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Capítulo 34

Athar observou o esqueleto que agora tinha apenas um braço. Uma luz fria contendo uma enorme intenção de matar vazou nesse momento. 

Atualmente, ele estava em igualdade com o esqueleto por ter acendido a Chama Asura do Extremo Yin com o Passos Fantasma do Extremo Yin levado ao limite. Porém, ele estava mais do que ciente de que tal estado não podia durar muito mais tempo. 

Ele tinha que acabar com isso logo. 

"Acho que já é hora de terminarmos isso." Athar tinha uma voz solene neste momento. Ele podia sentir que sua alma estava começando a tremer e demonstrar sinais de congelamento, a Chama Asura do Extremo Yin é tirânica demais para o atual ele. 

Sem dar tempo para o esqueleto, Athar voltou sua espada para a bainha e inesperadamente, pegou o martelo de suas costas. Atualmente, ele precisava de um golpe devastador, uma vez que o esqueleto já apresentava enormes danos. 

"Huff!"

Ele expirou uma grande quantidade de ar que se transformou numa névoa azul e gélida. 

Athar segurou o machado de forma rente ao chão e como se fosse um guepardo, se lançou em direção ao esqueleto. 

O Yin Sigil sobre seus pés brilhou com uma luz intensa quando sua velocidade foi levada ao limite. 

O esqueleto, percebendo a atitude de Athar, soltou um urro e mesmo com um único braço, tomou impulso com o pé direito e virou um borrão negro que se precipitou em direção à Athar. 

Athar viu a ação do esqueleto e zombou em seu coração. Este esqueleto quebrado realmente estava se achando demais nesse momento. Talvez, em sua forma de pico, Athar tivesse um pouco de receio. Mas atualmente? Ele não passava de um esqueleto quebrado. 

Uma aura tirânica do Pico do Alvorecer do Espírito colidiu com Athar junto com o urro do esqueleto. 

"Wosh!"

O som passou cortando seu rosto e um olhar solene foi a resposta de Athar. 

 

Em dois segundos, o esqueleto e Athar já estavam cara a cara. O esqueleto fez um corte horizontal com a espada e um som de vento sendo cortado foi ouvido. 

"Xiu!"

Athar sentiu o corte em sua pele antes mesmo dele chegar. No entanto, atualmente, ele não tinha mais tempo sobrando. Com um olhar mais focado, seria possível ver que a chama azul estava cada vez menos potente do que antes. 

O corte do esqueleto veio com um flash negro. Athar cerrou os dentes e puxou com a mão esquerda a espada da bainha. 

"Xiaaa!"

O som do atrito do aço entre a espada e a bainha foi ouvido e Athar fincou o pé esquerdo no chão. Se ele não fizesse isso, o golpe acertaria diretamente sua costela esquerda e os danos seriam catastróficos. 

Quando seu pé afundou no chão, Athar com a mão esquerda também fincou a espada no chão, uma luz branca brilhou na mesma, e essa luz subiu para quase dois metros. 

Um Qi tirânico exalou da espada nesse momento. 

Assim, o golpe do esqueleto finalmente chegou. 

"Clang!"

O som da colisão entre as duas espadas reverberou pela área circundante. Uma pressão de ar passou correndo, fazendo alguns pedregulhos rolar por alguns metros. 

Todo o corpo de Athar tremeu nesse momento, porém, ele não recuou nem um pouco. 

"Snap!"

Sob tanta pressão, o som do estalo foi ouvido e a espada fincada no chão ainda parando o golpe do esqueleto, trincou. 

Athar sentiu a situação mesmo antes de ver a rachadura. Talvez sua espada só suportasse este último ataque. 

"Argh!"

Athar urrou e toda a chama que antes cobria seu corpo anteriormente, correu para seu braço direito. O machado que antes tinha uma luz branca, agora tinha uma intensa chama azul queimando sobre sua superfície. 

Apesar de tamanha mudança, tudo aconteceu em apenas três segundos. Ou Athar agia de forma instantânea e levaria isso ao fim, ou sua derrota seria o único resultado.

"É hora de você descansar, meu velho."

Athar cuspiu tais palavras para o esqueleto e com um urro, seu machado avançou e colidiu diretamente com a costela do esqueleto.

"Urgh!"

"Snap!"

O esqueleto urrou de dor e um som de algo rachando foi ouvido. Com certeza, o último alcançou o limite. 

Athar viu que o esqueleto ainda não havia desmoronado e uma luz louca brilhou em seus olhos. 

"Ahhh!"

Soltando um grito de guerra, uma aura do Pico do Despertar da Alma misturou-se ao machado junto com a chama azul. O último tremeu um pouco e finalmente, quebrou as costelas e colidiu fortemente com a coluna vertebral do esqueleto. 

"Crack!"

O sons de ossos quebrando reverberou pelo espaço e finalmente, sobre o olhar alegre de Athar, o esqueleto virou um amontoado de ossos e caiu no chão. 

Depois de tanto esforço, ele finalmente conseguiu. 

