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13. Todos juntos 3

Levou um pouco mais de tempo dessa vez mas alguns minutos depois mais duas figuras apareceram. Uma era um jovem com uma aparência mais franzina que o demais, com cabelos castanho escuro e vestido com um terno negro com detalhes em cinza com óculos de aro prateado sob os olhos dourados, andando com uma postura firme e direta que parecia saber muito bem onde estava indo, mesmo com um livro nas mãos.

Ao seu lado rindo de algo que ele provavelmente dissera andava uma jovem mulher com as mãos atrás da cabeça numa pose descontraída que acentuava a beleza do seu corpo que podia-se ver nas roupas masculinas de marinheiro.

Estranhamente as roupas que ela usava tinham o design dos famigerados corsários do periodo antigo da terra, do tempo onde ainda se acreditava que a terra era plana, ela usava uma camisa de linho sob um casaco sobre tudo azul mar com calças justas negras combinando com as botas de couro lustrosas e um chapéu tricorne sob os cabelos vermelho fogo.

"Hahahahah, mesmo com todo conhecimento que desejar acessível com um simples pensamento, você ainda gosta mesmo de segurar os livros, Cami?" A mulher disse alto.

"É exatamente por ter todo esse conhecimento na ponta dos dedos que prefiro os livros." O jovem, Camil, disse. "A sensação de segurar o conhecimento nas mãos é revigorante, o cheiro do papel, a textura das páginas. Tudo isso de alguma forma torna a leitura em si um ato mais prazeroso, que o de apenas ter conhecimento na mente. Acho que você entende o quão a sensação ajuda no entendimento das coisas Rosemery." Camil concluiu para a mulher.

"Certo, não discordo disso" Rosemery disse, lembrando que esse também era um dos motivos dela se vestir da mentira que se vestia. "Mas todos nós conseguimos entender todo e qualquer conhecimento e nova informação que quisermos. A sensação que você diz não teria influência alguma, e se oque você quer é uma sensação de prazer, sabemos jeitos melhores de clencontra-la, não é?" Ela disse com um olhar divertido para o jovem que corou levemente.

"Pode ser, mas oque quero dizer é que mesmo nos temos preferência no que queremos guardar em nossas próprias mentes e oque só queremos arquivar como informação na rede neural. Com os livros físicos,o desejo de guardar esse conhecimentos nas próprias mentes é de certa forma mais estimulado."

"Certo, certo mas a questão é—" Antes dela terminar para argumentar mais com o jovem, notou os olhares de todos já centrados há mesa.

"Ohh?! opa, desculpem, eu estava falando muito alto?." Rosemery perguntou sem qualquer ar de arrependimento mas genuinamente encabulada.

"Um pouco sim, mas isso não importa, vocês realmente continuam com essa picuinha sobre os livros físicos e há rede neural mesmo depois de 2 mil anos?" Perguntou Hooku-há.

"Oque posso dizer, é divertido irritar ele." Rose disse.

"Pelo que espero que seje a última vez: Vamos nos focar no assunto em questão." Velho Zuhn disse, exasperado.

"Ei ei calma aí velhinho, não va ter um infarto." Rose disse brincando enquanto levantava as mãos.

"Muito bem, até agora quantos de nós já estão aqui?" Perguntou velho Zuhn, não para os demais integrantes mas para o globo holografico.

[Resposta: presentes; Lucien, Zuhn Kan-Lo, Lauriel, Maeelus, Hooku-há, Ulik, Alyssa, Kalina, Lin-Wú, Ethel, Rosemary, Camil.

Atualmente ausentes; Lorelai, Mussa, Anari, Jean, Ad-juru e Born.]

"Basicamente os atrasados de sempre." disse Zuhn.

Assim que a chamada dos ausentes foi concluída mais duas pessoas entraram.

Um homem jovem parecido com Lucien porém com cabelos completamente brancos e lisos como um total contraste da pele mais escura. Tinha olhos dourados que pareciam brilhar e vestia roupas que facilitaram o movimento, com uma aparência similar há de um dançarino de espadas da antiga terra, exceto pelos sapatos que, como o da maioria dos presentes, parecia ser de um tecido que não protegia os pés. Tinha um postura altiva e graciosa, que fazia com que cada movimento fosse feito com uma elegância natural, podendo ser visto tanto como com a graça de um dançarino quanto os paços cautelosos de um predador. Perigoso e hipnotizante seriam as melhores palavras para descreve-lo, ainda que as palavras provocador ou incitador também pudessem ser usadas, tanto por mulheres quanto por homens, incluindo os presentes.

