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Capítulo 6

Princesa Shahnaz POV:

Reunimo-nos novamente com a Imperatriz e as mães de nossas primas e seguimos para o interior do palácio para verificar a veracidade da notícia que tem se espalhado. 

Ouvimos como um forte estrondo os gritos que só podem ser dos guerreiros e meu coração pulsa mais forte nesse momento. 

Encontramo-nos com Asthad e este confirma as ordens do Imperador ao general, então a grande esposa real nos pede licença para iniciar os preparativos, enquanto eu permaneço inquieta ao lado de Bibiana, Etty, Madge e Gatha, além de nossas damas. 

— Venham, não se preocupem, vamos tomar um chá. – é tudo o que consigo pensar no momento para tentar acalmá-las. 

Sentamos em um lugar aprazível do palácio e conversamos um pouco, mesmo com toda a agitação ao nosso redor.

— Tenho receio do que pode acontecer agora, Kansbar irá para a guerra com o Imperador? – Etty questiona.

— Asha terá que ir? Tenho medo que ele morra. – Bibiana diz.

— Ksathra tem dezenove anos, idade para ir à guerra. – Madge diz.

— Behrooz tem vinte e dois anos, já é soldado. – Gatha diz.

— Confiem no Imperador porque é um excelente estrategista e sabe o que está fazendo, se optou por essa guerra neste momento está fazendo o certo, o lugar dos guerreiros é no campo de batalha e o nosso é dando o apoio necessário. – digo.

— Tens razão, minha querida sobrinha, vejo Kansbar mais no governo do que nas batalhas e por isso me preocupo tanto com sua ida à guerra. Temo que não saiba se defender tanto quando o grande Shahanshah. – Etty diz.

— Faço minhas as suas palavras, Senhora Etty, Asha tem estado os últimos anos debruçado sobre a regência e não nas batalhas desde que foi vencido pelo Imperador e por isso o meu temor. – Bibiana diz.

— Ksathra é apenas um menino, valente e vigoroso, é verdade, um de nossos melhores soldados e deseja ir para a guerra, mas mamãe teme por sua integridade. – Madge diz e Etty concorda.

— Behrooz é seguro de si, um dos mais valorosos guerreiros do exército e está sedento por uma batalha, mas os corações de mãe e de irmã ficam apertados com essa possibilidade. – Gatha diz e Bibiana concorda.

— Não posso afirmar que eles estarão ao lado do Imperador nessa campanha, mas se estiverem, cumprirão seu destino e nós temos que apoiá-los em orações e devemos ser fortes esperando seu retorno vitorioso, como sempre. – digo. 

— Tens razão, Princesa. Os Imperadores realmente lhe educaram para ser uma mulher de firme, estou orgulhosa do que tem se tornado. – Bibiana diz.

— Peço que me deem licença agora, vou ver se a Imperatriz precisa da minha ajuda. – disfarço e me retiro com a permissão das convidadas.

Sigo para a minha alcova e fecho as portas, meu coração está acelerado, vou ao meu armário e separo algumas mudas de roupas, na verdade são quatro uniformes de guerreiro, chapéu, véu da mesma cor, dois pares de botas, cinturão para as armas e aljava, deixo tudo separado e amarrado, pois usarei em breve.

Penso em como tirarei tudo da minha alcova e como me unirei ao exército sem que me vejam, afinal devo estar na despedida do Imperador e ao mesmo tempo tenho que me reportar ao meu general, mas eu irei!

Ouço batidas na porta e escondo todos os objetos o mais breve possível.

Mojgan passa pela porta e me avisa que o banquete está servido, sigo com ela para o salão.

Todos estão à mesa, até mesmo os nobres e o Imperador e o clima é bem instável, todos estão preocupados com a guerra, mas não ousam dizer uma só palavra diante do grande Shahanshah. Assim que terminamos, todos seguem com seus afazeres, os nobres voltam a se reunir na sala do trono, de certo para discutir os últimos detalhes sobre a guerra. 

 Sigo para os meus afazeres no harém, para que ninguém desconfie da minha ausência na última semana. 

