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As-Cartas-De-Ninguém.

A fuga da jiboia brasileira rendeu a Harry o seu castigo mais longo. Quando lhe permitiram sair do armário, as férias de verão já haviam começado e Duda já quebrara a nova filmadora, acidentara o aeromodelo e na primeira vez que andara na bicicleta de corrida derrubara a velha Sra. Figg quando ela atravessava a Rua dos Alfeneiros de muletas.

Harry literalmente tivera uma rotina monótona só para ir à escola, ao trabalho e após isso permanecer preso em casa. Fora uma grande sorte e inteligência de desconfiar de que seus parentes não deixariam aquilo baixo, assim ele visou comprar bastante comida para racionar dentro de seu armário, desde que nem comer na casa ele podia mais.

O Potter ficou contente que as aulas tivessem acabado, havia pego férias no serviço devido a ele sempre fazer horas extras. Algo que intrigava muito o Sr. e Sra. Dursley, pois se o garoto fazia hora extra até tarde da noite, para onde ia todo o dinheiro que ele recebia do salário? Isso desde nunca viram ele gastando nada, fora aquela espada perigosa que carregava para todo lado ou uma de suas roupas que podiam ser contadas nos dedos das mãos, sendo elas duas camisetas, uma blusa de frio, duas calça jeans, um tênis... com o resto sendo apenas meias e cuecas.

Tendo, além disso, somente o uniforme do trabalho e o uniforme do colégio, que era algo gasto e mal tingido por sua tia, que afirmou ser mais do que suficiente para a aberração.

 

Certo dia de julho, tia Petúnia levou Duda a Londres para comprar o uniforme da Smeltings e deixou Harry com a vizinha. A Sra. Figg não estava tão ruim quanto de costume. Afinal, fraturara a perna porque tropeçara em um dos gatos e não parecia gostar tanto deles quanto antes. Deixou Harry assistir à televisão e lhe deu um pedaço de bolo de chocolate que pelo gosto parecia ter sido feito há muitos anos, mas que ele aproveitara totalmente por realmente nunca receber nada de ninguém e não seria agora que reclamaria.

Naquela noite, Duda desfilou para a família reunida na sala de estar vestindo o uniforme novo da Smeltings. Os alunos da Smeltings usavam casaca marrom-avermelhada, calções cor laranja e chapéus de palha. Carregavam também bengalas nodosas, que usavam para bater uns nos outros quando os professores não estavam olhando. Isto era considerado um bom treinamento para o futuro na concepção dessas pessoas de merda, e na visão de Harry, ele nunca pisaria nessa escola.

Ao contemplar Duda nos calções laranja novos, tio Válter disse com a voz embargada que aquele era o momento de maior orgulho em sua vida. Tia Petúnia rompeu em lágrimas e disse que não podia acreditar que era o seu Dudinha, estava tão bonito e maduro. Harry se segurava para não rir do primo, pois para ele o garoto parecia um botijãozinho de gás com roupa de palhaço caipira para assustar os pássaros enfestando algum milharal.

Mas é claro que deixaria isso somente para ele, onde no fim do dia daria umas dicas para o garoto encarar a realidade sem ofendê-lo.

 

 

[ ... ]

Havia um cheiro horrível na cozinha na manhã seguinte quando Harry entrou para preparar o café da manhã. Parecia vir de uma grande bacia de metal dentro da pia. Ele se aproximou para espiar. A bacia estava aparentemente cheia de trapos sujos que boiavam em água cinzenta e o Potter já sabia bem que porcaria estava acontecendo ali:

 

- Que negócio é esse? - Harry perguntou à tia Petúnia. Os lábios dela se contraíram como costumavam fazer quando ele se atrevia a fazer uma pergunta, mas que ele pouco ligara, pois realmente se já sabia o que estava vindo, deixaria sua tia no lugar.

 

 

- O seu uniforme novo da escola. - Petúnia respondeu a Harry referente aos trapos velhos que ela estava tingindo.

 

 

- Espera aí, que uniforme? O colégio para o qual estou indo não é obrigatório o uso disso. - Harry disse enquanto encarava a tia e por dentro sorria devido à mulher parar imediatamente o que estava fazendo.

 

 

- Você não irá para aquele colégio de retardados, quem teria a decência de estudar em um lugarzinho que não obriga seus estudantes a utilizarem uniforme. - Petúnia disse de forma irritada, pois ela não gostava de ser contrariada.

 

 

- Não pode fazer nada, minha matrícula já foi paga e aceita há dois dias. - Harry afirmou enquanto via seu tio e primo chegarem à cozinha.

