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CAPÍTULO 12. LAMENTAÇÕES E PROMESSAS

No esconderijo do Clan Yami, a atmosfera era carregada de dor e pesar. As feridas físicas de Ryuji e Aiko refletiam apenas uma pequena parte do sofrimento. Yuki, mergulhada em sua própria tormenta emocional, estava sentada em um canto, seu semblante marcado pelo cansaço e pela tristeza.

Com a calma peculiar que o caracterizava, Harumi cuidadosamente acomodou Ryuji e Aiko em 2 camas e os cobriu, permitindo que descansassem e se recuperassem. Então, ele se aproximou de Yuki, cujo pranto silencioso preenchia o espaço ao seu redor. Sem uma palavra, ela se lançou nos braços de Harumi, buscando conforto em sua presença sólida.

— Foi tudo minha culpa — , soluçou Yuki, sua voz embargada pela dor e pela culpa. — Eu fui fraca... Não consegui protegê-lo. —

Harumi, com sua habitual serenidade, colocou a mão na cabeça de Yuki, afagando seus cabelos desgrenhados. — Ele protegeu quem ele amava. — , afirmou ele com firmeza, sua voz ecoando na penumbra do esconderijo. — Não se culpe. Você acha que ele não sabia dos riscos? Acha que, desistindo agora, as mortes vão parar? —

As palavras de Harumi, carregadas de sabedoria e determinação, ecoaram na mente de Yuki, trazendo consolo mesmo em meio ao desespero. Ela levantou seu rosto inchado pelas lágrimas para encontrar o olhar penetrante de Harumi.

— Eu não sou forte como você, Harumi. — , confessou Yuki, sua voz embargada pelo peso de suas próprias limitações.

Harumi a encarou com compaixão, seu toque suave transmitindo uma sensação de segurança. — Kaito deixou você sob meus cuidados e eu vou honrar seu último pedido. — , lembrou ele com solenidade, seu compromisso ecoando no espaço silencioso do esconderijo. — Eu vou criar um mundo onde você possa viver segura. —

Suas palavras ressoaram no coração de Yuki, trazendo uma chama de esperança em meio à escuridão que os cercava.

Na penumbra do esconderijo, Ryuji despertou de seu estado de inconsciência, seus sentidos lentamente se ajustando à realidade ao seu redor. Ao abrir os olhos, ele vislumbrou Harumi ao lado de Yuki, cujo rosto estava marcado pela ansiedade e pelo alívio de vê-lo acordado.

Surpreso com a cena diante de si, Ryuji testemunhou um lado diferente de Harumi. Em vez de sua habitual frieza, Harumi demonstrava uma compaixão genuína ao consolar Yuki. Uma sensação estranha de confusão percorreu Ryuji enquanto ele processava essa revelação inesperada sobre seu líder.

Harumi se levantou e caminhou até uma porta, abrindo-a antes de olhar de volta para Ryuji. — Ryuji, vamos, precisamos conversar — , chamou, enquanto dirigia um olhar tranquilizador para Yuki. — Você tente descansar um pouco — , acrescentou, antes de adentrar a sala. Ryuji se ergueu e seguiu Harumi até o cômodo indicado.

Enquanto Harumi e Ryuji entraram na sala ao lado, Yuki buscava um refúgio naquele esconderijo cheio de sombras e segredos. O peso do dia, dos acontecimentos recentes, parecia pressioná-la, fazendo-a ansiar por um momento de tranquilidade.

Na penumbra do cômodo, Yuki encontrou uma cama vazia e se deitou, deixando-se afundar nas profundezas do colchão. Seus pensamentos se dispersavam, perdidos entre as lembranças turbulentas e as incertezas do futuro.

Enquanto isso, na sala principal, Harumi assumiu uma postura séria ao se assentar em uma cadeira, seus olhos fixos em Ryuji, transmitindo determinação e uma intensidade latente. A luz fraca que banhava a sala.

— Se quisermos descobrir mais sobre meu passado, precisamos encontrar essa doutora. — , afirmou Harumi, sua voz ecoando com uma mistura de esperança e urgência. Ryuji, apoiado na parede próxima, parecia carregar o peso do mundo em seus ombros, suas feições expressando uma profunda autocrítica.

— Sinto que falhei no momento de lutar ao seu lado. Preciso me tornar mais forte para continuar te seguindo. — , murmurou Ryuji, com um tom de desalento. Harumi, com sua habitual determinação, respondeu, sua voz firme ecoando no silêncio tenso da sala: — Você e Aiko só precisam estar ao meu lado. Assim eu sei que posso continuar avançando sem me preocupar com nada. —

A conversa então se voltou para a recente mudança de atitude de Harumi. — O que aconteceu entre você e Yuki? Você parecia diferente, será que você tá apaixo... — , questionou Ryuji, hesitante. Antes que pudesse terminar sua frase, Harumi o interrompeu com uma expressão séria

— Não. Ela está vulnerável. A primeira pessoa a demonstrar compaixão e cuidado ganhará sua confiança — , explicou Harumi, com uma serenidade que contrastava com a intensidade de seus olhos.

— Você as vezes me dá medo. — Diz Ryuji, perplexo.

— Aliás, por que você escolheu matar Akaza em vez de Anne? Nunca vi você deixar ninguém que lutasse diretamente com você sair vivo. — , indagou, confuso.

Harumi respondeu com uma calma calculada. — Matar Akaza foi crucial para ganhar a lealdade de Yuki. Ele era a fonte de sua dor, e sua morte estabeleceu um vínculo entre nós — , explicou, sua voz firme e determinada.

Ryuji, assustado com a frieza de Harumi, questiona dizendo — O que aconteceu com você na sua infância pra você se tornar assim, Harumi? —

Mas diante dessa pergunta, Harumi permaneceu em silêncio, seus olhos revelando apenas uma sombra dos tormentos que guardava dentro de si. Era como se as memórias dolorosas do passado estivessem trancadas em um cofre profundo, inacessíveis.

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