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Capítulo 10: Aliança de Sangue

Sua visão estava turva, uma onda de areia e energia o cercava, dificultando o processamento dos acontecimentos ao seu redor.

"Ghhh… O que você pensa que está fazendo?"

A voz de Sukuna estava abafada, ao longe ele podia ouví-lo.

"Ghhh… Seu moleque !!"

Ele ouvia um leve tremor ao fundo.

Silêncio

Escuridão

Leves murmúrios foram ouvidos, alternando entre o mundo de sonhos tumultuados de imagens confusas. Ele estava vagamente ciente da presença de duas vozes.

Itadori estava perdido, incapaz de discernir o que ecoava ao seu redor. Aos poucos, os murmúrios se tornaram mais claros, revelando o que estavam conversando sobre ele.

Uraume começou a falar, sua voz soando suavemente, "Este garoto, Yuji, ele é perfeito, Sukuna-Sama. A chance de encontrarmos alguém tão compatível com você é de um em um milhão. E o fato de ter uma energia amaldiçoada tão familiar contribuiu para isso. A ligação de sangue recente que compartilham agora faz com que vocês estejam praticamente irradiando a presença um do outro dentro de seus corpos."

Sukuna respondeu em um sussurro, "Fale mais baixo, Uraume. O pirralho vai acordar a qualquer momento."

Uraume pedindo desculpas, continua a falar em voz baixa, "Mas, Sukuna-Sama, por que tem sido tão duro com ele? Assim, você não vai conquistá-lo."

Sukuna respondeu com um toque de impaciência, "Cale a boca, Uraume. Eu sei o que estou fazendo."

Enquanto os dois conversavam, Itadori começou a sentir algo quente e reconfortante ao seu redor. Ele percebeu que seu cabelo estava sendo afagado com carinho, e uma das vozes parecia vir de muito perto de seu corpo.

Aos poucos, ele começou a recuperar a consciência, embora ainda se sentisse fraco e confuso.

Ele tentou mover-se, mas seu corpo ainda parecia pesado e lento. A sensação reconfortante de seu cabelo sendo acariciado continuava, trazendo uma sensação de calma e segurança.

A voz de Uraume murmurou suavemente, "Ele está acordando, Sukuna-Sama."

A voz de Sukuna soou próxima a ele, cheia de impaciência. "Finalmente, acorde garoto. Você desmaiou como um idiota."

Ele sentiu uma dor latejante em sua mão, a mesma que havia ferido Sukuna com a adaga. Abriu os olhos lentamente e piscou várias vezes até que o ambiente ao seu redor começasse a se tornar claro.

Ao tentar se levantar, ele sentiu que algo estava errado. Havia um calor ao seu redor, algo que o envolvia. Ele olhou ao redor e percebeu que estava deitado sobre Sukuna, e seus corpos estavam entrelaçados de uma maneira que ele não conseguia entender.

Itadori tentou se afastar, sua mente cheia de confusão e preocupação, mas assim que tentou se mover, sentiu uma pressão firme segurando-o no lugar. Era como se algo os mantivesse juntos.

Sukuna, que estava desperto, olhou para Itadori com um olhar que continha uma mistura de raiva e desdém. "Não faça isso, garoto. Você não pode se separar de mim agora. O processo de entrelaçamento está em andamento e não pode ser interrompido."

Itadori sentiu uma onda de pânico crescer dentro dele. Ele não entendia o que estava acontecendo, e a ideia de estar ligado a Sukuna de alguma forma era perturbadora.

"O que diabos você quer dizer com 'processo de entrelaçamento'?" Itadori perguntou, sua voz trêmula. "E por que estamos tão próximos?"

Sukuna explicou com um toque de impaciência em sua voz, "É parte do ritual de passagem, garoto. Não que você precise saber todos os detalhes, nossa ligação está sendo fortalecida."

Itadori olhou horrorizado para Sukuna. Ele não podia acreditar no que estava ouvindo. "Isso é algum tipo de brincadeira?"