 

 

- COMO ASSIM MATRÍCULA! - Petúnia berrou de forma exasperada. - Quem te deu direito de fazer as coisas sem nos consultar primeiro?

 

 

- Ora, o meu querido e adorável Tio Válter, eu perguntei a ele se podia me matricular sem fazer ele perder tempo com a aberração aqui e assim o mesmo assinou as documentações... e ele me disse que não se importava e que finalmente eu estava aprendendo a ser alguém decente e normal. - Harry disse com um riso de canto e puro sarcasmo em sua voz. - Desde já estou matriculado no colégio particular de Godric's Hollow... acredito que não há nada que possa fazer, é claro... isso se você não quiser pagar uma taxa de multa para retirada de minha matrícula. - Harry finalizou de forma irônica, vendo que Válter já se arrependia por subestimar a aberração.

 

 

- Não pode fazer isso, sua educação só será formada em algo que pode te consertar dessa esquisitice toda. - Petúnia se se exasperava quando ia até Válter buscando apoio. - Diga a ele, Valter? O St. Brutus para Meninos Irrecuperáveis é a melhor opção para alguém como ele.

 

 

- É isso mesmo, com St. Brutus você poderá ser consertado e um dia se tornar igual ao Dudinha. - Válter disse suando frio pelo olhar da esposa.

 

 

- Estão criando uma tempestade em um copo d'água. - Harry respondeu iniciando o preparo dos ovos mexidos e bacon para o café da manhã dos Dursley. - Não irei para uma escola de merda feito essa só para agradar o egozinho frágil de vocês... se tem algum problema com isso, vão reclamar com quem se importa, e caso não saibam, isso quer dizer chamar atenção de assistência social e acredito que todos aqui estamos muito felizes de não ter de recorrer a isso, não é? - Finalizou ele em palavra final com seus tios rangendo os dentes em raiva.

 

 

- Isso ainda não acabou! - Petúnia disse de forma irritada.

 

 

- Claro, claro... - Harry murmurou pouco ligando para a frase final clichê de vilão fraco que perde para algum herói e não aceita isso bem.

 

 

Assim, após alguns minutos de silêncio por parte de Harry, todos ouviram o clique da portinhola para cartas e o som da correspondência caindo no capacho da porta.

 

 

- Apanhe o correio, Duda. - Disse Válter por trás do jornal.

 

 

- Mande o Harry apanhar. - Duda respondeu encarando seu primo que levantara uma sobrancelha duvidosa.

 

 

- Apanhe o correio, garoto. - Válter disse novamente.

 

 

- Mande o Duda apanhar. - Harry contra respondeu de forma irônica, deixando Válter irritado e um Duda rindo que nem um porco.

 

 

- O cutuque com a bengala da Smeltings, Duda! - Valter exasperou-se irritado enquanto apertava as bordas dos jornais e rasgavam boa parte.

 

 

- Tá bom, parei Duda. - Harry disse enquanto se esquivava da bengala da Smeltings e foi apanhar o correio. Havia três coisas no capacho, um postal da irmã do tio Válter, que estava passando férias fora do país, um envelope pardo que parecia uma conta, e uma carta para Harry.

 

 

Harry estranhou tal carta, nunca havia recebido algo assim pelo correio, na verdade, nunca havia recebido nada de ninguém do correio, por que logo agora?

 

 

Claramente que não podia haver engano, no envelope dizia:

"Sr. Harry James Potter, morador do armário sob a Escada, Rua dos Alfeneiros, N°04 - Little Whinging Surrey."

 

 

O envelope era grosso e pesado, feito de pergaminho amarelado e endereçado com tinta verde-esmeralda. Não havia selo. Quando virou o envelope, Harry viu um lacre de cera púrpura com um brasão, um leão, uma águia, um texugo e uma cobra circulando uma grande letra "H".

 

 

- "Isso é extremamente preciso para uma mera entrega." - Harry pensou em referência a seu quarto ser um armário sob as escadas. - "E quem usa lacres de cera hoje em dia?" - Finalizou seu pensamento em divertimento, pois realmente era interessante.

 

 

- Anda depressa, moleque! - Gritou Válter da cozinha, com Harry se apressando logo, ainda de olhos fixos na carta. Assim entregou a conta e o postal ao tio Válter, sentou-se e começou a abrir lentamente o envelope amarelo. Tio Válter rasgou o envelope da conta, deu um bufo de desdém e virou o postal.

