webnovel

Orgulhoso, raivoso ou triste?

Caio de cara no chão, completamente exausto e babando. Quem é o infeliz que aguenta correr dez quilômetros todos os dias?

-O que pensa que está fazendo? Deixa de corpo mole. Você tem aula em duas horas. Descanse e vá tomar um banho e comer algo.

Chibi aparece na minha frente e fala isso.

Me levanto e vou em direção ao prédio onde fica meu apartamento para cumprir o que aquela loli ordenou.

Afinal, tenho medo do que ela é capaz de fazer caso eu não obedeça.

Subo de elevador até o andar do meu apartamento e caminho até ele, entrando e trancando a porta.

Vou até meu quarto e coloco meu uniforme em cima da cama junto a uma cueca box preta.. Pego uma toalha limpa no guarda-roupas e começo a me despir, enrolando-me na toalha.

Ando em direção ao banheiro, e enquanto deixo a banheira encher com água quente, aproveito para escovar meus dentes e avaliar as mudanças externas que "infinidade" me causou.

Cuspo na pia a espuma da pasta de dente e limpo minha boca com água. Guardo minha escova na capa de proteção e coloco-a no pequeno jarro onde fica junto a pasta de dente. Seco meus lábios e analiso meu reflexo no espelho.

Aparentemente, segundo Chibi, tudo 'isso' é apenas um alongamento e deformação de músculos, mas não é real.

Solto um suspiro, imaginando todo esforço físico que terei que fazer para que meu corpo fique, de verdade, do jeito que a infinidade formulou.

Fecho o registro da água que está enchendo a banheira e jogo os sais de banho nela, deixando se dissolverem e criarem espuma na água. Entro na banheira, soltando um gemido baixo quando a água quente tocou nos músculos tensos da Costa.

Afundo na banheiro e deito a cabeça fora dela, no espaço entre os registros "frio" e "quente".

Agora que eu reparei, mas estou maior que a banheira, já que estou tendo que dobrar as pernas para poder "deitar".

Bem, isso não é muito importante. Me sento, deixando minhas pernas retas e metade do meu tronco fora d'água.

Minha visão começa a ficar meu nublada e sinto o sono chegar, mas antes que pudesse dormir, meu celular que está em cima da pia começa a "apitar", indicando que já está na hora de sair.

Bocejo e me levanto, abrindo o vidro em frente a banheira e saio dela, entrando no box, mas não sem antes abrir o ralo da banheira para esvazia-la.

Tomo um banho quente rápido e me seco, saindo do banheiro.

Ando até a cama e visto a cueca, e percebo que não foi só a parte de cima do meu corpo que sofreu um tipo de mudança.

Será que eu devo ficar orgulhoso, por ser grande, com raiva, por ter que comprar novas cuecas, ou triste, por saber que isso é um efeito superficial da infinidade?

Bem, depois penso nisso. E também, embora a cueca esteja aperta, não está me incomodando.

Visto meu uniforme e calço meus sapatos. Sinceramente, esse internato é particular, então por que devemos usar uniformes padrões de escolas públicas? Não são nem um pouco confortáveis.

Olho para o colete, mas resolvo não colocá-lo. Amarro-o com as mangas na minha cintura. Pego minha bolsa e abro a porta do apartamento, mas saindo só depois de pensar durante dez segundos se não estava esquecendo nada. Tranco a porta e caminho até o elevador, usando-o para descer até o térreo.

Caminho para fora do prédio e ando até sair da área domiciliar. Caminho lentamente para o prédio administrativo, que além de ser onde ficam o escritório do diretor, o refeitório e as salas de multimídias, ainda é o conector dos prédios onde ficam as salas de aula.

Entro nele e ando até o refeitório, observando a paisagem fora das janelas do corredor.

O céu está cheio de nuvens cinzentas, que se misturam com as brancas e "tapam" o Sol, mas que resiste a esse "sufocamento" e emite sua luz pelas pequenas aberturas entre as nuvens. Isso me lembra uma carta de um jogo que eu jogava quando era menor*.

- Então? Vai ser por bem ou por mal?

Viro minha cabeça e vejo um garoto segurando outro pela gola da camisa com o punho levantado. O garoto está com uma ferida na testa do lado direito, por onde está escorrendo sangue, e na parte esquerda do lábio. Há uma mancha roxa que cobre a maior parte da sua bochecha esquerda. Ele está tremendo de medo. Olho no seu braço e vejo a braçadeira indicar "Classe C".

Sigo meu Caminho, fingindo não ver "aquilo". Afinal, ele é da turma C, então não tenho obrigação de ajuda-lo.

Entro no refeitório e vejo uma incrível quantidade de alunos. Normalmente, não haveria nem sequer um quinto da quantidade que tem agora. Será que vai ter algo de especial hoje?

Ando e entro na fila para fazer meu pedido.

-Você não pode comer açúcar em grandes quantidades.

Chibi aparece de repente e fala isso, me deixando tenso.

-Não se preocupe, eles não podem me ver ou ouvir.

Não estou preocupado com Isso, e sim em não poder comer doces.

-Como eu disse: grandes quantidades. Mas você ainda pode comer. -Fala e fica perto do vidro do balcão. Após ela analisar por dez segundos os alimentos disponíveis, se vira para mim. -Aqui. Você deve ter uma alimentação saudável. Irei indicar o que você deve ou não comer. -Fala e se vira de novo para o vidro. -Você deve comer, no café da manhã, duzentas gramas de iogurte natural, seis torradas, um ovo frito, duas ou três folhas de alga marrom e cem gramas de cereais.

Peço os alimentos que ela indicou, mas com um pouco de mel sobre o iogurte. As torradas, o ovo e as duas folhas de algas ficaram no mesmo prato, sendo que a alga ficou do lado esquerdo, o ovo do lado direito e as torradas entre eles. O iogurte e os cereais ficaram em duas xícaras, uma para cada.

Abro minha carteira e vejo que não tenho mais dinheiro em cédulas ou moedas. Resolvo usar o cartão de crédito que meus pais me deram. Pago a minha refeição, e enquanto a máquina processa o pagamento eu coloco o prato e as xícaras em uma bandeja.

A atendente devolve meu cartão e me dá a nota fiscal e vejo que há um número escrito no papel. Olho para ela, que está sorrindo sedutora, e dou um sorriso de lado.

Pego um garfo e uma colher e coloco-os paralelos entre si abaixo do prato horizontalmente. Pego a bandeja e caminho em direção a mesma mesa onde eu tomei café ontem.

-Ah, Koenji-Kun. Podemos nos sentar Aqui?

Viro minha cabeça e vejo Yuu do meu lado perguntar sorrindo.

-Claro. -Falo sorrindo. Novamente, me levanto e puxo a cadeira para cada uma.

Tomamos café calmamente, sendo que elas soltaram risadas quando eu me segurei para não cuspir a alga marrom.

-Koenji-Kun, está animado para o teste de hoje?

Me viro para Yukinoshita, que fez a pergunta, confuso.

-Que teste? -Pergunto curioso.

-Você não sabe? Hoje vai haver um teste para reavaliação de classes. -Yuu fala me encarando surpresa. Provavelmente por eu não ter ciência de tal teste.

"-Não se preocupe. Eu lhe ajudarei no teste.", Chibi fala na minha mente.

- Bem, não sei se vai fazer muita diferença. -Falo sorrindo amarelo.

-Quem sabe? Koenji-Kun parece exalar poder. -Yumehara fala me encarando intensamente. Será que "medir poder" é o que a habilidade dela permite?

Bem, depois penso nisso. Levo uma colher cheia com iogurte a boca.

Chương tiếp theo