Acompanho a mulher até uma bancada, recebo os trechos da canção em hindi, conversamos por alguns instantes, sobre a coreografia e posicionamento. Ela me indica um camarim e as roupas que devo usar, me arrumo e espero o tal rapaz, enquanto ensaio um pouco.
Os músicos começam a tocar a introdução da música indiana. Levanto e espero que a voz masculina inicie a canção, mas me surpreendo ao ouvir a voz que me encanta e que me tira do juízo.
Eros Myron POV:
Estou voltando mais cedo ao Brasil por dois motivos, o mais importante é rever a minha amada noiva, mas tenho um compromisso de trabalho na manhã desta quinta-feira, vou gravar um comercial para um programa de competição de dança.
Quero fazer uma surpresa para Baby e nossos amigos, mas ainda não sei qual. Ligo para o Guru Shankar, converso sobre as aulas e fico sabendo que a última aula antes da estreia do nosso filme, terá como tema as músicas indianas, então decido como vou surpreendê-los e combino tudo com o mestre hindu.
Minha noiva e amigos são levados para o estúdio onde vou gravar.
Peço que dêem uma desculpa qualquer e coloquem a Baby para contracenar comigo. Os produtores gostam da minha sugestão e fazem como peço, aproveitam para instruí-la o suficiente para o comercial saia a contento.
A música está escolhida, estou preparado para o meu dever que será cantar e dançar. Ainda escondido, observo o local e vejo que tudo está pronto, os músicos e competidores estão posicionados e aguardam o meu sinal.
A melodia começa a ser tocada, entro cantando e dançando sozinho. Weenny me observa com atenção, a conheço o suficiente para perceber que está sem ação, afinal a gravação está em andamento, então ela decide seguir o roteiro, vem em minha direção, toca a minha roupa e a ajeita como fazendo o papel de produtora, mas não deixa de exibir um sorriso malicioso.
Uma claquete mostra que devo entrar em cena com um dos grupos de competidores que me aguardam, Baby continua a me observar com um lindo sorriso estampado no rosto. Começo a dançar com o segundo grupo de competidores.
Há uma pequena pausa na música e na gravação, Weenny e eu vamos para uma bancada, ficamos diante de um notebook que exibe a primeira parte do vídeo, a filmagem é retomada.
Weenny faz movimentos que acompanham a minha coreografia e eu olho para ela com uma fingida expressão de reprovação, que a faz parar de dançar, exibo um discreto sorriso.
Ela começa a cantar e dançar, fico parado apenas para admirá-la, Baby toca meu rosto em um gesto claro de amor.
No fim da música, caminho até ela e toco em sua mão e a vejo sorrir, a abraço lentamente e com o rosto colado ao dela terminamos a coreografia.
A gravação é encerrada, nossos amigos nos aplaudem efusivamente. Beijo a mão da minha linda Princesa e vamos juntos até os nossos amigos.
— Namaskar Sahib Eros! Foi simplesmente maravilhoso. (Bem-vindo Senhor Eros!) - Guru se levanta, vem em minha direção e diz.
— Chukri bizarre, Guruji. (Muito obrigado, Guru) - faço o gesto do Namastê e digo.
Sentamos e vejo a agitação crescente entre os meus amigos, que cessa apenas quando o mestre decide encerrar a aula mais cedo.
Pegamos nossas coisas e vamos seguindo juntos para o micro-ônibus.
Weenny Alves POV:
Que grata surpresa é ver o meu amado noivo logo pela manhã!
Ele está ainda mais lindo do que quando o vi pela última vez, acho que minhas amigas pensam o mesmo já que suspiram de fascínio.
Sempre me perco em seus muitos encantos.
Nossos amigos mal podem esperar para abraçá-lo e reclamar do tempo que Eros passou longe, conversam ainda no curto caminho até o estacionamento, percebo o quanto todos estão saudosos e felizes com o reencontro.
