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Capítulo 31

PICCOLO

— NÃO! NÃO! NÃO! NÃO! NÃO! — Voei em disparada por entre as incontáveis rochas, procurando desesperadamente por Lettie.

Uma sensação estranha havia me acometido segundos atrás. Uma sensação que me dizia que ela corria grande perigo e tive minha confirmação quando senti seu Ki cair de forma repentina.

Só havia uma explicação: algo muito ruim havia acontecido com Lettie.

"A culpa é sua por tê-la deixado sozinha," disse o meu Inimigo.

Droga! Por que permiti que nos separássemos?!

Eu odiava ficar longe dela. Era como se uma parte minha faltasse.

Meu coração disparava. Suor escorria do meu pescoço até minhas costas. Se algo de mal acontecesse com Lettie, eu não seria capaz de me perdoar!

Decidi voar mais alto para ter uma visão melhor. Dane-se que o Androide me visse. Encontrar Lettie era a única coisa que me importava agora.

E, para o meu desespero, eu a encontrei.

De início, não acreditei nos meus olhos. Pensei que fosse uma ilusão criada pelo meu desespero: Lettie caída sobre uma rocha e o Androide 20 debruçado por cima dela, a estrangulando e sugando sua energia.

Meu sangue ferveu como lava.

— SAIA DE CIMA DELA, SEU DESGRAÇADO!!! — Mergulhei pra cima do Androide e meti-lhe uma bicuda, jogando-o para longe e causando uma explosão de pedras.

— Lettie!!! — Corri até ela, porém, congelei quando a analisei com mais atenção: seu corpo e membros estavam em posições estranhas e tortas, o uniforme rasgado e aos trapos, e o pior de tudo, seu rosto estava completamente deformado e inchado.

Seu Ki minguava. Ela estava morrendo, bem ali, na minha frente.

Uma súbita fraqueza percorreu minhas pernas e caí de joelhos ao seu lado, com minhas mãos trêmulas ao contemplar o estado mórbido de Lettie.

— N-Não… — Foi a única palavra que minha boca seca conseguiu dizer.

"Está vendo, Piccolo?" sibilou o meu Inimigo. "Eu não disse que ela morreria?"

Minha visão turvou com as lágrimas que não consegui conter quando, com delicadeza, entrelacei meus braços ao redor dela para segurá-la, sentindo seu corpo mole e quebrado contra o meu.

Aquilo não poderia estar acontecendo! Por favor, diga-me que era mentira!

Uma névoa bloqueava minha mente. O tempo parecia confuso. Eu estava travado, sem saber como reagir diante tal visão horrenda da mulher da minha vida.

— TIA LETTIE!!! — Gohan gritou dos céus e pousou bem na nossa frente, com os olhos arregalados em pânico. — O que aconteceu??? Tia Lettie!

— E-E-Eu… — Tentei explicar que ela deve ter se envolvido em uma luta com o Androide 20, mas eu não conseguia. Meu corpo estava dormente e gélido, com um formigamento aflitivo percorrendo cada centímetro.

A essa altura, Kuririn, Tenshinhan e Vegeta também nos alcançaram e pousaram ao redor. Kuririn e Tenshinhan arquejaram em horror ao verem Lettie desfalecida em meus braços.

Vegeta, no entanto, riu alto.

— HAHAHA! Então essa é a mulher mais forte da Terra?! Eu sabia que ela era uma fraca! Lettie nunca conseguiria enfrentar o Androide, como EU consegui! Isso é o que dá ficar brincando de família feliz. Parabéns, Namekuseijin! Agora você tem uma mulher aleijada! Por que não aproveita e mata ela logo de uma vez, como fiz com Nappa? Ela não te servirá pra mais nada! Virou um lixo inútil!

Meu Inimigo não precisou dizer nenhuma palavra na minha mente, pois ele já havia dito tudo através da boca de Vegeta.

