Capítulo 06: Explicações e Viagem ao Primeiro Destino!

O dragão fechou os olhos por um momento sentindo infinitas bençãos surgirem de incontáveis universos.

Os elementos que compõem o poder inato dele começaram a se acalmar e suas respectivas origens se fortaleceram imensamente aumentando o potencial dele até o pico absoluto.

1 Hora se passou e finalmente o show de luzes parou, infelizmente a força dele não aumentou em nada graças a bagunça deixada pela batalha em seu corpo.

Sem perder tempo Draconius imediatamente abriu a boca e um pequeno buraco negro surgiu engolindo todo o líquido dourado e a casca restantes de seu ovo.

Após isso ele fala com uma cara surpresa: "Parece que aquele velhote que tentou invadir meu corpo também não é um total inútil!"

Um choque de informações de dezenas de milhares de anos surgiram de repente em sua mente, pouco a pouco tentando tomar conta do seu espírito.

"É um bom método para voltar a vida se eu fosse um adolescente mortal qualquer, é uma pena." Balançando a cabeça decepcionado ele fecha os olhos e com um pensamento as diversas emoções estrangeiras que invadiam seus pensamentos foram suprimidas até desaparecerem.

Tudo tornou-se como um filme de dezenas de milhares de anos.

Ainda de olhos fechado ele inspeciona seu corpo com o sentido divino por um momento e logo em seguida abre os olhos e diz para si mesmo: 

"Hum… esse nível de energia… *Suspiro* É uma pena que eu não consiga nascer já no nível divino, queria pelo menos nascer no imortal, mas parece que terei que me contentar com o nível mortal mesmo, pelo menos vou poder encontrar formas de ficar ainda mais forte do que somente contando com minha linhagem."

 "É uma grande tentação ficar mais forte rapidamente, mas tudo vai valer a pena se eu conseguir superar minha força original de linhagem." Não faltava métodos para o dragão ficar mais forte, na verdade era só ele absorver energia o suficiente que conseguiria alcançar rapidamente o nível divino.

Mas largar a oportunidade de cultivar poderes fortes desde o início é uma boa oportunidade de conseguir novas habilidades e experiência de batalha real.

"Devo ter atraído muita atenção, sinto muito gente tentando bisbilhotar minhas informações, videntes e oráculos são um saco, como sou uma anomalia fraca, tenho o sistema e a proteção da minha mãe deve estar tudo bem por enquanto, mas devo ficar atento quando começar a interagir com os habitantes dessa região. Mas é melhor garantir por que estou muito fraco." Com esse pensamento Draco suspira novamente.

De repente as linhas douradas que adornam o corpor do dragão ficam totalmente prateadas e ele fala: "Modo Eterno: Ocultação Astral!" Um antigo relógio prateado aparece na frente de Draco por um momento, ele cospe um pouco do líquido dourado que ele acabou de guardar e o relógio absorve girando até dar 7 voltas, logo em seguida o objeto some como se nunca tivesse existido.

"Deve ser o suficiente, hehehe! Espero que gostem da apresentação." Um sorriso brincalhão surge no rosto dracõnico. 

"Agora vamos ver o que está me atraindo, sinto esse chamado já faz algum tempo."

Enquanto lutava com o espada imortal ele sentiu a direção que viajava mudar abruptamente e um desejo instintivo surgir.

Sentando na esfera dourada ele desenha um símbolo com as garras e um holograma de um painel de controle surge se materializando na frente dele.

" *glub* Acho que era esse botão." Engolindo seco e tremendo Draconius hesita em apertar botão, o pai dele deu uma breve explicação sobre como essa barreira funciona, mas ele acabou dormindo na hora da explicação.

'Meu filho antes de tudo, nunca aperte esse botão, ele é de auto destruição e provocará um pequeno buraco negro no local.' As palavras de seu pai passavam vagamente na mente dele.

"Tenho certeza que não é esse! ... Espero." Fechando os olhos ele aperta com força o botão.

"Tá tudo certo?" Alguns segundos se passaram, abrindo os olhos Draco observa que um monitor apareceu em frente aos seus olhos mostrando a paisagem da direção que ele viajava.

