Narcisa levou os 2 para o Olivaras, William começou a sentir um pouco de ansiedade, desde que era pequeno, ele sabia que só poderia se vingar com uma varinha em sua mão, e agora, finalmente ele vai tê-la.
Eles entraram em uma loja pequena e bagunçada, localizada no fim do beco diagonal, se William estivesse sozinho, nunca encontraria esse lugar escondido.
Assim que eles entraram, deram de frente com uma jovem menina de cabelos negros compridos, que olhava fixamente para Draco.
- Oi - Disse Draco levantando a mão, porém a menina saiu correndo com o rosto corado - O que foi que eu disse?
"Acho que não sou só eu quem é famoso" Pensou William percebendo a menina apaixonada, Narcisa é claro, que largou um enorme sorriso ao ver isso.
- Bom dia - Um homem pálido surgiu bem na frente dos 3, o senhor tinha um grande e bagunçado cabelo branco de velhice, juto com varias rugas na cara - Olha se não é os Malfoy, tiveram algum problema com a varinha?
- Para ser mais exato não, este é William Slytherin, um calouro em Hogwarts e precisamos que você encontre a varinha perfeita para ele - Afirmou Narcisa empurrando o menino para a frente.
- Hihihi - Riu Olivaras colocando a mão na boca de emoção - Eu fico muito feliz em entregar a varinha para alguém de uma linguagem tão importante e antiga como um Slytherin, por favor venham comigo.
Draco não curtiu muito ao ouvir isso, ver outra pessoa sendo elogiada sendo um ano mais nova, o fez ficar com muito ciúmes.
O velho levou os três para enormes fileiras de caixas, onde cada uma tinha uma varinha diferente, ele se virou para Will com um sorriso enorme no rosto.
- Bruxos necessitam da varinha para lançar feitiços mas lembre-se que a varinha que escolhe o bruxo e não o contrário - Disse o senhor com o sorriso amarelo gigante - Qual sua melhor mão senhor Slytherin?
- Ambas, sou ambidestro - Respondeu o menino calmamente.
- É claro que sim, isso já reduz bem a quantidade de varinhas, mas tudo bem, por favor levante o seu braço - Olivaras mediu sua mão até o ombro de ambas os braços - Cada varinha tem um núcleo forte que é sua essência, olhando para sua energia não consigo imaginar qualquer núcleo que não seja algo raro e poderoso, tente essa daqui, 12 polegadas, ébano e um pouco curvada.
William pegou na varinha e faíscas azuis saíram dela acertando a janela que se explodiu ao meio, a primeira reação do menino com a varinha não foi muito boa.
- Alguém tão especial como você, com certeza não seria na primeira tentativa - Disse Olivaras entregando uma outra varinha - 14 polegadas, feita do chifre de unicórnio e dentes de dragão.
William a segurou fortemente, porém, igual a outra, a varinha disparou sozinha derrubando várias caixas de varinhas nas estantes, Olivaras não parou por aí, ele entregou mais 15 varinhas, todas tinham sido rejeitadas com facilidade destruindo metade da loja.
- Você conseguiu ser mais exigente que o Sr. Potter ano passado, mas isso não importa, sempre achamos uma varinha que melhor se encaixa para o bruxo, nem que para isso fiquemos o dia todo aqui - Disse Olivaras coçando a barba enquanto pensava.
Draco ao ouvir o nome de Harry Potter soltou um leve rosnado, já William pensou em uma coisa, "Eu ainda estou com a varinha de Salazar Slytherin, será que ela é compatível comigo?" Pensou ele enquanto tirava do bolso.

Quando William levantou a varinha, acabou soltando um calor junto com um brilho da sua ponta, produzindo como se fosse um Lumos só que verde escuro, Olivaras se virou assustado, porém logo abriu um enorme sorriso.
- Maravilhoso! Esplêndido! Majestoso! Onde você achou essa varinha? - Perguntou Olivaras chegando mais perto do menino.
- Lembrança da família, está comigo desde sempre - Respondeu William não querendo dizer que estava no cofre de Salazar.
- Ela é antiga, muito antiga, provavelmente de carvalho, 14 polegadas e torta, o núcleo eu não faço ideia, provavelmente de uma material raro, ela foi feita especificamente para a sua linhagem, mesmo que a gente fique o dia todo aqui, nenhuma irá te servir - Afirmou Olivaras completamente apaixonado por ela - Essa varinha tem um poder estranho nela que nem eu posso adivinhar, mas tenho que admitir você e essa varinha são uma combinação perfeita!
Agora sim, Draco não via a hora de sair o mais rápido possível, William definitivamente roubou todo a atenção para ele, até mesmo ao olhar para a sua mãe que não tirava os olhos da varinha dele, "Idiotas, é apenas uma varinha, o que tem de mais?" Pensou Draco com raiva.
William não via a hora de voltar a casa de Severo para testar a nova varinha, ainda mais porque ela foi feita exclusivamente para a sua linhagem, talvez isso a transformava em uma arma mais forte que as outras.
"Se essa varinha era tão forte e foi feita especificamente para a minha família, então porque eles não estavam usando ela no dia em que Dumbledore atacou?" Pensou o menino confuso, mas no fim ele deixou isso de lado, tinha algum motivo para ninguém saber sobre seus pais, ele só precisava entender qual.
