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Capítulo 1

— Vossa alteza — a bela jovem com o grande decote se curvava em frente ao rei.

Nicolas estava distraído lendo algumas solicitações de seus ministros sobre posses de terras, a moça cujo o vestido impecável a fazia parecer uma mulher capaz de dominar qualquer homem, incluindo Nicolas. O cordão com um N era estampado com orgulho pela moça, um presente dado por seu pai para o casal. O homem que fazia gosto em casar sua filha com o rei, deixou a jovem aos cuidados da Rainha por mais tempo que ela conviveu com a sua família.

— Sabe que eu ainda não sou o rei.

A coroa de príncipe ainda estava na cabeça de Nicolas, um dia se tornaria o rei mas em medo que a rainha Elizabeth sentia após a morte de seu marido ela não deixou Nicolas ser coroado, o medo do filho sucumbir às pressões era maior que qualquer coisa. Ele aproveitava sua liberdade temporariamente dada ao lado de Dominique, as aulas e aproximações transformaram a amizade em um romance escondido, apesar de todos da corte saberem de suas intenções.

— Um dia será — ela sorriu para o rei e segurou sua mão.

Ambos saíram para passear no jardim. Nicolas era encantado pela beleza e ingenuidade que Dominique demonstrava. Os longos cabelos escuros e seus olhos verdes como folhas de pinheiro, tão escuro que era capaz de confundir aqueles que não a olhavam atentamente. Seus cachos feitos pelas damas da corte mal me mexiam com o vento. Apesar de sua paixão avassaladora por Dominique, ele sabia que o casamento deles não teria aprovação da corte, sua mãe sempre o ensinou que as obrigações para com o reino eram maiores que para com suas emoções pessoais.

Nos últimos tempos os ministros faziam pressão para Nicolas se juntar a uma princesa, visto as dificuldades de seu reino pela seca, mas quando as chuvas vieram as esperanças de Nicolas foram renovadas para que talvez os parlamentares aceitassem seu casamento. No fundo Nicolas se sentia responsável pela moça, eles já flagrados em cenas que segundo as regras deixaria a reputação de uma donzela em frangalhos.

— Você está preparado para ser o rei? — Dominique sorria enquanto olhava para Nicolas, eles caminhavam pelo jardim, o rapaz apenas negativou com a cabeça. Ser rei, como aquilo era assustador, toda a pressão que ele sofria sendo apenas o príncipe coroado, se tornar rei era pior ainda. As pressões sobre impostos, guerras, linhas de frente, aquilo realmente o assustava. — Não se preocupe, você será um ótimo rei.

— Você pode ser a minha rainha. — Nicolas sorriu e beijou a mão da jovem moça, isso o acalmaria, falar com Dominique o acalmava.

— Eu não acredito que minha família tenha condições de pagar um dote que se espera.

— Não preciso de dote.

— Não estou falando que você precisa, apenas é tradição. Apesar da minha família ter grande influência, acredito que não seja o suficiente. — Dominique suspirou — ouvi meu pai conversando sobre isso, com as secas ele perdeu a maioria das terras e quase foi à falência, o que sobra pra nós é apenas um título.

Nicolas sabia como era difícil um casamento com o futuro rei seus ministro havia estipulado o dote alto, duvidando que alguém de pessoas família reais pudessem aceitar pagar tudo isso. O que Dominique havia dito não era surpresa, Nicolas ouviu as histórias da família que eram contadas pelas cartas de sua mãe, seu pai acabou perdendo muitas terras em razão de um vício, ele era ambicioso entrava em brigadas para ter mais, porém nestas brigas acabou perdendo muito do que tinha. Além da venda das terras para pagar os dotes das irmãs de Dominique e pelo que sua mãe observou da situação, eles acabaram o que tinham para casar com Catarina.

— Uma pena essa situação, ainda mais para sua família.

— Eu vivo no castelo e não posso dizer que sinto algo em relação a isso. É uma grande família apenas de homens e uma jovem moça. Ela nem vive com eles pelo que entendi; Vamos deixar essa história pra lá. Fico chateada em pensar no que será de mim. — Dominique disse a última frase em tom dramático, ela sabia como manipular as emoções de Nicolas.

