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Pegos no flagra.

A sessão de cinema termina e é tão bom poder estar ao lado de quem realmente me entenda, não que sair com o Nicolas seja chato, porém nada se compara a sair com Thomas. — Então o que achou do filme? —Ele me pergunta rindo.

—Eu amei poder reprisar Herry Potter.

—Fui muito legal mesmo.

—Obrigada por ter assistido comigo, eu sei que você não gosta de Herry Potter.

— Como assim, quem disse que não gosto?

—Seu irmão, ele me disse eu adoro Herry Potter, mas o Thomas começou a detestar de tanto que assistiu.

— Bem detestar é uma palavra forte, apenas estava enjoado desse filme, mas assistir no cinema é diferente. Tenho uma proposta meus pais não estão em casa, que tal irmos para lá. Já que agora temos que manter tudo às escondidas, o que me diz?

— O que tem em mente? —Eu digo sem dizer que aceito.

— Nada de mais pedimos pizza, conversamos, e aí a levo para casa. Antes dos meus pais chegarem, é claro.

— Não vejo nada de errado, eu aceito.

Thomas me enfeitiçou completamente, e quando me dou conta, já havia chegado à casa dele. Antes de qualquer coisa ele destranca a porta, na entrada tem uma sala muito bonita, com uma linda decoração em tons de cinza e creme. — Sua casa é muito bonita, adorei a decoração.

Thomas tira o casaco e joga no sofá, pega em minha mão e me leva até uma parede envidraçada, que dá a vista para a cidade. É uma vista maravilhosa, em seguida ele vira e olha em meus olhos. — Olhar essa vista nem se compara a olha-la, nada é mais bonito do que você aqui na minha frente.

— Não exagera nem sou tão bonita assim, é a combinação da vista misturada com minha maquiagem e esses saltos altos que me matam. —Sem graça tento acabar com o encanto, pois não quero mais saber o que vem a seguir.

Ele se aproxima e tira meu casaco. —Está errada, você é linda o tempo todo. Principalmente quando a observo atenta as explicações dos professores, com um olhar sério e repleto de interesse. E Não precisa estar vestida como uma dama e cheia de maquiagem, naturalmente já é perfeita.

A sensação de prazer cresceu a um tal ponto, que eu estava entregue ao desejo não tinha mais volta. Ele sussurra. — Quero beija-la.

— Então Beije-me.

Thomas abaixa a cabeça e beija meus lábios, em seguida na bochecha direita e depois no pescoço. Causando-me arrepios e fazendo meu corpo pulsar de desejo, querendo ainda mais. —Por favor não pare, preciso de mais disso.

— Sabe que não podemos, como irá explicar para o Nicolas que não é mais virgem? —Thomas se afasta.

Sem saber como dizer a verdade para não quebrar o clima, eu falo com pressa. — Isso não será um problema, vou contar algo que não contei a ninguém.

— Do que está falando? Estou ficando preocupado.

— Não é nada demais, porém sabe a noite do baile, então estava muito bêbada e acabei dormindo com o Nicolas.

— Como assim ele dormiu com você bêbada? —Thomas me olha seriamente e também surpreso.

—Sim. —Abaixo a cabeça com vergonha.

—Só me diz uma coisa, se estivesse sobre-a, teria feito isso?

— Com certeza não, não que ele fez algo ruim, mas não gosto dele. Quando o efeito da bebida passou na mesma hora me arrependi, nunca pensei que a minha primeira vez seria bêbada.

— Como ele pode se aproveitar de você. —Thomas ergue a voz bravo.

— Se acalma, tem um lado bom nisso tudo.

— E qual seria? Não vejo nada de bom nisso.

— Podemos nos divertir sem precisar dar explicações a ninguém, o nosso tempo junto é curto vamos apenas aproveitar.

Abro o zíper do vestido como se tivesse todo o tempo do mundo, e com uma voz sexi pergunto. — Está gostando do que vê?

Ele percorre todo o meu corpo com olhar de prazer e satisfação. —Você é ainda mais linda sem roupa, mas não sou meu irmão, vou perguntar de novo. Tem certeza disso?