"Vamos ver..." Dando um zoom ele percebe que muito a frente há uma gigantesca nuvem escura que emitia ocasionalmente raios vermelhos, dando uma aprência sinistra para o local.

De repente uma notificação do sistema aparece em frente aos seus olhos atrapalhando sua análise.

[ME LIBERA! AGORA! AGORA!] 

"Tch! Frango chato." Estalando a língua ele concentra energia nas garras e com um movimento rasga levemente o espaço criando um pequeno portal.

*PLOP!*

"Finalmente, que demora! Tenho certeza que você teria me esquecido se eu não mandasse notificações!" Gold diz aborrecido ao sair do portal com as asas cruzadas no peito.

"Quase, ainda bem que você me lembrou, você ia ficar apodrecendo no meu armazem pessoal." Falando sem ânimo, Draco ignora Gold e continua olhando para o monitor.

"WOW AQUI FORA É TÃO BONITO!" Gold observa ao redor da esfera de energia que eles viajavam e fica fascinado com os inúmeros universos brilhando no multiverso como um céu estrelado.

"Você também acha?" Draconius pergunta enquanto tenta checar o que há dentro da gigantesca nuvem que era tão massiva ao ponto dos universos em volta parecerem poeira.

"O que você tá fazendo?" Gold se aproxima curiosamente ao ver que o dragão estava tão focado e escala o corpo de Draconius chegando em seu ombro tentando observar o monitor também.

"Fica um pouco quieto, deixa eu ver se encontro a informação." Draco fecha os olhos por um momento para procurar na memória do Espada Imortal se ele tem alguma informação sobre isso, alguém que consegue viajar pelo multiverso como um fragmento de alma deve ter muitas informações úteis.

"ACERTEI NA LOTEREI HAHAHA!" De repente encontrando uma cena em que Espada Imortal consulta um tomo antigo ele consegue achar as informações e fica estérico de alegria.

"O que foi cara?!" Gold pergunta aborrecido tentado não cair do ombro.

Com um sorriso no rosto Draconius finalmente responde: "Tenho um pouco das características dos dragões do tempo, um dos tipos mais raros de dragões em todo multiverso quase nunca visto nem mesmo por deuses dragões de alto nível e é até mesmo temido por eles!"

"oooh! Não sabia que existia esse tipo de ser!" Gold faz uma cara de surpresa acenando a cabeça.

"Quando um universo nasce aqui no multiverso nele é criado um rio do tempo principal que só flui para uma direção, consideramos o momento do nascimento como o presente, o que fica na frente e atrás é, respectivamente, o futuro e o passado. Um dragão do tempo ao nascer procura mergulhar nesse rio e chega diretamente ao final que consideramos o fim do rio ou para ser mais direto o momento estático em que o universo morre, o dragão entra para absorver a energia temporal divina presente nesse local para crescer, parece que encontrei o lugar perfeito para mim." Draconius excplica com naturalidade o que sua mãe lhe explicou a muito tempo.

"VOCÊ VAI FAZER ISSO E UNIVERSOS MORREM?!" Gold grita em espanto com as duas asas no rosto.

"Sim, é última fase para eu me tornar adulto." O dreagão acena com um sorriso orgulhoso e continua.

"Não é uma morte como a de um mortal, é bem mais complexo. O que ocasiona a morte do universo é causado por seres do próprio universo ou do exterior por vários motivos, mas támbem pode ser um universo tentando se fortalecer o que ocasionar na auto destruição quando falha, igual a um cultivador, por isso existem universos com seres mais poderosos que podem dominar outros universos e alguns que só existem mortais."

"Coisa de maluco!" Gold fica de boca aberta e simplesmente não consegue imaginar tais cenas.

"Universos então são tipo cultivadores?" O frango curioso pergunta mais, não havia registro de tais informações no sistema.

"Você pode imaginar que sim, mas depende de região para região se vão ter um núcleo consciente ou algo do tipo. Igual a um objeto senciente, quando tem consciência ele quer sempre ficar melhor e mais forte no objetivo que foi criado e quando não, é somente um objeto só que esse é muito complexo e produz energia para o multiverso." Draconius da de ombro no final deixando somente essa analogia para o frango que parecia soltar fumaça da cabeça viajando em dezenas de teorias até ficar tonto.

