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35- desespero.

O Último Ato de Desespero

O campo de batalha estava envolto por uma tensão palpável. O céu, agora um manto negro e turbulento, refletia a energia caótica que estava prestes a se soltar. Heitor, em meio à destruição, sentia o poder de sua torre crescendo dentro de si, sua aura agora uma mistura cintilante de branco com sombras que se entrelaçavam, refletindo o poder imenso que ele estava canalizando. Seu núcleo, mais forte do que nunca, pulsava com energia pura, alimentando seus feitiços com uma intensidade que desafiava os limites conhecidos da magia.

Com os olhos fixos nos magos arcanos de Ethill e Westphalen, que estavam em sua última cartada, Heitor sabia que não podia hesitar. Eles estavam prestes a lançar a Extinção novamente, mas ele sentia que algo estava diferente. Seus movimentos, mais lentos e exaustos, mostravam que estavam à beira do colapso. A magia que eles preparavam exigia não só a manipulação de todos os elementos, mas também de uma enorme quantidade de mana. Mana que, ele sabia, estava praticamente esgotada.

Heitor canalizou toda a energia da torre para sua espada, Estrela do Amanhã, enquanto sua mente se alinhava com os elementos. Ele sentia a terra sob seus pés, o vento cortando ao redor, a água distante, o fogo queimando ao longe, e o mais forte deles — a luz e a escuridão, agora fundidos em sua própria essência. Ele estava prestes a lançar o feitiço que seus inimigos temiam. Aniquilação Elemental.

A espada brilhou com runas douradas e prateadas, agora preenchidas com o poder de sua magia e a força da torre. Seus núcleos auxiliares, formados em seu corpo, pulsavam em resposta à energia que ele estava liberando. Ele sentia sua mana sendo drenada a cada segundo, mas não havia mais tempo. As forças de Ethill e Westphalen estavam prestes a atacar, e ele só tinha uma chance para reverter a maré da batalha.

Enquanto Heitor se preparava, os magos arcanos de Ethill e Westphalen completaram a conjuração da Extinção. O ar se tornou espesso, e uma onda de destruição começou a se formar, uma esfera de poder que ameaçava apagar tudo ao seu redor. Mas, enquanto a magia tomava forma, Heitor notou algo crucial. Eles estavam esgotados. Suas mãos tremiam, e seus olhos estavam opacos. Os magos estavam gastando sua última reserva de mana, e não poderiam lançar outro feitiço tão poderoso após esse.

O líder dos magos arcanos sorriu, acreditando que a Extinção seria capaz de destruir qualquer coisa, até mesmo Heitor e seus artefatos. Eles estavam prontos para descarregar toda sua magia em um último esforço, mas sabiam que isso significaria o fim para eles, pois a energia que estava sendo canalizada destruiria seus corpos ao final do feitiço.

Com um grito de comando, os magos arcanos dispararam a Extinção. A esfera de pura energia se lançou para frente, e tudo à sua frente parecia começar a desmoronar. A luz da explosão eclipsou tudo à sua volta. Para os observadores, parecia o fim.

Mas Heitor, com seus olhos ardendo com o fogo de sua própria determinação, não recuou. Ele avançou, erguendo a espada Estrela do Amanhã, e lançou a Aniquilação Elemental, canalizando cada átomo de sua mana, de sua torre, de sua essência na magia. Os seis elementos convergiram para sua lâmina, uma explosão de energia que se chocou com a Extinção com uma força avassaladora.

O impacto foi indescritível. O campo de batalha foi consumido por uma onda de luz e escuridão, fogo e gelo, terra e ar. O estrondo que se seguiu foi ensurdecedor. Os exércitos, os magos e até o próprio ar pareceram se distorcer com a força da colisão. A magia de Heitor não só neutralizou a Extinção, mas a absorveu, transformando a onda de destruição em uma explosão de pura energia mágica.

Quando a poeira se assentou, o campo de batalha estava em ruínas. Onde antes havia uma gigantesca esfera de destruição, agora havia apenas um vácuo de energia, como se o próprio tecido da realidade tivesse sido rasgado. Heitor estava de pé no centro dessa devastação, com sua espada brilhando intensamente e sua aura de luz e sombra, agora mais radiante do que nunca, envolvendo seu corpo.

Os magos arcanos de Ethill e Westphalen estavam caídos, seus corpos desintegrados pela própria magia que haviam conjurado. Seus rostos estavam contorcidos em expressões de dor, pois haviam ultrapassado seus próprios limites, usando toda a mana disponível para tentar destruir Heitor.

O exército de Aranden, que havia assistido em silêncio, agora estava em êxtase. Eles haviam testemunhado a incrível força de Heitor e a destruição do feitiço de Extinção. A batalha estava decidida. O exército de Aranden avançou, seus passos agora mais confiantes, sabendo que a ameaça havia sido eliminada.

Mas, mesmo com a vitória ao seu alcance, Heitor sabia que sua jornada estava longe de terminar. O poder de sua magia havia sido testado ao limite, e a batalha estava apenas começando. Ele olhou para o horizonte, seu olhar fixo no futuro, ciente de que novas ameaças viriam, mas agora, com a força necessária para enfrentá-las.

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