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capítulo 9

Vazio Ada havia criado um esquadrão chamado Sombras, composto por indivíduos leais e altamente treinados. Cada membro carregava uma espada na cintura, movendo-se como espectros sob o comando absoluto de seu mestre. Enquanto tomava uma sopa caseira preparada por sua avó, Hana Ada, ele observava calmamente o grupo que aguardava suas ordens.

— Como está o Japão? — perguntou Vazio, sem levantar os olhos da tigela.

O comandante Sato Ada, um homem robusto de presença firme, deu um passo à frente e respondeu com clareza:

— Mestre, está tudo sob controle. Tóquio é sua fortaleza. Com o apoio do exército, estamos lidando bem com a invasão. As vítimas foram mínimas. Os civis estão protegidos no subsolo, e nosso time de suporte está garantindo os suprimentos. Em comparação com o restante do mundo, o Japão é o país mais seguro.

Vazio pousou os talheres, permitindo-se um leve sorriso de aprovação.

— Bom trabalho.

Com um gesto quase imperceptível, os membros das Sombras desapareceram como fumaça, deixando apenas o silêncio reconfortante do restaurante. Antes que pudesse retomar sua refeição, o toque de seu celular interrompeu a tranquilidade.

Ao atender, a voz nervosa de Sakamoto Tanaka, o presidente do Japão, ecoou:

— Grande irmão, como vai?

Vazio respondeu de forma fria e direta:

— Vou bem. O que o presidente do Japão quer de mim às oito da noite?

Do outro lado da linha, Sakamoto hesitou antes de explicar:

— A China precisa de ajuda. Nossos parceiros de investimento estão enfrentando ataques severos. Os pesadelos estão invadindo orfanatos, e as crianças estão em perigo.

Vazio franziu a testa, sua expressão endurecendo.

— Problema seu.

Sakamoto insistiu, a voz quase implorando:

— Por favor, Vazio. Não se trata apenas de economia. São vidas inocentes! Esses ataques podem facilmente se espalhar para cá.

Vazio permaneceu em silêncio por alguns instantes, analisando a situação. Finalmente, soltou um suspiro leve.

— Já mando alguém para lá.

Aliviado, Sakamoto tentou suavizar a conversa:

— Obrigado, senhor. Aliás, quer jantar comigo? Tenho uma filha que adoraria conhecê-lo...

Vazio interrompeu, sua voz carregada de sarcasmo:

— Vai dormir, cara. Me oferecendo sua filha? Mas talvez eu pense no assunto... se o seu pai viúvo vier visitar minha avó viúva.

Antes que Sakamoto pudesse responder, Vazio desligou o telefone. Ele se levantou lentamente, chamando pelo nome:

— Aurora.

Imediatamente, um grupo de mulheres apareceu, surgindo como ninjas das sombras, seus movimentos fluidos e graciosos.

— Mestre, estamos aqui — responderam em uníssono.

— Vão ajudar na China. Parece que os orfanatos estão sendo alvo dos pesadelos da raça lobo. Cuidado. Não permito mortes antes de enfrentarmos os monarcas.

— Sim, mestre — responderam, desaparecendo tão rápido quanto haviam surgido.

Hana Ada, que havia acompanhado a cena em silêncio, sorriu com ternura. Em seu coração, ela sabia que, por mais frio que Vazio pudesse parecer, ele carregava o peso do legado de sua filha e uma determinação inabalável.

— Filha, — pensou, com orgulho visível nos olhos. — Seu filho é um grande homem.

obrigado por ler.

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