— Não se preocupe, eu irei cuidar de você. Vamos evitar esses assuntos, já basta ter que ouvir constantemente isso nas reuniões. A pressão dos ministros para que eu me case me incomoda.

O futuro rei tinha ideias consideradas liberais pelos seus ministros, a injustiça no que diz respeito ao dote também o incomodava, mulheres e homens deveriam ter os mesmo direitos. Ele sabia que estava prestes a fazer 21 anos e também seria o fim da regência da minha mãe e início do seu reinado.

Todos queriam que Nicolas tivesse uma rainha e produzissem herdeiros o mais rápido possível, apesar do jovem rei não ver desta forma pensava que teria uma vida ele entendia a pressão, sua irmã Vitória também sofria do reino de Parvata, seus sogros e seu marido acabavam sempre reclamando com o fato de Vitória não pegar barriga.

Os pensamentos de Nicolas viajaram, ele tinha uma mente inquieta nos últimos tempo, ele observou Dominique dormia em seus braços enquanto eles observavam o céu ela pegou no sono. A moça tinha um sono tranquilo, parecia incrível não sofrer pressão das responsabilidades que ele tinha. Ele desejou ter uma vida calma como um camponês, as dificuldades pareciam sempre perturbar sua paz. Ele pensou em sua família, o desejo não era capaz de mudar seu destino e ele tinha sua família e seus súditos para cuidar.

Ele observou Olavo, enquanto o pequeno príncipe corria com servos brincando de bola, ele invejava aquilo que sua vida tinha sido apenas etiquetas reais, treinos de luta e aulas. A morte seria a única coisa que mudaria seu destino.

Ao todo Nicolas tinha seis irmãos, prestes a fazer 17 anos e já casada ele tinha Vitoria sua irmã e amiga, ainda trocavam cartas sempre que possível, ela casou-se jovem com um príncipe um dia se tornará rainha. Depois da vitória viram as gêmeas Helena e Heloísa, elas eram difíceis para todos diferenciar sempre pregavam peças nas criadas. Ele tinha três irmãos homens com 14 o jovem Henrique, com 12 Afonso e o mais novo e irmão favorito de Nicolas o pequeno Olavo que tinha apenas 8 anos, ele era a sombra de Nicolas e sempre que podia ia aos aposento do irmão para dormir com ele dizia que gostaria de ser rei como Nicolas, mas era apenas um sonho já que demoraria muito pra isso acontecer e seria necessário a morte de todos os outros.

Um servo foi atrás de Nicolas para uma reunião com seus ministros, ele sentou ao lado da sua mãe e começaram a ouvir a discussão de como levantar o reino que havia se tornado um lugar tão pobre, a própria família de Nicolas acabou vendendo muito de suas joias e obras para outras monarquia em troca de alimentos e mantimentos para sobreviver.

Os impostos pareciam a melhor solução, apenas de Nicolas ser contra e sua mãe também, eles aceitariam cobrar impostos de grandes produtores, mas eles não aceitavam pagar mais. O reino precisava se armar novamente e homens em suas fronteiras, de tempos em tempos era invadido por parecer fraco, o casamento de vitória foi um acordo de proteção depois disso o reino ficou tranquilo novamente mas às custas de vida de sua irmã e joias da família real que agora vivia de modo simples.

— O casamento do jovem Nicolas pode ser de grande valia para o reino — um dos ministros mais velho disse — Está na hora dele assumir a monarquia e deveria ter uma bela rainha.

— Senhores — minha mãe disse ao notar o desespero em meu rosto — estamos vivendo um tempo de paz agora com a chuvas, não devemos pensar nisso.

— Você deveria pensar, esse castelo está em ruínas, um casamento com uma boa jovem e rica ajudaria a reconstruir parte de tudo. — o homem insistiu

— Não diga essas coisas sobre nosso castelo.

— Rainha, a senhora foi quem mais perdeu. Vocês podem recuperar tudo com um bom casamento.

— Não vejo necessidade de discutir isso. Eu e Nicolas iremos discutir o momento adequado.

— Existe um homem, que veio para o país com sua família. Eles tem uma filha, poucos a conhecem. Eles vieram com braços cheios de riqueza, se tornaram uma família importante com terras e muito ouro.

