Emma sabia pelo gosto amargo do suco que Henrique devia ter despejado um vidro inteiro de sonífero e esperava que ela dormisse rápido.
Ela gostou, pois não pretendia comer aquele caldo estranho que ele colocou diante dela. Satisfeita, deixou sua cabeça tombar em cima da mesa e ouviu quando Erick se aproximou rápido e a pegou em seus braços.
Ele a levou pela escada e a jogou na cama enquanto jogava algumas roupas dentro de sua mochila. Sabia que agora voltaria a ser rico. Emma podia ser esperta, mas ele era muito mais. Não acreditava em uma única palavra do que ela disse. Ele precisava a trancar em algum lugar enfeitiçado para a conter. E por sorte, ele mantinha um banner naquela fazenda. Ele planejava se trancar com ela lá dentro até que ele tivesse certeza que ela agora estava dominada por ele.
Quando ele se virou para fechar a mochila, levou um susto. Emma estava com as pernas cruzadas o fitando com olhar perscrutador.
"Para onde você pensa que vai, tio?"
Henrique recuou um passo. Como ela ainda estava alerta? Ele colocou sonífero que abateria um elefante no suco dela!
"Eu tenho um lugar aqui que queria que você visse..."
Emma olhou para a mochila dele e depois abriu um sorriso debochado.
"Quando você foi desmascarado por meus pais e começou a perseguição que os levou a morte, você estava mesmo disposto a matar eles para que eu fosse sua?"
Então ela havia se lembrado. Henrique concluiu.
"Eu jamais faria mal sua mãe."
"Mas o meu pai..."
"Seu pai roubou sua mãe de mim."
"Ele não a roubou. Os dois se amavam."
"Seu pai é um monstro."
Emma se levantou e se aproximando de Henrique, o circulou e o abraçou por trás.
"E você sempre teve inveja de ele ser seu superior..."
"É uma tradição idiota."
"Você nunca se transformou, certo? Sempre esteve limitado a esse corpo humano... Meu pai não era um monstro. Não foi ele o responsável por deixar uma pequena garota órfã..." Emma disse e pegou o sexo dele com firmeza sobre a calça.
Henrique suspirou fundo e se voltou para Emma.
"Se você já sabe de tudo, o que veio fazer aqui?"
"Eu..." Emma pareceu confusa. "Henrique, eu me apaixonei por você. Você jamais poderia ter o amor de minha mãe, pois ela sobrenatural e só se interessava por iguais a ela. Mas eu não tenho esse mesmo preconceito."
"Você não me ama. Você sempre teve nojo quando eu a tocava."
"Não... Eu não sabia o que sentia..."
Henrique levou a mão a cintura, tirou o cinto e abrindo o zíper da calça, colocou o pênis para fora e a encarou.
"Então prove que me ama." Ele desafiou.
Emma o fitou com seus olhos frios e depois olhou para a cama.
"Claro que sim. Você pode se deitar?"
Henrique se perguntou o que ela estava planejando, mas acreditava que era muito mais forte que ela, pois também tinha sangue de lobisomem e a dominou muitas vezes no passado, e pensando assim ele se deitou e colocou os braços cruzados atrás da cabeça.
Emma veio por cima dele e pegou o pênis que já estava ereto com uma aprovação indisfarçável no olhar.
"Me diga, Henrique... Quando você conheceu minha mãe, sabia que ela era prometida para o meu pai?
"Não seja estupida, Emma! Claro que eu sempre soube! Agora para de conversa e me mostre o que você sabe fazer."
"Seu desejo é uma ordem!"
Emma disse e colocou a mão na barriga de Henrique, ainda segurando o membro dele e o encarou nos olhos. Ela puxou com força e de uma vez só. O grito de DOR Henrique foi a melhor musica que ela já havia ouvido.
Ela saiu de cima dele e mostrou o que restou do pênis dele, pingando sangue em sua mão e depois o jogou em um canto do quarto.
"Sua vadia! Você é uma cadela! Eu vou matar você! Como pode fazer isso?" Henrique gritava.
Emma foi até onde ela havia jogado o pênis dele, o pegou e se aproximando de Henrique, colocou em sua boca que ainda gemia de dor e segurou com força.
"Você nunca mais vai estuprar!" Ela disse e se afastou o observando.