Dara sorri ao me ver e me direciona para as mestras de dança e música, logo tem início as minhas aulas, mas não sem antes um puxão de orelhas pela minha ausência prolongada e sentida por elas. Sou dispensada apenas no final da tarde. 

Vejo nossas convidadas desfrutando de tratamentos de beleza e relaxamento no harém e sinto que nossa breve conversa surte o efeito esperado, deixando-as mais confiantes nas habilidades do Imperador. 

 

 

 

 

Jahangir Azimi POV:

Retorno ao forte ao anoitecer e sigo direto para o alojamento, ajudo na arrumação, vou ao quarto de banho e decido remover minha barba, me arrumo e descanso.

Desperto pouco antes do amanhecer, me arrumo e sigo para o treinamento com um comandante de tropas porque o nosso general está em uma reunião na sala do trono com o Imperador e a nobreza. 

Antes de nossa pausa para a refeição, durante os duelos com espadas e lanças, o general vem a nós para fazer um comunicado.

— Faço todos saberem que por ordem do grande Imperador Shahanshah, foi declarada guerra e todo o seu exército marchará para Lídia amanhã pela manhã, ergam suas espadas em nome do império e vençam! – Faridoon diz. 

Todos nós erguemos nossas espadas e gritamos em uma só voz, ecoando por todo o forte. 

Então a guerra vai mesmo acontecer, a primeira oportunidade de mostrar o meu valor como guerreiro e como homem. 

Fazemos a breve pausa para a refeição e retomamos o treinamento com mais afinco e avidez até o início da noite, então encerramos por ordem do general, fazemos outra refeição e vamos descansar, afinal teremos que nos levantar bem cedo amanhã, o grande dia.

 

O Narrador:

Shahanshah, o general, Dara e os nobres discutem os pormenores a respeito da guerra que está se iniciando.

— Será longo o caminho até Lídia, ao passar por cada província arrecadaremos reforços ao nosso exército, conforme aliança realizada com os nobres no decorrer do baile. – o Imperador avisa.

— Sim, Majestade, será uma jornada de uma lua aproximadamente. – o general diz. 

— Todos os preparativos estão realizados? – Shahanshah pergunta.

— Sim, Majestade, todas as carroças estão posicionadas com as tendas principais e objetos necessários. – Omid diz.

— Conferi pessoalmente o farnel preparado para uma longa campanha como essa há de ser. – Sarod diz. 

— Fiz questão de verificar a tenda de medicamentos e escolher as mulheres que seguirão nessa campanha para cuidar dos feridos e mortos. – Dara diz.

— Todos os cavalos estão encilhados e prontos para partir. – Fravardin diz.

O Imperador gosta do que ouve e se inicia uma nova discussão, afinal os nobres sentem que devem estar ao lado de Shahanshah nessa guerra. 

Sirdar Kansbar deseja ir com seu filho Ksathra e Sirdar Asha solicita ir com seu filho Behrooz, mas o Imperador os proíbe pensando em suas cunhadas e na falta de habilidade, haja visto que ambos estão mais acostumados a gerir suas províncias do que a guerrear de fato. 

— Seus nove filhos estarão do seu lado nessa guerra, leve então os nossos, que são soldados. – Sirdar Asha insiste.

— Não quero ter sangue inocente em minhas mãos, Asha. – ele diz.

— Todo soldado cumpre seu dever, Majestade. – Sirdar Kansbar diz. 

— Ficar e zelar pela ordem do forte e pelas mulheres do palácio também é uma importante missão. – o Imperador diz. 

— Tem razão, Majestade. – Sirdar Asha diz. 

— Meu desejo é que a regência do trono em minha ausência fique com Sirdar Kansbar, mas as decisões sejam tomadas em conjunto com Mir Babak. A segurança do forte será responsabilidade de Sirdar Asha, com apoio de Behrooz e Ksathra. Os demais nobres devem dar assistência e aconselhamento. - Shahanshah ordena. 

— Como desejar, Majestade. – todos dizem.

Dispensa a todos da sala do trono e seguem para o salão do banquete.