Entramos no micro-ônibus e vamos nos acomodando.
Eros senta ao meu lado, me beija delicadamente e me abraça, como se quisesse apenas sentir o calor do meu corpo, permanecemos assim por algum tempo. De repente o veículo para diante do hotel, todos desembarcam e vamos caminhando juntos pelo saguão.
— Foi tão difícil ficar longe de você, essa distância é torturante... Não vejo a hora de...Oh... – Eros me abraça pela cintura e diz.
Ele não completa a frase e olha com certa timidez para os nossos amigos e sorri.
— Me desculpem, eu não suporto mais, vou ter que roubá-la de vocês! Depois nós nos falamos, até logo. – Eros diz, pega em minha mão e saímos correndo como se estivéssemos em fuga.
Tudo o que consigo ouvir são as risadas dos nossos amigos, entramos no elevador e logo a porta fecha.
Eros aproveita que estamos sozinhos no elevador, me agarra e beija com volúpia, percebemos quando a porta abre no último andar.
Eros abre a porta da minha suíte ainda agarrado ao meu corpo, me encosta na parede e continua me beijando, enquanto empurra a porta usando o pé esquerdo, o que me faz rir entre seus lábios.
Vou tirando a sua camisa e jogo em qualquer lugar da sala, ele baixa as alças do meu vestido e vai beijando meus ombros, pescoço e orelhas, com destreza vai baixando o zíper até que a roupa deslize pelo meu corpo a caia no chão.
Oh droga, esqueci de pegar meu sari e joias, ainda estou usando a roupa da produção do...
— Ai, Eros... Adoro isso.
— Só o calor do seu corpo me acalma, meu amor. – ele diz, me pega no colo e vai caminhando na direção do quarto.
Eros me coloca na cama com delicadeza e termina de me despir.
Estou disposta a mostrar toda a saudade que me consome, jogo-o na cama com um gesto rápido e tiro sua roupa, cada parte exposta do seu maravilhoso corpo me faz sorrir maliciosamente.
Exploro seu corpo com ardor e avidez, até me deliciar com o som dos seus gemidos mais intensos... Eros me toma em seus braços e me faz chegar ao êxtase como apenas ele saber fazer.
De uma maneira que nenhum homem foi capaz.
Passamos apenas algumas horas em minha suíte. Somos interrompidos pelo alarme do meu celular, mas não consigo nem imaginar onde está a minha bolsa, levantamos da cama e procuramos até encontrá-la.
— Precisamos falar a respeito do nosso casamento. – ele diz, enquanto nos arrumamos apressadamente porque temos obrigações a cumprir.
— O que você quer me falar sobre o casamento? – paro por um instante porque não consigo suportar a curiosidade a respeito do que Eros tem de dizer.
— É que descobrimos que... – Eros começa a explicar, mas é subitamente interrompido.
— Vamos, levantem e se vistam, estamos entrando. Estamos com saudades dos noivos. – Rafael grita e conseguimos ouvir as risadas dos nossos amigos.
— Depois conversamos, quando tivermos tempo. – Eros diz.
Saímos do quarto rindo, cumprimentamos e abraçamos nossos amigos e os convidamos para almoçar no restaurante do hotel, todos concordam e nos acompanham.
Até mesmo os funcionários do hotel demonstram sentir saudades do meu Eros, comentam que estão felizes com seu retorno.
Nos acomodamos em nossa mesa habitual e começamos a nos servir.
— Foi bem difícil esse tempo que passei longe de vocês, mas posso dizer que consegui adiantar bem os preparativos do shádi. – Eros diz.
— Sei que sentiu nossa falta... Nem olhou para nós, saiu correndo e levou a nossa deusa embora. – Igor diz, em tom de brincadeira, fazendo todos rirem.
— Tudo está pronto então? E como ficou? – Ricardo diz.