A mulher que vinha junto dele carregava um instrumento que com semelhanças tanto com uma lira quanto com um violino sem o arco, assim como ele ela tinha um porte graciosa mas que também exalava um ar de perigo, tão hipnotizante quanto o dele. Ela tinha um cabelo cheio encaracolado que chegava até a costas de cor violeta e olhos cor majenta com aro dourado perto da pupila.

Assim como Lauriel ela tinha um corpo deslumbrante que em outros tempo despertaria luxúria em quase todos os presentes (embora mesmo que não tomadoss por luxúria, todos concordavam que ela possuía o físico mais desejável possível).

Felizmente esse tempo já passou há muito tempo e todos já haviam se acostumado com a beleza hipnotizante dos dois, mesmo que a ainda admirarem sua beleza.

"Hora, parece que não atrasamos novamente Lori." O homem disse para sua amiga mais próxima.

"Nada que já não seje esperado Musa." Lorelai respondeu.

Ambos se conheciam desde pequenos e haviam chegado até o estado atual se ajudando mutuamente e completando oque o outro faltava, não apenas para sobreviver mas também para viver. Com Lorelai criando musica e canções e Musa criando coreografias e até mesmo histórias para dar complemento as canções de Lorelai, dando-lhes inda mais profundidade e emoção.

"E qual seria o motivo do atraso dessa vez. Criaram uma nova peça para Camilo guardar?" Perguntou Maeelus, realmente curioso se fora por isso, ou porque os dois haviam preferido passar um tempo íntimo.

"Sim e não, fizemos mais uma excepcional peça para que Camil possa guardar para que todos possamos aprecia-la mais tarde. Com inspircao em uma das antigas operas terráqueos com toques da cultura de Halian-3327, tenho certeza que vocês iram adorar." Musa disse sorrindo e lembrando de como foi o processo de sua mais nova criação. "Mas não foi apenas por isso que nós atrasamos, nós já fizemos contato com as nova forma de vida e estabelecemos um via de comunicação de auxílio par eles."

Todos ficaram no mínimo surpresos com essa declaração. Afinal os dois são conhecidos por serem espíritos mais livres que raramente tomam iniciativa em vários assuntos. Isso não quer dizer que eles sejam negligentes os preguiçoso em suas obrigacoes, longe disso na verdade são extremamente dedicados há elas para poderem terem tempo para seus "hoobies". Porém essa não é a questão aqui, e sim o fato deles terem feito algo em grande escala pele primeira vez desde o último ataque há uma instalação dos últimos sobreviventes enlouquecidos.

"Já fizeram contato?, vocês lembram que o nosso propósito com essa reunião é exatamente como devemos agir com relação há eles, certo?!" Uma voz atrás dos dois falou em um tom grave, assustando levemente os dois, pois mesmo com seus sentidos aprimorados ao máximo, quem dirá até mesmo além dos limites físicos, eles ainda não sentiram a aproximação do indivíduo encapuzado. Nem eles nem nem ninguém na sala, exceto talvez Lucien por já esperar que o velho amigo fosse fazer uma entrada parecida com isso.

"Porque você sente essa necessidade quase compulsiva de assustar alguém quando aparece Ad-juru" perguntou Ulik com um leve mau humor pelo recém chegado.

"Varios de vocês já me perguntam isso há milênios mesmo sabendo a resposta e ainda esperam uma diferente. Sabe que a definição disso é insanidade, certo, meu caro Ulik?" O encapuzado falou com a voz grossa que não parecia combinar com o físico emagrecido além do nível saudável.

"Eu prefiro dizer que é uma esperança coletiva, mesmo que seje vã. Mas não nego que essa é de fato uma discução circular desnecessária." O pequeno gigante respondeu.

"Eu prefiro considerar isso também como uma forma de cumprimento única para nós quando nos reunimos." Disse Lucien tentando amenizar o leve desconforto que os outros naturalmente sentiam na presença de seu antigo amigo.

Não que ele pudesse culpa-los, afinal diferente de Hooku-há, um ser vivo mutado que recobrou a sanidade. Ja Ad-juru era um morto vivo.

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