 

 

- Guida está doente. - Informou à tia Petúnia, quando lera. - Comeu um marisco suspeito... - Continuaria ela até uma alta voz a interromper febrilmente.

 

 

- Pai! - Exclamou Duda. - Pai, Harry recebeu uma carta. - Duda havia dito com entusiasmo para saber quem era a pessoa, porém só causou o início de uma grande confusão.

 

 

Harry ia desdobrar a carta, escrita no mesmo pergaminho grosso que o envelope, quando Válter arrancou-a de sua mão:

 

- Qual foi, é meu! - Disse Harry, tentando recuperá-la.

 

 

- Quem iria escrever para você? - Zombou Válter, sacudindo a carta com uma das mãos para desdobrá-la e percorrendo-a com o olhar. Seu rosto passou de vermelho para verde mais rápido do que um sinal de tráfego. E não parou aí. Segundos depois ficou branco-acinzentado, cor de mingau de aveia velho, como se ele estivesse ficando doente muito rápido. - P-P-Petúnia! - Válter ofegou em descrença.

 

 

Harry iria pegar a carta enquanto seu tio estava distraído, porém, Duda foi mais rápido e como ele era muito baixo, acabou por perder a chance, já que Válter simplesmente levantou o braço fora do alcance do garoto.

Tia Petúnia apanhou-a carta cheia de curiosidade e leu a primeira linha. Por um instante pareceu que ela talvez fosse desmaiar.

 

 

- Válter! Ah, meu Deus, Válter! - Dizia ela como se ali ditava que alguém muito querido acabara de morrer.

 

 

Eles se encararam, parecendo ter esquecido que Harry e Duda continuavam na cozinha. Duda não estava acostumado a ser desprezado e logo um de seus defeitos obtidos pelos pais visou entrar em vigor. Dando assim uma bengalada forte na cabeça do pai.

 

 

- Quero ler esta carta! - Falou alto tentando dar mais uma bengalada.

 

 

- Puta merda. - Harry disse já prevendo a merda da bengalada que seu tio acabou de tomar, cair realmente as suas custas.

 

 

- Saiam os dois. - Válter ordenou com sua voz rouca.

 

 

- Entrega a merda da carta, porra! - Harry contra respondeu se levando para encarar seu tio que era o dobro do tamanho, porém que com certeza não aguentaria cinco minutos de soco com Harry.

 

 

- Me deixa ver! - Duda exigiu estufando o peito, tentando obter a mesma presença em pé que seu primo demonstrava.

 

 

- FORA! - Valter berrou enquanto agarrava Duda e empurrava Harry com sua enorme pança para fora da cozinha, batendo a porta da cozinha em seguida.

 

 

- Válter, olhe só o endereço. Como eles poderiam saber onde ele dorme? Você acha que estão vigiando a casa? - Petúnia disse com a voz tremula.

 

 

- Vigiando, espionando, talvez nos seguindo. - Murmurou o patriarca Dursley com um olhar deveras enlouquecido.

 

 

- Mas o que vamos fazer Válter? Vamos responder à carta? Dizer a eles que não queremos... - Harry ouvia o que eles diziam enquanto Duda também se concentrava, com o Potter já se preparando para sentar uma bicuda espartana na porta e propagar ainda mais o caos em uma residência tão "amigável".

 

 

- Não, vamos ignorá-la, se não receberem uma resposta, irão parar de incomodar. - Válter disse com Harry do outro lado da porta franzindo o cenho perante quem eram tais pessoas que o enviaram uma carta.

 

 

- Mas... - Petúnia tentou dizer.

 

 

- Não vou ter um deles em casa. Petúnia! Nós não juramos quando o recebemos que íamos acabar com aquela bobagem perigosa? - Válter respondeu à esposa antes mesmo de ela terminar, e assim passou a rasgar toda a carta ao ponto de se tornar dezenas de pedacinhos pequenos.

 

 

[ ... ]

Aquela noite, quando voltou do trabalho, Válter fez uma coisa que nunca fizera antes.

Ele visitou Harry no armário.

 

 

- Cadê minha carta? Quem me escreveu? - Perguntou Harry, no instante em que tio Válter se espremeu pela porta.

 

 

- Ninguém! Endereçaram a você por engano e acabei rasgando-a e queimando-a. - Válter disse secamente.

 

 

- Não foi um engano, tinha o endereço do meu armário! - Harry retrucou com raiva. - Que tipo de engano é tão preciso assim, sua morsa imbecil?

