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O Casamento (1)

Diferentes rumores circulavam pela capital do império Astério todos os dias. Podiam ser sobre a boa e má reputação das damas nobres, política, a família imperial, e as famílias nobres, mas um... um evento abalou toda a nobreza, e não demorou poucos minutos para que toda a capital soubesse disso.

Primeiro, o povo comum discutia sobre isso;

''Um convite de casamento?''

''Sim, o duque Hayes convidou nobres para o seu casamento.''

''Mas eu pensei que ele tivesse se casado com a única filha do grande duque há cinco anos.''

''Idiota, não com ela... ele vai se casar com uma plebeia, sua amante.''

''Ele vai ter uma segunda esposa?!''

''Sim, essa Annalise Cromwell vai se tornar a segunda esposa do duque, e o casamento deles é ao meio-dia.''

''Mas por quê? Ele ainda não está divorciado da duquesa?''

''Ouvi dizer que é por causa disso.''

''O que?''

''Ouvi dizer que Annalise Cromwell está grávida do primeiro filho do duque.''

—-

''Minha Senhora, C-Como... o duque pode...'' Gaguejando em suas palavras, os olhos de Amélia se encheram de lágrimas enquanto ela olhava para sua senhora sentada de lado em seu lugar habitual no quarto.

''Amélia,'' Isla se afastou da comoção do lado de fora da janela e sorriu para sua criada chorosa, ''Eu estou bem.''

Essas três palavras fizeram o fio interno que mantinha Amélia unida se romper.

''Minha Senhora! Você não pode viver assim! Como ele ousa!'' Ela gritou sua queixa, ''Eu tenho que informar Sua Excelência sobre isso. Ele deveria ver Sua Majestade Imperial para um divórcio. Você está grávida do filho do duque, e ainda assim aquela amante também...'' Ela não completou como se a menção do filho ilegítimo a enojasse.

''Amélia,'' Isla suspirou. Seu olhar e sorriso ainda permaneciam enquanto ela tranquilizava sua criada, ''Eu estou verdadeiramente bem.''

Amélia olhou para o sorriso de sua senhora enquanto suas lágrimas finalmente caíam ao chão, uma por uma. Seus joelhos se dobraram enquanto ela se ajoelhava ao lado de Isla. Seus soluços ocupavam todo o quarto como se ela estivesse no lugar de Isla.

''Como ele pode?''

''Como ele pode?''

Enquanto continuava a chorar, ela repetia essas palavras ao mesmo tempo.

''Você estava começando a ser feliz com Sua Excelência, minha Senhora... mas ele... o d-duque...'' Amélia não parou de deixar suas queixas escaparem da boca. Ela odiava o duque. Odiava por ele fazer sua senhora sofrer. Odiava por ele não apreciar os esforços de sua senhora. Odiava por ele trair sua senhora. Odiava por ele ter outro filho, mesmo quando sua senhora finalmente foi abençoada com um.

Amélia odiava o duque, e Isla podia ver isso em seus olhos.

''Amélia,'' Isla também estava com lágrimas nos olhos, não por causa de seu marido, mas por Amélia. Ela se comportava exatamente da mesma maneira que em sua segunda vida.

Amélia, a única pessoa que permaneceu ao seu lado, quando ela sentiu que muitos se afastaram de sua existência, derramou lágrimas por ela. Amélia, que nunca odiou alguém, desprezava o duque por ela quando não podia fazer isso, pois ainda amava o último.

''Amélia, obrigada por suas lágrimas,'' Lágrimas também escorriam pelas bochechas de Isla. Seus lábios ainda estavam em um sorriso, pois ela estava feliz. Os céus que ela pensou que não estavam ao seu lado, deram-lhe algo precioso além de seu filho.

Amélia era verdadeiramente um presente deles.

''Está tudo bem agora. Pare de chorar, Amélia. Eu estou verdadeiramente bem.'' Isla se inclinou um pouco e estendeu as mãos para acariciar as bochechas de Amélia. Ela enxugou as lágrimas cintilantes.

''Minha Senhora..''

''Amélia, eu estou realmente bem,'' Isla disse, um pouco mais firmemente desta vez. ''Não há ponto em chorar porque isso não resolveria nada.''

''Eu já aceitei que eu nunca posso receber o amor do duque. Eu persisti por anos e é isso que acontece. '' Isla virou seu olhar para a janela e observou a cerimônia de casamento que estava acontecendo em seu jardim.

O jardim que ela cuidou com tanto amor, seu marido ousou usá-lo para algo assim.

''Eles até arrancaram algumas flores,'' Isla murmurou tristemente, esperando vê-las florescer antes de deixar este ducado.

''Minha Senhora...'' Com lágrimas secas, Amélia observou a tristeza nos olhos de Isla. Ela cerrava os dentes e apertava as mãos, desejando poder infligir a mesma dor e miséria no duque e naquela mulher.

Mas ela não podia e esse pensamento fez com que soltasse suas mãos.

Ela sabia que se fizesse algo fora do limite, sua senhora sofreria pelas suas ações. O duque também poderia dispensá-la, e sua senhora ficaria sozinha neste ducado sem ninguém ao seu lado.

''Sua Excelência ainda cuida da estufa de Sua Excelência,'' Amélia disse depois de acalmar suas emoções. Ela então se levantou com um sorriso crescendo no rosto, ''Quando minha Senhora estiver pronta para voltar para o sul com o bebê. As flores, a estufa, estarão sempre esperando por sua legítima dona.''

O olhar de Isla voltou a Amélia, que continuou falando.

''Até então, farei o meu melhor para garantir que minha Senhora permaneça feliz mesmo quando aquela mulher e seu filho estiverem neste lugar.'' Amélia se curvou respeitosamente e fez um voto em seu coração. Sua senhora sempre deve estar feliz com seu filho.

''Mas minha Senhora.. não espere muito para deixar este lugar.'' Amélia se levantou com repulsa explícita em seu rosto. ''O Ducado de Hayes não é digno da bondade de minha Senhora.''

Isla riu junto com ela com lágrimas secas, ''Então tá bom, eu não vou esperar muito, Amélia.''

No entanto, se Amélia tivesse olhado atentamente para Isla, ela teria visto os olhos da última brilharem com tristeza por alguns segundos.

'Desculpe por mentir para você, Amélia,' Isla pensou tristemente, depois se virou para assistir seu marido e Annalise selarem seu casamento com um beijo nos lábios. Os mesmos lábios que ela beijou, outra mulher pousou os seus lábios ali.

Que nauseante... Isla zombou em seu coração, desejando poder lavar seus lábios até senti-los limpos e livres do toque de seu marido.

''Eu deveria trazer um lanche refrescante para você, minha Senhora.'' Amélia desejou fazer sua senhora feliz e decidiu trazer comidas que sua senhora começou a gostar desde o início de sua gravidez.

''Hmm...'' Isla murmurou em resposta. Amélia se curvou e deixou-a sozinha no quarto.

Uma vez que a porta se fechou, Isla não se mexeu da posição de sentada. Ela permaneceu na cadeira, observando profundamente os sorrisos no rosto de seu marido e de Annalise.

''Eles parecem felizes,'' ela murmurou com a mão na barriga, e deu um carinho gentil em seu filho não nascido.

''E nós também seremos felizes, meu filho. Mãe te promete isso.''

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