Com cuidado, coloquei Lettie de volta no chão, sem tirar meus olhos daquele desgraçado, e disparei na sua direção. Meti um soco nele em cheio, bem no meio da sua cara. Foi muito satisfatório sentir o seu nariz quebrar contra o meu punho. Meu ataque o fez voar para bem longe, caindo por entre as pedras com outra explosão.

Voltei rapidamente para Lettie.

— Precisamos dar uma Semente dos Deuses para ela, rápido!

Kuririn não perdeu tempo e me entregou uma. Todos fizeram uma roda ao redor de Lettie enquanto eu colocava a Semente dos Deuses na sua boca toda cortada. Gohan chorava, chamando sua tia para que reagisse.

Esperamos os segundos mais angustiantes de toda a minha vida, e nada aconteceu.

— POR QUE ELA NÃO REAGE?! — guinchei, desesperado.

— Droga! — disse Tenshinhan, debruçado ao meu lado. — Eu acho que ela precisaria mastigar e engolir para fazer efeito da maneira correta.

— Mas isso é impossível! — replicou Gohan. — Ela está desmaiada e toda quebrada!!! — Ele virou-se para mim, com uma expressão muito aflita. — Sr. Piccolo, o que faremos?!

Comecei a olhar ao redor, como se pudesse encontrar uma solução milagrosa para aquele problema. Pensa, Piccolo, pensa!

Foi então que esbarrei a minha mão no odre pendurado no meu cinto.

A Água Sagrada.

Era isso!!! Era mais fácil fazer descer um líquido pela garganta de Lettie do que uma Semente sólida!

Contei minha ideia para os outros e, por um instante, a esperança cresceu em meu coração ao saber que Lettie logo acordaria, bastava eu cuidadosamente dar-lhe a Água Sagrada. Seus ossos se consertariam, seu rosto desincharia e seus belos olhos azuis abririam e me viriam, bem ali ao seu lado. Confiante, peguei meu odre, tirei a tampa e o virei para despejar o líquido.

O odre estava vazio.

Eu… Eu havia bebido tudo!!!

Todos me encararam, perplexos. Eu podia ver a desolação estampada em seus rostos.

"Não há salvação," disse o meu Inimigo. "Este é o fim."

Minha cabeça latejou de dor. Uma náusea embrulhou meu estômago. Eu queria vomitar, botar pra fora toda aquela sensação dilacerante que me cortava sem misericórdia.

Mais do que isso, eu queria chorar; chorar pela desgraça que caía sobre aquela que amo.

Assim como no meu sonho, lá estava Lettie, morrendo nos meus braços.

Não há salvação…

Este é o fim…

— Ah! Essa não! — Gohan apontou em uma direção e nos viramos. — O Androide 20 voltou!

Lá estava o maldito, nos olhando com uma feição odiosa e perversa. Meu golpe havia feito seu chapéu preto cair, revelando seu cérebro protegido pela cúpula de vidro.

Vegeta também retornava, xingando a todos, mas eu o ignorei e contive o meu choro. Agora não era o momento para chorar. Meu alvo era única e exclusivamente o Androide 20. Pela segunda vez, coloquei Lettie no chão com delicadeza. Eu não tinha tempo a perder. Só havia um lugar em que ela poderia sobreviver, portanto, eu tinha de ser rápido.

Flutuei até ficar cara a cara com o Androide 20, minha capa esvoaçando atrás de mim com um vento que passou entre nós. Eu e o Androide nos encaramos por alguns segundos, então, ele curvou os lábios num sorriso malicioso, mas logo seus olhos arregalaram em pavor quando viram que eu agarrei seu antebraço direito.

E eu não iria soltá-lo.

— O-O que está fazendo?! — esganiçou ele.

No próximo segundo, fechei meus dedos com tamanha força, que seu antebraço quebrou em dois e desmanchou-se nas minhas mãos.

O Androide agora só tinha o cotoco do braço direito.

