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Capítulo 2: Águas futuras

Chuva começava a cair e William continuava a andar pela floresta; quanto mais o tempo passava, mais a escuridão reinava no céu. Quanto mais a noite se instaurava no céu, maior o medo de Will ficava, naquela floresta existiam Besta mágicas, criaturas com grande poder. Então encontrar um desses animais seria mortal para Will. Após um tempo andando, ele começa a escutar alguns sons estranhos.

— Que sons são esses? — Pergunta para si mesmo, atento com tudo que pudesse se mover à sua volta.

Com medo, Will começa a caminhar com mais velocidade enquanto tentava encontrar uma vila pelas redondezas e aqueles sons não apresentavam nenhum sinal de que diminuiria, pelo contrário, começam a ficar mais altos. Então ele decide correr, mas os sons ainda o acompanhavam que, ao olhar para trás, ele vê que uma besta mágica estava logo atrás dele. Desesperado e dando tudo de si, o que não parecia adiantar, um lobo de fogo sai do mato e ali começava uma caçada ao jantar, o prato de hoje seria Will flambado. Impaciente com a correria, o lobo tenta atacar, mas, graças a seu pai e suas técnicas básicas de luta, o garoto consegue se agachar no exato momento que a besta pulou para agarrá-lo e, por conta desse rápido movimento de Will, o lobo então passa direto e bate direto em uma árvore ali perto. Will, aproveitando o instante de atordoamento do lobo, se levanta e começa a correr para outro lado da floresta.

— Essa foi por perto, preciso achar uma pedra ou algo do tipo.

Will ainda assustado com a situação e com a adrenalina no talo, chega em uma clareira depois de cinco minutos de corrida intensa, percebe um pequeno riacho no meio daquele local. Ainda na pressa, o garoto se aproxima do rio, a tempo de pisar na água e do lobo avançar para cima dele e o mordendo sua perna e caindo no rio.

Começando ali a batalha, a besta sobe em cima dele e começa a arranhá-lo em todas partes; naquela altura, já todo machucado e com medo da morte, ele coloca sua mão na água e de lá sente que nem tudo estava perdido, sua intuição o dizia para usar a água em volta dele e era aquilo que o podia salvar agora. Com o rio seguindo a sua vontade, Will dá um soco e uma mão se materializa daquela água em volta e joga o lobo para longe com o mesmo movimento que ele tinha feito anteriormente. Levantando-se, o jovem tenta de tudo para se afastar do local, mas não conseguia decido à da mordida que havia recebido, vontade não o faltava para se afastar da clareira, mas ainda não tinha acabado só com o empurrão e lá estava o lobo se levantando novamente e tornando a avançar em direção dele.

— Merda, é aqui que vou morrer! Desculpe-me pai, mãe e querida irmãzinha, eu falhei.

Já se aproximando, novamente, de Will, o lobo desta vez é arremessado para longe com uma rajada de vento. Reparando que não poderia ter usado esse tipo de encanto, um homem encapuzado aparece do meio das árvores e, após aquele movimento, um portal mágico aparece sobre os pés do lobo, teleportando-o para o céu e, já aproximando do chão, o homem aponta seus dedos em direção à trajetória de queda e diz:

— Gravitasi

Ao recitar a magia, o lobo é jogado em direção a uma parede com pedras soltas, sendo a fim derrotado. Will então se levanta com medo daquele mago e tenta sair de fininho.

— Onde pensa que está indo, jovem?

— Ah, eu vou voltar para casa... estava perdido na floresta, mas acho que conheço aquela árvore torta ali, ela me parece familiar e creio que seja dali que eu vim. Obrigado pela ajuda mesmo assim! — Exclama, enquanto tenta disfarçar que estava completamente perdido!

Mesmo com esforço para se afastar dali, seu pé ferido o impedia até mesmo de andar. Dando uma olhada de canto de olho, ele repara que o homem ainda estava ali. Respirando alto achando que tinha sido esquecido por aquele cara e, de repente ao virar o rosto, ele se depara como cara logo a sua frente. Aquele aparecimento repentino fez com que ele tomasse um susto e fosse derrubado.

— Hmm esse pé não está muito bom, deixe-me te levar até minha cabana para tratar esses machucados.

— Não precisa senhor, minha casa é aqui perto! — Exclama, enquanto gagueja.

— Chegaremos lá rapidinho, relaxa que não vou te fazer nada de ruim.

O homem pega Will e, colocando-o em suas costas, ergue sua mão e usa uma magia lendária.

— Teleport

Após aquela situação ao menos estranha, os dois reaparecem próximo a uma pequena cabana mais ao fundo da floresta, como se tivessem sido teleportados para o local. O homem coloca Will em uma maca e vai em direção a uma prateleira pegar uma poção para curar o garoto. Enquanto o cara fazia sua busca, Will repara que aquela casa estava cheia de coisas como premiações, pedaços de criaturas que nunca tinha ouvido falar, diversos livros meio empoeirados e outras coisas jogadas a todos lados, mas uma daquelas coisas o chamou atenção devido a um nome que estava bordado no colarinho: "Deruzi". Após finalmente achar o que procurava, ele se vira e vê o garoto emocionado.

— V-Voc-Você é o lendário mago Deruzi! Como ainda está vivo? Achei que tinha morrido.

— Eu morrer? Apenas me afastei daquele reino depois de ter me cansado de ter que lidar com aqueles nobres.

O mago então entrega a poção para o garoto.

— Posso mesmo? Essas poções são bem caras!

— Ahn.. pelas tuas roupas imaginei que seria um nobre, mas, por ter noção de preço das coisas, você é filho de mercador ou sua família se tornou nobre recentemente

Will pega e bebe a poção, assim suas feridas começam a se curar.

— A segunda opção!

— Bom, para você estar aqui, algo deve ter acontecido! E por que você só consegue usar o elemento água ou algo do tipo?

— Como você sabe disso? Você não vai me entregar para o reino né? — Responde, com medo de Deruzi obrigá-lo a voltar pro reino.

— Bom, você acha que o mago mais poderoso da história não consegue sentir poder mágico? E não quer voltar para sua família?

Will, ainda pensando naquele assunto, decidiu que era melhor confiar em Deruzi ao enfrentar novamente aquela floresta tenebrosa e o conta o que havia acontecido até agora.

— Boa história, mas, para cumprir esses objetivos, não acha que é algo muito difícil de realizar sem a ajuda de alguém?

— Independente das consequências, se é esse o meu objetivo eu vou conseguir.

— Não sendo oferecido, mas, se eu te ajudar, suas chances de conseguir podem realmente aumentar!

— Espera Deruzi, você pode me treinar para que eu possa me tornar um mago poderoso. — Questiona, animado com a possibilidade.

— Para mim basta eu poder te acompanhar para saber como vai alcançar esse objetivo, então sim, a partir de hoje você será meu aprendiz.

Will chora de emoção, Deruzi chega perto do garoto, olha nos olhos dele e pergunta:

— Mas primeiro qual é seu nome?

Will começa a rir a ponto de chorar que, após um tempo e quase sem ar, ele fala:

— Não sabia que aceitava qualquer pessoa por aí que encontrava como seu discípulo sem nem lhe perguntar o nome! Risadas à parte, prazer meu nome é William Voborn!