— Sim, comecei por escolher e reservar um lugar para cada cerimônia. Escolhi dois hotéis, um para nós e outro para os nossos convidados, reservei todas as suítes. Ah, fiz questão de providenciar um lugar especial que abrigará a minha Dulhana, além de vários outros itens necessários para o casamento. – Eros explica.
— Realmente será grandioso esse shádi, nós recebemos o livreto e já lemos, dá para imaginar o que você está dizendo, fico muito feliz porque vocês merecem um casamento digno dos deuses que vocês são. – Michele diz, sorrimos para ela e faço questão de beijar uma de suas bochechas rosadas.
— Cuidei de outros detalhes junto com os meus pais, como os cardápios para os banquetes, decorações, inclusive as cores e flores, roupas, transporte e funcionários... Realmente há muito o que se providenciar, rogo a Deus que minha Dulhana goste das minhas escolhas. – meu noivo diz e eu apenas sorrio em resposta.
— Tudo o que você faz é simplesmente maravilhoso. Sempre consegue me surpreender. – respondo.
— É engraçado ver que vocês trocaram os papéis, é dever da noiva escolher tudo isso, não é? – Samara diz com claro sarcasmo na voz.
— Depende do noivo e da noiva, todos aqui sabem o quanto sou apaixonado por minha Dulhana e a importância que dou ao shádi, meu primeiro e o único. Minha Weenny, com toda a sua sensibilidade e amor, decidiu me dar a felicidade de poder providenciar tudo para a nossa celebração e sou grato por isso. Além do mais, minha Dulhana optou por se preparar adequadamente para assumir nosso compromisso, mesmo porque nosso casamento não é temático, mas genuinamente hindu, todas as promessas e juramentos são verdadeiros e deverão ser cumpridos, e também ficou responsável por itens difíceis como a resolução e acerto para as aulas de vocês, a lista de convidados, a escolha dos cartões de casamento, a elaboração do livreto, que todos vocês adoraram, e claro, a distribuição dos convites.
— Seria melhor ter ficado quieta, Samara. Eros tem toda razão. – Enzo caçoa da noiva e todos riem.
Rafael, Eduardo, Gislaine, Melissa e Iara perguntam mais coisas sobre os preparativos.
— Tudo está escolhido e adiantado, praticamente pronto. Pedi para acelerarem o processo de confecção das nossas roupas porque dependem de fios de ouro e bordados a mão, hoje estão trabalhando em nossas roupas aproximadamente sessenta pessoas, para que fiquem prontas a tempo do shádi. Só estão aguardando a data certa para entregar. – Eros finaliza a questão.
Olho em volta e percebo que não só eu, mas todos estão surpresos e até chocados.
— Pelo visto vocês vão gastar todo o dinheiro, que começaram a acumular, no casamento! Sessenta pessoas para fazer duas roupas? Um local para cada cerimônia? Estou maluco só de imaginar. – Claudio, está com uma expressão engraçada ao dizer.
— Sim, meu amigo. São muitos rituais e cerimônias nestes dias de casamento, vocês não aprenderam nas aulas? Faremos tudo de acordo com a tradição indiana, não quero que falte nada. – Eros se justifica.
Ah se soubessem o motivo de tanto luxo.
— Terei apenas um casamento e é o momento mais importante da minha vida, quero tudo perfeito e não me importo e gastar tudo o que for necessário, posso trabalhar com mais intensidade depois, o que tem mais valor do que a nossa felicidade?
Todos acham lindas as palavras dele.
— Concordo com você, Jaan.
— Esse parece ser o casamento mais trabalhoso que já vi, vocês merecem descansar um pouco. – Michele diz.
— É, vocês são ricos o suficiente para isso. – Samara diz.
— É trabalhoso porque tem muitos detalhes. Bom, agora vocês conhecem o casamento hindu e sabem do que estou falando... E não sou rica, Samara! – digo e faço uma careta.