O monte de ossos se transformou num amontoado de névoa cinza que vagou pelo ar. A névoa continuou a flutuar por mais alguns segundos até que com um som de "wosh", ela virou um borrão cinza e colidiu com a armadura de Athar. 

A armadura brilhou com um esplendor cinza e como se fosse um passe de mágica, ela consertou todo o dano que recebeu durante a luta. 

O brilho continuou por mais alguns minutos, até que no final, o brilho recuou e entrou no corpo de Athar. Foi possível distinguir que algumas pequenas partes de seu corpo que antes estavam à mostra, agora estavam completamente cobertas por uma armadura negra e robusta. 

Finalmente, sua técnica do Paragon da Névoa Sombria alcançou o nível três. 

"Filho da puta, tanto sofrimento para apenas um nível três. Não quero nem saber como será no nível dez em diante." Apesar de reclamar, Athar podia sentir que sua maestria com armas e sua técnica de luta havia melhorado de forma indescritível comparado com antes. 

Sua arte marcial fazia jus à sua origem. 

"Bom... Faz muitos dias que estou treinando. Acho que é hora de dar uma pausa, afinal, Roma não foi construída em um dia." Com um pensamento de Athar, sua forma brilhou e ele abriu os olhos ainda de forma sentada em frente a estátua do Paragon da Névoa Sombria. Olhando para aquela armadura robusta exalando uma aura tirânica indescritível, o fez pensar quando ele terá uma armadura tão majestosa. 

Athar fechou os olhos novamente e sua Intenção da Alma foi ficando embaçada até que no final, se transformou em pequenos pontos de luz e desapareceu do Pagode. 

"Hufff!"

Um suspiro de cansaço foi emitido por Athar. Ele sabia que seu caminho estava apenas começando. 

"Enfim... Tudo no seu devido tempo." 

Em um pavilhão, uma figura sentada abriu os olhos de forma preguiçosa. Apesar de apresentar tanta má vontade, uma luz cintilou naqueles olhos azuis como um oceano. 

Se uma pessoa comum observasse tais olhos com esse brilho atualmente, se encontraria em um transe infinito e impossível de escapar. 

"Finalmente saiu, heim? Até quando você estava pensando em fazer esta Soberana esperar?" Antes mesmo de terminar de abrir os olhos, Athar sentiu uma voz que apresentava um grande descontentamento bater em seus ouvidos. Após ouvir, sua sobrancelha se arqueou e um olhar de raiva apareceu em seu rosto.

Athar se levantou e focou seu olhar num canto da sala, onde uma mulher estava sentada de forma preguiçosa. Seu cotovelo esquerdo descansava numa mesinha enquanto sua mão segurava sua bochecha. 

A perna esquerda balançando sobre a direita deixou claro que a pessoa não estava nem um pouco incomodada. Um contraste inevitável com suas palavras ditas há poucos segundos. 

O que deixou Athar mais pasmo foi que a mulher não usava aquele manto horrível negro, mas sim, roupas bem torneadas que deixava a mostra sua figura sexy e irresistível. Se fosse um homem comum, Athar já teria se jogado contra aquela mulher. 

Ela vestia uma calça negra que estava colada ao corpo. Uma blusa curta, também negra, deixando à mostra uma pequena parte inferior dos seus seios. 

Uma pequena coroa agora habitava a cabeça da mulher. Athar se lembrava muito bem que ela não usava tal item anteriormente. Sua sobrancelha se arqueou em questionamento. 

"Mulher, se você quer me matar de vez, apenas diga. Que necessidade há de me mandar cultivar essa arte do demônio? Por acaso você estava de TPM quando criou essa desgraça?" Athar apontou para a mulher sentada e rugiu diretamente para ela. Parece que só agora ele se lembrou de todas suas queixas. Tirar a atenção da beleza em sua frente foi realmente difícil. 

"Se você não consegue nem cultivar a arte criada por esta Soberana pessoalmente, apenas diga e eu a terei de volta. Apesar desta Soberana ter dito que era problemático além do limite recuperá-la, não significa que é impossível." Suanluan parou de balançar a perna esquerda quando escutou o rugido de Athar.

Ela levantou de forma sedutora e com passos medidos, chegou a um metro de distância de Athar que ainda tinha o dedo apontado. 

"Abaixa esse dedo, caso não o queira mais." Disse Suanluan enquanto usava o indicador direito para abaixar o braço de Athar que ainda apontava para si. 

"Não tenha esse ar na minha frente, como se você fosse uma divindade inalcançável. Foi você quem veio até mim e não o contrário. Faça questão de não esquecer esse pequeno detalhe." Tendo o braço abaixado forçadamente, Athar bufou e disse enquanto olhava diretamente para Suanluan. 

"Divindade? Esta Soberana já passou por esse passo há alguns Eons atrás. Não tem nada de tão inalcançável nisso como você disse." Observando o olhar desafiador de Athar, Suanluan levantou uma sobrancelha quando disse. Ela podia sentir uma pitada de desafio na voz do homem em sua frente e isso causou um pequeno descontentamento nela. 

Ela não estava acostumada a ser questionada.