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Capitulo 13: Primeiro encontro dos 3 - parte 2

Presente, Mansão.

Freddie agora tinha se levantado, sua respiração voltou ao normal e ele agora expirava e inspirava corretamente, ele agora estava com os ouvidos atentos para os menores dos sons possíveis, dando um passo pela porta adentro, seus ouvidos estavam prontos para qualquer som exterior estranho, desde possíveis sons guturais de vozes com as cordas vocais podres até o estalo de madeira do chão daquela mansão, ele suspeitava que havia mais zumbis perto dele, com a mente confusa e abalado, ele deveria tentar focar o mais rápido possível, mesmo o som do verto cortando parecer calmo, para Freddie parecia sons insuportáveis de se ouvir, nesse mar caótico de sons variados e pensamentos confusos, memórias de seu passado novamente voltaram a tona, quando ele já pensava que seu foco estava em 100% ....

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Freddie estava apanhando muito dos galhos das arvores, arbustos e insetos que ele encontrava pelo caminho, como um bom e velho engomadinho ele cresceu no luxo e enfrentou poucos desafios na fria e cruel natureza sem ajuda de ninguém, o que acabou gerando alguém extremamente incapaz de ser virar bem ao se deparar no mato, mesmo assim ele tentou seguir as vozes infantis das crianças que ele viu entrando nesta floresta, após mais minutos de sofrimento para o riquinho mimado, ele finalmente se deparou com uma clareira, onde as crianças que antes tinha visto estavam.

Ele tomou um cuidado extra para não ser encontrado ou fazer muito barulho, e como um belo estra-, quer dizer, como um curioso explorador da natureza ele ficou escondido, enquanto observava essas crianças conversando normalmente.

-" É certo mesmo sair enquanto os donos chegaram?" Um menino branco de cabelo liso marrom proferiu, a um menino meio bronzeado com os cabelos levemente cacheados em tons pretos, o menino meio bronzeado parecia bem novo, não chegando a 10 anos.

-" Dustin .... fica calmo, esses donos sequer ligam para nós cara ... veja nosso estado." O menino de cabelos cacheados levantou a barriga e mostrou um corpo terrivelmente magro, perto da desnutrição, contudo ele ainda continuou:

-" E temos sorte de eu ter conseguido algum dinheiro vendendo aquelas balas nos semáforos .... duvido que um bando de rico vai ligar para nós, somos apenas números em seus olhos." ele disse isso com um claro traço de desgosto em seu rosto e sua fala.

Mesmo Freddie estando irritado com o menino de cabelos ondulados, ele entendeu bem pelo que ele devia estar passando, ou assim pensava, passar fome é algo extremamente pesado e desesperador, saber que esta com muita fome e não poder acabar com ela, simplesmente porque você não tem dinheiro, isso é algo que Freddie nunca soube como é, e talvez nunca saiba.

-" Fale baixo Derek, entendo que você deteste aqueles merdas ... mas não podemos ser pegos, nem quero experimentar novamente as punições da diretora Smith, não quero voltar para o buraco!" A menina do grupo falou pela primeira vez, ela era normal e tinha cabelos dourados, fora isso ela era bem comum, ela também parecia a mais velha entre os dois, tendo aproximadamente uns 10 ou 11 anos de idade.

( Então o nome dele é Derek? E buraco? o que é o "buraco"? ..... será que é algum tipo de castigo?) Freddie tentava completar sua teoria sem ter de se arriscar para pegar mais informações com a fonte delas.

-" Cristine ... duvido muito que ela vai notar nossa falta, ela com certeza vai estar fumando seu maldito charuto cubano junto com aquele maldito burguês em seu escritório de luxo, talvez ele até coma ela ..... do jeito que ela é eu não duvido muito isso-"

-" Não fale isso do meu pai!" Instintivamente, Freddie deu esse grito enquanto caminhava inconscientemente para eles, até finalmente acordar de sua leve raiva sentida a pouco, ele estava agora a 5 metros deles, as 3 crianças os olhavam estranho, principalmente a de cabelos levemente encaracolados que ele antes tinha um certo desprezo sobre, pois o mesmo estava antes falando mal do pai dele e dele mesmo, esse menino o olhava da cabeça aos pés com as sobrancelhas levantadas e levemente franzidas, justamente foi ele o primeiro a falar:

-" Olha olha ..... olhando por suas roupas e pela sua .... exagerada reação ..... você deve ser filho do riquinho, correto? Porque esta nos seguindo? Você é um ... como é o nome? .... assim .... Voyer?" Sua voz estava cheia de desdém e zombaria pura, o que irritou muito Freddie por dentro.