Encontram com a Imperatriz, Senhoras Bibiana e Etty, Gatha, Madge, Princípe Mirza e Princesa Shahnaz, a refeição é servida e se alimentam em um clima tenso, não há como ser diferente já que uma guerra está por vir. 

— Posso ir com Vossa Majestade? – o silêncio da refeição é interrompido por Mirza e o Imperador apenas ergue os olhos em sua direção e o ignora.

— Por favor, eu tenho treinado com o general, sou bom nisso. – Mirza insiste e o Imperador bate em seu prato com rispidez.

— Estás achando que um campo de batalha é uma brincadeira para crianças? São milhares de corpos mutilados que vemos por todos os lados, sangue jorrando, cabeças decepadas diante de você, espadas fincadas em seus corpos e quem faz isso tudo? Você! Ou faz ou morre! É o jogo do mais ágil e de quem tem mais sorte, não basta ser bom. – o Imperador grita e os olhos de Mirza se enchem de lágrimas.

Encerram o banquete e todos se recolhem aos seus aposentos.

Vasthi se apressa em consolar o Príncipe, que está desolado.

— Por que o Imperador me odeia? – Mirza pergunta e chora.

— Ele só está preocupado com a sua segurança, querido, você é o futuro desse império. – a Imperatriz diz o abraça.

— Eu sou homem, tenho dezesseis anos! Meus irmãos vão nessa guerra, por que não posso ir? – ele pergunta.

— Você é um menino ainda, quando tiver idade poderá acompanhar seu pai, tenha paciência. – ela diz e faz um carinho, fazendo-o concordar.

Shahanshah deseja permanecer sozinho essa noite, mesmo que Vashti tenha o ardente desejo de lhe falar.

Desperta logo antes do amanhecer e chama seu servo Ashtad, vai ao quarto de banho, é arrumado e vestido com sua armadura e está pronto.

Vashti não consegue dormir, revira na cama a noite toda e assim que amanhece levanta, se arruma com a ajuda de suas damas e segue para a primeira refeição do dia.

Shahanshah passa no harém para se despedir das esposas secundárias, concubinas, filhos e filhas, alguns choram, mas ele não permite que ninguém o abrace e fique com ladainhas, não é realmente necessário nesse momento e mulheres são sensíveis demais. Atefeh faz questão de lhe dar um beijo, que é bem recebido por ele, então segue para o salão do banquete.

Encontra com a Imperatriz, Sirdar Kansbar, Sirdar Asha, Senhoras Etty e Bibiana, Behrooz, Ksathra, Madge, Gatha, Mirza, Shahnaz, Vasthi e toda a nobreza, fazem uma refeição alegre e quando terminam, seguem para suas alcovas por um momento.

Shahanshah ainda faz os últimos preparativos e então desce para a entrada do palácio, onde aguarda toda a família, que desce em seguida para saudá-lo e se despedir. 

— Que Ahura-Mazda te fortaleça e que te glorifique perante os inimigos. – Hormuzd, o sacerdote diz.

— Que vença e volte vitorioso para mim. – a Imperatriz Vasthi diz.

— Tenho certeza de que os inimigos perecerão à sua espada, Majestade. – a Princesa Shahnaz diz e recebe um sorriso. 

— Seja vitorioso e volte com mais conquistas. – o Príncipe Mirza diz. 

Os outros nobres fazem muitos desejos e reverenciam o Imperador, enquanto Shahnaz se esconde por entre eles e escapa.

 

Princesa Shahnaz POV:

Seguimos para o último banquete do dia e ocorre no mesmo clima de aflição e tensão que paira no ar o dia todo, mas a resposta que o Imperador dá ao Mirza me faz refletir sobre a minha ida à guerra, sobre a minha verdadeira capacidade de enfrentar tudo o que virá pela frente, será que sou capaz e ágil suficiente para não perecer diante dos inimigos? 

Ou irei apenas para morrer no primeiro golpe de espada em minha direção? 

Me sinto aliviada quando podemos nos retirar e ir para nossas alcovas.