Henrique teve medo e cuspiu o pênis.
"Acaba de me matar Emma! Ou eu prometo que vou atrás de você e..." Ele disse chorando.
"Eu sei que a morte seria um alivio para você nesse momento, e eu quero ver você sofrendo." Emma respondeu e o circulo dos seus olhos ficou da cor da prata.
"Você... Se me deixar com vida eu vou reconstruir isso sua vadia! A nossa tecnologia de hoje nos possibilita! Eu vou colocar um maior e mais grosso e vou atrás de você e vou a violentar de formas que você nunca imaginou que fosse possível!"
Emma sorriu tranquila enquanto fechava os olhos.
"Hummm... Esse cenário que você imaginou... Eu acho que vou gostar de ver você tentando..." Ela disse e se calou se concentrando.
Henrique estranhou o silencio que se seguiu e mesmo com muita dor, se voltou para ver o que Emma estava fazendo. Ele soube imediatamente o que ela estava fazendo. Ele já havia visto a mãe dela fazendo aquilo. Emma estava buscando a localização de alguém.
"Quem você está procurando sua vadia burra?" Ele perguntou pensando em Anne. Não sabia se Emma estava procurando Anne ou se foi até ela primeiro.
Emma permaneceu em silencio e Henrique acreditou que era um bom momento para sair dali, mas assim que estava tentando sair furtivamente do quarto, a ouviu.
"Encontrei." Ela disse vitoriosa.
Em um segundo ela estava em sua frente. Ele sentiu o vento quando ela passou por ele para barrar seu caminho e continuou encolhido segurando o local do sangramento.
"Eu fui bem clara quando disse que queria ver você sofrendo?" Ela perguntou e o agarrando pela camisa o arrastou até a cozinha e o jogou sentado em uma cadeira.
Ela foi até o fogão, acendeu o fogo e colocou uma colher para esquentar.
"Não faça mais nada contra mim, Emma. Por favor!" Ele implorou.
"Porque não?" Ela perguntou concentrada no fogo.
"Eu já estou acabado. Olhe para esse lugar! A vida já me puniu pelo mal que eu fiz a você."
"Não posso esperar, Henrique. Não vai querer me ver aborrecida, certo?"
Henrique sentiu que ela havia lhe dado uma bofetada. Se lembrou que foram aquelas palavras que ele usou quando ela pediu que ele lhe desse um tempo... Ele viu com crescente pavor ela pegar a colher vermelha de tão quente do fogo com a mão e se aproximar dele com um sorriso diabólico. Ele fechou os olhos. Sentiu a colher quente em seu sexo e abriu os olhos. Ele não iria gritar a dor que estava sentindo. Ela logo jogou a colher longe. Os caninos haviam crescido e ela estava definitivamente se transformando.
"Não vai me ouvir pedir piedade novamente Emma. Não darei a você nem mesmo meus gritos de dor. Você vai morrer sabendo que o que eu arranquei de você, seus gemidos de dor e que tudo o que fiz com você e seu corpo, vão ser minha melhor lembrança e você jamais vai poder arrancar isso de mim." Ele disse e sorriu.
Emma se sentou em uma cadeira a sua frente.
"Você não entendeu, Henrique. Eu poderia te matar, mas você acredita mesmo que eu facilitaria assim para você? Qual parte de eu querer ver você sofrendo você não entendeu?"
"Você acabou de me arrancar o que me restava! O que mais você poderia fazer?"
Emma se levantou e foi até a porta da cozinha e abriu.
"Sabe Henrique, uma das coisas que aprendi na vida, é que sempre tem como ficar pior."
Ela disse e três enormes lobisomens entraram pela porta. A transformação deles não estava completa, assim como Emma, eles apenas mostravam seus enormes caninos e suas garras poderosas, enormes e cortantes.
"Talvez você não está os reconhecendo nessa forma, Henrique. Eles são meus tios. Irmãos de meu pai. Eu fui até a reserva florestal onde eles habitam e gostaram da ideia de... Brincar com você. Eles vão levar você de volta. Eu lamento tanto que você vai servir de cadela para eles o restante de sua vida... E é claro que sendo assim, o implante está fora de questão. Mas eu prometo que vou lá visitar você de tempos em tempos." Emma disse e assim que viu o olhar apavorado de Henrique, lhe sorriu e saiu.