-" Seu nanico maldito, quem você acha que é para zombar de mim? Você é apenas a porra de um órfão sem pai e nem mãe!" Freddie disse quase amaldiçoando Derek, claro que Freddie não pensava assim, ele apenas ficou irritado com aquela criança e tentou irritar, mas ele por dentro ficou surpreso pelo jovem aparentar ter um vocabulário amplo, mesmo sendo tão jovem ele não parecia nenhuma criança indefesa ou ingênua, ele lembrava .... um pouco ele, apesar de ele não ser tão radical quando criança.

-" E você é alguém a mais porque é filho de um cara rico? É isso que você esta querendo dizer?" A menina que ele lembrava ser chamada de Cristine disse a ele, agora ela também aparentava ser alguém não tão ingênua quanto seu rosto a apresentava.

-" Eu não disse nada disso apenas que ..... meu pai não é esse tipo de pessoa ..... ele é alguém muito responsável que-"

-" Ok entendemos .... seu papai é alguém super bondoso e salvador do mundo ..... agora vá embora .... não queremos você aqui." O garoto chamado Derek dizia de forma ríspida, ele aparentava estar odiando conversar com Freddie.

-" Ah? Porque eu devo ir-"

-" Você é estranho ... além de que por algum motivo estava nos seguindo ..... isso é muito esquisito!" A garota Cristine dizia com um rosto cheio de nojo, ela estava detestando falar com Freddie, pois ele parecia um stalker os seguindo adentro dessa floresta.

-" Calma ai, foi sem querer eu parar aqui, eu não estava seguindo vocês, acabei aqui enquanto ouvia vocês falarem do meu pai!" Freddie disse em um grau de desespero quase palpável, ele estava com medo de ser rotulado como um observador estranho de pessoas, mesmo que nem fosse conhecido dessas crianças.

-" Ah ... gente .... e se ele estiver falando a verdade? E se ele se perdeu aqui?" O garoto chamado Dustin veio como um salvador para ele, Freddie tinha quase certeza que ele escondia um belo par de asas brancas em seus quadris, e que ninguém podia ver já que ele era um anjo.

-" Isso mesmo, escutem o Dustin e ..." Freddie parou automaticamente, ele tinha percebido uma coisa ... ele falou sem querer o nome de um deles, quando ele não devia saber.

Todos olharam para ele questionando-o, por fim o garoto chamado Derek deu uma gargalhada muito alta e apontou o dedo para Freddie, fazendo esse ficar vermelho de vergonha com essa situação, por fim o Garoto que ria disse:

-" Um voyer de merda que ainda é ..... riquinho, é seu costume espiar outras pessoas? Voyer maldito." Agora a zombaria sumiu, o que o substitui foi uma voz em crescente raiva.

Freddie ficou mais que irritado, ele se sentiu indignado com a situação, apesar de saber que ele estava errado, ele sentiu que pela primeira vez em toda sua curta vida, ele não tinha nada em seu controle, então por birra ele pensou em bater em Derek, ele sabia lutar bem, pois foi ensinado desde os 5 anos de idade, então ele avançou para Derek com tudo, ele era Freddie Edward Simmons, ele jamais perderia para um zé ninguém .....

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Freddie olhou para todos os lados, o lugar parecia bem vazio, sem sons estranhos, nem cadáveres ambulantes, então sua adrenalina abaixou e sua postura ficou menos branda, mesmo assim sua atenção ainda estava tão firme quanto.

Todo o interior era meio vazio, tinha algumas pinturas de retratos de pessoas desconhecidas, provavelmente antepassados de Spencer, algumas prateleiras caras e um tapete que se estendia por todo o piso do cômodo, havia uma porta mais a esquerda e em frente tinha um pequeno corredor mal iluminado, apenas o breu parecia existir nesta área.

( Isso é bem .... parece muito estranho, está muito silencioso .... será que estou pensando demais?) Freddie estava com medo de começar a ficar calvo devido ao estresse.

Com o pé firme ele foi em direção ao pequeno corredor em sua frente, ele era escuro demais, mesmo de perto e nenhum som era ouvido, então ele pegou sua lanterna e ligou, o que apareceu foi um corpo com jaleco na metade, algo tinha feito um aparente corte limpo em sua cintura, que separou com convicção suas pernas do torso, pelo rosto era definitivamente um humano que não tinha se transformado em um zumbi.

