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O Recomeço em um mundo de RPG

Sofrer por causa do erro de outras pessoas, isso resume bem a vida de um jovem garoto, mas mesmo com tudo e todos conspirando contra ele conseguiu sobreviver. Quem iria imaginar que alguém que sobreviveu a praticamente tudo morreria de um jeito tão normal, um dia quando estava em mais uma de suas fugas foi atropelado, morte instantânea, mas algo ainda tinha sido reservado para ele, isso era... uma segunda chance. Ele acorda em uma sala, com o auto intitulado deus estagiário, ele tem a escolha de recomeçar em um novo mundo, cheio de magia e coisas maravilhosas, mas que também irá trazer grandes perigos. Essa é uma história inspirada nos isekais japoneses, nosso protagonista viverá em um mundo de magia e monstros perigosos, conseguirá ele sobreviver nesse mundo assim como fazia em sua antiga vida? (Se bem que ele morreu). Isekai de acordo com a Wikipédia: Isekai (異世界 lit."mundo diferente") é um subgênero de light novels, mangás, animes e jogos eletrônicos de fantasia caracterizado por um protagonista normal (geralmente um habitante contemporâneo da Terra) sendo transportado ou preso em um universo paralelo.

RenCmps · Fantasia
Classificações insuficientes
60 Chs

Capítulo 45 - Pelo que acredita

~Pov Ioan~

Após o consumo de sangue os papéis acabaram se invertendo no combate. Apesar de utilizarem aquela habilidades, não foi o suficiente para me pressionarem, o motivo para isso...

Um vulto passa pela direita, porém por uma fração de segundos a imagem se torna nítida, a mulher lobo tenta acertar um soco, mas consigo desviar seu ataque batendo sua mão para baixo, isso a deixa vulnerável para o chute em seguida. Ela é jogada para trás, mas consegue se manter de pé.

— Que tipo de monstro é você? — vocifera se aproximando de seu companheiro.

— Me sinto ofendido ouvindo isso de vocês — respondo-a.

Não sei o porquê, mas o sangue de Alícia parece ser muito mais efetivo do que o de Sally. Minha primeira suposição é a diferença de absorção — Quando bebi pela primeira vez não foi diretamente —, mas logo descartei a ideia, pois nunca ouvi sobre algo assim, se houvesse algo assim os vampiros não levariam recipientes com sangue coletado previamente. Isso me deixa com a segunda opção, na verdade apenas um pensamento que não posso comprovar, o que os vampiros absorvem do sangue é o poder mágico. Isso explicaria o fato do sangue dela me deixar tão forte, seu poder mágico é diversas vezes maior ao de um humano comum.

— Tínhamos que encontrar um vampiro... — reclama o homem coelho.

Os dois param de me atacar sozinhos, agora trabalhavam em conjunto, assim como da primeira vez, entenderam que não iriam ganhar no um contra um. Foco minha atenção na mulher, meu ataque, apesar do efeito do sangue, não tem força o suficiente, ela já está recuperada.

— Aparentemente eles pensam — comento tentando provocá-los. — Isso me surpreendeu.

— Não vamos cair em seu joguinho — responde o homem.

Meus comentários parecem não afetá-lo, mas sua companheira está ficando nervosa com o passar do tempo, até mesmo seu ataque há pouco não faz sentido dentro de sua estratégia.

Os dois correm ao mesmo tempo. Dou um passo para trás me aproximando de Alícia e Bianca, ainda preciso protegê-las, esse é meu ponto fraco no momento. Um ataque rápido visando Alícia é desferido pela esquerda, mas repelido por um soco, ao mesmo tempo arremesso minha adaga para frente, o homem-besta desvia e me ataca diretamente, cortando na altura de minhas costelas direitas, tudo que posso fazer é responder, acerto uma joelhada em seu estômago. Usar Muay Thai em um mundo de fantasia, deveria me dar uma conquista secreta ou coisa do tipo.

— Ioan. — Bianca fala vendo o sangue escorrendo.

— Não se preocupe.

Sem tempo de falar mais defendo mais um golpe, dessa vez a mulher logo salta em nossa direção, suas garras param em minha segunda adaga, parece que o segundo não chegará a tempo pelo forte golpe de antes. Deslizo sua mão para o lado, usando a lâmina da adaga, consigo segurar seus pulsos com isso. Olho para frente, assim como pensei, ele estava vindo novamente, jogo-a em seu companheiro.

— |Lança de pedra|, |Lança de pedra|.

As lanças surgem no local onde eles caem, mas a reação do homem coelho é rápida, rola para o lado depois de empurrar sua parceira, desviando de ambos os ataques. Alícia bufa com raiva, provavelmente esperava essa oportunidade há muito tempo, acabo sorrindo um pouco com sua reação.

— |Lâmina de água|.

O ataque de Bianca vem em seguida, a força não poderia se comparar com a de Alícia, mas a velocidade é maior a mulher precisa se jogar com todas suas forças, mesmo assim desviou por pouco.

Todos parecem analisar o próximo movimento, ataques sem pensar antes poderia custar o combate. A mulher lobo, parecia irritada com a situação, ela precisou ser salva pelo seu parceiro, além disso seus ataques foram os únicos que não fizeram efeito até aquele momento. Chance.

— Vocês precisam de um passatempo melhor, talvez devesse ter trazido um osso? — Falo dando um passo para frente e abaixando a guarda. Uma isca.

Quando termino de falar ela faz seu movimento, um ataque frontal.

— Sua idiota.

Ignorando as palavras de seu parceiro ela avança. Minha velocidade aumentou, mas ainda preciso prever seus movimentos para conseguir lutar, mesmo após minha força mais que duplicar não posso causar dano, o que me sobra? Eles precisam cometer algum erro, esse era o momento que estava esperando.

