Estava no computador trabalhando. Olho para o lado e vejo - com a mente - uma pequena entidade olhando-me fixamente. Parecia uma criança de mais ou menos cinco anos; a visão dela não me era nítida.
A ignoro e continuo trabalhando, pois estou com muito serviço.
- Sou irmãozinho do Luigi, vim para brincar com ele. – avisa-me.
- Vá embora! Tô trabalhando! – respondo inquieta.
E ela se vai...
Logo depois vem o Luigi com o peixe de pelúcia, Nemo, na mão...
- Mãe, o peixe tem que ir pro fundo do mar... – pede.
- Ele é de brinquedo, não fica na água. – explico.
- Tem que levar o peixe pro fundo do mar! - pede impaciente.
- Luigi, tô trabalhando agora! O peixe é de brinquedo, não nada! – respondo, já perdendo a calma.
Foi para a sala. Penso: "Isso é demais!". Levanto e vou atrás dele.
Luigi estava sentado no sofá, com o peixe no colo. Assistia o desenho animado com o peixe Nemo. Vejo aquela entidade sentada, ao lado dele, e acariciando o peixe bem devagarinho...
Luigi não tinha percebido sua presença. Eu me aproximo deles.
- Sou irmãozinho do Luigi, vim pra brincar com ele.
- Mãe, o peixe tem que ir pro fundo do mar...
- Luigi, o peixe não e de verdade, não nada!
Com a mente falo com a entidade: "E você...vá embora agora! Você não vai brincar com ele!".
Dei meia volta e fui trabalhar novamente no escritório.
No dia seguinte, vem o Luigi e diz:
- Mãe, quero ir pro parque! Quero brincar!
- Tudo bem, vamos então. – respondo, pensando que seria bom dar uma pausa.
- Vou levar o peixe.
- Pode levar...
Esse parque tem uma lagoa muito grande, cheia de patos. Indago-me: "Até onde vai essa história?". Chegamos ao parque. Paramos o carro.
- Mãe, vou levar o peixe pra brincar! – pede animado.
É um lugar cheio de árvores e caminhos de terra. Um vento fresco traz o cheiro de mato. Ouço o barulho dos galhos se movimentando com o vento, os pássaros cantando. As árvores fazem muitas sombras e de todas as formas. Olho o Luigi o tempo todo. Avistamos a lagoa. Penso: "O que será que ele vai fazer? ".
Repentinamente Luigi corre para a lagoa com o peixe na mão!
"Que horror! É isso então?" – penso apavorada.
Corro atrás dele e pego-o pelo braço!
- Mãe! Vou levar o peixe pro fundo do mar! – grita.
- Vem cá! Não pode fugir da mamãe! Esse peixe não nada! Vamos pro balanço! – grito, levando-o para bem longe da lagoa.
Enquanto brinco com ele, uma grande ira toma conta de mim, isso foi uma armadilha.... Outra mãe, com uma pequena distração, poderia ter perdido a criança de vista, e para sempre! Como um desenho e um brinquedo inocentes podem se transformar numa armadilha mortal? Aquela entidade agia na mente dele, através do peixe, e ele não percebia.
Voltamos para casa. Estava furiosa, chamo a entidade:
- Você não veio pra brincar com o Luigi! Você veio pra acabar com a vida dele! Você quer tomar o lugar dele, quer ficar com as coisas dele! Você vai embora!
Fez um gesto de pedido de colo, estendendo os braços para mim.
- Não me manda embora! Sou seu filho! Ainda vou nascer! – rogava, com feição de choro.
- Você não é meu filho! Impostor! Você não vai ficar aqui! Com que permissão você entrou? Com que permissão invadiu a frequência da minha mente? – esbravejava.
- Não me manda embora... – suplicava.
- Você vai sair desta casa! Em nome de Jesus!
A entidade fica irada e arranha meu rosto, mostrando então sua verdadeira face, uma face maligna!
Eu me surpreendi... fingiu que estava triste e agora me atacou! Vou para o quarto, ajoelho-me e faço uma oração:
"Senhor Jesus, cobre-me com o teu sangue! O teu sangue tem poder de libertar! Envia anjos Jesus! Pela sua misericórdia, vem nos proteger! "
Vejo dois anjos muito altos, com espada na mão, escoltando duas entidades cabisbaixas para longe.
"Eram duas entidades? Mas, só aparecia uma para mim! Então, a outra estava agindo no oculto?" – pensei surpresa.
Um outro anjo vem e finca a espada no chão...
- Você tem que demarcar o lugar! Onde você demarcar, eles não entram! – fala com ímpeto.
- Como faço isso?
- Ore pela casa, em todos os cômodos, e a demarcação será feita! – explica.
- Obrigada anjo!
Eram anjos guerreiros! Eles geralmente aparecem com espada na mão.
Rezo o "Pai Nosso" e o "Salmo 91" na casa inteira…
"Agora entendo por que as pessoas oram nas casas, ungem lugares ou colocam incenso. No mundo material é uma demarcação, que passa para o mundo espiritual, e nesse espaço, eles não entram! Devem existir também espaços demarcados pelo maligno, onde a pessoa de bem sente-se incomodada; então aparece a sensação: preciso ir embora, mas não sei o porquê. A invasão do espaço oponente também é conflitante no mundo espiritual. " – reflito.
Respiro aliviada e agradeço: "Obrigada Deus por nos salvar, obrigada pelas orientações! "