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Momento sombrio em meio ao breu

Estava começando a ficar frio, o outono estava indo embora e com ele o surgimento do inverno chegaria, onde o orvalho que não secou se tornaria gelo. 

A cidade deixada no tempo era bonita, com casas e prédios antigos e alguns pontos históricos, mas vazia.

Inari não chegou a ver a cidade cheia, muitos dos jovens que ainda viviam na cidade também não. 

Desde pequena, conhece Swon, ele sempre foi bom para ela. Rahul se tornou amigo dos dois e amante dela já na adolescência. 

O passado era o passado, não existe método ou magia para voltar, pelo menos não para mortais.

Os dois andaram de bicicleta até saírem da cidade e irem para a área rural que, por incrível que parecesse, tinha mais habitantes.

A estrada que Swon percorreu era larga, carros passavam pelos dois, mas como anos atrás, ele sempre liderou o caminho. 

Existiam muitas árvores neste local onde os dois passaram, também tinham alguns templos religiosos com portais milenares que muitos diziam ser a passagem para o outro mundo, mas independente de tudo isso, Inari se sentiu confortável ao lado dele.

Inari quebrou o silêncio, enquanto Swon continuava a pedalar. — Eu poderia dormir aqui abraçada com você. 

Swon ficou surpreso com a fala, afinal Inari quando era criança tinha muito medo de árvores e florestas devido às lendas da avó dela por parte de mãe. 

— Sério? Achei que tinha medo de florestas. 

— Ah, você lembrou? 

— Nunca esqueci nada sobre a gente. E sabe, fico feliz que queira me dar uma chance e ficar comigo, meio que achei que iria me dar aquela famosa frase para não magoar, mas que mágoa do mesmo jeito. Só te vejo como amigo ou não quero estragar nossa amizade. 

— As garotas só falam isso para garotos feios ou desinteressantes para elas. E Swon eu preciso falar uma coisa para você. 

— Sobre ficar com você, ainda estou meio assim, sei que falei aquilo, mas ainda tenho dependências físicas e psicológicas do Wei.

— Entendi e quando você conheceu ele? 

— Faz um tempinho. Em Swon pode parecer sombrio o que vou dizer, mas não pretende me levar para a floresta e m…

Corujas passam voando e cantam, a noite tinha chegado e para alguns animais era natural começar a caçar e se localizar. 

Grilos rompem o silêncio, enquanto o vento bate forte nas folhas e as faz uivarem.

— Foi mal, pelo comentário mordido.

— Me assusta você pensar isso de mim.

— Perdão, é que um tempo atrás eu fui.

O caminhão buzinou enquanto seus faróis iluminavam o seu caminho. Inari e Swon estavam no canto da estrada.

O breu era significativo, vendo que não poderia andar mais daquele jeito, ligou os sinalizadores da bicicleta apertando no botão que estava no guidão. Um sinalizador vermelho e outro azul acenderam respectivamente. 

— Quando isso aconteceu?

— Não quero falar sobre. — Inari o apertou com força enquanto o segurava por trás, seus braços rodearam seu torso.

— Tudo bem, não vou perguntar nada sobre.

— Obrigada. — Inari falou de maneira lenta e pausada.

— Perdão por querer usar você.

— Sobre isso, vamos continuar saindo, não me importo. 

— Isso é coisa de gado, Swon, mas obrigada, eu aceito. 

Enquanto andavam, começaram a deixar as árvores para trás e chegaram a uma área onde tinha vários bambuzais. 

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