-" Que merda ..... esse tipo de ..... corte? ... foi aquele tal Licker?" Os murmúrios foram quase inaudíveis.

Freddie conseguiu muito quando decidiu roubar informações da Umbrella naquele dia, mas muitas eram incompletas e faltavam coisas demais para serem chamados sequer de padrão das armas biológicas, o licker foi um dos poucos que tinham testes completos, eles passaram em tudo, desde velocidade até mortalidade, eles superaram os cerberus em quase tudo, todavia eles tinham um ponto fraco grave, todos eles eram cegos e por isso não eram a arma biológica "perfeita", pelo menos não na visão distorcida dos cientistas da Umbrella.

Eles também sabiam que a tal arma biológica era bem sensível a sons, por isso foram denominados como "mortais" para os civis, já que os mesmos não são treinados e não podem evitar cometer erros de amadores, os Licker também possuíam línguas extremamente afiadas e longas que poderiam cortar pele e músculos facilmente, os tornando especialmente letais, então seria melhor Freddie não correr e nem falar muito, ele não queria o risco de morrer na lingua daquela coisa bizarra com o cérebro exposto.

Com uma recuada cuidadosa com seu pé, ele ouviu um som de algo sendo cravado em concreto, o som vinha de trás de Freddie, seu corpo congelou e sua espinha gelou, seu corpo ficou inteiramente arrepiado e seus cabelos ficaram em pé, ele sentiu seu estomago remoer e seu coração pulsar sem parar pela adrenalina, gotas de suor se formavam e desciam sem parar pela sua testa, seus lábios tremiam levemente e sua garganta ficou seca rapidamente, o clima em sua volta ficou mais estranho e ele sentiu tudo ficando mais lento, quase parando.

Tomando o pouco de coragem que lhe restava, ele virou calmamente a cabeça, e o que viu fez seu medo aflorar ainda mais, na parede uma criatura quadrupede estava grudado, com suas unhas pontiagudas e afiadas firmes na parede de concreto, elas estavam muito firmes e não pareciam que iam ceder mesmo apenas elas sustentando toda a massa de seu corpo, que para aguentar deviam ser formadas de ossos anormalmente fortes, a criatura era completamente desprovida de pele, com apenas músculos amostra, em sua cabeça um cérebro tapava o lugar onde deviam estar seus olhos, ao abrir a mandíbula uma lingua asquerosa saia de sua boca, sua ponta era tão afiada quantos suas garras dianteiras, dentes afiados pareciam combinar perfeitamente com a língua anormal, só a presença daquela coisa já era suficiente para fazer qualquer um tremer de medo, igual uma presa ao ver seu caçador, ouvindo essa descrição não havia nenhum dúvida para qualquer fã de resident evil ....

Isso com certeza se encaixava com a descrição de um licker, Freddie não sabia como eles eram por imagem, pois as pastas que continham a informação vinham sem qualquer imagem de foto, só vinham a descrição de como eles eram, tudo isso para evitar disso ser exposto, pois nem as pastas tinham o nome da Umbrella ou qualquer coisa atrelada a ela, ele só soube depois de interrogar um cara "caridoso".

Freddie lutou bravamente para não xingar alto, ele não queria chamar aquilo para cortar ele, então seus passos ficaram ainda mais leves, como se ele próprio fosse um fantasma, felizmente o Licker parecia não ter notado sua presença e continuou vagando sem rumo pela sala.

( De onde esse porra surgiu? Mais alguma armadilha da Umbrella?) Freddie pensou inutilmente, ele não tinha muito o que fazer.

Levantando seu pé e dando um piso leve no chão, ele seguiu em direção a porta de saída, tudo seguia bem até ouvir um barulho que não queria ouvir.

Haaaaaaa

Um som de um zumbi feminino, era uma cientista que se aproximava mancando até ele, ela estendia seu único braço restante para agarrar Freddie, seu braço esquerdo, Freddie acabou a amaldiçoando interiormente e sem pensar duas vezes pulou para atrás, e sem demora uma sombra passou por ele e um som de carne rasgada foi ouvida, o licker pulou com tudo e arregaçou aquela zumbi sem dó.

Freddie não perdeu essa chance única e correu para a porta a esquerda da saída, antes de ser despedaçado pelo licker com suas garras mortíferas, ele conseguiu abrir a porta e tranca-la, depois da sensação de segurança aliviar seu nervoso coração, ele olhou em sua volta .... mais corredores eram seus caminhos ...