Essa posição do segundo secretário, um homem de grandes influências entre os ministros pelas suas festas libertinas, normalmente o que ele falava era rapidamente e deixam Nicolas e Elizabeth sem saída. O seu tom de voz assertivo fez os ministros se entre olharem, como se eles soubessem o que o secretário falava.

— O que quer dizer? — Nicolas perguntou, ele fechou o seu punho, dominado pela raiva que sentiu do paramento

— Ele veio para cá de um país chamado Kaphi. Soube que era um homem muito bondoso, seus filhos são fortes guerreiros com grandes tropas. Eles trouxeram em seus navios muitos suprimentos, compraram uma terra ao norte, divisa de Navie com Parvata terras perto do mar. Muitas pessoas pobres foram acolhidas por eles, seus filhos já tem posse de grande parte do norte de Navie. Eles tem posse de um porto que a rainha Elizabeth vendeu. Alguns dizem que eles conhecem Atlanta, os barcos saem vazio e voltam cheios.

— O que o senhor quer dizer secretário? — Rainha Elizabeth ouvia calmamente o secretário puxar o saco de desconhecidos enquanto vivia sobre seu teto comendo de graça.

— Conhece o filho deste homem, chamado Felipe. Ele estava comprando terra de homens falidos perto do castelo. Soube que seus filhos são partidos disputados e seus dotes são altos. A jovem e doce Amélia, está solteira e em idade para casar segundo nossas leis. Acredito que ela seja a melhor escolha para o futuro rei.

— Não vejo necessidade — o futuro rei disse — irei escolher a minha esposa quando achar melhor

— Vossa Alteza Real — O secretário encarou Nicolas, ele apenas o julgava um pirralho mimado pelos pais — Devemos lhe informar que as coisas não funcionam desta maneira? Ninguém dos países vizinhos deseja desposar o rei de um reino falido. Você deve lembrar das suas obrigações com seus súditos, sua família e seu reino. — O homem cuspiu as palavras em Nicolas, aquilo entrou em sua cabeça quando o fazendo perder os sentidos.

Nicolas e a Rainha apenas ouviram o discurso do secretário e todos os homens do local concordando com os absurdos que ele falava, Nicolas sentiu-se acuado por todos os lados. Ele sabia que esse momento chegaria mas ele não esperava por isso.

A brisa do mar beijava os cabelos de Amélia, ela sentia o sabor salgado do vento, ela observava as ondas e hoje por algum motivo elas estavam calmas, nas encostas perto de sua casa as ondas sempre batiam de forma violenta, será que o motivo era seu aniversário?

— Você está aqui — disse Pedro quando encontrou a jovem de cabelos loiros observando as ondas

— Os alunos foram embora mais cedo, o tempo fechou parece que vai chover de novo

— Sim — Pedro se sentou ao lado da irmã — como você está se sentindo hoje?

— Queria estar mais ocupada — Amélia segurou a barra de seu vestido com força e segurava as lágrimas — é um dia triste.

— É seu aniversário, não pode ser triste — Pedro abraçou a sua irmã, ele demonstrava o carinho a Amélia, como sua família sabia que ela odiava seu aniversário.

O dia que para muitos é comemorado para Amélia era um dia de profunda tristeza, os olhos vermelhos depois de chorar. Seu nascimento foi o último dia de vida para sua mãe, 19 anos que ela se sentia culpada de tirar sua mãe de seus irmãos e pai. Ela ouvia a história, tanto que seus pais desejam uma menina e quando tiveram foi a causadora de Lúcia sua mãe. Sua família sempre falava das semelhanças de Amélia e Lúcia e isso era muito comum, até mesmo na Atrar o vilarejo que sua família morava em Kaphi.

Amélia foi criada em meio dos seus cinco irmãos homens, não havia uma arte que ela não dominasse, ela cavalgava, corria, sabia lutar com uma espada e havia aprendido a manusear uma iguaria única que ele trouxe de outra terra, eram armas. Um dia Pedro, seu irmão mais velho e protetor ensinou ela a empunhadura e dar um tiro, o estampido a força da arma a empurrou para longe era uma lembrança divertida, já que papai pegou eles fazendo isso e quase infartou.