Sukuna suspirou, como se a relutância de Itadori o irritasse. "Não é uma brincadeira. É um processo que une nossas energias e almas. Você pertence a mim agora, garoto."

Itadori sentiu um frio percorrer sua espinha. Ele estava preso em uma situação que não entendia completamente, e a ideia de pertencer a Sukuna era aterradora.

"Sukuna, você precisa me explicar isso direito", exigiu Itadori. "O que isso significa? E por quanto tempo estaremos nessa condição?"

Sukuna explicou brevemente, "Até que nossas energias estejam completamente alinhadas. Pode levar algumas horas, ou talvez dias. Durante esse tempo, nossas almas estarão ligadas, e nossas energias se fortalecerão mutuamente."

Itadori, preocupado com as implicações de tudo isso, perguntou: "E se eu quiser me separar de você?"

Sukuna respondeu com um sorriso presunçoso, "Você não pode. Não sem consequências graves. O processo não pode ser interrompido. Você será minha esposa agora, e isso é inegociável."

Itadori estava atordoado com as palavras de Sukuna. A ideia de estar ligado a ele, especialmente como "esposa", era inimaginável. Ele olhou ao redor da sala, percebendo que estavam deitados em uma cama luxuosa, sua proximidade ainda mais evidente agora.

Enquanto tentava processar tudo o que tinha acontecido, Uraume fez a atenção retomar a si. "Yuji-Sama, durante as próximas horas, vocês serão capazes de se levantar e mover-se com mais liberdade. À medida que o processo de entrelaçamento se completa poderão se ter distâncias maiores um do outro."

Com isso, Uraume saiu da sala, deixando Itadori e Sukuna sozinhos na cama. Itadori sentiu-se constrangido e desconfortável, especialmente porque nunca tinha estado tão perto de Sukuna dessa maneira.

Itadori olhou para Sukuna, notando que ele estava apenas com uma túnica simples, enquanto o rei das maldições estava sem a parte de cima da sua. A proximidade de seus corpos o deixou tenso, e a situação era estranha .

Sukuna, no entanto, parecia indiferente à situação. Ele se ajeitou inclinando o corpo para trás, derrubando mais o corpo de Itadori contra o dele, antes de apoiar a cabeça no travesseiro, um olhar crítico vinha dele. "Parece que estamos presos aqui por um tempo, garoto. Você tem alguma pergunta?"

Itadori engoliu em seco, sentindo-se um pouco envergonhado. Ele tinha muitas perguntas, mas estava nervoso em fazer qualquer uma delas. No entanto, ele decidiu seguir em frente.

"O que exatamente significa essa questão de ter uma compatibilidade com você?"

" Ah, então você ouviu." Sukuna afirmou Levantando uma sobrancelha. Ele suspirou, como se estivesse disposto a esclarecer as coisas.

"Nossas energias amaldiçoadas se encaixam de uma maneira que é extremamente rara. Isso não acontece com qualquer um. A ligação entre nós é uma chance de um em um milhão."

Isso faz Yuji lembrar de quando engoliu o dedo de Sukuna, seria um veneno mortal para ele se não houvesse compatibilidade.

Ele começa a sentir algo estranho, como se estivesse ansioso e animado com algo, mas não como ele se sente nesse momento.

"Mais alguma pergunta?" Ele olha para Sukuna que sorria de canto.

Itadori tinha muitos pensamentos, agora como ele seria capaz de ir embora? Se quer voltar para o seu tempo?

"Não, no momento mais nada só…" Ele tinha dentro de si um grande sentimento de impotência.

"Mas eu tenho uma pergunta para você." Sukuna interrompeu seus pensamentos.

Itadori sentiu uma tensão no ar quando Sukuna finalmente quebrou o silêncio e olhou diretamente nos olhos de Itadori, sua voz carregada de expectativa.

"Yuji," começou Sukuna com uma expressão penetrante, "Quero que você me diga a verdade."

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