A cicatriz em seu coração
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No entanto, o homem não parou ao ouvir as palavras da avó, pelo contrário, aumentou o passo e começou a correr ainda mais rápido. Quando a Vovó Nelson viu que o homem mascarado estava fugindo com a garota nos braços, ela não pode deixar de elevar a voz,
"Alguém ajude! Aquele homem está sequestrando uma jovem!" Vovó Nelson gritou para chamar a atenção das pessoas no parque. Seu grito foi alto o suficiente para que alguns jovens o ouvissem, todos olharam para o sequestrador e depois correram em direção a ele.
"Maldita velha," o sequestrador xingou com voz abafada. Ele jogou a garota no chão e fugiu do parque. No entanto, mesmo quando o sequestrador já estava longe, Noah ouviu o sequestrador dizer, "Você vai pagar por isso!"
Noah estava preocupado com a segurança de sua avó, ele podia ver que o sequestrador não era um homem bom. No entanto, sua avó não parecia preocupada com a própria segurança, ao invés disso, ela caminhou até o lugar onde a menina estava deitada.
"Meu Deus, o que aquele homem fez com ela? Mesmo sendo jogada no chão com tanta violência, ela não abriu os olhos," Vovó Nelson falou preocupada enquanto olhava para a menina cujos cabelos rosa claro estavam espalhados pelo chão.
Sua tez estava pálida, a garota parecia doente.
"Vó, vamos embora," Noah estava preocupado que o sequestrador voltasse e machucasse sua avó. "Devemos voltar para casa agora, alguém vai levá-la para o hospital, ela vai ficar bem."
Ele não queria que sua avó corresse perigo por causa de uma garota desconhecida.
"Não podemos, Noah," disse Vovó Nelson com uma expressão preocupada. Seus olhos sérios se encheram de preocupação. "Essa menina está drogada, se não ajudarmos, ela estará em grande perigo."
Ao dizer isso, ela tirou o telefone e chamou a ambulância.
Não demorou muito para a ambulância chegar. Os enfermeiros pegaram a menina e a colocaram na maca antes de levá-la para dentro da ambulância.
O médico responsável disse com uma leve ruga na testa, "Parece que o sequestrador deu fentanil para essa pobre criança. Felizmente, a dose não foi grave, ou ela poderia ter ficado paralisada. Vamos fazer uma lavagem estomacal, este medicamento é forte para uma criança da idade dela, mas não podemos fazer nada. Se deixarmos a droga dentro do estômago dela, vai prejudicá-la."
"Ai, meu Deus," Vovó Nelson exclamou enquanto olhava para a criança na maca, sentindo ainda mais pena dela. Ela não esperava que o sequestrador fosse tão cruel.
Até Noah percebeu que havia algo errado com a menina. Ele olhou para ela preocupado antes de se virar para olhar sua avó, que conversava com o médico por mais alguns minutos. Ele obedientemente ficou em silêncio ao lado e, uma vez que a ambulância se foi, ele perguntou à sua avó, "Aquela menina vai ficar bem?"
"Deveria ficar," disse sua avó com um franzir de sobrancelhas. "Eu simplesmente não consigo acreditar que as pessoas possam ser tão cruéis. Essa menina é só uma criança, como podem machucá-la assim?" Ela balançou a cabeça e se virou para olhar seu neto antes de dizer, "Vamos voltar? Eu vou pegar a bola que rolou para o outro lado da rua."
Noah apertou os lábios e então assentiu.
Os dois saíram do parque e Vovó Nelson pediu a Noah para ficar na calçada. Ela atravessou a rua e caminhou até o outro lado, embora fosse saudável e muito mais ágil do que os outros idosos de seu grupo. Sua velocidade ainda era lenta, levou um certo tempo para chegar ao lado da rua.
Então ela se agachou para pegar a bola que Noah havia deixado cair mais cedo, no entanto, justo quando ela pegou a bola, um som estridente ecoou atrás dela.
Os olhos de Noah se arregalaram ao ver o carro atingindo sua avó. O barulho alto ecoou em seus ouvidos enquanto ele via sua avó cair na rua. A luz em seus olhos começou a se apagar e sangue se acumulou no local onde ela caiu.
"VÓ!" Noah gritou, seus lábios tremendo enquanto ele corria para o outro lado da rua. Seu olhar caiu sobre o carro que estava fugindo depois de atingir sua avó e pela pequena abertura do lado do motorista, ele viu o perfil do sequestrador que havia ameaçado sua avó mais cedo.
No entanto, ele era apenas uma criança e sua capacidade era limitada, ele não conseguiu pegar o sequestrador e só pôde assistir impotente enquanto ele fugia.
"Vó!" Ele ignorou o assassino e se concentrou em sua avó no chão. Um soluço escapou de seus lábios enquanto ele olhava para sua avó que levantou uma mão trêmula e tocou seu rosto, "Eu… Eu sempre vou te amar, meu querido."
"Não, Não... Vó, você vai ficar bem!" Noah disse a sua avó enquanto tentava segurá-la, lágrimas caíam de suas bochechas enquanto ele via o sorriso de sua avó se tornar rígido e seus olhos ficarem sem vida.
"Vó!"
"VÓ!" Incapaz de conter o luto que seu jovem coração não conseguia suportar, Noah gritou o mais alto que pôde, ele culpou o sequestrador, e culpou a menina pelo falecimento de sua avó.
Se não fosse por aquela menina, sua avó não teria morrido. Por que ela teve que aparecer diante deles? Era tudo culpa dela!
"Essa maldita menina," ele xingou enquanto os pedestres na rua começavam a se aglomerar em volta deles.
"Jovem, afaste-se dela."
"Jovem!"
"JOVEM."
Noah saiu de seu transe e olhou para a enfermeira idosa à sua frente. Ela o olhava com uma expressão de desaprovação.
"O médico chamou por você, siga-me, senhor," a enfermeira disse a ele enquanto se levantava e caminhava em direção à sala de exames onde haviam levado Ari. Só então Noah se lembrou de onde estava.
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