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Capítulo 58 – Carol: Primeiras impressões

Estamos todos conversando sobre todas as nossas primeiras impressões e o trânsito caótico daqui é o assunto principal. 

Enzo é o mais estressado mas não é por conta tanto assim do trânsito. É mais pelo fato de ficar longe da sua amada.

Ouvimos Amitabh dizer que logo as ruas serão fechadas por conta do Shádi, mas como assim fecharão por conta do casamento da Weenny, será que vai ter tanta gente importante assim ao ponto de fechar as ruas próximas.

Pensei que fosse só eu que tivesse escutado o que Amitabh disse, mas só que não, Enzo além de ter escutado dá um suspiro de alívio e diz que pelo menos isso deixará o trânsito menos caótico.

Realmente todos percebem o quanto Enzo está estressado por conta da separação, e Rafael diz o quanto todos percebem isso, e diz que talvez ele enlouqueça até o fim do shádi.

Todos rimos, mas Filipe deu uma risada tão debochada que foi impossível não perceber, Guilherme e Igor não querendo ficar ruim com o amigo que olha feio nesse momento se escondem atrás de Enzo para poderem rir.

Ricardo tenta amenizar a situação dizendo para Enzo pra ele pensar como Eros deve estar se sentindo nesse momento a tanto tempo longe de sua amada, mas continua bravamente com um sorriso no rosto.

Não tá fácil pra nenhum casal, imagina Eros linda da amada com isso anuncia que irá nos apresenta o jantar.

Ele nos mostra cada cantinho desse lugar e conta sua história para nós. Estamos cada vez mais encantados pelo lugar.

A área externa é de tirar o fôlego. A piscina realmente um show à parte. Espero que consigamos aproveitar ela um pouco.

Eros agora nos levar para o restaurante onde um enorme café da manhã estilo brasileiro está preparado para nós.

Cada um toma seu lugar e começamos a conversar.

Eros nos pergunta como está sendo a viagem. E como de costume todos falam ao mesmo tempo, causando uma grande confusão.

— Gente, vamos nos acalmar. Sei que estamos todos nós querendo contar as novidades e impressões sobre a viagem, mas todos nós falando aí mesmo tempo, irá ser atoa.- digo chamando atenção de todos.

Todos concordam comigo e se organizam rápido para ver que vai começar a falar. E seguiu a ordem a qual estávamos sentados.

— Por enquanto nesta sendo encantador, tantas cores, sabores. Isso porque estamos sem ir lá fora no mercado pra provar. – diz May.

— Realmente é tudo muito bonito e impressionante, principalmente o trânsito. – disse Samara em apoio ao namorado.

Todos fazem expressão de como se estivéssemos falando com um bebê e acabamos caindo na risada. 

Começos também a falar o quanto estamos ansiosos para o shádi, mas sinceramente ainda temo esse dia. 

Não pode parecer, ou até pode, mas ser padrinhos numa circunstância normal já demanda uma certa responsa. Agora imagina, você está longe do seu país, seus melhores amigos são um grande nome do cinema internacional, as proporções do casamento são enormes, e pela forma que os noivos escolheram, os padrinhos têm um papel importantíssimo para o casamento e as cerimônias em si.

Só de começar a pensar eu já fico nervosa, já começo a tremer, o ar me falta. 

Tento acalmar minha mente. Peço licença da mesa.

Vou andar na área da piscina que foi um dos locais que o Eros nos mostrou desse hotel que mais gostei. 

Sento em uma das espreguiçadeira que tem por ali e sinto a brisa do vento bater. 

Olho para o celular que está na minha mão recebo uma mensagem do Claudio está me perguntando se estou bem. 

Respondo que sim, e que só estava respirando um pouco por conta da ansiedade, que assim que voltarmos para o Brasil vou começar a tratar, não estou a fim de ficar rendida a isso não.

Ele responde que está preocupado comigo, respondo para ficar tranquilo, que vou ao banheiro e que logo retornaria para a mesa e peço para avisar a todos. 

Mas minha alma sai do corpo com o susto que May me dá. 

— May do céu, rapaz quase que vou para a glória com o susto que você me dá amiga.

— Desculpa amiga não foi a minha intenção. – me responde caindo no riso, tanto pelo que falei tanto pela minha expressão.

— Vai ri do susto alheio vai, amiga da onça. – digo brincando paga ela que faz ela rir mais ainda. 

Continuo rindo e viro o rosto para o lado contrário do qual estou, digamos que olho para trás da May. E fico branca como papel sulfite.

May logo percebe e nem pergunta, fica na mesma posição mas vira o corpo lentamente. 

Ela tem a visão de um homem alto, forte, muito bem vestido com um terno que se vê de longe que é um dos mais caros, com um drink na mão e o levanta em minha direção com o maior sorriso no rosto.

May olha para ele, e ela vira para mim sem entender absolutamente nada 

Olho para ela e digo ao meio do pavor.

— Flavio.

— Esse é o Flavio, o que ele está fazendo aqui?

— Pois é May. Como ele me achou? Como sabia qual hotel eu ia ficar? May o que ele está fazendo na Índia.

— Respira Carol, vamos no banheiro para você se recompor e vamos voltar para o restaurante.

Ouvimos de longe a gargalhada sarcástica dele. Bate ainda mais o desespero. 

Chegamos ao banheiro. Lavo o meu rosto e olho no espelho sem acreditar no que eu vi.

May percebe o meu estado e me dá um abraço reconfortante. E desabo de chorar.

Demoramos em torno de uns dez minutos.

Enxugo as lágrimas, lavo o rosto e me recomponho, ninguém pode desconfiar, principalmente o Claudio do porquê estava chorando.

May insiste para que conte para a Weenny tudo que está acontecendo.

— May, eu e você sabemos melhor do que ninguém aqui, o quanto ela sonhou com esses dias, o quanto ela se dedicou e nos também.

— Eu sei disso Carol, mas precisa admitir que está ficando perigoso. Ele está te seguindo até aqui. 

— Eu sei May, mas não vou estragar esses dias pra ninguém.

Ela diz que me endente e respeita qualquer decisão que eu tomar.

Voltamos para a mesa e Eros estava se despedindo de nós. 

Ele se aproxima e me olha e digo que estou bem. Ele dá um beijo na minha testa e abraço ele. Fala mais uma vez de Amitabh e Tia e ele parte. 

Olho para o Claudio com um sorriso e sussurro que está tudo bem e que depois a gente conversaria.

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