"Notícias românticas, você quer dizer fofocas?" Lady Elise assentiu para ouvi-lo murmurar. "Se eu não estiver enganado, é sobre aquela mulher, Ella Hunn, certo? Os moradores da cidade sempre dizem o quanto eles são perfeitos um para o outro."

"É mesmo." Lady Elise murmurou, inadvertidamente franzindo o cenho.

John percebeu a expressão de Lady Elise mudar e sentiu como se tivesse notado algum segredo de sua nova amiga. Mas por consideração a ela, ele não disse nada a respeito. "Bem, o Senhor é um homem encantador mesmo que eu tenha que admitir, e é apenas um boato, sabe como o Senhor é caprichoso, certo? Uma mulher não pode prendê-lo a menos que ela tenha feito ele se apaixonar perdidamente por ela, o que é algo perto do impossível." John pretendia animar sua amiga, mas por uma razão ou outra, ele notou que suas palavras não eram muito confortadoras tampouco.

"Você está certo." Lady Elise riu baixinho. Foi ela quem se apaixonou pelo Senhor, mesmo sabendo que pedir seu amor não seria fácil. Mas ela não queria desistir.

"De qualquer forma, Lady Elise, não é hora de você ir agora?" John perguntou após puxar o relógio de ouro que disse ter recebido de sua mãe falecida.

"Você está certo!" Lady Elise levantou-se, tirando a poeira de sua saia. "Obrigada por me lembrar."

"Imagina." Lady Elise o ouviu responder e acenou com a mão para ir em direção ao quarto do Senhor. Parando do lado de fora da porta, ela se sentiu bastante ansiosa para entrar no escritório. Ela estava mais consciente de seu coração e do homem e preocupada se seu rosto mostraria o que ela está sentindo por ele.

Porém, antes que ela virasse a maçaneta, Maroon a desbloqueou antes dela. Lady Elise arregalou os olhos em surpresa, olhando para trás para encontrar o olhar vazio e sentiu calafrios correndo pelas suas costas. Ela pensou na noite passada, quando viu as alucinações do homem parado cavando sepulturas para as pessoas que talvez ele tivesse matado. Ela desviou o olhar dele, não querendo mostrar seu rosto assustado, já que seria rude da parte dela acusá-lo de suas alucinações.

Maroon não disse nada, ele se moveu e saiu, permitindo que Lady Elise entrasse. Subconscientemente, Lady Elise respirou aliviada.

"Você pode me dar uma mão com este assunto, Ian?" Lewis suplicou, seus fios de cabelo prateados entrelaçados em sua cabeça e como uma boneca vivente, ele era mais belo do que qualquer mulher que Lady Elise já tinha visto. Lady Elise olhou para o homem, utilizando as afirmações de Elton sobre seres míticos e depois de olhar para as longas orelhas pontudas, ela se lembrou de que o homem que falava com o Senhor naquele momento era um elfo.

"O que a Igreja tem a dizer sobre este assunto?" Ian levantou uma questão para ter Lewis balançando a cabeça com uma expressão desolada.

Ian notou Lady Elise olhando para eles com olhos inquisitivos e devolveu o olhar. O coração de Lady Elise disparou novamente e rapidamente ela evitou olhar diretamente nos olhos dele. O sorriso de Ian congelou.

"Ian?" Lewis perguntou quando não recebeu resposta do homem. Ian levantou a cabeça para seu braço esquerdo murmurando antes de dar sua palavra. "Certo."

"Obrigado, eu lhe devo uma." Lewis expressou com um sorriso gentil. "Vou me retirar primeiro então."

"Maroon está lá fora, ele lhe mostrará o caminho." Lady Elise se perguntou por que Ian não pediu para ela mostrar a saída aos convidados, mas não perguntou e rapidamente foi preparar uma nova xícara de chá. Lewis lançou um olhar para a empregada de cabelos vermelhos, pensou por um momento antes de ajustar seu casaco no ombro e se retirou do quarto.