Ouvi arquejos de surpresa vindos dos outros, até mesmo de Vegeta, e acredito que o Androide 20 ficou tão embasbacado, que nem percebeu quando eu fechei meus dois punhos acima da minha cabeça e, com um grito de fúria, o atingi no meio do peito, lançando-o para bem, bem longe, numa grande formação rochosa que desmoronou sobre meu oponente.

— C-Como você ficou tão forte?! — inquiriu Vegeta. — Como você fez isso??? ME RESPONDA, NAMEKUSEIJIN!!!

Mas eu o ignorei de novo. Meu foco agora era Lettie, apenas Lettie. Rapidamente, fui até ela e a peguei nos braços, tomando o maior cuidado como se ela fosse feita do cristal mais fino e puro do mundo.

— Sr. Piccolo, o que vai fazer?! — indagou um confuso Gohan.

— Vou levá-la para Kami-sama. — Olhei para os céus, sabendo que, em algum lugar por entre as nuvens, estaria o seu Templo. — É a única chance que ela tem.

— Vá, Piccolo — concordou Tenshinhan. — Deixe o Androide conosco.

— Por favor — completou Kuririn, com um pequeno sorriso —, traga Lettie sã e salva de volta.

"Você não vai conseguir," disse o meu Inimigo. "Será uma perda de tempo."

Não consegui retribuir o sorriso de Kuririn. Antes de levantar voo, olhei para Vegeta, que nos mirava com uma feição amarga e desdenhosa, como se o meu Inimigo também me escrutinasse através dele.

O mesmo calafrio que senti quando o vi agora há pouco na forma de Super Saiyajin percorreu o meu corpo, e o medo que me dominou foi o impulso que eu precisava para enfim disparar voando para o Templo de Kami-sama.

— Tia Lettie! — Gohan exclamou em nossa direção. — Fique boa logo!

E assim, eles sumiram da minha vista lá embaixo. Eu estava desesperado. O choro teimava em emergir na minha garganta a todo custo, fazendo os meus olhos arderem enquanto eu entrecortava as nuvens. Meu coração gritava nos meus ouvidos e minha cabeça estava prestes a explodir de dor.

Uma vertigem me acometeu. Era estranho, eu estava acostumado a voar em alturas elevadas, mas uma sensação de desmaio percorria meus membros e uma onda de angústia e pavor me atingia sem misericórdia.

Tudo em mim doía… Ah, como doía!

— V-Vai ficar tudo bem… — Beijei o topo da cabeça de Lettie, trêmulo. — Estamos chegando, tá?

"Não," foi a resposta do meu Inimigo. "Não vai."

Olhei para ela, e uma única lágrima escapou sem minha permissão. Meu coração afundou, e eu acelerei.

— SOCORRO!!! — bradei assim que pousei no pátio do Templo.

Logo, um assustado Kami-sama e Sr. Popo apareceram correndo pelos corredores da construção. Assim que me viram, os dois travaram, chocados ao ver o estado de Lettie em meus braços. Com poucas palavras, expliquei que ela havia entrado em combate com um dos Androides e que precisava de ajuda com urgência, pois não conseguimos dar-lhe uma Semente dos Deuses e minha Água Sagrada tinha acabado.

— Leve-a para o seu quarto, imediatamente — pediu Kami-sama. — Eu e o Sr. Popo iremos buscar mais Água Sagrada. Vá!

Sua voz era calma e firme, o que me surpreendeu, considerando a gravidade do momento. Por alguma razão, eu me sentia como uma criancinha assustada recebendo ordens de uma pessoa madura e que sabia como se comportar diante de situações extremas. Era bom ter alguém assim por perto.

Contudo, logo o pânico quis me dominar de novo quando me vi sozinho com Lettie tão ferida, correndo até o meu quarto. Abri a porta no chute, ávido para colocá-la na minha cama e deixá-la mais confortável.

Assim que a deitei no colchão, fiquei de pé na beirada da cama e a olhei.