 

 

- CALADO! - Gritou Valter e algumas aranhas caíram do teto. Ele inspirou algumas vezes e então fez força para produzir um sorriso que pareceu bem penoso. - Hum, sim, Harry, sobre este armário. Sua tia e eu estivemos pensando... Você realmente está ficando grande demais para ele... Achamos que seria bom se você se mudasse para o segundo quarto de Duda.

 

 

- Ah, vai puxar saco de outro. - Harry retrucou afiando o olhar. - Que foi, quer agir como família agora? Deveria ter pensado nisso antes de me abandonar em suas férias de merda com aquela mulher. - Finalizou o Potter com Válter estranhando essa parte final, pois tudo que sabia era que a aberração havia dado um jeito de mudar de um garotinho submisso e franzino a um adolescente musculoso e sarcástico.

 

 

- Não faça perguntas. - Disse com rispidez o tio. - Leve essas coisas para cima, agora.

 

 

- Foda-se você, se não posso nem receber uma carta nessa casa, não deveria estar morando nela. - Harry disse de forma irritada com seu tio gordo ficando cada vez mais furioso ao tentar agarrá-lo pelo pescoço, porém que sua gordura o impediu de passar completamente pela porta, tendo o Potter rindo sarcasticamente disso enquanto deitado na cama. - Aconselho a maneirar nas refeições e dar dez voltas na quadra, vai lá... eu espero, e aí vemos se você consegue atravessar a porta.

 

 

- Ora, quer se achar o adulto agora, seu merdinha ingrato. - Válter praguejou os insultos ao desistir de adentrar ao armário. - Só porque está mais alto não quer dizer que é dois.

 

 

- Cuidado, querido titio, sabe que na base do soco eu te deito fácil na porrada... e se eu perder... fiquei sabendo que a cadeia costuma hospedar clientes, dar refeições gratuitas e banhos diários... seria necessário só um ato para eu decidir me hospedar lá enquanto dou algumas entrevistas por tirar dois porcos patéticos da sociedade. - Alegou ele firmemente com seus olhos brilhando inconscientemente num esmeralda poderoso. - E se isso não for possível, me cuidar sozinho é bem melhor do que ficar perto de gente medíocre como você. - Finalizou ele demonstrando uma raiva descomunal, não sabia o que tinha na carta, porém poderia ser algo relacionado aos pais dele e isso estava martelando em sua mente o dia todo. Com a cada segundo emoções ocultas dele revisitado tudo de uma vez.

 

 

- Então vai embora! Aceitei você aqui dentro por conta dá aberração de sua mãe ser irmã de Petúnia, mas eu nunca acolheria um traste ingrato como você. - Válter disse de forma irada enquanto via o Potter pensar por um momento, porém que logo acenara com um bufo de desprezo e começara a colocar tudo que era seu em uma grande mochila estilo para acampamentos. Seguido é claro de ele encher sua mochila com todo seu dinheiro guardado que se situava escondido em uma abertura da parede, que para espanto do Sr. Dursley, era muito para uma criança ter.

 

 

Duda escutava tudo até o momento na escada acima e sabia que Harry não iria aguentar mais esse preconceito e humilhação que sofria. Onde seja lá o que iria ocorrer, sabia ele que seu primo já estava no limite e não conseguia mais ficar mantendo oculto suas emoções.

 

 

- Tudo bem, você havia me dito anos atrás que eu deveria arrumar um emprego, pois você não me sustentaria, que gente como eu deveria aprender a sobreviver sozinho. Muito obrigado, aprendi muito bem com seus "sábios ensinamentos". - Harry disse com raiva. - Juntei dinheiro durante quatro anos para não precisar depender de você ou alguém dessa casa..., então saí da minha frente antes que eu te fatie em pedaços seu porco eunuco de merda. - Harry por fim dera seu ultimato enquanto pegava sua mochila, sua katana e saia pela porta da frente, deixando tanto Duda quanto Petúnia assustados pela conversa e expressão de ódio que Harry demonstrava.

 

 

Era como se ele guardasse um grande ódio deles, que algo muito grave ocorrera a ele, e a raiva de conter todo esse trauma explodiu com ele jogando todas as verdades na cara de Válter.

E Duda, que não era bobo, rapidamente seguiu Harry casa afora para poder conversar com ele:

 

- Primo, não vá embora, esquece o que papai disse. - Duda disse com finas lágrimas caindo no canto dos olhos.

 

 

- Escute Duda, não dá para eu continuar vivendo assim, seus pais sempre estão me humilhando por tudo, eu tento me esforçar ao máximo para agradar eles, mas olha o que eu recebo, não adianta continuar em uma casa em que seus tios lhe odeiam e o tratam como um monstro. - Harry disse se agachando na altura de Duda.