Não respondo apenas deixo cair meu vestido e mostro meu sutiã de renda, e imediatamente ele entende a resposta. Thomas se levanta e fica de joelhos de frente para mim, levando uma das mãos na direção da minha cintura fina e a puxando para perto, unindo nossos corpos. Ele retira a camisa branca e eu o ajudo a tirar a calça, enquanto isso ele me beija lenta e profundamente. —Ó você é simplesmente linda, perfeita.

Nesse exato momento as palavras de Paula parecem fazer sentido, eu me sinto como se estivesse mesmo em uma bolha. Onde só existem nós dois e mais ninguém.

—O que está acontecendo aqui? —Estávamos tão envolvidos no momento mágico que nem escutamos a porta se abrir e Nicolas e Erica entrarem.

Eu olho nervosamente ao meu redor, tentando pegar meu vestido que está jogado no chão. Thomas também nervoso, fala. — Por favor, mãe podemos conversar mais antes deixe a gente colocar nossas roupas.

— Iremos esperar lá fora, e vou chamar a Luna não quero nem saber. —Ela nos encara.

— Como puderam fazer isso comigo, vocês dois se merecem mesmo. São uns sem corações me apunhalaram pelas costas. —Ele nos olha com decepção.

Meu rosto fica pálido e não sai nem uma palavra pela minha boca, apenas Thomas consegue dizer algo. — Você nem gosta dela, você namora a Carla.

— Eu terminei com a Carla, logo que me dei conta que estava gostando de verdade da Emma, naquele dia que nosso pai contou a verdade. Mas agora vejo que foi um erro.

Antes que ele saia respiro fundo, e consigo dizer algo. —Me desculpa.

Rapidamente nos vestimos e se sentamos no sofá, para esperarmos pelo pior que está por vir. — O que será que vai acontecer, não deveria ter ouvido meu coração. Você disse que não teria ninguém em casa, não falou que o Nicolas viria para cá.

— Eles nunca chegam cedo e eu também quis, não foi só sua culpa.

— Você está preocupada com minha mãe, e não com o Nicolas?

Nossa conversa é interrompida quando nossos pais e Nicolas entram, todos muito revoltados.

—Thomas já falei quantas vezes para se afastar da Emma.

— Emma Silva Miller, eu não a criei para mentir para mim, e sair com qualquer um como uma vagabunda, sem ofensas Erica. —Minha mãe fala com irritação.

— Não ofendeu. —Erica a responde.

— Thomas você me envergonha, olha o estado do seu irmão, Emma não sabia que você era como a sua tia. —Luiz fala raivoso com nós dois.

—Emma você tem um legado seguro, e quer jogar tudo na lama por quê?

Nem um de nós dois responde nada, apenas escutamos as broncas, e Erica continua falando. — Por que fez isso? você amava a Margarida, desde pequeno. Agora vai querer roubar a noiva do seu irmão.

— Eu nunca gostei de verdade da Margarida, só estava namorando-a por causa de vocês. —Thomas finalmente resolve falar.

— Olha o tom com sua mãe! A partir de agora até ir para a faculdade, depois da escola vai trabalhar comigo. —Luiz da sua bronca final.

— Me desculpe por isso, é melhor nós irmos. —Minha mãe fala envergonhada.

Entram no carro e minha mãe começa a falar de novo. — A partir de agora até a faculdade é da escola para casa, só poderá sair com o Nicolas. Se eu descobrir que andou com o Thomas, as consequências vão ser muito pior. Vou mandar você ir morar com sua tia até o dia de ir para a faculdade. —Nesse momento morar com minha tia não será um problema, mas é melhor eu não falar isso.

— Quer explicar por que fez isso? —Meu pai fala calmamente. — Bem, não tem o que explicar, eu apenas queria e pronto.

— Explicar o quê? Eu nunca gostei do Nicolas, e descobri que ele tem namorada, ou melhor, tinha.

— O problema é dele se ele quer ser um vagabundo, mas não aceito que minha filha seja uma. —Minha mãe fala.

— Me desculpe, se ajudar não deu tempo de acontecer nada.

— Como se isso resolvesse algo.

— Tem que aprender que nem sempre podemos seguir nosso coração, as vezes temos que usar o celebro. —Meu pai continua falando calmamente.

Já em meu quarto minha mãe me dá uma última bronca. — Só um conselho, se afaste de uma vez de Thomas, se não logo será tarde demais. Vou dizer de novo não quero que acabe como a sua tia.

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