"Contemple a morte da sua esposa," disse o meu Inimigo.

Tapei a boca com ambas as mãos, meus olhos arregalados cheios de horror, mas não consegui mais resistir. Caí de joelhos e chorei, amargamente.

— L-Lettie!!! — Solucei sobre o seu corpo imóvel e destruído. — Eu n-não consigo! Eu não a-aguento mais! Eu pensei que podia ser f-forte, mas não c-consigo! — Peguei seu rosto desfigurado, fitando-a com profundo pesar. — Diga-me!!! Diga-me como faço essa dor e esse tormento parar!!!

"Não há como parar," rebateu o meu Inimigo. "Só ficará mais forte."

Meu choro aumentou ao me dar conta de que aquele era o pior dia da minha vida. Encostei minha testa na dela, apenas para sentir seu calor, e sussurrei entre as lágrimas:

— Por favor… Eu não consigo fazer isso sozinho… — Engoli uma saliva amarga. Então, com um grito de desespero, declarei o que lutei contra por muito, muito tempo: — E-Eu… EU PRECISO DE AJUDA!!!

Minha voz ecoou pelo meu quarto.

— Filho? — A suave voz de Kami-sama surgiu da porta.

Ergui minha cabeça em sua direção. Lá estava ele, parado com o Sr. Popo, segurando uma bandeja de ouro com uma jarra de Água Sagrada e um cálice, olhando-me com uma expressão preocupada, porém doce.

Em um último ato de aflição, encarei-o nos olhos e supliquei:

— PAI!!! POR FAVOR, ME AJUDA!!!

Fez-se silêncio por alguns segundos. Contudo, minha angústia era tanta que nem sequer me dei conta de que havia chamado Kami-sama de pai pela primeira vez.

Então, seu semblante suavizou. Kami-sama fechou os olhos e, quando os abriu, me deu um pequeno sorriso gentil e tranquilizador.

— É… — suspirou ele. — Acho que chegou o momento.

Meu rosto deve ter denunciado que não compreendi suas palavras, no entanto, Kami-sama entregou a bandeja para o Sr. Popo e disse:

— Por favor, cuide de Lettie. Preciso resolver um assunto com Piccolo.

— Sim, senhor. — O Sr. Popo caminhou na minha direção, apoiou a bandeja na mesinha de cabeceira e começou a preparar um cálice com Água Sagrada.

— Venha comigo. — Kami-sama me chamou e deu as costas, sumindo pela porta. Ainda confuso, olhei para Lettie, temeroso em deixá-la. Fiquei travado por um tempo, sem saber o que fazer, entretanto, achei melhor obedecê-lo e segui-lo.

— Aonde estamos indo?? — Alcancei Kami-sama após correr um pouco. — O que vamos fazer?? Não é melhor voltarmos e ficarmos com Lettie??

— Ela está em boas mãos e recebendo a ajuda que precisa — respondeu ele, me guiando na direção do jardim florido no pátio. — Agora, é a sua vez.

Quis retrucá-lo, mas de novo, achei melhor ficar quieto e apenas o obedecer. Droga, minha cabeça doía muito! Mas se Lettie precisasse de toda a Água Sagrada que existisse para ficar boa, eu aceitaria passar os restos dos meus dias com dor.

Paramos no meio do jardim, numa área repleta de lírios coloridos e, como se lesse minha mente, Kami-sama disse:

— Sua dor logo passará.

Franzi o cenho. Ele sorriu e continuou:

— Não estou falando da sua dor de cabeça.

Meu coração falhou por um instante. O que ele estava fazendo??

Kami-sama então inspirou fundo com um semblante calmo.

— Gosto muito do perfume desses lírios. — Ele me olhou com um sorriso. — Quando você e Lettie se casarem, faça um buquê com estas flores para ela.

Uma profunda tristeza me acometeu e baixei a cabeça.

— Eu… — Funguei. — Eu acho que isso nunca vai acontecer.

