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"É uma oferta gentil, mas Graham virá até você, já que você estava presente quando eu fui vista pela última vez. Quando ele aparecer na sua porta, eu não quero que você tenha que mentir que eu não estou lá. Você odeia mentirosos, então eu não quero te fazer parecer um," disse Rosa, lembrando-se das palavras dele de ontem. "Eu ficarei bem."
Rosa sobreviveu ao bordel melhor do que a maioria, então ela poderia usar essa mesma força para sobreviver a este mundo. Graham já era problema suficiente. Zayne não deveria ter que passar por isso, nem mais ninguém.
"Quem disse que eu ia mentir sobre esconder você?" perguntou Zayne.
"Bem, seria tolice admitir que você ajudou a me esconder quando Graham se rebaixaria para me ter de volta. Ele não vai se importar com nenhum acordo que você tenha com o rei. Ele vai tornar sua vida um inferno até que eu seja devolvida. Você não precisa disso," disse Rosa, esperando ter convencido ele.
Zayne não conhecia Graham como ela o conhecia, então ele não sabia no que estava se metendo. Estava tudo bem agora, já que Graham não estava questionando Zayne, mas uma vez que começasse, Zayne poderia se cansar de Graham incomodá-lo e então a devolveria a Graham.
Rosa não podia correr esse risco. "Continuarei como planejado e irei a uma igreja. Há um lugar que eu desejo ver e só posso encontrá-lo se eu me locomover."
"Que assim seja," respondeu Zayne, sem mais interesse em tentar convencê-la.
Rosa tinha que saber o que era melhor para ela.
Embora ele não acreditasse que ela duraria muito sozinha, ele pensava que ela conseguiria ir um pouco longe.
Rosa olhou pela janela da carruagem para uma parte da cidade que nunca tinha visto antes. Zayne tinha dado a ela mais do que qualquer um antes, então, além de limpar o quarto que usou, ela iria lhe dar paz para não incomodá-lo com sua vida.
Esperançosamente, um dia, quando ela estiver em uma posição melhor, ela poderia retribuí-lo devidamente.
Zayne não conseguia deixar de olhar para a mulher em sua frente. Ela ia chamar muita atenção que ela não queria e então sua descrição chamaria a atenção de Graham. Alguém olharia para ela e diria que ela era muito inocente.
Ele suspirou, virando-se para a janela, já que não havia nada que pudesse fazer. Rosa recusou sua oferta e não era seu lugar insistir mais para que ela a aceitasse. Ele só podia desejar o melhor para onde ela estava indo.
A carruagem permaneceu silenciosa pelo resto do trajeto. Zayne de vez em quando olhava para Rosa quando ela se empolgava com algo que passava pela janela. Era como se ele não fosse o único estrangeiro aqui, já que ela tinha visto o mesmo ou menos do que ele.
Rosa moveu seu dedo pelo mapa e olhou em volta para os letreiros do lado de fora. "Posso descer aqui," ela disse, olhando para um pequeno mercado. A primeira igreja que ela queria visitar estava por perto, então ela poderia ir a pé a partir dali. "Não quero te atrasar para onde você está indo."
"Estou indo perto da igreja," disse Zayne.
"É mesmo? Você tem negócios lá?" Rosa perguntou, achando isso suspeito. "Você só precisou sair do seu acampamento porque queria me dar uma carona?"
"Não. Há alguém que eu devo encontrar bem mais adiante de onde você está indo, então foi apenas uma coincidência. Se você quiser descer e ir a pé, seja minha convidada," disse Zayne, batendo na carruagem para que ela parasse. "Isso deve ser bom para você ir."
"Ah, obrigada. Vou ficar eternamente em dívida com você pelo que fez por mim. Espero um dia poder retribuir e farei o meu melhor para não ser capturada para que seus medos não se tornem realidade. Adeus Zayne," disse Rosa, acenando para ele.
Rosa saiu da carruagem e fechou a porta. Ela se moveu rapidamente para se afastar, já que estava chamando muita atenção. Esse pequeno mercado talvez não estivesse acostumado a ver uma carruagem tão grandiosa passando por ele.
Zayne também precisava ter cuidado para não chamar atenção para si mesmo, já que ele não era daqui desta terra.
Rosa apressou-se para sair de vista e encontrar um lugar onde pudesse abrir o mapa para ver em que direção ela precisava ir. Assim que chegasse à igreja, ela descansaria mais uma vez e então tentaria encontrar um jeito deles a enviarem para outra igreja fora da cidade.
"Devo comprar frutas," Rosa considerou enquanto passava por barracas com frutas bonitas. Ninguém aqui sabia que ela tinha vivido em um bordel, então eles não deveriam negar o que estavam vendendo. "Não, devo esperar e comprar mais tarde quando as outras acabarem."
Ela não tinha muito dinheiro, então era melhor não gastar tão cedo.
"Você viu essa mulher? Você deve responder, pois isso diz respeito aos homens do rei."
Rosa desviou o olhar das barracas para um pouco de confusão que estava começando a ficar alta. Ela achava que este era um mercado tranquilo, mas estava enganada.
"Não," Rosa entrou em pânico quando viu os uniformes dos homens do rei. Ela se escondeu atrás de uma pilha de caixas. "Por que você está se escondendo quando não é ele?" Ela se perguntou.
Era apenas de Matias que ela precisava se esconder e os homens que ela via eram estranhos focados em incomodar uma mulher de aparência mais velha sobre alguma coisa.
Não havia nenhuma razão para Matias estar procurando por ela, já que ele recusou ajudá-la quando a viu. Tudo o que ela precisava fazer era evitar os homens que trabalhavam para Graham.
Assim que ela estava prestes a se mover, Rosa ouviu uma voz que não podia esquecer. Era difícil esquecer a voz do homem que a chutou.
"Encontraram algo?" Matias questionou seus soldados. Ele estava em um cavalo olhando ao redor por seu alvo.
Matias não podia procurar por Rosa sozinho, então tinha que reunir um grupo de soldados leais a ele para procurar pelas redondezas onde Rosa poderia ter corrido. Ele estava procurando a noite toda, passando pela montanha como ela poderia ter feito, mas ainda não tinha encontrado uma pista.
"Encontrem ela agora!" Matias gritou, frustrado enquanto o tempo estava contando contra ele. Ele não iria se tornar alguma prostituta no bordel. "Quão difícil é encontrar uma prostituta de bordel?"
Rosa cobriu a boca para não deixar nem o menor som ser ouvido embora Matias não estivesse perto dela. 'Uma prostituta de bordel?' Ela pensou. Será que ele se juntou a Graham na busca por ela?
Rosa queria ter certeza de que eles estavam procurando por outra pessoa. Que Matias não poderia ser tão tolo a ponto de ajudar o homem que uma vez os maltratou. Ela queria acreditar que apesar de ele ter a chutado, ele tinha algum senso restante, mas Rosa não podia.
Esse não era o menino que ela conheceu, então ela não podia confiar nele para não trabalhar com Graham.
"Eu preciso ir," Rosa sussurrou, virando-se para espiar pelas caixas para encontrar o momento certo para correr.
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