Adentro minha alcova, meu coração diz que tudo o que desejo é que esse dia termine depressa para que a minha grande loucura comece, a guerra da minha vida. É dessa forma que vejo, sei que ela transformará a minha vida de alguma maneira, quer seja me trazendo a morte ou me dando algo que eu jamais fui capaz de sonhar.

Sem chamar as minhas damas, pego a armadura e me esgueiro até a alcova de uma serva de confiança, deixo aos seus cuidados e peço segredo, retribuo com ouro. Volto aos meus aposentos e vou ao quarto de banho e me arrumo sozinha, deito e tento descansar, mesmo achando que não vou conseguir dormir essa noite.

Desperto antes do amanhecer e ouço movimento em minha alcova, Lila, Pari e Zena estão preparando meu banho, me dispo e entro na tina, estou com pressa e saio logo, me enxugo e Zena pega um vestido verde e branco acinturado e bordado, de mangas longas e largas, calço as sapatilhas, prendo meus cabelos e coloco o véu branco sobre eles, coloco as pulseiras, anéis, colar, brincos e coroa. Sigo para o salão do banquete.

Encontro com toda a família, convidados e nobreza, desta vez a refeição é mais alegre, o Imperador está de armadura e em pouco tempo terminamos o banquete.

Aguardamos até que o grande Shahanshah desça para que possamos nos despedir. O vemos diante de seu imponente cavalo branco encilhado, ao longe muitas carroças, cavalos e o exército com o general, me impaciento porque tenho que permitir que o sacerdote e a Imperatriz os cumprimentem antes de mim, então o faço, Mirza, nossos convidados e a nobreza seguem fazendo o mesmo, possibilitando a minha fuga entre a multidão. 

Peço discretamente que Zena leve o alforge onde estão os itens que usarei durante a guerra e leve na alcova da minha serva de confiança.

Sigo pela saída dos fundos e entro na alcova de Darice, a serva, onde está a minha armadura, visto-a rapidamente, cubro o rosto e os cabelos com o véu e chapéu, ajusto o cinturão com a espada e o punhal, arrumo a aljava, pego o alforge e corro em direção ao exército e me junto a ele. 

Ninguém me viu, exceto os colegas do exército, que riem do franzino atrasado. 

Silêncio aterrador e perturbador, o que será que está acontecendo com a família imperial e por qual motivo o Imperador não parte? 

Ora Shahnaz, você está vestida de guerreira há pouco tempo e diz como se não fizesse parte de sua família?

Mais algum tempo se passa e eu temo ser descoberta, enquanto vejo o general passar em revista as tropas e fica chocado ao me ver, no mesmo momento e finalmente o grande Shahanshah passa por entre seus soldados e dá sinal para partirem. 

Partimos e levantamos uma nuvem de poeira atrás de nós.

Cavalgamos por horas, até que fazemos uma pequena pausa para descanso na primeira província de Susa, confesso que estou me sentindo bem mais livre, mesmo não podendo conversar direito com meus colegas, fazendo o máximo para engrossar a voz.

— Nem sei como o general aceitou um rapaz tão jovem e franzino no exército. – um dos guerreiros diz.

— Vejam, a voz dele nem engrossou ainda. – outro diz.

— Não ligue para eles. Qual é seu nome? – finalmente alguém que parece gentil diz.

Sua aparência e beleza me chamam atenção, um homem de cabelos longos, pretos e levemente ondulados, olhos verdes, mas sem barba. 

Procuro inventar um nome depressa.

— Bahadur Sadegi e o seu? – pergunto. 

— Jahangir Azimi. – ele diz e eu engasgo. 

— Está tudo bem? – gentilmente pergunta. 

— Sim, sim. Obrigada....Do. – digo gaguejando.

Chega a primeira noite, vamos montar acampamento, a tenda do Imperador pode ser vista de longe, logo vejo os guerreiros se ajeitando perto das fogueiras e compreendo que essa será a maneira que terei que dormir também, mesmo temendo os perigos da noite. 

Deito e me encolho porque estou com muito frio e tremendo, vendo essa situação, Jahangir se levanta e me cobre com um manto, tento dizer que não precisa, mas ele insiste. Logo pego no sono, sentindo o perfume da pele do cavalheiro. 

