"Vou deixar estas roupas aqui para você decidir o que vestir para o baile que está chegando," Natale afirmou enquanto colocava as roupas na cama de Rosina.
"Sim, mãe. Obrigada," Rosina sorriu e ficou ao lado da porta, esperando que sua mãe saísse.
Natale notou a aura fria radiando de Rosina, mesmo que ela tivesse um sorriso caloroso no rosto. Ela colocou a mão nas bochechas de Rosina e a beijou na testa. "Você é linda, não importa o que."
Rosina abraçou sua mãe antes de vê-la se afastar. O sorriso que estava colado em seus lábios caiu depois que ela fechou a porta.
"Inocente, mas forte. A audácia!" Rosina sussurrou agressivamente enquanto atirava as roupas no chão. Ela não gostava de nenhuma delas, e pensar em vestir uma para o baile a matava por dentro.
Rosina deitou-se na cama e olhou para o teto velho. De alguma forma, seu coração estava preocupado que, se ela encontrasse o companheiro que o destino lhe havia dado, ela deixaria tudo para ficar com ele. "Ser cegada pelo amor é estúpido."
Rosina olhou para os pedaços de papel em sua mesa e examinou as páginas vazias.
"Preciso de um plano," Rosina murmurou. Ela sentou-se na cadeira, pegou uma caneta e começou a colocar números no papel.
"Há 13 bandos no Reino Etéreo que foram classificados entre força e riqueza," Rosina murmurou, colocando a matilha Palecrest em 12º lugar. "Somos pobres e à beira da inanição."
Rosina riu enquanto balançava a cabeça. Ela sabia sobre o plano de Cleto de usar o dote de seu companheiro. Ele usaria para fazer o bando crescer e pagar o dote de Rico para sua futura Luna.
"Nunca deixarei você ter sucesso, Pai." Rosina riu abafado enquanto anotava.
O primeiro lugar era a Matilha Sabrecrown. Os mais fortes e ricos entre todos. Eram a família real e governavam o resto das matilhas de lobos ao redor do reino.
Eram os anfitriões de cada Temporada de Acasalamento Anual que todos os lobos sonhavam em ir.
Rosina revirou os olhos enquanto escrevia sobre a matilha Sabrecrown. Ela não gostava da ideia de como o Rei tinha várias concubinas enquanto ignorava sua verdadeira companheira, a Rainha.
"Eles não pensam em nada além de molhar o bilau," Rosina cuspiu com nojo.
Companheira, uma palavra que se referia a alguém com quem você passaria a vida inteira; para amar, valorizar e criar uma família juntos, mas tem um lado negativo. Apenas homens podiam determinar quem seria sua companheira, enquanto as mulheres só podiam esperar por qualquer homem que viesse e as levasse para casa como esposa.
Foi por isso que alguns homens poderosos, como o Rei dos lobos, podiam ter tantas lobas como concubinas porque elas acreditavam nele quando ele dizia que elas eram sua companheira.
"Na velha história, a Deusa da Lua Selene deu apenas uma companheira para um lobo, mas agora, esse termo foi abusado por homens para seu próprio prazer, e as mulheres sofriam em suas mãos," Rosina resmungou enquanto amassava um pedaço de papel e jogava no chão.
Rosina desprezava a ideia de ter um companheiro. Pensar que ela precisava servi-lo e ser submissa era o suficiente para ela rejeitar qualquer homem à vista, ou ela poderia apenas acabar com a vida deles por sua paz.
Rosina colocou os nomes de cada bando e tentou lembrar os filhos e filhas dos Alfas para evitar qualquer contato com eles.
"O que você vai fazer se eu me casar com alguém de baixa classe, Pai?" Rosina riu ameaçadoramente enquanto pensava na expressão de Cleto se ela não conseguiu um homem rico para se casar. Ela não se importava de contratar um homem para agir como seu companheiro só para irritar o pai.
"Não serei seu saco de dinheiro para o dote de Rico," Rosina sussurrou e circulou o nome de sua matilha com ódio.
A mão de Rosina tremia enquanto pensava no motivo por trás do evento. Seus nervos estavam ansiosos pelo cheiro de sangue pingando de suas mãos.
"Ah, eu quero uma noite apaixonada," Rosina declarou e se inclinou para trás na cadeira. Suas mãos deslizaram por seu estômago e desceram até seu botão, circulando e torcendo ao seu gosto.
"Ah~" Os suaves gemidos de Rosina ecoaram em seu quarto. Uma faísca de prazer acendeu em sua parte íntima, mas suas mãos não eram suficientes para dar a ela o prazer que desejava.
Rosina queria um homem debaixo dela. Seu longo membro perfurando sua carne enquanto seu corpo tremia por falta de ar.
"Tsk! Não posso fazer nada com meu pai por perto," Rosina sussurrou agressivamente e olhou para a porta de aço. Ela queria sair e deixar qualquer homem rastejar sob seus pés, mas ela não podia fazer isso de novo depois de matar Emílio.
Rosina olhou ao redor de seu quarto por algo que pudesse usar. Seus olhos avistaram uma garrafa velha e empoeirada no canto do quarto. Era a garrafa que ela usava para armazenar água.
Rosina pegou um pano limpo e limpou a garrafa. Ela removeu a tampa e olhou para o longo gargalo rígido. "Isso serve."
Rosina estava prestes a inserir a garrafa dentro de si quando um bater foi ouvido na porta.
"Irmã?" A voz suave de Rico foi ouvida do lado de fora.
Rosina imediatamente escondeu os papéis em sua gaveta e colocou uma fachada inocente antes de abrir a porta. "Rico, o que você está fazendo aqui?"
"É errado visitar minha irmã?" Rico disse alegremente antes de entrar no quarto de Rosina e fechar a porta atrás de si.
Rosina deu alguns passos para trás para ter um espaço entre eles. Ela não gostava de estar fechada em um quarto com Rico, já que não eram próximos como irmãos, mesmo que tivessem apenas dois anos de diferença.
"Não, mas há algo em que eu possa ajudar meu irmãozinho?" Rosina disse e bateu palmas ingenuamente; seu sorriso alegre nunca deixou seu rosto.
Rico não disse uma palavra e abraçou Rosina, pressionando o corpo dela contra o seu próprio. "Irmã é encantadora. Qualquer homem tem sorte de tê-la."
Rico abaixou a mão até o traseiro de Rosina e pressionou sua carne suavemente antes de beijar suas bochechas e dar um passo para trás.
"Estou aqui para te parabenizar por finalmente participar da Temporada de Acasalamento. Boa sorte," Rico piscou antes de sair do quarto dela.
Rosina desabou no chão frio. Ela pegou um travesseiro por perto e colocou sobre o rosto enquanto gritava de nojo e raiva.
"Esse bastardo!"