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Epílogo (Parte 2)

Dois meses depois…

Aqui estou, indo de encontro ao meu príncipe encantado. Ao vê-lo ali na minha frente, firme e forte, nem parecia que chegou a ficar entre a vida e a morte. E começo a me lembrar do que aconteceu dois meses atrás.

Os médicos chegaram a dizer na época que talvez ele não sobrevivesse, e Deus sabe como aquilo acabou comigo. Acabei desmaiando no chão e fui socorrida pelas enfermeiras, que chamaram o médico de plantão.

— Senhora Vitorino?

— Sim… — respondo, e tento me sentar, e não consigo. Vejo que estava com soro na veia e acho estranho.

— Senhora, tenta ficar deitada um pouco — ouço a enfermeira dizer.

— O que houve?

— A senhora não se lembra de nada?

— Lembro que falaram que o meu noivo estava correndo risco de vida —sussurro, com medo de ter ouvido mal.

— É verdade, seu noivo está em estado crítico — o médico comenta, e começo a chorar.

— Doutor, é muito grave o que ele tem?

— Me desculpa, senhora, é grave o seu estado.

— Eu quero ver ele!

— No momento ele não pode receber visita de ninguém.

— Por favor, doutor, eu preciso ver ele!

— Senhora, seu noivo neste momento está recebendo uma transfusão de sangue.

— Então é grave, doutor?

— Por enquanto sim, e a senhora precisa descansar.

— Descansar? O meu noivo está numa sala recebendo sangue e o senhor está pedindo calma? — já estou quase gritando, nervosa.

— Sim, a senhora precisa descansar, por causa do seu estado.

— Do que o senhor está falando?

— A senhora está grávida!

— Grávida?! — sussurro, e levo as minhas mãos automaticamente ao meu ventre.

— Sim, a senhora está grávida, e pela expressão do seu rosto imagino que para a senhora é um choque.

— Sim… — sussurro, e as minhas mãos ficam ali em meu ventre, querendo sentir algo, mas eu sabia que ainda era cedo.

— Recomendo que a senhora procure logo um obstetra e comece a fazer o pré-natal.

— Doutor, por favor, me deixa ver o meu noivo!

— Eu vou ver se consigo e te aviso, OK? Tenta descansar um pouco, que daqui a pouco volto para ver como está.

— OK.

Volto a me deitar com ajuda da enfermeira e peço para avisarem a minha irmã.

— Por favor, meu príncipe, se recupera logo, que tenho que te contar que em breve vai nascer o nosso filho, o fruto do nosso amor — faço uma prece.

Agora estava ali, depois de dois meses, caminhando pela igreja, usando um vestido branco e carregando um buquê de rosas vermelhas que combinavam com os meus cabelos, segundo a minha irmã.

Decidi ir sozinha até o altar. Minha irmã estava muito emocionada, vi como estava feliz por saber que eu estava grávida. A única pessoa que não sabia era o Leon, mas hoje ele ficaria sabendo.

Quando chego ao altar, ele diz:

— Você está linda, minha rainha! — vi em seus olhos como estava emocionado.

— Você também está lindo, meu príncipe.

Dou o meu buquê para a minha irmã, e o padre começa a falar. Fico ali olhando para ele, lembrando-me de como ele foi forte por ter superado tudo, e isso graças ao nosso amor, que venceu várias batalhas.

Minha irmã em breve iria se casar com o Lucas. Minha sogra Melinda se mudou para mais perto depois que descobriu que eu estava grávida. A Laura foi diagnosticada com possessividade e psicose e foi internada para fazer um tratamento durante um bom tempo. O Pedro iria mesmo a júri popular e muito em breve seria trancado durante muito tempo.

Quando o padre nos declara marido e mulher, o Leon fala, fazendo todo mundo rir:

— Graças a Deus! — e me beija, selando os nossos votos. Logo em seguida, vamos embora, sob uma chuva de pétalas de rosas brancas, simbolizando o nosso amor.

Seguimos para nossa casa, onde demos folga para a Olívia, que ficou feliz em ver que seu patrãozinho finalmente sossegou. Contratamos um Buffet com muita comida, música e bebidas. Assim que chegamos a casa, fomos dançar.

Não tínhamos convidado muitas pessoas, algumas mais próximas e alguns colegas. Todos estavam se divertindo.

Quando chega a hora de jogar o buquê, ele cai nos braços da minha irmã. Eu sabia que em breve seria ela.

Depois de algum tempo que estávamos ali curtindo, chamo o Leon e o levo até o nosso quarto. Lá, entrego-lhe uma pequena caixa. Ele olha curioso e pergunta:

— O que é?

— Abre!

Ele olha, ainda curioso, e puxa as fitas. Quando ele vê um pé de cada sapatinho, um vermelho e outro branco, seus olhos ficam nublados.

— É o que estou pensando? — ele pergunta, atônito.

— Sim, estou grávida!

Então ele se ajoelha e beija a minha barriga, e começa a chorar de emoção, fazendo-me chorar também.

— Minha rainha, por que você não me contou antes?

Faço carinho em seus cabelos e explico:

— Queria te fazer uma surpresa!

— E realmente fez, sou o homem mais feliz do mundo!

— E eu sou a mulher mais feliz, por ter encontrado o meu príncipe encantado.

Quando paramos de nos beijar, ele diz, cantando uma música que tinha ouvido na internet:

— O amor da minha vida é você!

— Só ao seu lado quero viver! — solto, e ele sorri. Ficamos assim, abraçados, era como se a música que tínhamos ouvido estivesse tocando na hora. No fundo, eu sabia que poderia ser os nossos corações cantando a nossa música, e começamos a dançar.

Mais tarde naquela noite, depois que fizemos amor loucamente ouvindo as nossas músicas, aproveito que o meu príncipe estava dormindo e pego um novo diário que ganhei da minha irmã. Começo a escrever nele o que escrevi no outro, mas agora era bem diferente. Com isso, encerro a minha história, de uma menina machucada pela vida que encontrou o amor nos braços do seu CEO possessivo.

"Querido diário, hoje casei com meu primeiro e único amor!"

"Agora sim posso dizer que mereço viver."

"Descobri que vou ser mãe!"

"Estou grávida do meu príncipe!"

"E finalmente encontrei a paz, a felicidade e o amor nos braços do meu CEO possessivo que eu tanto desejava!"

Fim

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