Em um amanhecer na cidade de BR3 os raios do sol voltam a dar boas vindas ao inicio de um novo dia, iluminando toda a cidade, e a partir disso, continuamente um barulho continuou a crescer continuamente, o barulho vívido de carros e pessoas se preparando para outro dia, é possível observar alguns jovens com uniformes colegiais conversando enquanto vão para a escola, assalariados correndo atrasados para seus trabalhos, crianças gritando e rindo enquanto brincam entre si, velhos vizinhos jogando conversa fora, carros buzinando e tentando achar brechas para passar entre as pessoas que atravessam as ruas, uma paisagem típica de uma cidade grande.
Enquanto isso em um complexo na periferia da cidade, deitado em sua cama um homem abre seus olhos com um sentimento de surpresa, ele é alto, levemente acima do peso mas com um pouco de músculo, na casa dos trinta anos, cabelo bagunçado, barba por fazer, ambos numa coloração escura.
''Onde estou? Eu não morri? Esse seria o paraíso que algumas pessoas tanto falam?''
A melhor palavra para descrever o quarto desse homem seria modesto, tem apenas uma cama de madeira e um guarda-roupas do mesmo material que apesar de simples, permanecem conservados, mas o mesmo não pode ser dito sobre o teto, está cheio de buracos de diferentes tamanhos, o que possibilita que os raios de sol penetrem e iluminem todo o cômodo mesmo com a janela fechada.
Observando atentamente o local onde se encontra, o homem sente nostalgia, um olhar de saudades aparece em seu olhar ''Isso é... Não é possível, certo? Alguém deve estar brincando comigo.''
Levantando da cama e verificando o calendário do seu celular ele momentaneamente fica em choque, na tela do celular aparece: Dia 26 de janeiro de 2019.
''Realmente voltei dez anos no tempo?''
...
Um calor sobe da ponta dos seus pés até sua cabeça, atingindo-o com um sentimento de alívio que o faz cair sentado na cama com olhos cheios de lágrimas, lágrimas essas de alegria e gratidão por ter essa chance para consertar tudo.
Abrindo a janela para confirmar se realmente era tudo real ele se depara com as pessoas na rua abaixo dele, ele mora em um complexo de dois andares em uma rua movimentada da periferia, dali ele consegue observar os carros passando, pessoas negociando fervorosamente na feira que tem do outro lado da rua, crianças jogando futebol em um terreno vazio ao lado e algumas mulheres apontando para vestidos da vitrine em uma loja de roupas, paisagem essa que ele costumava ver todos os dias pela manhã a cerca de dez anos atrás.
''Ok... Isso realmente aconteceu, mas como?''
...
Parado em frente a janela, refletindo sobre como isso pode ter acontecido o homem abre seus olhos em choque ''Espera, não pode ter sido aquilo, certo?''
'' Status ABRA''
[Nome: Marcus Torres]
[Idade: 35]
[Presente/Nível de poder: Tempo ( Grau S )]
Capacidade de transferir sua alma para algum ponto no passado.
Quanto maior a distância entre seu ponto no presente até o ponto onde deseja voltar no passado, maior é o preço a ser pago.
Estado atual: Bloqueado
???
???
[Titulo: Pai]
Ganho de 10% das estatísticas de cada ''filho'' que possui.
Olhar Paterno: Capacidade de enxergar a janela de status de seus ''filhos''
...
???
Estatísticas Treináveis
[Espiritual: 0.6(Conexão entre corpo e mente)]
[Fisico (Força/Agilidade/Vigor/Resistência): 1.2]
[Mental(Quantidade de conhecimento que a pessoa possui/Inteligência): 3.4]
[Carisma (Capacidade de liderança/barganha/manipulação): 2.3]
Estatísticas Pré-Determinadas
[Percepção (Velocidade de aprendizagem): 4.7/10]
[Charme: 6.4/10]
[Força de Vontade: 7/10]
''Então foi meu presente que finalmente ativou'' Desde o dia que despertei o presente de Tempo nunca consegui ativa-lo não importando o que fizesse ou o quão critica a situação estava, naquela época até mesmo o grau mostrava apenas um ponto de interrogação, isso me fez considerar esse presente um lixo, até mesmo um presente de Grau D seria melhor do que isso.
Esse foi um dos fatores que me levaram gradativamente a ter uma vida deplorável, é irônico que foi exatamente esse presente que me permitiu reescrever minha história...
''Lembro que nunca consegui ler a descrição do presente, aparentemente isso mudou depois que me mandou ao passado''
''Quem sabe o que dei em troca para conseguir voltar dez anos, imagino que isso tenha um preço pesado...''
Fechando o status Marcus começa a refletir sobre diferentes coisas, especulações sobre o preço que pagou para voltar dez anos, o que vai fazer a partir de agora, as melhores ações a serem tomadas...
''Bem, não adianta pensar muito sobre isso agora, antes de tudo melhor pegar algo para comer e...''
Marcus sente alguém abraçando suas pernas e se vira para olhar:
''PAI, o que você está fazendo parado em frente a janela como uma estátua? Por quê seus olhos estão vermelhos? Você estava chorando de novo? Por quê? Por acaso você foi beber ontem de novo?''
Abraçado em suas pernas, na altura de sua cintura estava uma menina de olhos azuis profundos e de cabelo preto e longo olhando com rosto de preocupação, essa pequena garota que deixa qualquer mulher com inveja de sua beleza e fofura é sua filha, Alice.