ALEXANDRA
- O-O que tu queres...?
- Vingança querida. Quem disse que podias fugir de mim? Quem disse que podias fugir de Rochester? Os teus papás ficaram muito preocupados. - ele esboça um sorriso maléfico - Já vi que andaste a brincar ao túnel e camião outra vez - fala olhando prá minha barriga - e não foi comigo.
- Não te interessa o que faço ou deixo de fazer! A vida é minha e eu faço o que quiser!
- Ah interessa me sim. Afinal tu és minha e sempre serás! Esqueceste te do filho que iamos ter juntos? - continua a falar no mesmo tom
- Qual filho? Aquele que tu fizeste em mim quando eu ainda era menor? Aquele que o mataste mal soubeste da sua existência? Sim lembro me muito bem! E também me lembro que quase me mataste junto com ele!
- Ah por favor não exageres! Eu só te dei uns tapas.
- Uns tapas? UNS TAPAS MICHAEL!? TU ESMURRASTE ME! TU ENCHESTE ME DE PONTAPÉS! TU ABRISTE A MINHA CABEÇA! NÃO DESCANSASTE ENQUANTO NÃO DESMAIEI! ISSO FORAM TAPAS MICHAEL!?
- Isso é tudo invenções tuas. Não é possível te lembrares de uma coisa que aconteceu á cinco anos atrás.
- Eu não sou como tu que tens memória de Dóri. - ele dá me um tapa
- Retira o que disseste!
- Não retiro porque é verdade. Tu só te lembras do que te interessa!
- Tal como tu!
- Não Michael! Eu lembro me de tudo! Até daquilo que eu quero esquecer pra toda a eternidade mas não dá! Tudo o que aconteceu entre nós dois vai sempre ficar na minha cabeça pra todo o sempre! E isto é culpa minha porque não fugi das tuas mãos sujas a tempo! Vai te embora AGORA!
- Eu vou embora. Mas tu vens comigo pra Rochester!
- Não! Não tens esse direito! Tu não me és nada! Tu fazes parte do meu passado!
- Ah é? E então como estou aqui se faço parte do teu "passado", Alê?
- Eu não sei porque queres vingança, mas também não vou voltar pra aquela merda de cidade e prás tuas mãos pra tirares de mim a minha criança OUTRA VEZ!
- Não te preocupes. Não vou tirar de ti a tua criança. Esse feto só não vai saber quem é o verdadeiro pai dela - franzo o sobrolho.
Tomo coragem e dou lhe um tapa com tanta força que ele quase cai pra trás. Não sei de onde veio esta força mas deu resultado, ou pelo menos deu enquanto eu não o vi recompor se e tirar uma arma do bolso de trás das suas calças de ganga.
"Meu deus Colin aonde estás?"
- O que v-vais fazer...?
- Não sei. Depende de como te comportares. Agora sê uma boa menina e vai até á porta. - fala apontando a arma pra mim.
- Não!
- Obedece Alexandra!
- Já disse que não vou! - falo andando pra trás
Paro quando sinto o frio da parede nas minhas costas.
Ele vai se aproximando continuando com a arma apontada pra mim.
- Vai. Agora!
- E-Eu disse que não vou!
- Tens certeza disso Alexandra?
- Toda a certeza do mundo...
- Ok
Caio de joelhos e ponho a mão no meu ombro quando sinto uma bala o perfurar e o som do disparo ecoa pela casa.
- COLIN!!!!