Seguimos lado a lado por diversas províncias e arrecadamos mais e mais homens para o exército, Jahangir é sempre muito solícito, com os novatos como ele, maneira como sempre costuma dizer. 

Paramos uma vez por dia para fazer refeição e descansar, todos estão muito exaustos e dormem rapidamente, me surpreendo por estar bem adaptada a essa rotina sem sentir falta dos luxos e mimos do palácio, dormindo ao relento como qualquer soldado.

Completa uma lua e ainda estamos marchando com vigor e hostilidade para entrar na Lídia, chegamos em nosso inimigo ao anoitecer, momento propício para um ataque furtivo, segundo o Imperador e nosso general. 

 

O Narrador:

Demoram-se nas despedidas com o Imperador, então ele finalmente monta em seu cavalo imperial e parte, deixando uma família preocupada para trás.

Todos seguem para seus afazeres no palácio, tentando voltar para a vida normal, mas Lila, Zena e Pari trancam-se na alcova de Shahnaz na tentativa de não ter que responder a nenhuma pergunta no momento e adiar o máximo de tempo.

Vashti e as convidadas seguem para a costureira real e encomendam vestidos novos, um pequeno luxo merecido depois de tantos momentos de tensão, depois seguem para suas alcovas e procuram descansar um pouco até o momento da refeição.

Estranham a ausência de Shahnaz no banquete, mas ela manda uma de suas damas dizer que está indisposta, então ninguém vai perturbá-la. Seguem para um dos salões de leitura e acabam tendo grandes debates sobre suas convicções pessoais, algo muito interessante, realmente. 

Logo depois seguem para o salão de música e apreciam as mestras tocando pela tarde inteira apenas para entretê-las, aproveitam para exercitar o canto e logo veem que está na hora do jantar.

Desfrutam de mais um banquete na ausência de Shahnaz, que se declara novamente indisposta e a Imperatriz manda Mojgan verificar o que está havendo, enquanto elas terminam a refeição e se recolhem.

— Como podem ter deixado a Princesa ir para a guerra? Estão loucas? A Imperatriz nos punirá com a morte! – Mojgan diz, desesperada. 

— Nada podíamos fazer, ela estava obstinada. – Pari diz.

Assim que amanhece Mojgan vai aos aposentos da Imperatriz para dar a notícia.

— Majestade, uma tragédia aconteceu. – Mojgan diz.

— Não me diga que algo aconteceu com Mirza. – ela diz.

— Não, o Príncipe está bem, mas com Shahnaz. – Mojgan diz.

— Me diga o que ela aprontou dessa vez. – Vashti diz.

— Dir-te-ei, Majestade, que a Princesa Shahnaz foi para a guerra com o Imperador, mas ele não sabe disso. – Mojgan diz e baixa o olhar. 

— Como ela faria isso? Quem a ajudou? Onde estão suas damas? – Vasthi esbraveja.

— Sozinha, Majestade. Ela não quis ajuda das damas para não comprometê-las. – Mojgan diz.

— Como pode uma menina frágil fazer isso sozinha? Ela pode morrer nessa guerra e certamente vai! O Imperador precisa saber disso. – a Imperatriz diz.

Vashti está furiosa, manda chamar um soldado, escreve uma mensagem para o Imperador e o envia com a recomendação de chegar à Lídia o quanto antes. 

Shahanshah se reúne com o general e os comandantes de tropas na tenda de guerra para estabelecer as estratégias de combate. 

— Escutem com atenção, o ataque será em quatro frentes de batalha, seguirei adiante com quatro comandantes, Cy, Dareh, Gazsi e Jaspe e seus pelotões, Faridoon nomeie outros dois para realizarem o ataque pelo leste e oeste, quero que o comandante Assim siga mais atrás com seus arqueiros tentando dominar e acertar a parte vulnerável do rei. – o Imperador diz e todos concordam.

— Avançaremos dessa maneira... – Shahanshah diz e mostra os quatro retângulos e segue explicando como será o ataque dessa noite, todos compreendem e passam para suas tropas. 

Está na hora de avançar sobre a Lídia finalmente e conquistá-la. 

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