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Seu Pequeno Vilão (2)

Como o filho dela, o vilão da história, morreu?

Isla recordou as informações sobre sua trágica morte no livro.

Uma vez que a única fonte de amor já não estava mais com ele, ou seja, sua mãe. Ele buscou amor em seu pai e sua nova família. O vilão achou que poderia ser parte deles, mas seu pai nunca havia olhado em sua direção, mesmo quando sua mãe ainda era sua esposa. Era sempre seu meio-irmão.

Sua madrasta não o tratava como tratava seu meio-irmão já que ele não era seu filho de verdade. Ela não o tratava mal, mas não tinha o calor materno de sua mãe.

Sua mãe já não estava mais com ele desde os cinco anos de idade, e ele pôde sentir que o lar acolhedor que antes tinha ele e sua mãe, agora pertencia integralmente ao seu meio-irmão e sua madrasta.

Os serviçais o respeitavam, mas as fofocas sobre a mãe de seu meio-irmão destruir o casamento de sua mãe com seu pai sempre chegavam até ele. Sua mãe costumava bloqueá-las para que não o atingissem, mas agora que ela não estava mais com ele, muitos pensamentos negativos invadiam sua mente.

A realidade não ajudava, já que tudo o que diziam era verdade.

Ainda não desistindo, o vilão tentou encontrar seu pai para ver sua mãe no Ducado de Elrod, mas tudo que conseguiu foi negação.

''A lei imperial estabelece que após o divórcio do casal, o filho entre eles pertence à família do pai. Você tem uma nova mãe, e ela lhe trata bem. Não cause problemas desnecessários,'' foram as palavras de seu pai.

O olhar vazio, a aura fria e a relação tensa eram diferentes do olhar caloroso, da aura feliz, e da relação de adoração que seu pai tinha com seu meio-irmão.

Tudo era diferente, e o vilão percebeu que, de fato, não tinha ninguém no ducado.

Após perceber isso, dois anos depois que sua mãe se foi, todos os pensamentos e expressões infantis cessaram, e o vilão se agarrou à única coisa que seu meio-irmão nunca lhe tirou; a posição de herdeiro. Suas circunstâncias o fizeram crescer à força, mesmo com sua idade sendo muito jovem para ter tais pensamentos.

Uma vez que ele era o filho da primeira duquesa, a posição era dele, por direito de nascimento.

Levando as aulas de herdeiro a sério e não se misturando com sua madrasta, o filho dela ou seu pai, ele cresceu para ser o herdeiro perfeito até que conheceu alguém que lhe mostrou luz em seu mundo solitário e escuro.

Aurora.

Aos dezoito anos, ele finalmente tinha uma segunda coisa para chamar de sua, mas ela estava lentamente caindo nas mãos de seu meio-irmão.

Primeiro, o amor de seu pai, depois a posição de sua mãe, e agora ele quer tirar a única luz do seu mundo escuro.

Deve tudo o que ele quer cair nas mãos de seu meio-irmão?

Não! O vilão não podia aceitar isso e tentou obter Aurora, mesmo depois dela ter ficado noiva de seu meio-irmão.

As coisas pioraram para ele após o noivado dela, e então ele a sequestrou para fugir do império. Ele deixou a posição de herdeiro já que Aurora era mais importante do que isso. Eles fugiriam e começariam sua família, e seu mundo finalmente poderia ter a luz que costumava ter quando sua mãe estava com ele.

Mas os céus estavam contra ele, seu irmão os encontrou, e eles lutaram até que um deles morreu. Infelizmente foi ele.

''Eu só queria ser amado. Era tão errado tomar para mim o que por direito já era meu? Não era algo caro para comprar, mas era caro para experienciar quando você estava comigo, irmão,'' Isla disse as últimas palavras do vilão com seu olhar ainda em sua barriga.

''Eu pensei que você tivesse me esquecido quando eu te deixei, mas você sempre se lembrou. Você se lembrou de sua miserável mãe que igualmente queria o amor de seu pai.'

Em sua segunda vida, Isla se lembrou de quando Amélia lhe contou sobre a morte de seu filho. Além de seu pai, seu filho era a única família que tinha neste mundo, e ele se foi sem aviso prévio.

Mesmo quando não estavam juntos, ela sempre disse a Amélia para vigiá-lo de longe e imaginá-lo usando sua descrição, pois ela não deixava a vila.

''Você deve ter sido tão bonito então.'

Isla levantou o olhar de sua barriga para assistir às flores fechadas dançando. Elas pareciam estar consolando seu estado triste com seus movimentos serpenteantes.

Depois de um tempo, Isla abriu a boca para falar, '' E você ainda será bonito agora, pois estaremos juntos, meu bebê.''

Com resolução, Isla jurou com seu coração, ''Desta vez, a mãe estará com você e com seu pai....''

Ao mencionar o homem que foi a razão de tudo que aconteceu a seu querido filho, um sorriso vazio surgiu em seus lábios. Com seus cabelos prateados sempre brilhantes e olhos azuis, sua imagem de gentileza famosa era irreconhecível.

Agora ela parecia ser mais uma beleza invernal.

''A mãe definitivamente dará um jeito nele.''

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''Bem-vindo de volta, vossa graça.''

Spencer, o mordomo que soube do retorno do duque, saiu da casa para recebê-lo com os serviçais alinhados.

Com um buquê de rosas vermelhas nas mãos, o duque do Ducado de Hayes desceu da carruagem.

''Spencer,'' Ele acenou para o mordomo que se inclinava, e então imediatamente notou algo estranho.

''A duquesa... onde está a duquesa?'' perguntou o duque.

O mordomo se ergueu e lançou um olhar às rosas vermelhas. Olhando de volta para o duque, ele expressou sua confusão, ''Vossa graça, enviei um serviçal ao palácio imperial para contar-lhe a boa nova da gravidez de a graça dela. Eu pensei que isto...''

O mordomo interrompeu abruptamente o que dizia, como se tivesse percebido algo.

''Ah.'' Um sorriso triste e efêmero surgiu em seus lábios, e ele simplesmente disse, ''A graça dela está em seu quarto.''

Ele não era tolo para não saber o dono do buquê, e tinha certeza de que os serviçais também não eram. Mas o que ele poderia fazer? Mesmo tendo estado com o duque desde o reinado do falecido duque pai, ele não podia dizer uma palavra quando algo quase familiar, mas mais trágico, aconteceu quando o duque era criança.

''Leve-o ao meu escritório,'' O duque entregou o buquê ao mordomo como se fosse uma preciosa lembrança. Este gesto confirmou a especulação do mordomo, e o duque ignorou seu olhar de decepção como de costume ao caminhar para dentro do castelo.

''..ela finalmente está grávida,'' Ele murmurou para si mesmo, enquanto se movimentava pelo luxuoso castelo em direção ao andar que abrigava os quartos dos mestres do ducado. Cada serviçal que passava por ele se curvava em respeito, mas ele não lhes dava atenção.

''Depois que ela der à luz, poderei prosseguir com os planos para Annalise.''

Ao pensar em sua amante, seu olhar se suavizou, mas voltou ao seu impassível costumeiro ao alcançar a porta do quarto da duquesa.

''Ela entenderá que minha decisão foi a melhor para ambos, já que não posso dar a ela o que ela deseja de mim,'' O duque se assegurou antes de bater na porta.

''Duquesa, sou eu,'' Ele chamou e abriu a porta sem esperar por uma resposta.

Entrando no quarto e fechando a porta, o duque finalmente encarou sua esposa, e o que viu o fez ficar em branco por um momento.

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