cap. 2 - O Tempo não para

Vamos pular toda a parte chata de ser um bebe.

Agora tenho 5 anos, sou um garoto ate que bonito, de acordo com Shizune. Meu cabelo é preto, com algumas pontas vermelhas. Pedi a Shizune para cortar bem rente nas laterais e deixar o topo como estava, depois pintei de loiro para ficar mais parecido com vovó Tsunade, o problema é que as pontas ainda apresentam um pouco de vermelho. Olhos pretos, pele bronzeada, e como vovó Tsu esta sempre correndo, eu tenho um bom físico já nessa idade. (Imagine Ryuji Yamazaki criança, essa é minha aparência).

"Vamos Nox, temos que chegar rápido a vila do chá, haverá uma grande aposta..., digo, haverá um grande encontro lá, e preciso rever meus amigos" Tsunade grita para eu, tentando me fazer correr ainda mais. Ela as vezes se esquece que tenho apenas 5 anos.

5 anos, e devo dar algumas informações importantes a vocês. Vovó não sofre mais com fobia de sangue, já que no meu nascimento, ela teve de encarar muito, e como sua preocupação comigo e com mamãe eram maiores que seus medos naquele momento, foi a chave que mudou seus pensamentos e agora ela até faz alguns trabalhos para ganhar mais dinheiro.

Outra informação, Shizune me trata como um irmão mais novo, e que fez vovó ficar ainda mais próximo da garota, já faz um tempo que é vovó Tsu para ela também.

Tsunade só me deixa treinar controle de chakra, ela diz que não importa o quanto eu treinar isso, meus jutsus básicos sempre serão uma bagunça, graças a meu nível absurdo de chakra.

Depois de 2 dias, chegamos a Vila do Chá, onde vovó corre para o "encontro de velhos conhecidos", me deixando com Shizune em uma pousada. Claro que tanto Shizune quanto eu, não ficamos por muito tempo e fomos para a floresta treinar.

Nunca, jamais, em hipótese alguma, fique no caminho de Shizune quando ela começa a treinar. Eu aprendi isso da maneira mais brutal quando tinha 4 anos. Ela continua a garota carinhosa e gentil de sempre, mas quando envolve uma luta ou seu treino, parece que a garota fica possuída.

Devo admitir que a culpa é minha. Comecei meu treino de escalar arvores a um ano, e tenho feito isso desde então, e claro a medida que foi ficando mais fácil, vovó colocava pesos, ou jogava algo, eu vinha falar comigo, ou tentava de alguma forma, quebrar minha concentração. Mas quando ela tentava com Shizune, ela sempre conseguia, ao contrario de mim. O que a levou a isso, estar completamente comprometida naquilo que está fazendo, e se tornar irracional se alguém consegue atrapalhar.

Dois dias depois.

"Nox, agora que você esta acostumado a escalar arvores, vamos passar para o próximo tópico de treino, andar sobre a agua". Vovó me diz de manhã, enquanto nos leva para um rio próximo. "O método é o mesmo, mas como o rio muda muito sua superfície, devido a correnteza e obstáculos na agua, a dificuldade é muito maior, comece." Ela se senta em uma arvore, enquanto lê seu diário, e eu vou para o rio.

Shizune prepara um pouco de chá para ela, ambas estão sentadas, vovó esta explicando algo dos diários a Shizune para melhorar suas habilidades medicas e assim o tempo passa.

Nos dias em que vovó não esta jogando fora o seu dinheiro, ela está ensinando Shizune. E multiplicando a dificuldade de meu treino ainda mais.

"Nox, estamos voltando para Konoha, onde você entrará para a academia shinobi fundada pelo meu avô, seu bisa. Eu não sei como está o grau de ensino, mas pelo menos você aprenderá algo e poderá fazer amigos lá, então arrume suas coisas e vamos partir" me diz vovó, que já esta pronta para a viagem. "Claro que não será apenas uma viagem simples, você estará treinando todo o tempo, pegue essas folhas e enquanto corremos, você as mantém presas no seu corpo com chakra."

5 meses se passam, por mais próximo que seja a vila do Chá para Konoha, eu ainda tenho de treinar dessa forma lenta, o que dificulta ainda mais a mobilidade, e não apenas isso, a cada momento em que começava a me acostumar e acelerar o ritmo, vovó adicionava algo mais.

Com esse treino, eu percebi coisas importantes. Primeiro, agora tenho a capacidade de percepção, e uma das boas. Segundo, Meu controle é preciso, então estou pronto para aprender jutsus e não desperdiçar chakra. Terceiro, vovó quer esperar chegar em Konoha, para que ela possa acessar a biblioteca Senju e me dar os pergaminhos de Fuinjutsu e as técnicas elementais.

Eu ainda não sei quais afinidades eu tenho, mas não estou preocupado no momento, só quero que minha vida seja boa e que eu possa estar com vovó e a irmã Shizune. E é claro, se qualquer cara tentar alguma gracinha com elas, eu chutarei suas bolas.

Ah sim, não lhes contei. Sou um reencarnado, sim, bem clichê certo? Mas veja, eu não encontrei um ROB ou Deus ou qualquer entidade que me forneceu desejos e coisas assim. Acho que foi apenas uma passagem natural do meu ser espiritual para a próxima vida. Quem diria certo. Claro que se eu pudesse escolher, iria para o MCU ou para DC. MCU porque sou fã do Hawkeye e Black Widow, e DC porque eu odeio o morcego voador queria muito dar uma surra bem dada nele.

Enfim, nos portões de Konoha.

"Tsunade-sama, seja bem vinda de volta a Konoha." Diz o guarda.

"Obrigada, por favor registre a entrada de Shizune Katõ e Nox Senju, meu neto."

Os guardas olham para a criança, roupas pretas, cabelo cortado nas laterais preto, na parte de cima um amarelo com pontas vermelhas, em suma, um futuro criador de problemas. Eles agilizam o procedimento e libera nossa entrada. Demos 6 passos para dentro de Konoha.

"Senhora Tsunade, Hokage solicita sua presença." Um ninja com roupas pretas e uma mascara esta ajoelhado na frente dela.

"Diga ao velho que ja vou, primeiro vou passar na minha residencia, e depois de tomar um chá e descansar da longa viagem, eu comparecerei." Diz vovó com um desgosto na voz que nunca tinha ouvido.

O ninja some diante dos meus olhos, o que acho maneiro pra caramba, mas não desaparece da minha percepção, o que me deixou calmo desde o começo. Eu percebi sua chegada, mas de que adianta se não sei nada de luta, nem possuo uma arma.

"Você o percebeu certo garoto, por isso não se assustou nem nada do gênero" Minha avó esta me dando aquele olhar zombeteiro de que ela sabe mais.

"Sim, eu o percebi quando ele estava naquele prédio vindo em nossa direção. Como não senti malicia ou qualquer coisa do gênero, não fiz nada." Mostro o prédio a 50 metros de nós.

"Como se um garoto pudesse derrotar um Anbu, sem contar que não lhe ensinei nada sobre combate, então seria impossível de qualquer forma." Ela me fala tentando tirar sarro de mim.

"Vovó, aí você esta esquecendo que até um rato encurralado, quando em desespero, ataca. Se ele não vai viver, então porque não levar o outro com ele?" pergunto olhando serio para ela. "Se por algum motivo eu tivesse sentido malicia para com a senhora ou com Shizune, eu pularia nele sem pestanejar, pelo menos serviria de aviso para vocês." eu digo a ela com um sorriso.

Ela me olha, sorri, me da um beijo na testa, pega minha mão e eu rapidamente pego a mão de Shizune e vamos para o complexo Senju.