( Infelizmente tomei um pequeno desviou, mas creio que logo consigo voltar ao caminho certo.) Freddie se confortava mentalmente com essa possibilidade.

E mais uma vez um homem que estava no caminho errado, buscava encontrar seu caminho certo, mesmo que isso custasse sua curta vida ...

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( Eu perdi? ..... eu ..... Freddie Edward Simmons .... perdeu? Perdi para um ... um qualquer?) Freddie no chão olhava para o mundo de forma atordoada.

Derek estava a alguns metros dele, seu corpo estava levemente sujo e tinha alguns machucados, como arranhões e alguns pequenos hematomas, só que de resto ele parecia bem, Freddie não estava machucado como se tivesse tomado uma surra, Mas inegavelmente estavam mais sujo e acabado que Derek.

Derek por outro lado estava muito surpreso, ele foi um soldado altamente treinando em sua vida anterior, mesmo fazendo parte de um exército que mais pregava a paz que propriamente a guerra, ele era muito versátil em luta graças ao seu constante treino e lutas amadoras, e também com alguns profissionais, mesmo assim ele sentiu pela primeira vez que teve que usar toda a sua expertise para vencer uma simples criança, ainda mais uma mimada que nunca enfrentou a dor.

Freddie também estava chocado com isso, ele teve muitos professores de luta de ponta nesse mundo, ele treinou em condições extremas e passou por torturas para criar resistência, nada muito sério, no entanto já quebraria crianças normais e causaria traumas para toda uma vida, e ele mesmo que passou por toda essa merda ..... simplesmente perdeu para uma criança mais nova e aleatória, ele perdeu para um qualquer!

Ele não desprezava ninguém e muito menos tinha arrogância para com os outros, mesmo assim nessa situação ele agiu igual se espera de gente como ele, igual um mimado que não aceita perder, por isso ele nem se deu o trabalho de levantar e apenas ficou deitado ali, como se estivesse morto.

Até Gabriel, o guarda-costas do pai de Freddie, ficou mais que surpreso, o garoto aleatório com o nome de Derek simplesmente bateu em uma das crianças mais fortes em luta do mundo, se não a mais forte, ele ficou inclinado a tentar fazer algo, porém sua mente o parou e percebeu que seria um excelente momento para Freddie crescer em todos os sentidos.

Cristine e Dustin apenas acharam a situação normal, pois Derek já era conhecido por sua maestria em luta, mesmo assim ficaram impressionados que Freddie chegou fazer Derek lutar com tudo.

Enquanto todos estavam em silêncio, Derek foi novamente o primeiro a falar novamente:

-" Não vai se levantar do chão, não?" Sua voz era meio preocupada e meio ríspida.

-" .... quem é você? ... quem é seu mestre? ..... não venha me dizer que é apenas um orfão de merda, pois sei que não é!" Freddie estava quase louco por ter perdido, então nessa hora ele perdeu a cabeça, foi a primeira vez em toda sua vida que ele estava em tal estado.

Derek apenas fechou a cara, com uma expressão de desgosto ele disse:

-" Claramente não sou um orfão de merda ... eu sou um orfão normal que tem orgulho desse status, e não preciso de mestre quando sou foda sozinho ... adeus merdinha mimado." Derek se virou para Cristine e Dustin e os 3 saíram em seguida, indo mais afundo naquela floresta.

Freddie ficou no chão perdido em pensamentos, quando sentou-se viu dois caminhos, um levava a novamente aquelas crianças enquanto o outro levava ele de volta ao carro, se decidindo ele ficou em pé e ... voltou ao carro, por hoje já deu de humilhação.

Gabriel se escondeu bem e nem foi percebido pelo frustrado Freddie, que voltou sem notar os galhos, mato e arbustos batendo em suas roupas, ele voltou ao carro, abriu a porta e sentou-se no banco, ficando pensativo e ficando calmo, logo mais Gabriel estava de volta e fazia novamente sua função de vigiar a área.

Freddie enquanto isso pensava muito, seu rosto exercia diversas caretas, emoções e estados, indo de tristeza e raiva, a felicidade e curiosidade, no fim ele tinha concluído.

( Fui muito arrogante ... preciso de experiência para sobreviver a estre cruel mundo .... acho que vou ter me "tornar" um orfão, só assim .... não serei mais o mesmo de hoje.)

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