Já se passou algum tempo desde a aparição de Shenlong, e o mundo inteiro mergulhou no caos de sua própria curiosidade e incredulidade.
Diferente da obra original, Jayden havia invocado o dragão divino no meio da cidade mais movimentada da Terra. Era impossível que alguém não notasse.
Não houve esconde-esconde nem sutilezas; Shenlong se ergueu no céu como uma entidade colossal, sua presença dominando o horizonte e seu rugido profundo ecoando por quilômetros.
Os vídeos do evento inundaram a internet quase imediatamente. Pessoas ao redor do globo, armadas com celulares, captaram a aparição em ângulos variados, cada qual mais impressionante que o outro.
Redes sociais explodiram em debates acalorados, fóruns e teorias conspiratórias multiplicaram-se como fogo em palha seca. Afinal, não se tratava de uma alucinação coletiva; todos podiam ouvir a voz de Shenlong, não apenas Jayden.
A conversa entre o humano e o dragão divino se tornou um dos conteúdos mais assistidos e analisados de todos os tempos.
As palavras de Shenlong não eram apenas enigmáticas, mas também carregadas de revelações que chacoalharam as fundações do entendimento humano:
"Quem é Shenlong?"
"O que significa ser um dragão divino?"
"Realizar desejos? Isso é magia?"
"O que é qi? Ele realmente existe?"
"Outras civilizações no universo? Estamos realmente sozinhos?"
"Quem é esse Deus Dragão que ele mencionou?"
"Namekuseijins? Eles são aliens? Como assim?"
"Quem é esse Jayden?"
Essas perguntas e inúmeras outras ecoavam em todos os cantos do planeta, de cientistas renomados a conversas em mesas de bar. Documentários, palestras, debates, teorias e até religiões começaram a surgir em torno do evento.
Pela primeira vez, a humanidade parecia unida em um misto de medo, admiração e sede de respostas.
Os governos do mundo estavam em alvoroço. Agências de segurança e inteligência corriam para investigar tudo que pudessem sobre o misterioso Jayden e a natureza desse "Shenlong". Mas, como tudo que é inexplicável, pouco progresso foi feito... ainda.
Afinal, o dragão estava olhando para um lugar em específico quando estava conversando, a casa dos Briefs, não vai demorar muito tempo até o governo juntar os pontos e descobrir as coisas.
Esse evento não seria esquecido facilmente. Mesmo décadas depois, continuaria sendo um dos momentos mais marcantes da história humana, discutido por cientistas, teólogos e entusiastas do inexplicável.
Enquanto isso, Jayden estava alheio ao frenesi que tomava o mundo. Ele havia encontrado refúgio na casa dos Briefs, mergulhando de cabeça em seu treinamento.
"997, 998, 999... 1000."
Ele caiu no chão, exausto, com o peito subindo e descendo em ritmo frenético. Mil flexões seguidas. Algo que, até pouco tempo atrás, parecia impossível para ele. Jayden não era um atleta de elite, e seu corpo não havia atingido esse nível de resistência naturalmente.
O que tornava essa façanha possível era uma técnica que ele mesmo criara, utilizando seu novo vasto conhecimento sobre o qi. Ele a chamava de Qi Curativo.
A técnica era engenhosa:
Jayden descobriu como manipular seu qi de maneira específica para conferir propriedades regenerativas a ele.
O qi, normalmente azul, assumia uma tonalidade esverdeada enquanto estava nesse estado especial.
Quando canalizado pelo corpo, ele acelerava os processos naturais de regeneração, reduzindo drasticamente o cansaço e recuperando pequenos danos físicos quase instantaneamente.
Além disso, essa manipulação do qi possibilitava outra habilidade que ele batizou, plagiando na maior cara de pau, de Palma Mística.
Com ela, Jayden conseguia transferir seu qi curativo para outra pessoa, canalizando-o diretamente para feridas ou áreas lesionadas através de suas mãos. Era um feito impressionante, mas exigia um controle excepcional.
Jayden havia treinado exaustivamente para manter seu qi nesse estado curativo por períodos prolongados, e agora conseguia circulá-lo continuamente em seu próprio corpo, mesmo enquanto realizava outras atividades. Esse domínio sobre a técnica permitia que ele se recuperasse de forma quase sobre-humana.
Poucos minutos após completar o treino extenuante, Jayden se levantou do chão como se nada tivesse acontecido, sentindo-se renovado e cheio de energia. No entanto, a técnica tinha um preço alto.
A fome era devastadora.
A regeneração acelerada exigia nutrientes e energia em grande quantidade, e seu corpo respondia com um apetite voraz.
Sem pensar duas vezes, ele se dirigiu à mesa repleta de comida preparada pelos robôs empregados e começou a devorar tudo o que via pela frente.
Pratos que pareciam suficientes para alimentar uma família inteira desapareciam em minutos, enquanto Jayden comia com vigor quase animalesco.
Apesar da quantidade absurda de comida que consumia, sua barriga mal parecia inchar. O motivo? Uma nova técnica que ele havia desenvolvido: Digestão Rápida.