— Vamos para casa — Pedro se levantou e estendeu a mão que Amélia segurou com carinho — temos uma surpresa.

— Surpresa? Por isso você veio.

— Como iria faltar ao seu aniversário.

Ambos andaram pela campina úmida, foram grande mansão de seu pai, ele comprou muito barato aquelas terras e tinha uma casa gloriosa. Ao chegar viu todos seus irmãos.

Pedro se casou com uma jovem nobre do reino, ela era gentil e bonita. Me ensinou a usar maquiagem e algumas coisas que uma dama da corte deveria saber. O pai de Catarina tem muita influência na corte e sempre traziam notícias do rei, apesar de não ter mais dinheiro, e gasto o resto que sobrará para casar Catarina a influência valia muito no reino

Todos os seus irmãos tinham uma característica marcante. Pedro a ensinou a atirar com a besta e armas, a empunhar a arma e usar facas, ele costumava levar Amélia e Arthur para caçar. Dizia que uma mulher deveria se defender.

Felipe era o segundo depois de Pedro, ele tinha 26 anos, era quem cuidava dos negócios com o papai, Felipe tinha uma cara fechada e sempre voltava com grandes compras e conquistas para casa, ele havia explorado grande parte do reino, não havia um lugar que ele não conhecia. Marcelo era a sombra de Felipe, estavam sempre juntos e eles eram tão parecidos que poderia jurar que eram irmãos gêmeos a diferença de apenas um ano entre eles.

Leopoldo era um homem muito gentil e educado, um artista incrível e fazia desenhos com perfeição. Ele fez um quadro meu com a mamãe quando tinha 15 anos e me deu de presente, era a única imagem que tínhamos juntas.

Arthur era um menino calado, ele era dois anos mais velho que Amélia, eles faziam aniversário muito próximo, ele sempre defendia a irmã quando os outros mexiam com ela ou diziam que ela matou sua mãe. Inúmeras vezes ele voltava com a mão machucada por brigar com alguém, ele não perdia uma luta.

— Estão todos aqui — Amélia diz surpresa. Ela abraça Catarina que a olha com reprovação.

— Que roupa é essa? Você deveria ter mais cuidado com a sua aparência, especialmente agora — Catarina dá um sorriso misterioso.

— Como assim? — Amélia olha pra todos que pareciam saber algo menos dela. Seu pai estava com os olhos marejados de felicidade, os cabelos grisalhos surgiram depois que sua mãe faleceu e ele cuidou dos filhos sozinho.

— Minha filha — O homem de meia idade abraçou a menina com animação — temos boas novas.

— Amélia — Pedro disse em pausa — O futuro rei está procurando uma esposa.

— Você é a candidata perfeita — disse Catarina batendo palmas de emoção.

— Candidata perfeita?

— Em idade de casar e seu pai tem como pagar um ótimo dote que o rei está procurando — Catarina se levantou e abraçou.

— Pegamos uma pintura que Leo fez de você e enviamos ao rei para demonstrar o interesse da família.

— Não quero me casar.

— Eu e Marcelo temos algumas boas conquistas para aqueles lados, talvez devêssemos nos mudar.

— Conquistas?

— Compramos um castelo — Felipe falou como se fosse modesto.

— Isso é sério?

— Claro — Felipe disse com seu tom de voz duro — o rei vai te adora. Quem não adoraria tão bela

— Se tivermos resposta você vai morar na corte. — Catarina disse animada.

Amélia se calou, eles pareciam estar jogando com ela. Casar com o rei? Morar na corte, isso tudo parecia um pesadelo, aquele lugar deveria cheirar a privilégio, fora os atos de corrupção. Era realmente impossível uma moça com seus hábitos ser aceita pelo rei, a jovem fingiu empolgação para não decepcionar sua família. Seus irmãos riram e faziam piadas sobre títulos.

Apesar da grande perda de todos os aniversários de Amélia, todos tentavam fazer ela rir, Pedro sempre lembrava que uma mãe não desejava ver o filho sofrendo e apesar da culpa que ela tinha seus irmãos e seu pai que sempre a faziam sorrir, o mantinha seu coração aquecido em meio a culpa.

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