— Ah, vai, sim — disse Kami-sama. — Só é uma pena que não estarei mais aqui para presenciar isso. Sentirei falta da minha nora e netinha.

— O-O que está dizendo? — repliquei, conturbado com o rumo daquela conversa.

Kami-sama olhou contemplativo ao redor.

— Nunca imaginei que este momento chegaria tão rápido, mas a necessidade fala mais alto.

— Seja mais claro, por favor! — Comecei a ficar ansioso e irritadiço.

Kami-sama colocou a mão no meu ombro, o apertou e declarou:

— Chegou a hora de nos fundirmos.

Abri a boca em estupefação.

— O-O quê…?

— É isso o que ouviu. — Kami-sama assentiu com convicção. — Você e eu vamos nos fundir agora. Irei transferir todo o meu poder a você. Estamos diante de uma situação que demanda tal atitude. O Inimigo é astuto e está em toda a parte. Você precisa ficar mais forte, em todos os sentidos, para proteger a si mesmo, a Lettie, Naíma e, futuramente, os gêmeos.

Arquejei em espanto. Como ele sabia dos gêmeos?!?!

— Ora, Piccolo. — Riu ele, num tom brincalhão. — Eu sei de muitas coisas.

Ele leu minha mente de novo?!

— M-M-Mas, como?? — indaguei.

— Meu Amigo me contou.

Pausei por um segundo, muito confuso.

— Amigo…?

— Sim. — Kami-sama sorriu. — E em breve, você irá conhecê-lo, também.

Eu não estava entendendo mais nada. Kami-sama iria mesmo se fundir comigo para me deixar mais forte? Desde quando ele planejava aquilo? Quem era esse "Amigo"? E será que o Sr.Popo estaria conseguindo recuperar Lettie??

Ele então deu leves batidas no meu peito.

— Seu coração está cheio de dúvidas e terror, mas logo, ele ficará livre. Existem outras forças em ação, Piccolo, além da vontade do mal.

"Não ouça o que ele diz!" vociferou meu Inimigo. "Ele está mentindo!"

— EU NÃO MINTO! — exclamou Kami-sama de repente com voz retumbante, a ponto de me fazer estremecer.

Silêncio.

Kami-sama inspirou fundo, como se reunisse paciência após falar com alguém inconveniente. Seu comportamento era muito peculiar, e eu não tinha coragem de dizer uma só palavra. Por fim, seu semblante voltou ao normal, exibindo a mesma aparência amistosa e gentil.

— Está pronto? — perguntou ele.

— O senhor está? — repliquei.

— Ninguém nunca está.

Dito isso, colocamos a mão um no ombro do outro. Kami-sama era apenas um pouco mais baixo que eu, considerando sua idade avançada. Por alguma razão, senti pena dele, tão idoso e sempre tão solícito para com as minhas necessidades…

Um profundo arrependimento me acometeu por todas as vezes que o desprezei. Do mesmo jeito que aconteceu quando maltratei Lettie e Gohan no início do nosso Treinamento.

— P-Pai, eu… — comecei e então, como Lettie e Gohan também fizeram comigo naquela época, ele respondeu:

— Está perdoado, filho.

Meus ombros relaxaram involuntariamente e soltei uma respiração trêmula, carregada de um sentimento de alívio. Levantei meu olhar para ele e dei um pequeno sorriso triste. Kami-sama apertou meu ombro com afeto.

— Feche os olhos — disse ele, e o obedeci.

Uma brisa agradável começou a se formar ao redor dos nossos pés, e o som das nossas capas se mexendo preencheu meus ouvidos. Então, eu senti. Uma quantidade enorme de poder lentamente adentrou não somente o meu ser, mas a minha alma. Por um momento, foi como se eu flutuasse, recebendo toda aquela energia que parecia me expandir.

O tempo e o espaço pararam. 

Tudo ficou quieto, e o absoluto vazio me consumiu.

Quando abri os olhos, eu não estava mais no Templo.

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