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Mamãe, Eu Sinto Tanta Saudade de Você

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Cidade de Bradford, Villa Mar Profundo, Residência Miller.

Era a Véspera do Ano Novo Lunar, um dia de reunião familiar. Os criados da Família Miller haviam decorado a vila logo pela manhã. No meio do clima festivo, um grito feminino cortou o ar. "Ah—" Acompanhado pelo som da queda, uma mulher grávida rolou escada abaixo.

"Becky!" Jonathan Miller correu primeiro e perguntou ansiosamente, "Becky, você está bem?"

Sangue vermelho vivo escorria entre as pernas de Rebecca Pace. Ela agarrou o braço de Jonathan e disse com medo, "Está doendo. Meu estômago está doendo. Marido, nosso bebê... depressa, salve nosso bebê..."

A Velha Senhora Miller, que estava um passo atrás, entrou em pânico. Enquanto pedia ao servo para chamar uma ambulância, perguntou com severidade, "O que aconteceu?! Por que a Senhora caiu da escada?!"

Lágrimas escorriam pelo rosto pálido de Rebecca enquanto ela olhava para cima, na direção da escada. Todos olharam e viram uma menina de três anos parada na escada. Sob o olhar de todos, ela abraçou a boneca de gatinho que tinha nas mãos com força.

O homem velho estava furioso. "Amelia! Foi você quem empurrou a Rebecca?"

Amelia Miller deu um passo para trás: "Não fui eu... eu não..."

Antes de Amelia terminar de falar, Rebecca chorou e disse ao Velho Mestre Miller: "Pai, não culpe a Mia. Ela ainda é pequena e não sabe de nada. Ela não fez de propósito..."

A expressão de todos mudou, e a expressão de Jonathan era aterrorizante. "Alguém, tranque Amelia no sótão. Eu vou lidar com ela quando voltar!"

Enquanto conversavam, a ambulância chegou, e eles apressadamente enviaram Rebecca para o hospital. Amelia foi jogada grosseiramente no sótão pelos criados. Seus sapatos haviam caído, mas seu rosto era teimoso e ela não implorou nem chorou.

O sótão era escuro e úmido. Não havia luzes ou janelas. A escuridão era como um monstro gigante que poderia engolir pessoas a qualquer momento. Amelia se encolheu num canto e abraçou a boneca de gatinho com força. Ela não empurrou Rebecca, mas ninguém escutou sua explicação, nem acreditou nela.

Com o passar do tempo, os ruídos do lado de fora gradualmente desapareceram, como se ela fosse a única restante no mundo. Amelia estava com frio e fome. Ninguém sabia que ela havia sido punida por Rebecca no dia anterior e não havia comido nem um único bocado de comida. Agora ela já estava fraca de fome. Seu pai disse que não a deixaria sair a menos que ela admitisse seu erro, mas ela não fez nada de errado.

"Mamãe..." Os meses de inverno eram frios, e estava ventando e nevando lá fora. Não tinha aquecedor no sótão. O corpo inteiro de Amelia estava gelado e ela não conseguia parar de tremer. Ela se encostou na parede e murmurou, "Mamãe... Mia não fez nada de errado, Mia não quer pedir perdão..."

Embora Amelia tivesse apenas três anos, ela já sabia muitas coisas. Ela sabia que sua mãe havia morrido de doença um ano atrás, e seu pai tinha lhe arrumado uma nova mãe. Sua nova mãe tinha duas faces e a tratava muito bem na frente de estranhos, mas quando estavam sozinhas, ela a tratava muito mal. Os criados até diziam que sua nova mãe estava com um bebê na barriga...

"Mamãe, estou com tanta saudade sua..." Amelia abraçou a boneca de gatinho mais forte enquanto murmurava e aos poucos desmaiou.

Após muito tempo, a porta do sótão foi chutada e aberta, e Jonathan entrou furioso. Ele arrastou a inconsciente Amelia escada abaixo e a jogou na neve lá fora.

Amelia despertou com o ar frio e abriu os olhos com dificuldade: "Papai..."

"Você ainda tem a cara de pau de me chamar de pai?! Você matou a criança na barriga da Rebecca. Eu não tenho uma filha perversa como você!" Jonathan zombou.

A luz nos olhos de Amelia desapareceu lentamente, ela não tinha mais energia para explicar. Jonathan ficou ainda mais irritado ao vê-la assim. Ela não admitia seus erros e ainda fazia uma expressão de quem estava meio morta! Se ela já estava this má numa idade tão jovem, o que aconteceria quando crescesse?

Jonathan olhou ao redor, pegou a vassoura que era usada para varrer a neve no canto e segurou-a em sua mão. O pau que era tão grosso quanto um braço pousou no corpo de Amelia com um baque, e Amelia imediatamente gritou de dor.

Os olhos de Jonathan se arregalaram de raiva. "Diz aí, você está admitindo seu erro?"

"Não fui eu, Papai, realmente não fui eu..." Amelia mordeu o lábio, seu rosto pálido era teimoso. Jonathan ficou ainda mais irritado. "Se não foi você, quem mais poderia ser? Só tinha você e a Rebecca na escada. Rebecca poderia ter caído das escadas por si mesma? Ela está grávida de seis meses, e ela está ansiosa para conhecer o bebê em sua barriga. Como ela poderia incriminar você com seu próprio filho?"

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