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O Ressurgimento da Ordem Sombria

Enquanto Roones se aprofundava no treinamento nas antigas ruínas, imerso nos segredos da Chama Primordial, o mal começava a se espalhar por Valiandra. Nos recantos mais sombrios do reino, a ordem dos Filhos de Devastus ressurgia com força renovada. Liderados por uma figura sombria e enigmática, Morgath, seus seguidores se multiplicavam a cada dia, atraídos pelas promessas de poder, vingança e redenção.

Morgath era um feiticeiro de aparência aterradora, com cicatrizes profundas que cobriam metade de seu rosto. Seu olhar era frio, carregado de uma raiva acumulada durante anos de exílio e derrota. Ele empunhava o Cetro de Devastus, um artefato sombrio capaz de abrir portais para o reino das sombras, onde forças além da compreensão humana aguardavam por uma oportunidade de se libertar. O objetivo de Morgath era claro e implacável: ressuscitar o temido Rei Devastus e trazer a destruição total sobre tudo o que Arbon e sua espada flamejante haviam protegido.

Com cada invasão e ataque a vilarejos indefesos, Morgath recrutava mais seguidores. A promessa de um novo mundo, sem os limites impostos pela justiça de Arbon, atraía aqueles que haviam sido abandonados ou traídos pela sociedade. Entre esses novos recrutas estava um jovem guerreiro chamado Alaric. Ele era um homem marcado pela dor, cuja família fora destruída em uma guerra há muito esquecida. Sentia que o mundo lhe devia algo, e, quando Morgath apareceu, oferecendo-lhe uma chance de vingança, Alaric não hesitou.

Alaric acreditava que a ordem sombria lutava por uma justiça que o mundo havia negado. Ele via Morgath não como um tirano, mas como um líder visionário, alguém que não se curvava à moralidade falida que havia governado sua vida até então. O feiticeiro lhe prometera poder além de qualquer imaginação, e, com isso, Alaric se sentiu finalmente forte e capaz de retribuir o sofrimento que havia suportado.

Mas Morgath, sempre manipulador, tinha outros planos para Alaric. Sabia que o jovem guerreiro, com sua raiva e sua sede de justiça distorcida, seria uma peça fundamental em seu jogo. O feiticeiro não queria apenas um seguidor, mas uma arma contra Roones, o herdeiro do legado de Arbon.

Enquanto Roones ganhava força e compreensão sobre seu novo poder, a sombra de Morgath se aproximava, com Alaric agora sendo forjado não só como um guerreiro, mas como um instrumento de vingança. O destino de ambos, Roones e Alaric, estava entrelaçado, e a batalha entre o herói renascente e o guerreiro manipulado seria inevitável.

Morgath observava de longe, sabendo que, eventualmente, o momento chegaria, e que a guerra que decidiria o futuro de Valiandra estava prestes a começar.