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UM PÉ NO FINGER

Dona Mirtes estava sentada na sala, com uma expressão preocupada marcando seu rosto enquanto olhava pela janela para o céu, agora colorido de vermelho pelo pôr do sol. Absorta em pensamentos, seus olhos percorriam o horizonte de forma inquieta.

Observando o céu, um som distante de trovão fez seu coração acelerar. A tensão em seus pensamentos aumentou. Ela se levantou de súbito, olhando ao redor da casa, preocupada.

Um nó se formou no estômago de Dona Mirtes, uma sensação de apreensão que ela não conseguia justificar racionalmente. Um calafrio a percorreu ao lembrar-se de notícias recentes sobre instabilidades na região.

Aproximando-se novamente da janela, fixou o olhar no céu, atenta a qualquer movimento suspeito. O ruído de um avião passando intensificou ainda mais sua ansiedade. O medo e a preocupação a dominaram.

O som de passos aproximando-se fez Dona Mirtes virar-se, encontrando o olhar igualmente preocupado de Mauro Augusto, seu marido, que notou de imediato sua agitação.

"O que está acontecendo, Mirtes? Você parece preocupada", indagou Mauro, buscando compreender a ansiedade dela.

"Não consigo explicar, Mauro, mas algo me diz que um desastre está prestes a ocorrer. Tenho a sensação de que uma bomba vai cair sobre nossa casa", revelou Dona Mirtes, com um olhar que misturava medo e angústia.

Mauro procurou tranquilizar a esposa, segurando suas mãos e fitando-a com ternura. "Estamos seguros aqui, Mirtes. Acalme-se, querida. É só o pôr do sol, não há o que temer."

Apesar das palavras de conforto de Mauro, Dona Mirtes continuou inquieta, sua mente invadida pela preocupação e pelo pressentimento de perigo. Ela tentava dominar seu medo, mas a ansiedade persistia, deixando-a tensa e apreensiva quanto ao futuro.

Sebastião, Alexandre e Thomas Henrique reuniram-se na fazenda, determinados a preparar-se para o que estivesse por vir.

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