— O casamento indiano une não apenas os corpos, mas unem corações, as intenções e as famílias. Um verdadeiro amor é construído por sete vidas, o que pode ser mais forte do que isso?... E, sim Baby, você é rica agora, se eu tenho fortuna, então você também tem, você é agora a minha família e tudo o que foi ou será meu é teu também. – Eros diz e todos sorriem admirados, me deixando envergonhada.
Terminamos a refeição e subo com Eros para a minha suíte.
— Como foram os dias em Hindustan*?
— Os dias foram agitados e as noites insones. Acordava cedo e cuidava dos preparativos do shádi, fui obrigado a participar de muitos eventos por exigência do meu pai, passei por treinamentos e tivemos várias reuniões, mas quando a noite estava quieta eu pensava em você, eu sentia o perfume das flores e você estava lá, via a beleza a minha volta e só conseguia pensar em você.
Eros se supera em suas declarações de amor, faço questão de beijar suas mãos em sinal de submissão, recosto a minha cabeça no peito dele e sinto suas mãos acariciarem a minha cabeça.
— Não foi diferente para mim, estou me dedicando as aulas, mas custo a dormir porque sinto falta do seu corpo, do seu perfume e das doces palavras.
— Voltarei para Hindustan logo após a nossa estreia, preciso checar os últimos preparativos e providenciar tudo para a sua chegada. Espere, deixe eu mostrar o que eu trouxe.
— E por que você voltará para a Índia tão cedo? – digo enquanto noto que Eros está indo em direção a duas malas grandes e pretas, que estão perto da porta, ele pega uma delas, põe sobre a cama e abre.
— Preciso ir com antecedência para que seja revelada a minha verdadeira identidade, meu povo finalmente verá que estou vivo, assim poderão festejar tanto o meu retorno quanto o nosso casamento. – ele explica, enquanto exploramos o conteúdo da mala.
Está cheia de presentes incríveis, fico encantada e ao mesmo tempo desnorteada pela quantidade de coisas, mas agradeço com todo carinho.
— Essas roupas e joias são para você usar enquanto é solteira, quando chegar na Índia terá roupas adequadas para a sua posição.
— Minha posição... Francamente não consigo entender a dimensão do que você quer dizer... – paro de falar ao vê-lo sorrir.
— Você não será tratada apenas como uma noiva ou como uma Princesa ou ainda como alguém da realeza, mas a principal entre as Princesas, a única que poderá se tornar uma Imperatriz, a noiva do Príncipe sucessor do trono do Império. O seu destino é estar ao meu lado no trono. – Eros para de falar e eu agradeço mentalmente, afinal preciso digerir essas informações.
— Saiba que meus sogros serão tratados como Rei e Rainha, assim deve ser. Baby não se preocupe com o que estou dizendo, só preciso que saiba tudo o que vai acontecer, já que lhe prometi que não guardarei mais segredo.
— Isso tudo é realmente necessário? Pergunto sobre esses títulos que darão a mim e a minha família, sem nem ao menos sabemos nos portar como nobres!
— Sim, é necessário. Você conhece a importância dos meus pais, conhecerá mais sobre o Império e certamente saberá se portar para essa posição, disso não tenho dúvida. Não importa que não tenham nascido como nobres, o Imperador lhes deu esse status e posição, ninguém ousará discutir sobre isso.
Eros recebe uma ligação e faz um sinal para que eu entenda que é seu pai... O Imperador. Então ele começa uma conversa em hindi e eu consigo entender partes do que está sendo dito, mesmo que meu noivo tenha ido para o escritório.
— Haan, mahima... Aapaka vansh?... Kitanee peedhiyon ka sarvekshan kiya gaya hai?... Haan, main sunata hoon... Haan, aapakee mahima. (Sim, majestade... Sua linhagem?... Foram pesquisadas quantas gerações?... Sim, estou ouvindo... Sim, majestade).