Com essa habilidade, Jayden usava seu qi para influenciar não apenas seu sistema digestivo, mas seu metabolismo inteiro.
O qi circulava de forma estratégica, acelerando a quebra dos alimentos e garantindo que os nutrientes fossem rapidamente absorvidos e armazenados pelo corpo.
Em questão de minutos, ele conseguia processar o que normalmente levaria horas.
Era um alívio enorme.
Um humano normal simplesmente não suportaria esse ritmo de alimentação diária.
O excesso de comida e o esforço metabólico certamente causariam colapsos internos, talvez até a morte. Jayden tinha plena consciência de suas limitações biológicas.
Ele não era um Saiyajin, capaz de devorar refeições gigantescas sem nenhuma repercussão, ele era apenas um humano.
A técnica de Digestão Rápida era também um complemento perfeito para o Qi Curativo. Ambos trabalhavam em sinergia, permitindo que ele treinasse intensamente, regenerasse seu corpo e repuseesse seu qi rapidamente.
Esse equilíbrio criava um ciclo de crescimento perpétuo, onde limites físicos e energéticos eram constantemente superados. Só com essas duas habilidades, Jayden já demonstrava um potencial impressionante.
Com o tempo e disciplina, ele poderia facilmente se tornar um dos guerreiros mais fortes do universo.
"É fascinante pensar que os Saiyajins possuem essas habilidades de forma inata," Jayden refletiu enquanto se levantava.
Depois de limpar o último prato, ele se preparou para sua próxima sessão de treinamento.
Posicionou-se em pé, assumindo uma postura firme de combate. Suas pernas estavam ligeiramente flexionadas, e seus punhos, cerrados, estavam prontos para o impacto.
De repente, ele começou a desferir socos rápidos no ar, com movimentos precisos e ritmados. Quem o observasse de longe poderia achar que ele estava apenas treinando contra uma sombra imaginária, mas havia algo muito mais profundo acontecendo.
Se você prestasse atenção de perto, notaria pequenas faíscas surgindo de seus punhos. Inicialmente, eram sutis e dispersas, quase imperceptíveis.
Mas, à medida que Jayden mantinha o ritmo, sua concentração aumentava. As faíscas começaram a se intensificar, crescendo em brilho e força.
Cada soco gerava um estalo elétrico no ar, como trovões em miniatura. A energia que emanava dele era palpável, carregando a atmosfera ao redor.
Conforme continuava, seu esforço dava frutos: seus punhos começaram a ficar envoltos por uma camada densa de raios, ziguezagueando e pulsando com poder.
Jayden tinha orgulho da técnica que ele chamava de Transformação Elementar de Qi. Não era algo que ele havia simplesmente copiado de Dragon Ball, foi algo original dele.
Ele sabia que, em Dragon Ball, os ataques de qi geralmente apresentavam três manifestações básicas: calor, luz e força de impacto.
Esses traços eram naturais do qi, mas quase nunca eram explorados de forma criativa ou profunda. Jayden achava que isso era uma oportunidade perdida.
"Se o qi já tem essas propriedades, por que não posso moldá-lo em algo mais específico?" Essa pergunta foi o que o levou a explorar o conceito de elementos.
O primeiro que ele dominou foi o raio. Isso provavelmente era resultado do tempo que passou treinando com roupas de choque, acostumando seu corpo a lidar com estímulos elétricos.
Depois de muitas tentativas e erros, ele conseguiu concentrar seu qi de maneira a imitar as propriedades de eletricidade, cobrindo seus punhos com faíscas intensas.
Era uma técnica simples, mas eficaz. Os golpes elétricos tinham uma força extra, capazes de atordoar e causar dano adicional.
A partir daí, ele começou a experimentar com outros elementos. Fogo foi o próximo passo. Ao alterar a forma como canalizava o qi, ele conseguiu criar um calor intenso que envolvia seus ataques, transformando-os em golpes explosivos. Com um pouco mais de prática, ele também conseguiu gerar gelo, canalizando uma energia fria e densa que congelava ao toque.
Jayden ainda não tinha pleno domínio sobre esses elementos. Diferentemente do raio, que parecia quase natural para ele, o fogo e o gelo exigiam muito mais concentração e drenavam seu qi rapidamente. Mas ele estava satisfeito com o progresso que tinha feito.
"Não é perfeito, mas está funcionando." Ele pensava enquanto observava as pequenas faíscas que ainda dançavam em seus punhos depois de cada treino.
Embora Jayden soubesse que essas técnicas não eram algo que o colocariam entre os guerreiros mais fortes do universo, ele via potencial nelas.
A Transformação Elementar de Qi era algo único, algo que ele havia criado do zero. E, para ele, isso já era um grande motivo de orgulho.
Depois de muito tempo treinando, ele olhou para o sol se pondo e percebeu que já estava tarde demais.
"Hora de voltar para casa." Ele então, começou a arrumar suas coisas para partir.
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