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Ela Nunca Tinha Visto a Beleza da Terra

Após sua breve visita ao palácio, Leeora retornou a Ronan.

Ao entrar na cidade dos elfos, o Sumo Ancião primeiro instruiu um de seus membros do clã a enviar uma mensagem para Melharbour, a terra das bruxas do outro lado da floresta.

O território das bruxas fazia fronteira com a Floresta dos Elfos, começando da borda da floresta até os campos gramados onde se podiam encontrar algumas cidades de bruxas. Ao contrário dos elfos que têm uma cidade por clã, as bruxas só possuem uma cidade dentro do seu território — a Cidade de Melharbour.

Com isso, tudo o que ela precisaria era esperar pela resposta da Bruxa Mestra. Leeora decidiu voltar para casa.

'Eu me pergunto como aquela garota humana está se saindo.'

Quando ela verificou a casa na árvore ao lado da sua, Leeora não pôde deixar de balançar a cabeça. Como esperado, a menina escolheu ficar dentro de sua casa. Ela havia dito a ela que poderia sair e passear pela cidade, esperando que isso a fizesse sentir um senso de pertencimento, especialmente se fizesse algumas amizades entre os jovens elfos, mas a garota parecia preferir estar sozinha.

Leeora bateu na porta da casa da garota humana.

"Sou eu, Leeora. Posso entrar?"

Depois de bater mais uma vez, ela decidiu entrar na casa e encontrou a garota humana sentada junto à janela, olhando calmamente para fora. Ela parecia solitária, perdida como se não tivesse mais nada na vida para fazer e estivesse desperdiçando seu tempo. Isso trouxe um suspiro aos lábios da elfa.

"Como você está, criança?" Leeora perguntou.

Ao ouvi-la, a garota humana simplesmente virou-se para olhá-la, mas foi só. Leeora sorriu e foi em direção aonde ela estava sentada.

Ela viu o que a garota humana estava olhando. Da sua janela, ela podia ver a vista de um palácio belo e grandioso feito inteiramente de pedra branca que parecia reluzir sob o sol. Era a única estrutura magnífica no meio das montanhas cheias de verde, erguendo-se majestosamente ao lado de um rio e de uma floresta.

O Palácio Real de Agartha, residência do Rei Diabo Draven Aramis.

Além do palácio, não havia outras grandes construções de pedra neste reino, pois todas as raças vivendo sob sua proteção preferiam morar em comunidades pitorescas ou em seus habitats naturais, como a floresta ou os lagos.

"É lindo, não é?" Leeora disse. "Esse é o palácio onde você ficou até agora. Você sente falta?"

A garota humana não reagiu, mas ela pensou que essa bondosa senhora elfa devia estar tendo algum tipo de mal-entendido. Aquele homem de olhos vermelhos aterrorizantes vivia lá. Ela estava aliviada por não ter mais que enfrentá-lo. Por que ela sentiria falta daquele lugar?

'Mas ainda assim, eu nunca soube que o mundo poderia ser tão bonito.'

Tudo o que ela estava vendo agora eram coisas que nunca imaginou que veria. O palácio luxuoso, o jardim exuberante, a floresta animada, a cidade dos elfos — eram todos cenários tão magníficos que ela nem conseguia vê-los em seus sonhos.

Gaia, a pessoa que a criou, não permitiu que ela fosse vista pelas pessoas e a alertou para nunca pisar fora da montanha, caso contrário, sua vida estaria em perigo. As coisas que ela conhecia do mundo exterior vieram todas das histórias que Gaia contou a ela.

Ela foi criada no isolamento, e desde sua primeira lembrança, sempre foi a visão da caverna escura e da floresta sombria. Em um lugar coberto de névoa o ano todo, onde o sol mal brilha, as únicas cores que ela podia ver eram os cogumelos venenosos que sobreviviam no solo rochoso da montanha. Os únicos animais com que ela podia interagir eram corvos e urubus e outros animais que vasculhavam para viver, se alimentando das vidas dos pobres humanos que perdiam o caminho dentro da floresta morta.

Ela cresceu em uma terra de morte... e agora, ela está vendo uma terra de vida.

Dentro de sua nova casa, esta janela oferecia a melhor vista de tudo o que há de bonito que o mundo exterior tem a oferecer — as montanhas, rios, a floresta e, claro, aquele magnífico palácio.

Ela se sentiu sobrecarregada de emoções felizes apenas olhando para esses belos cenários.

Leeora, claro, não sabia disso. "Deixei alguns dos pães que fiz na mesa. Coma quando estiver com fome. Depois, eu vou te levar para fora para mostrar como é a cidade." Leeora saiu depois de um tempo.

A garota humana continuou olhando para o palácio. De repente, ela viu algo se deslocando velozmente na direção do palácio. Algo movendo-se à velocidade do relâmpago.

'Um pássaro? Não... parece algum tipo de energia?'

Isso a assustou, mas ela pensou que devia ser sua imaginação.

'Devo estar com fome.'

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