O Rei das Ervas

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Estalo! Estalo!

O céu estava escuro e sombrio, mas os clarões de relâmpagos iluminavam esse espaço aéreo aparentemente negro como breu.

No breve momento de luz, a pequena silhueta de uma pessoa podia ser vista escalando uma alta montanha. Sua figura parecia frágil e debilitada, mas ele ainda marchava para a frente.

Tosse! Tosse! Tosse!

A tosse violenta de um homem idoso era ouvida no meio dos estrondosos trovões.

Este velho usando roupas desgastadas sob seu capuz desbotado estava subindo instavelmente a alta montanha. Seus olhos estavam um pouco turvos, mas suas pupilas límpidas continham um profundo senso de sabedoria.

Ele continuava a avançar, mas seus joelhos envelhecidos estavam quase atingindo seus limites. Ele já estava respirando com dificuldade, então decidiu parar.

O velho olhou para o pico da montanha que estava a pouco menos de cinquenta metros de distância dele. Parecia milhares de metros aos seus olhos, fazendo-o quase escolher desistir.

No entanto, algo dentro dele dizia para continuar marchando para frente. Este sentimento misterioso lhe deu uma força estranha que lhe permitiu retomar a subida.

O velho tirou um pequeno livro desgastado escondido no seu bolso. A coisa estranha era que o livro permanecia seco mesmo tendo entrado em contato com a chuva torrencial!

O velho abriu o livro e folheou as páginas. Ele então parou na página que ele havia dobrado.

"De acordo com este livro, a Árvore da Renascença nascerá no pico do Monte Bargan quando a lua vermelha-sangue iluminar o céu escuro." A voz envelhecida do velho podia ser ouvida enquanto ele olhava para a lua sangrenta acima do céu.

Era de uma beleza de tirar o fôlego, mas também era uma visão terrível de se contemplar.

O velho desviou o olhar da lua vermelha-sangue e guardou o pequeno livro no bolso da calça.

"Já estou com um pé na cova. É meu último desejo na vida ver esta árvore misteriosa renascer! Eu devo continuar em frente!" Ele se encorajou enquanto seguia em frente. Sua voz já estava fraca, mas a força misteriosa dentro dele não estava enfraquecendo, e isso lhe deu a oportunidade de ascender ao pico do Monte Bargan.

Ronco! Ronco!

Clarões de relâmpagos se entrelaçavam pelos céus como serpentes saindo do firmamento. A luz vinda dos relâmpagos permitia ao velho ver claramente seu caminho, tornando sua ascensão um pouco menos problemática.

Depois de mais de vinte minutos, ele finalmente alcançou o topo da montanha.

Os joelhos do velho cederam à medida que a força misteriosa dentro dele lentamente desapareceu. Ele ajoelhou-se no chão com um olhar cansado, mas quando ele moveu seu olhar para frente, viu algo que imediatamente chamou sua atenção.

Uma árvore! Isso mesmo! O que chamou sua atenção foi uma árvore de aparência comum. Pode ter parecido comum, mas como era a única árvore ao redor, o velho tinha certeza de que não era uma árvore qualquer!

"Aqu-Aquilo… Po-Poderia ser…" O velho mal conseguia falar por causa do frio extremo ao redor. Se não fossem pelas ervas que ele havia passado em seu corpo antes de sua viagem, ele já teria caído morto de hipotermia.

O velho tirou rapidamente o pequeno livro do bolso e comparou a árvore desenhada no livro com a que estava na sua frente.

Quanto mais ele olhava, mais seus olhos brilhavam de excitação.

"Quem diria que é mesmo real…" O velho se levantou com grande dificuldade e andou lentamente em direção à árvore.

Essa árvore não parecia diferente das comuns encontradas na floresta, mas como poderia uma árvore comum permanecer tão frondosa e verde neste tipo de temperatura congelante? Definitivamente não!

O velho chorou emocionado enquanto encarava seu sonho de uma vida. Estava cheia de vitalidade. Exatamente como o livro descrevia.

Ele tirou suas luvas grossas e tocou o tronco da árvore e sentiu seu calor. Era refrescante e tranquilizante.

O velho fechou os olhos enquanto gentilmente acariciava a árvore. Ele então moveu seu olhar para cima e encarou suas folhas abundantes com um sorriso.

No entanto, um pequeno fruto redondo capturou sua atenção. Era dourado e parecia uma bola de luz neste lugar escuro.

Não estava localizado muito longe dele, então ele conseguiu colhê-lo de seu galho.

Uma delicada onda de fragrância atingiu suas narinas quando ele colheu o fruto. Esse aroma celestial fez seu estômago revirar imediatamente.

"Um fruto depois de uma longa caminhada. Nada mal como recompensa para este velho." Ele murmurou contente enquanto mordia generosamente o fruto.

Crocância.

'É suculento e doce.' O velho murmurou em seu coração enquanto apreciava o delicioso sabor do fruto.

A textura macia do fruto facilitou para o seu frágil conjunto de dentes. Ele até sentiu que era quase tão macio quanto tofu…

O velho sorriu satisfeito após terminar todo o fruto. Ele então se sentou sob a sombra da árvore e sentiu que estava lentamente perdendo a consciência.

"Estou com sono." Ele murmurou enquanto se deitava gentilmente no chão frio e úmido.

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