Eles passaram em uma loja de quadribol, onde Draco por algum motivo comprou 15 vassouras Nimbus 2001, William achou um exagero comprar essa quantidade inteira, principalmente ao ouvir que Draco iria dar ao time de quadribol da Sonserina.
"Se eu tivesse essa grana, provavelmente usaria tudo para explodir aquela escola com Dumbledore dentro" Pensou o menino calmamente.
Narcisa levou eles até a loja de animais de estimação, onde Draco comprou uma nova coruja, já William tinha que escolher algum animal, em sua mente ele pensava qual era menos inútil, ele odiava cachorro, rato, sapo e coruja, além de sua alergia a gato.
Passando pelas vitrines, ele viu uma grande cobra branca com olhos vermelhos, ela era tão grande para aquele pequeno espaço de vidro, com certeza aquilo estava a matando, quando chegou perto, a cobra levantou a cabeça e olhou nos olhos do menino.
- Você está presa nesssse lugar, sendo visssta por pessoasss todos os diasss, mas ninguém tem coragem para te comprar, e também duvido que você quer ser comprada para apenasss ficar em outra vitrine, eu sei disso, porque em toda a minha vida, também estive preso em um maldito orfanato, sendo visitado por pessoasss que não quem eu sou, que não me compreendem, essspero que encontre o seu caminho - Sussurou William abrindo a tampa da gaiola de vidro, em sua mente, ele achava que estava falando normalmente, mas na verdade, sua boca só saía sons estranhos.
A cobra ergueu a cabeça ficando a poucos centímetros do menino, ela era bem grande, chegando a quase um metro, sendo que parecia bem jovem.
- Obrrrigado humano - Sussurou a cobra balançando a língua - Como você sssabe falarrr a língua dasss cobrasss?
William já viu muito coisa estranha hoje, mas uma cobra saber falar a sua língua era algo que ele realmente não conseguia acreditar.
- Bem, acho que descobrrri apenasss agora - Respondeu o menino confuso - Meu nome é William Slytherin, tenho 11 anosss e preciso de um animal de estimação, e você?
- Me chamo Hope, tenho um ano e meio, não gosssto de humanosss, eles matarrram a minha mãe e levaram meus irmãosss, por mim eu mataria todos - Afirmou Hope com os olhos vermelhos como o diabo.
- Sim, humanosss são uma droga - Concordou William sabendo que a cobra sentia o mesmo que ele.
- Você não me parece ssser uma droga - Disse Hope colocando a língua no queixo do menino - Ssse cuidarrr de mim, eu cuido de você.
A cobra estava deslizando pelo vidro, quando Narcisa surgiu ao lado, ela estava com um hamster na mão vendo se o menino estaria interessado, quando viu a cobra a poucos centímetros dele.
- Cuidado William! - Gritou Narcisa tirando a varinha de sua cintura e apontando na direção da cobra.
William rapidamente deu um tapa jogando a varinha de Narcisa longe, o barulho chamou a atenção de Draco e o vendedor.
- O que está acontecendo? - Perguntou Draco confuso até olhar a cobra a poucos centímetros de William.
- Garoto, por favor, saía daí, essa cobra ela é completamente selvagem além de ter veneno! - Gritou o homem correndo na direção do menino.
- Calem a boca, por Merlin - Ordenou William pegando a cobra gentilmente e pondo em seu pescoço - Ela é meu animal de estimação, e não quero ouvir o que vocês tem para falar.
Narcisa olhou um pouco assustada, mas viu que a cobra se ajeitou no pescoço do menino e relaxou, "Tenho certeza que ele sabe falar a língua das cobras, igual ao próprio Salazar, se ele tiver o mesmo poder que ele, então a Inglaterra entrará em uma guerra que eu nem consigo imaginar o que acontecerá".
O vendedor sem saber o que fazer, apenas pegou o dinheiro da cobra e a gaiola de vidro nas mãos.
- Não vai querer a gaiola? - Perguntou o homem olhando para a cobra com cara de poucos amigos.
- Não, ela não está mais presa para ficar em uma gaiola - Respondeu William começando a andar.
- Posso pegar nela, William? - Perguntou Draco já encostando no rabo, Hope levantou a cabeça e tentou dar um bote, mas o menino conseguiu desviar.
- Ssse esssse humano me encostarrr novamente, eu juro que o mato - Afirmou Hope furiosa.
- Acho melhor não tentar isso novamente - Brincou William acariciando a pele de Hope, mesmo que Draco não soubesse a língua das cobras, ele com certeza entendeu o que Hope disse.
O trio saiu da loja de animais e começaram a andar novamente, agora Hope chamava muita atenção na rua, graças a sua cor branca chamativa, mesmo no mundo bruxo, não era muito comum uma cobra como animal de estimação.
- Mãe, posso ter uma cobra também? - Perguntou Draco morrendo de ciúmes dessa atenção que William estava tendo.
- Falaremos com seu pai sobre isso, agora a nossa última parada será os livros desse ano - Respondeu Narcisa calmamente.
Draco bufou de raiva e olhou novamente para William, "Eu com certeza vou matar essa cobra" Pensou o menino cheio de ciúmes.