Também pulo em sua direção. Em seu rosto se abre um sorriso, provavelmente porque também sabe que é superior em velocidade, poderá atacar primeiro. Ela está certa, mas nem sempre aquele que acerta o primeiro golpe vence.

— |Lâmina De vento|.

Suas garras acertam meu ombro, porém uma lâmina de vento sai de minha adaga, acertando-a à queima-roupa. Sangue voa para todo lado, sinto sua mão, que estava presa em mim, ficar mais fraca..

— Isis! — grita seu companheiro partindo em minha direção.

Porém não há mais chance de salvá-la. Giro a adaga em minha mão, meu braço se move, a lâmina visava seu pescoço, mas não chega ao seu alvo, um impacto me acerta pelo direito, não sou arremessado para longe, mas ainda deslizo com a força.

O homem coelho consegue salvar sua companheira, pegando-a e pulando para trás. Olhando para o local de onde veio o ataque vejo Osíris. Sua mão estava com a palma virada em minha direção.

— Homens-bestas são fracos na utilização de magia — falo confuso.

— Aquilo não foi magia — responde Bianca incrédula. — Uma rajada de vento apenas com força física.

Os dois se afatam o mais rápido possível.

— Isis, consegue me ouvir? Isis! — Sua frase termina com um grito.

— Amon, eu quase... — Uma voz fraca o responde.

O rosto dele rapidamente vai para uma expressão de alívio, em seguida se seu olhar se volta para mim, aquele sentimento, conhecia-o bem, sede de sangue. Soltando-a em frente à uma árvore, para que possa ficar sentada, ficamos novamente frente a frente.

— Você conseguiu enganá-la. — Sua voz é baixa.

— Sim, era este o objetivo. — Giro a adaga em minha mão. — Não poderia derrotá-los juntos.

— Não se preocupe. — Sua aura parece mudar um pouco. — Irei te provar que não é capaz de derrotar um único de nós.

Acabo sorrindo com suas palavras.

— Meio tarde para isso, não acha?

Ambos corremos em direção ao outro. Uma troca de golpes violenta começa.

~Pov Seth~

Osíris anda lentamente, procurava uma brecha. Tudo que posso ouvir é sua voz e o vento, até mesmo a luta, que acontecia ao nosso lado, desaparece de minha mente. Acredito que Ioan consegue lidar com tudo por lá, nesse momento preciso me concentrar naquele que está em minha frente, o maior de nossos problemas.

— Se continuar assim não conseguirá ajudar seus amigos — provoca Osíris.

— Acredito que não tenha visto o que aconteceu no combate até agora — retruco. — Um de seus ajudantes já foi derrotado.

— Por isso mesmo que o vampiro irá perder — diz com um sorriso. — Além disso, eles não são meus ajudantes... — Osíris desvia seu olhar para a outra luta.

Nesse momento ataco com toda minha velocidade, minha espada faz um arco em direção ao seu pescoço, onde a armadura não protegia, mas passa direto.

— São meus companheiros. — Ele estava alguns metros atrás.

Sua velocidade é muito absurda. Olho para o caminho feito pelo seu primeiro ataque, com essa força ele poderia ter nos dizimado quando começou o combate, se apenas eu lutasse contra os três não teria chance alguma, o que está esperando?

— Deveria ver sua expressão agora, você está muito sério. — Dessa vez eu que recebo seu ataque, mas não posso desviar, serei atingido caso tente. Devendo com minha espada. — Ainda temos muito tempo, vamos nos divertir um pouco.

Não há tempo de pensar em meus próximos movimentos, ou ao menos de tentar fazer algo além de defender-se. Uma troca de golpes tem início, do ponto de vista de outras pessoas talvez poderia se ter uma noção de igualdade, mas eu era o único que estava defendendo-se, não tenho tempo para contra-atacar, sendo empurrado aos poucos.

— Você ficou mais fraco. — Alguns golpes passavam por minha defesa, acertando meus braços e fazendo grandes cortes que, caso não tivesse desviado para o lado, teriam sido decepados. — Não preciso usar o poder da espada para isso.

Dou um forte golpe, usando toda minha força para afastá-lo por um instante. Sei que não tenho a mesma força de antes, da minha época com eles, mas sei muito bem o porquê de fazer tal sacrifício. Exatamente. Não fiz isso apenas por arrependimento, tenho uma causa justa em que acredito e devo lutar por ela com tudo que tenho.

— Peço perdão, tudo o que vocês se tornaram foi por minha culpa — falo sinceramente. Acredito que nunca tinha sido totalmente franco com eles.

Ele parece irritado com essas palavras, mas não vou culpá-lo, afinal, sou aquele que entende completamente pelo que estão lutando e o porquê de suas ações.

— Irei demonstrar que nosso caminho é o certo, o mesmo em que acreditava antigamente. — Osíris aperta sua espada com força, um pequeno brilho pode ser visto saindo de sua mão. — Irei usar toda minha força neste combate, apenas uma derrota completa irá lhe mostrar o que deixou para trás. — Ficando novamente em posição de combate ele agora segura sua arma com as duas mãos.

— Também usarei tudo, |Fúria Bestial|. — Sinto meus músculos se contraindo, a visão fica completamente avermelhada, mas em compensação se torna mais aguçada, assim como o olfato.

— Essa é sua cartada final? — Osíris provoca.

Não respondo-o, apenas faço o primeiro ataque. Diferente de antes agora ele demonstra está usando força para conter a força do meu golpe, seu sorriso some rapidamente.

— Vou com tudo!

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