 

 

- M-mas... - Duda tentou dizer, porem Harry afagou levemente os cabelos dele.

 

 

- Não se preocupe primo, eu sempre irei estar em contato contigo naquele telefone que te dei um ano atrás, irei lhe manter informado mediante mensagens de texto e se quiser pode fazer o mesmo sobre tudo que ocorre com você. - Harry disse enquanto tranquilizava o garotinho. - Só me prometa uma coisa. Você é um garoto forte, porém é muito fácil influenciá-lo. Quero que a partir de hoje use tudo o que eu lhe ensinei, com todo respeito... não deixe seus pais criarem uma imagem horrível de você, faça exercícios diariamente, não exagere nos doces e salgados, mantenha a saúde em dia, continue treinando as técnicas de luta que lhe ensinei e mais importante…, não se torne um garoto arrogante que tenta machucar os mais fracos, proteja os mais fracos, arranje bons amigos onde você poderá confiar sua vida a eles, e por fim, não deixe de ser você mesmo. - Harry dizia enquanto via o garotinho enxugar as lagrimas e acenar afirmativamente com a cabeça. - Eu consigo ver o ótimo garoto que existe em você, irá se tornar um homem bom e forte, só não se deixe influenciar pelos seus pais e por pessoas de má conduta..., se cuide, primo. - Harry disse dando um abraço final no garoto gordinho que voltara a chorar horrores a esse momento.

 

 

De tal forma que após alguns segundos, Harry partiu na escuridão da noite e Duda voltou para dentro de casa, onde seus tios gritavam de forma escandalosa um com os outros:

 

- Duda, cadê aquele garoto!? - Petúnia disse altamente.

 

 

- Foi embora, por culpa de vocês... espero que estejam satisfeitos agora, pois a aberração que vocês costumam chamar, não está mais aqui. - Duda respondeu cabisbaixo enquanto subia para seu quarto e pegava o presente que Harry o deu. Era um colar de uma coruja branca e uma fênix vermelha, um dos dois animais mais fascinantes e fictícios que Harry dizia para ele.

 

 

Válter estava impressionado e assustado com a forma que Harry se dirigiu a ele, não sentiu mentiras quando o garoto disse que aprendeu a sobreviver sozinho e agora que o garoto se foi, ele não sabia o que fazer, acreditava que era só uma birra adolescente devido ao garoto estar com o corpo de um. Por esse motivo ele ditara o seguinte:

 

- Querida, não se preocupe, aquele garoto só está fazendo birra, logo, logo ele irá voltar e parar com essas frescuras. - Válter disse enquanto subia em direção a seu quarto, e por estranho que pareça, sentia um peso saindo de suas costas, como se verdadeiramente a presença do garoto fizesse mal a essa casa, mas que não queria expor tal opinião a fim de não piorar o climão dentro de tal casa.

 

 

- É... talvez. - Petúnia disse enquanto se lembrava da época que sua irmã "fugiu" dela, para estudar em uma escola diferente. Assim sentindo a mesma sensação de um peso ou algo maligno se distanciando. Porém, em contrapartida, o sentimento incomodo em seu peito fazia ela temer que realmente falhara da pior forma em sua vida. Que falhara com a única pessoa que ela não queria, e que nunca mais veria forma de consertar isto.

 

 

Após isso a casa dos Dursley permaneceu em um silêncio completamente incomodo, todos já estavam deitados há tempos, porém não conseguiam dormir devido a estarem perdidos em pensamentos, e esses pensamentos tinha um nome:

 

- "Harry James Potter." - Era o nome que rondava a cabeça dos três naquela casa, e como as coisas iriam fluir agora que ele se distanciava deles a cada minuto que se passava em meio ao breu da madrugada.

 

 

 

E com isso dou fim ao terceiro capítulo da Changed Prophecy.

Espero que todos(as) estejam gostando, e não se esqueçam de comentar.

É realmente importante saber a opinião que todos têm, sejam críticas, ideias, conselhos, ou seja, lá o que.

Essa parte final de um peso saindo das costas deles, isso terá um bom impacto mais adiante... principalmente no capítulo anterior ser citado que a família Dursley era muito diferente do que é agora. É claro, não inocenta ninguém de ações abusivas, porém nem tudo é tão preto e branco no mundo.

Deixem suas opiniões na seção de comentários logo abaixo, seria bom saber se estou levando essa fanfic a um bom enredo. XD

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