"Vejo que você fez novas amizades." Ian começou fazendo Lady Elise inclinar a cabeça antes de abrir um largo sorriso cintilante. "Sim. De volta à cidade, eu não tenho amigos da mesma idade que eu, eles geralmente são mais jovens ou mais velhos." Lady Elise colocou a xícara na mão esquerda dele.

Ian viu que ela colocava a xícara de chá na mão esquerda e sorriu. "Você sabia que minha mão dominante é a esquerda?"

"Porque-" Lady Elise fez uma pausa, ela quase disse em voz alta que ela o observava há muito tempo e, portanto, conhecia seus hábitos. "É porque, Mestre Ian muitas vezes pega livros e documentos com sua mão esquerda, eu também percebo que você usa sua mão esquerda mais do que a direita."

"Perspicaz, não é? Isso é uma boa característica, é raro outras pessoas terem." Ian elogiou, ele tomou um gole do chá, citando calmamente. "Está delicioso."

"Obrigada, Mestre Ian." Lady Elise segurou a bandeja junto ao peito, abraçando-a com seu sorriso mais feliz. "Dito isso, você sabe quem é aquela pessoa?"

É um enigma? Lady Elise se perguntou e refletiu. Um elfo, talvez uma pessoa de alta patente, julgando pela maneira como ele falava e como se comportava. Ela pensou em algumas possibilidades, uma delas sendo que aquela pessoa é o Senhor, o Senhor de Marshfort que é bem conhecido por sua aparência deslumbrante. Como o próprio Ian também era um Senhor, uma pessoa de posição menor do que Duque não falaria informalmente com ele, a menos que o homem também fosse um Senhor. "Senhor de Marshfort?" Ela perguntou e surpreendeu-se com suas próprias palavras.

"Correto." Ian deu uma risada. "Em Marshforth, existe uma floresta proibida para qualquer um entrar. Essa floresta em particular muitos feiticeiros das trevas sempre tentaram usar sua magia para trazer as bestas mágicas dentro da floresta e teleportá-las para os locais que eles designaram. Para garantir que as bestas mágicas fizessem uma chacina de seus oponentes, eles usavam uma magia negra para induzir as bestas mágicas em seu estado de agressão." Ele bateu o dedo na lateral da mesa e viu o rosto de Lady Elise escurecer.

Os feiticeiros das trevas, as pessoas que mataram sua família. Ela tinha ouvido do Senhor que ele tinha apreendido os feiticeiros das trevas e o matado. Que horror, ela disse para si mesma. Ela se lembrou das palavras de Aryl quando ainda era criança sobre odiar uma pessoa e finalmente entendeu da pior maneira possível.

"Um dos feiticeiros das trevas como você sabe atacou sua família. Mas eles são um bando de covardes, sabe. Então eles não trabalham sozinhos e nunca querem aparecer no meio da chacina que criaram."

"Você quer dizer que a pessoa responsável pela morte da minha família ainda está livre lá fora?"

"Sim." Ian respondeu. "Para fazer essas magias negras, sacrifícios são necessários, de preferência sacrifícios humanos para que a alma seja saborosa e usada como base da magia negra. Isso é chamado de magias proibidas."

O aperto sobre a bandeja se intensificou, Lady Elise desprezava os feiticeiros das trevas por tirarem a vida de sua família. Mas por que o Senhor estava lhe contando isso agora? Lady Elise não era uma pessoa lenta e foi rápida em encaixar as peças do quebra-cabeça que o Senhor lhe deu.

"Neste exato momento, em Marshforth, pessoas estão sendo sequestradas sem deixar rastros em uma certa cidade. Como o tempo dos desaparecimentos combina perfeitamente com as chacinas que aconteceram em Runalia, a Igreja suspeita que tenha relação com o feiticeiro das trevas." Ian inclinou a cabeça olhando para ela com seu olhar clarete. "Você quer vir comigo para Marshforth?"

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