Essa conversa está me deixando ansiosa e curiosa, sinto minha frequência cardíaca acelerar.
Quando penso que vou ter a resposta a respeito dessa conversa, meus amigos retornam para a minha suíte e mais uma vez nos interrompem, desta vez para avisar que estão prontos para o ensaio geral no teatro para a nossa estreia.
Arrumamos as nossas mochilas e partimos com eles.
Fico pensando no que acabo de ouvir e sinto vontade de abordar meu noivo e questioná-lo, mas sei que esse não é o momento mais oportuno.
Ao chegar diante do teatro, ficamos encantados com a beleza e com a decoração, que está sendo preparada neste exato momento, para a nossa festa. Fazemos questão de cumprimentar todos os trabalhadores, eles sorriem e acenam para nós em resposta.
Vamos ao palco e nos posicionamos, Eros dá as primeiras instruções e explica a ordem em que as coreografias vão aparecer no filme, devemos dançá-las na mesma sequência.
Primeira coreografia será a de abertura do filme, Eros dançará com todos os nossos amigos. Enquanto eles se posicionam, preparo a música.
Ah como amo essa coreografia, meu deus grego particular está ainda mais perfeito.
Todas as pessoas que estão trabalhando no recinto param para admirá-los. Faço um lamento silencioso quando a coreografia termina.
Carol, Victor e Claudio, além dos bailarinos, vão para o palco, para a segunda coreografia.
— Não estou gostando nada de ver você roubar o meu partner, tá? – Dani protesta, olhando para a Carol e rindo.
— Vou roubá-lo para mim. – Carol brinca, o coração dele já pertence a ela!
A coreografia é bem leve e divertida, como em um jogo de sedução entre os personagens da Carol e do Victor, mas o personagem do Claudio sonha em conquistá-la.
Fazemos uma pausa bem breve, tomamos água e vou para o palco com as meninas, começamos o ensaio da terceira coreografia.
Eros e os rapazes estão sentados na primeira fileira de poltronas, tentam nos desconcentrar, ficam gritando para nos provocar.
— Lindas! – Igor diz.
— Maravilhosas! – Eduardo diz.
— Ô lá em casa! – Leonardo diz.
Tentamos manter nossa concentração, mas deixamos escapar as gargalhadas, precisamos repetir a coreografia outras duas vezes.
Todos se posicionam para o ensaio de quarta coreografia, desta vez dançamos todos juntos.
— Iara, o que houve? – pergunto por que a vejo parar de dançar e se abanar.
— Eros, fecha a camisa, eu não tô conseguindo me concentrar – Iara diz — Ainda me deixam de frente para esse deus grego, querem me matar, né?
A outras meninas concordam e riem.
— E você fecha a camisa também, Filipe, ninguém precisa ver essa pança. – Samara é rápida em dizer e as gargalhadas ecoam naquele enorme salão quase vazio.
— Nada é mais feio do que a sua língua ferina, Samara. Pena que isso você não consegue esquecer e nos poupar. – Filipe diz e recebe um tapa no braço como resposta.
— É um sacrilégio pedir isso para o nosso deus grego, eu sei, mas eu fico admirando a paisagem e nem consigo dançar. – Iara tenta se desculpar pelo ocorrido.
— Ai que pena, perder essa visão do céu. – Gislaine reclama e mais uma vez todos riem.
Eros está tímido com essa conversa, não diz nada, apenas fecha a camisa e se posiciona no centro do palco para retomar a coreografia de onde paramos. Ensaiamos mais duas vezes, confesso que está difícil manter o controle.
Vamos para a quinta e última coreografia, a que encerra o nosso filme, todos participam, mas homens e mulheres dançam separados fazendo movimentos sedutores. Repetimos duas vezes e damos o ensaio por encerrado.
Os funcionários nos aplaudem e pedem autógrafos, atendemos a todos, tiramos fotos com eles e retornamos ao hotel.