"Isso é muito complexo." Gold balança o bico desistindo de pensar muito sobre como as coisas funcionam afinal entender tudo nunca foi o objetivo dele.

"No multiverso as possibilidades são infinitas, em outras regiões infinitamente distantes o fuincionamento de tudo que falei pode ser completamente diferente, então não se prenda a saber de tudo porque é muito trabalhoso. Mas é essas infinitas possibilidades que me fazem querer se aventurar!" Acelerando um pouco a velocidade da barreira e desmaterializando o monitor, Draconius deita enquanto aprecia a vista infinita que se estendia diante dos seus olhos.

"E você? Porque parece tão obcecado com a liberdade e seus delírios de grandeza?" Draconius pergunta com as garras apoiando o queixo enquanto olha curiosamente para o galo estranho.

"Não são delírios, você vai ver só!" Com um rosto de galinha zangado Gold declara.

Mas logo em seguida faz uma pausa e começa a ficar envergonhado enconstando as duas asas uma na outra como um humano brincando com os dedos e fala baixinho olhando para o chão:

"Na verdade eu iria ser liberado depois que você completasse a primeira missão, eu nasci a alguns milhares de anos atrás e como o sistema sofreu muitos danos, o espaço habitável para eu ficar foi destruído e tive que flutuar no vazio todo esse tempo só podendo ver os registros quebrados disponíveis no sistema. Quando vi que consegui um anfitrião novo eu não aguentei, fui contra as regras inatas para sair do espaço e ver o cenário de fora."

"HAHAHA! E só por isso você quase se matou para sair do portal?" Draconius gargalhou escutando isso achando esse sujeito na frente dele inacreditável.

"Não ria! Você não sabe o que é nascer no vazio escuro e ficar por lá milhares de anos só observando o mundo por uma janelhinha!" Gold se sente ofendido e com raiva, gritando para o dragão que poderia matá-lo com um simples tapa.

Draconius para por uns segundos espantado, mas logo em seguida da mais gargalhadas não ligando nem um pouco para a raiva de Gold e manda essa pergunta que pegou o galo desprevinido:

"HAHAHA! E agora? Que você viu esse cenário lindo e maravilhoso com os próprios olhos, se voltassemos no tempo você esperaria os muitos anos até achar o local certo para o banco ou forçaria a saída, mesmo eu não estando lá para te salvar?"

"Com certeza sairia!" Gold responde sem hesitar e com um olhar irritado, cruzando as asas no peito.

"HAHAHA!" Dragonius gargalha mais ainda sentindo a sinceridade ao ponto de pequenas lágrimas saírem dos olhos.

"VOCÊ!!!" Gold já não aguentava mais e queria partir para cima do dragão que tirava graça com a cara dele, lágrimas pareciam se formar nos pequenos olhos de galinha.

Vendo que Gold estava quase no limite Draconius para de rir e aproxima o rosto do galo que estava próximo o assustando e com um sorriso enorme diz:

"Você é com certeza um sujeito e tanto, poderia até dizer louvável? Vamos construir o maior banco que o multiverso já viu, Gold!" Terminando isso o dragão volta a posição anterior deitado enquanto segura o queixo com as garras, apreciando a paisagem.

Gold fica surpreso e sem reação com essas palavras e sua visão começa a embaçar.

"O que é isso?" Gold senta e começa a limpar as lágrimas rapidamente engasgando um pouco e sorrindo um pouco.

Escutando o som de choro perto de sua cabeça Draconius somente continua observando o local enquanto espera chegar no destino.

Minutos se passam e Gold finalmente se recupera um pouco com os olhos um pouco vermelhos.

Se aproximando da cabeça do dragão e sentando do lado ele fica quieto olhando para o cenário lindo que mudava constantemente.

Fungando o nariz uma vez Gold diz sorrindo: "Tudo é tão lindo, né?"

"Sim." Draconius concorda sorrindo

A dupla de um galo e um dragão continuaram observando os universos enquanto viajavam para seu primeiro destino e o ponto de partida inicial de suas aventuras.